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Da Revolução Industrial ao

Dia Internacional da Mulher


(Versão do Professor)
O que vamos aprender aqui!
• Como era a sociedade inglesa antes da Revolução Industrial;
• Como as máquinas transformaram o modo de trabalho;
• Como era as condições de trabalho;
• Como os operários lutavam para melhorar a vida nas fábricas;
• O Incêndio realmente foi o marco para a criação do “Dia Internacional
das Mulheres”?
A sociedade inglesa antes da
revolução
• A maioria das pessoas viva no campo ou em vilarejos, trabalhando em
pequenos grupos e produziam , em pequena escala, aquilo de que
precisavam – alimentos roupas e objetos. Havia grandes cidades,
porém eram cidades comerciais e principalmente cidades capitais, ou
seja, centros do poder políticos dos reinos.
Do Artesanato a Produção de
Fábricas
• A atividade de transformação de matérias-primas era feita de modo
artesanal e o produtor (artesão) controlava as diversas fases do
processo.
• Além de dominar todo o processo produtivo, o artesão também era
dono das matérias primas e do instrumento de produção (a oficina e
as ferramentas) e geralmente a oficina ficava num dos cômodos da
casa.
Do Artesanato a Produção de
Fábricas
• Apesar de a forma artesanal, caseira, ser a mais comum, em alguns países,
como Inglaterra e França, a produção também era organizada em manufaturas
– grandes oficinas onde vários artesãos executavam as tarefas manuais usando
ferramentas, sob o controle do dono da manufatura.
• Nas manufaturas foram empregadas o processo de divisão do trabalho que deu origem a
linhas de produção. Cada trabalhador executava uma tarefa especifica.
• O estágio da produção mecanizada nas fábricas (maquinofatura) foi atingido
quando os avanços técnicos, aliados ao aperfeiçoamento dos métodos
produtivos, propiciaram a criação das máquinas industriais. O processo de
mecanização da produção, conhecido como Revolução Industrial, teve início na
Inglaterra.
Do Artesanato a Produção de
Fábricas
• A partir do século XV, com as grandes navegações e as conquistas de
mercados na África, Ásia e América, aumentou muito a procura por
produtos europeus. Muitos negociantes passaram, então, a reunir
trabalhadores em grandes oficinas e a oferecer-lhe a matéria-prima e
uma remuneração pelo serviço realizado.
• Com a invenção de máquinas cada vez as pessoas deixavam de
trabalhar em casas e passaram a trabalhar em fábricas para um
patrão em troca de salário.
Do Artesanato a Produção de
Fábricas
• As primeiras máquinas foram inventadas na Inglaterra. A primeira
indústria a utilizar máquinas foi a de tecidos de algodão.
• Pela primeira vez fábricas enormes e chaminés que lançavam uma
fumaça muito escura, poluindo o ar e causando doenças respiratórias.
Exploração do Trabalhador
• Para desenvolver suas empresas, os industriais ingleses queriam
liberdade econômica, ampliação dos mercados consumidores e mão-
de-obra barata para trabalhar nas fábricas.
• Com objetivo de aumentar os lucros, os empresários industriais
pagavam aos operários salários muitos baixos, enquanto explorava ao
máximo sua capacidade de trabalho.
Exploração do Trabalhador
• O ambiente das fábricas eram escuros, sujos e sem ventilação
adequada. Havia falta de refeitórios e de banheiros, e o ar era quase
irrespirável, sobretudo nas tecelagens, por causa dos fiapos de lã. O
trabalho era repetitivo e as jornadas, muito longas, crianças, homens
e mulheres trabalhavam nessas fábricas, sendo as mulheres e crianças
a mão-de-obra preferida pelos empregadores, por receberem 1/3 do
salário de um homem.
• Era comum operários receberem ameaças e castigos no trabalho, por
assobiarem, por faltarem, por cochilar em serviço...
Exploração do Trabalhador
• Com a revolução Industrial Inglesa, as máquinas substituíram várias ferramentas e
eliminaram algumas funções antes exercidas pelos operários.
