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INTRODUÇÃO

*TEORIA
O CAMPO DE ATUAÇÃO DA
DO CONHECIMENTO

*O problema do conhecimento sempre


despertou o interesse da filosofia desde os
primórdios. O campo específico para o estudo
deste problema é a Teoria do Conhecimento
(conhecida também como Epistemologia e
Gnoseologia).
*
*“A Teoria do Conhecimento ou Epistemologia é
domínio da filosofia que aborda a questão da
natureza (o que é) do conhecimento, das fontes
(onde procurá-lo) e da validação (como
comprová-lo).” (OLIVA, 2011, p. 13).

*Segundo Abbagnano, conhecimento é “uma


técnica para a verificação de um objeto qualquer,
ou a disponibilidade ou posse de uma técnica
semelhante.”

*ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São


Paulo: Martins Fontes, 2007, p. 174.
*
CONCEITO DE CONHECIMENTO

*O conceito tradicional de conhecimento é


crença verdadeira justificada. É comumente
conhecido como definição tripartida. Ela exige
três condições para que haja conhecimento:
(a) Condição de verdade:
*Ela exige que se alguém conhece uma
proposição, então, ela precisa ser verdadeira.
Se não for, então, aquela pessoa não conhece o
que afirma. Esta condição estabelece a
diferença entre verdade e opinião.
*
(b) Condição de crença:

Esta condição exige que se alguém conhece uma


proposição, então, ela acredita nesta
proposição.
*
(c) Condição de justificação:

Esta condição exige um caminho prático para


justificar que a crença de alguém é verdadeira.
*TIPOS DE CONHECIMENTO
Há diferentes tipos de conhecimento. Os
três mais significativos são:
* (1) conhecimento proposicional;
* (2) conhecimento direto (por familiaridade);
* (3) conhecimento competencial (do tipo “como
fazer”).

* LEMOS,Noah. An Introduction to the Theory of Knowledge. Cambridge: The


Cambridge University Press, 2007, P. 244.
* (1) CONHECIMENTO
PROPOSICIONAL

Considere os exemplos:
*Antônio sabe que César foi assassinado.
*Paulo sabe que o céu é azul.
Temos duas proposições verdadeiras neste
exemplo. O conhecimento proposicional é a
relação entre o sujeito e uma proposição
verdadeira. Já os exemplos abaixo representam
outro tipo de conhecimento.
*(2) CONHECIMENTO DIRETO
*Carlos conhece o presidente do Uruguai.
*Filipe conhece o papa.

Neste sentido, conhecer implica familiaridade ou


contato. É um tipo distinto do conhecimento
proposicional. Ter um conhecimento a respeito
nem sempre equivale a conhecer diretamente.
*(3) CONHECIMENTO DIRETO
O conhecimento competencial exige uma
habilidade, uma capacidade em fazer alguma
coisa. As proposições abaixo encerram o sentido
de “conhecer como”:

*Nicodemos sabe tocar uma sonata.


*Equivale a:
*Nicodemos tem a habilidade de tocar uma
sonata.
*
LEITURA DE APROFUNDAMENTO

*TEXTO: “Tipos de Conhecimento”. AUDI,


Robert. The Cambridge Dictionary of
Philosophy. Cambridge: Cambridge University
Press, 1999, pp. 273-274.
*
CONHECIMENTO E VERDADE

*As condições do conhecimento são: verdade,


crença e justificação. A primeira delas é a
condição de verdade. Se eu sei que o próximo
presidente do Brasil tem um patrimônio no mínimo
de um milhão de dólares, então é preciso que isso
seja verdade. Se isso não acontecer, eu não
conheço a proposição anunciada. Tal raciocínio é
representado em epistemologia do seguinte modo:
*
*Se S sabe que p, então é verdade que p e se S
conhece que p, então p.
*CONHECIMENTO
A RELAÇÃO ENTRE
E CRENÇA

*A mente humana está sempre cheia de


crenças. Por trás de uma crença há um estado
de coisas. Elas representam como enxergamos
o mundo. Isso envolve uma proposição e
também o estado psicológico da crença. O
envolvimento da pessoa com a proposição a
motiva a convencer os outros de que ela é
verdadeira. A crença é um estado onde vale
crer ou não crer.
*
*A segunda condição do conhecimento é aceitação ou
crença. Se eu mentirosamente afirmo que Marcelo e
Beatriz se casaram dia 07 de dezembro de 2000, quando eu
não aceito isso, então eu sei se eles se casaram naquela
data ou se se casaram mesmo. Se eu não aceito que p,
então eu não sei que p. A representação disso é:

* Se s sabe que p, então s aceita que p.

* Ou afirmando-o em condições de crenças, podemos dizer:


Se s sabe que p, então s acredita que p.
*CONHECIMENTO E CRENÇA
*O conhecimento pressupõe a crença.
* Ele pressupõe uma certeza psicológica, uma
convicção ou uma aceitação de que tal
proposição é X (“tese da pressuposição”).
*Há filósofos que vêem, por outro lado, uma
incompatibilidade entre conhecimento e
crença (“tese da incompatibilidade”).
*Outros ainda vão considerar que não há uma
interdependência entre conhecimento e
crença, mas eles podem coexistir (“tese da
separação”).
*
LEITURA DE APROFUNDAMENTO

*TEXTO: “Conhecimento e crença”. : DANCY,


Jonathan; SOSA, Ernest; STEUP, Matthias. A
Companion to Epistemology. Oxford: Blackwell
Publishing, 2010, p. 476-479.
* A JUSTIFICAÇÃO

* A justificação é a terceira condição para o conhecimento. É


preciso justificação completa de uma afirmação para que
ela seja verdade. Eu não posso assegurar que meu colega de
trabalho esteja no escritório agora porque todos os dias
neste horário, ele está lá. Não posso excluir a possibilidade
de ele ter passado mal ou seu carro teve um defeito etc.

