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TRABALHO DE PELOTAS: UM
LUGAR DE MEMÓRIA
Camila Martins Braga
Doutoranda em História – PPGH Unisinos
Lugar de memória (NORA, 1993)
Local de memória
- Pessoalidade para a hist. do mundo do trabalho
- Relações entre patrões e empregados
- Cotidiano do (s) operário (s)
- Demandas pleiteadas
- Estratégias das empresas para burlar a lei
- Atuação dos operadores do Direito
Memória e Identidade
- 3 critérios – Aceitabilidade, Admissibilidade e
Credibilidade (POLLAK,1995)
- Ilusão biográfica (BOURDIEU, 2006)
Possibilidades de pesquisas a partir dos processos
da JT
Perspectivas teóricas
Classe – E. P. Thompson
Campo Jurídico – P. Bourdieu
Memória – J. Candau
Biografia – P. Bourdieu, S. Loriga e B. Schmidt
Lei, Justiça e Direito – E. P. Thompson
Fontes utilizadas
Fontes orais:
1) Aires Martins (2014, entrevista realizada pela autora)
2) Daniel Martins (2015, entrevista realizada pela autora)
3) Antônio Martins ([?] entrevista realizada pela profª Beatriz
Loner)
Fontes documentais:
• 543 Processos trabalhistas de Pelotas (1941 -1945)
• Jornais (Diário Popular – Acervo pessoal de Axinia Martins)
• Revista O Orientador
CAPÍTULOS
Estratégia do Estado
Lei de sindicalização (1931) para concentrar o
controle da classe
Carteira de Trabalho operária.
Retirada de autonomia
dos sindicatos.
Getúlio Vargas
Apoio a industrialização do país e discurso
- Processo em contínua
transformação.
CLT – impacto comportamental e de consciência
para os operários brasileiros.
CLT – 2 visões da legislação
Lei como fraude (líder sindical)
Lei como esperança (trabalhador de base)
Meados do século XX
Língua jurídica
-publicidade
-líderes de sindicatos
-Ações militantes
“ Chegou lá o Prestes com toda aquela barba no escritório do meu pai [...] Aí o
meu pai chamou o Prestes lá pra dentro ( eu me lembro da pessoa dele,
naquela época ele já era o tenente Prestes”.
Meu pai só nos dava alimentos e o que vestir, só foi comprar um carrinho após
anos de advocacia. Era aquilo que eu te disse, ideologia misturado com cobrar
pouco.” (MARTINS,2014,p.3)
Martins pelos olhos do filho Daniel
Eram dez filhos e a vida era muito boa. [...] o pai tinha uma
estância, dois carros, um deles era um Galaxie Landau. Nós
tínhamos uma casa em Punta del Este, íamos todo verão pra lá.
Dinheiro não faltava nesta época, [...]. (MARTINS, 2015,p.2)
Teve uma ação do Anglo que ele ganhou e o Anglo pagou a ele o
dinheiro que era devido aos trabalhadores e ele tinha que fazer o
pagamento e quando ele foi fazer o pagamento, os seguranças do
Anglo armados, cercaram ele para não fazer o pagamento. [...] Ele
(Martins) estava armado e puxou a arma e disse assim: “o primeiro
que atirar, vai morrer.” (MARTINS,2015, p.4)
Meu pai era comunista até o final. Ele tinha esse princípio de ajudar
os pobres, os trabalhadores, os prejudicados [...] Acho que ele não foi
corrupto, nem feriu os ideais dele, se fez algo errado dentro do
sindicato, era porque era ao que tinha no momento. (MARTINS,
2015,p.5)
2.4 Martins por seus próprios olhos.
“[...] eu tive uma vida profissional muito intensa
quando eu era jovem e eu creio que eu ajudei o
Direito do Trabalho a se espalhar por Pelotas e por
municípios vizinhos.” (MARTINS, [?], p. 6)
1943 10 37 47 0
1941 1942 1943 1944 1945