• As relações de trabalho também se modificaram na Inglaterra. Milhares de
camponeses mudaram-se para as cidades em busca de emprego nas fábricas,
onde não eram proprietários de nenhum instrumento de produção: nem das
instalações, nem do dinheiro do investimento, nem das maquiamos, nem da
matéria prima.
• O trabalhador era dono apenas da sua força de trabalho que ele “vendia”, em
condições desfavoráveis, em troca de salário. Desenvolveu-se, então, uma
oposição social: de um lado, os empresários industriais, donos dos meios de
produção das fábricas.
Resistência Operária
• A exploração do trabalho humano gerou conflitos entre operários e
empresários não só na Inglaterra, como em outras regiões da Europa onde se
desenvolve o sistema fabril. Houve casos de grupos de operários que invadiam
as fábricas e destruíram suas máquinas. Para eles, as máquinas representavam
o desemprego, a miséria, os salários baixos e a opressão.
• Posteriormente muitos trabalhadores perceberam que a luta do movimento
operário não devia ser dirigida contra a máquina, mas contra o sistema de
injustiças criado pelo capitalismo industrial. Surgiram, então, na Inglaterra já no
final do século XVIII, organizações operárias que iniciaram a luta por melhores
salários e condições de vida para o trabalhador e deram origem aos primeiros
sindicatos.
O Mito do Incêndio
• A Triangle Company ocupava os três últimos andares do edifício Asch,
de dez andares, que fazia esquina entre as ruas Greene Street e
Washington Place, e empregava cerca de 600 trabalhadores, a maioria
constituída por mulheres jovens imigrantes que trabalhavam 14 horas
por dia, em semanas de trabalho de 60-72 horas, costurando
vestuário por modestos salários entre os 6 e os 10 dólares por
semana.
O Mito do Incêndio
• As condições da fábrica eram as típicas da época: têxteis inflamáveis
guardados em toda a fábrica, fumar era frequente, a iluminação era a
gás e não existiam extintores de incêndio. Durante a tarde de 25 de
Março de 1911, irrompeu um incêndio. Os operários do décimo e
oitavo andares foram notificados e a maioria salvou-se. No entanto, o
alerta para o nono andar tardou a chegar.
O Mito do Incêndio
• O nono andar apenas dispunha de duas saídas, ambas fechadas para
impedir que as funcionárias saíssem durante o período de trabalho.
Uma escadaria já se encontrava cheia de fumaça e chamas quando os
operários se deram conta de que o edifício estava a arder. A outra
porta estava fechada, ostensivamente para evitar que as operárias
roubassem materiais ou fizessem pausas. A única saída de
emergência depressa se arruinaria pelo peso das operárias que
tentavam escapar. O elevador parou.
O Mito do Incêndio
• Apercebendo-se que estavam sem saída, e devido ao calor intenso,
algumas trabalhadoras lançaram-se das janelas, a uma altura de nove
andares. Outras forçaram as portas do elevador, lançando-se pela
conduta de ascensão. Poucas sobreviveram a estas quedas. As
restantes esperaram até que o fogo as consumisse. Os bombeiros
chegaram rápido, embora não houvesse escadas disponíveis que
dessem acesso além do sexto andar. Um único sobrevivente foi
encontrado, estando próximo do afogamento, perto da conduta de
ascensão. O total de mortos foi de 146, sendo que 84 pereceram no
incêndio e 62 nas quedas.
O Mito do Incêndio
• O incêndio da Triangle Shirtwaist é, muitas vezes, associado à
instituição do Dia Internacional da Mulher. De fato, o Dia
Internacional da Mulher já havia sido proposto em 1910, um ano
antes do incêndio. Durante a II Conferência Internacional de Mulheres
Socialistas, realizada em Copenhague, Dinamarca, Clara Zetkin,
militante e intelectual alemã, apresentou uma resolução para que se
criasse uma "jornada especial, uma comemoração anual de
mulheres".