* (sJ) Se s sabe que p, então s está completamente


justificado em aceitar que p.

* Paraque se satisfaça esta condição de conhecimento é


necessária uma forte evidência.
* A JUSTIFICAÇÃO

* A justificação é a terceira condição para o conhecimento. É


preciso justificação completa de uma afirmação para que
ela seja verdade. Eu não posso assegurar que meu colega de
trabalho esteja no escritório agora porque todos os dias
neste horário, ele está lá. Não posso excluir a possibilidade
de ele ter passado mal ou seu carro teve um defeito etc.

* (sJ) Se s sabe que p, então s está completamente


justificado em aceitar que p.

* Paraque se satisfaça esta condição de conhecimento é


necessária uma forte evidência.
* A ORIGEM DO DEBATE

Os primeiros filósofos não tinham uma


preocupação com o conhecimento enquanto tal,
mas Heráclito, Parmênides e Demócrito já
demonstram certa preocupação. Com a idéia
do devir, Heráclito afirma que não há como
conhecer aquilo muda constantemente.
O primeiro debate especificamente dedicado ao
conhecimento está no diálogo de Platão, o
Teeteto, escrito em 369 e 368 a. C.
* Introdução ao Teeteto

Na obra de Platão, Sócrates extrai de Teeteto


três definições deepisteme que não são
mantidas:
(1)a episteme como sensação (aisthesis);
(2) a episteme como opinião verdadeira
(alethes doxa); e,
(3)a epistemecomo opinião verdadeira
acompanhada da explicação racional ou
logos(alethes doxa meta logou).
* Introdução ao Teeteto

Na obra de Platão, Sócrates extrai de


Teeteto três definições de episteme que não são
mantidas:
(1)a episteme como sensação (aisthesis);
(2) a episteme como opinião verdadeira
(alethes doxa); e,
(3)a epistemecomo opinião verdadeira
acompanhada da explicação racional ou
logos(alethes doxa meta logou).
* Debate do Teeteto

Teeteto é um diálogo com diferentes


interlocutores.
A temática é o conhecimento.
No diálogo Sócrates a definição de
conhecimento como sensação, atacando a tese
proposta por Teeteto com base nas ideias de
Protágoras.
* Tese empirista (Teeteto)
TESE EMPIRISTA: Primeiro é apresentada uma
tese empirista, mostrando que o conhecimento
é produzido através dos sentidos e da
memória. A informação é recebida através dos
sentidos que são impressões, sensação e tudo
que é captado pelos cinco sentidos. A
informação é processada pela memória, das
lembranças e das experiências são organizadas
pela razão. Esta tem o papel de mera
organizadora dos dados dos sentidos.
*Tese racionalista (Teeteto)
Outra tese apresentada é o racionalismo. A
verdade é conhecida através da razão. Os
instrumentos básicos para tal operação mental
são a dedução e a indução. Porém, existe uma
realidade autônoma e independente do sujeito.
* HERÁCLITO (Teeteto)

No diálogo, Platão fica impactado com a


posição de Heráclito. Se tudo muda
constantemente, como se dará o conhecimento? O
conhecimento é determinado pela realidade, se ela
é instável, o conhecimento se torna impossível.
Platão estabelece que existe o real e o
aparente. A aparência é o fenômeno do mundo
sensível que é conhecido através dos sentidos. Se a
realidade é mutável, no sentido heraclitiano, Platão
se questiona se o conhecimento está em constante
mudança ou o que percebemos é ilusório.
* PROTÁGORAS (Teeteto)
* Platão analisa também a posição de
Protágoras. Nesta perspectiva o conhecimento se
amolda a cada indivíduo e a verdade passa a
depender de cada sujeito. O autor do diálogo
rejeita a ideia da perpétua mudança do real
afirmando que deve existir algo estável que
sustente o movimento constante das coisas.
* Se perceber é conhecer não haveria
distinção entre sonho e vigília. Seria difícil
distinguir os dois estados. Assim o internalismo
seria tão extremo que a verdade seria somente do
sujeito. A única certeza são os estados mentais,
só se teria certeza sobre a própria existência.
* Conclusão de Platão

* Para Platão, o conhecimento tem de ser


objetivo, externo ao indivíduo, universal. Esta
objetividade provém do mundo inteligível. O
eidos é o conhecimento puro que é acessível
somente através da razão. O eidos é o único
que podemos a doxa (opinião) e a pistis
(crença) são produtos dos sentidos.
*
LEITURA DE APROFUNDAMENTO

Análise do debate do conhecimento no diálogo


Teeteto (143d – 151d):

TEXTO: PLATÃO. “Teeteto”. Tradução de Carlos


Alberto Nunes. Belém: Editora UFPA, 2001.
* REFERÊNCIAS:
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo:
Martins Fontes, 2007.
AUDI, Robert. The Cambridge Dictionary of Philosophy.
Cambridge: Cambridge University Press, 1999.
DANCY, Jonathan; SOSA, Ernest; STEUP, Matthias. A
Companion to Epistemology. Oxford: Blackwell
Publishing, 2010, p. 476-479.
LEMOS, Noah. An Introduction to the Theory of
Knowledge. Cambridge: The Cambridge University
Press, 2007.
PLATÃO. “Teeteto”. Tradução de Carlos Alberto Nunes.
Belém: Editora UFPA, 2001.

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