O Mito do Incêndio
• O incêndio realmente ocorreu e matou 146 mulheres trabalhadoras,
mas em 25 de março 1911 e não dois anos antes, menos ainda no dia
8. E mesmo que o ano, 1908, estivesse errado, 8 de março de 1911 foi
um domingo, data improvável para a deflagração de uma greve, uma
vez que não causaria grandes prejuízos aos donos da fábrica. Além
disso, incêndios desse tipo não eram incomuns à época.
O Mito do Incêndio
• Em 1984 a pesquisadora canadense, Renée Côté, publicou um livro
intitulado: O Dia Internacional da Mulher – Os verdadeiros fatos e
datas das misteriosas origens do 8 de março, até hoje confusas,
maquiadas e esquecidas.
• Na França, o jornal nº 0, de 8 de março de 1977, História d´Elas,
publicado em Paris, alerta para a mistura de datas e diz que, em
longas pesquisas, nada se encontrou sobre a famosa greve de Nova
Iorque, em 1857.
O Mito do Incêndio
• Durante 10 anos, a canadense Renée Côté pesquisou em todos os
arquivos da Europa, EUA e Canadá e não encontrou nenhuma
referência à greve de 1857 nos jornais da grande imprensa nem em
qualquer outra fonte de memórias das lutas operárias daquela época.
Segundo a autora “essa greve nunca existiu. É um mito criado por
causa da confusão com as greves de 1910; de 1911, nos EUA; e 1917,
na Rússia”.
O Mito do Incêndio
• Em 1955, Liliane Kandel e Françoise Picq escreveram num artigo do
jornal L'Humanité que havia surgido o mito de que a data teria como
origem a celebração da luta e da greve de mulheres trabalhadoras do
setor têxtil de Nova York, em 1857 — as quais teriam sido duramente
reprimidas pela polícia ou mortas em um incêndio criminoso na
fábrica, conforme as diferentes versões do mito. Não há indícios de
que isso tenha ocorrido
A Criação da Data
• O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908
nos Estados Unidos, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma
manifestação em prol da igualdade econômica e política no país. No
ano seguinte, o Partido Socialista dos EUA oficializou a data como
sendo 28 de fevereiro, com um protesto que reuniu mais de 3 mil
pessoas no centro de Nova York e culminou, em novembro de 1909,
em uma longa greve têxtil que fechou quase 500 fábricas americanas.
A Criação da Data
• Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres
Socialistas na Dinamarca, uma resolução para a criação de uma data
anual para a celebração dos direitos da mulher foi aprovada por mais
de cem representantes de 17 países. O objetivo era honrar as lutas
femininas e, assim, obter suporte para instituir o sufrágio universal
em diversas nações.
A Criação da Data
• Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiram ainda mais
protestos em todo o mundo. Mas foi em 8 de março de 1917 (23 de
fevereiro no calendário Juliano, adotado pela Rússia até então),
quando aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o
Czar Nicolau II, as más condições de trabalho, a fome e a participação
russa na guerra - em um protesto conhecido como "Pão e Paz" - que a
data consagrouse, embora tenha sido oficializada como Dia
Internacional da Mulher, apenas em 1921.
A Criação da Data
• "O 8 de março deve ser visto como momento de mobilização para a
conquista de direitos e para discutir as discriminações e violências
morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres, impedindo que
retrocessos ameacem o que já foi alcançado em diversos países",
explica a professora Maria Célia Orlato Selem, mestre em Estudos
Feministas pela Universidade de Brasília e doutoranda em História
Cultural pela Universidade de Campinas (Unicamp).
A Criação da Data
• No Brasil, as movimentações em prol dos direitos da mulher surgiram em meio
aos grupos anarquistas do início do século 20, que buscavam, assim como nos
demais países, melhores condições de trabalho e qualidade de vida. A luta
feminina ganhou força com o movimento das sufragistas, nas décadas de 1920 e
30, que conseguiram o direito ao voto em 1932, na Constituição promulgada por
Getúlio Vargas.
• A partir dos anos 1970 emergiram no país organizações que passaram a incluir
na pauta das discussões a igualdade entre os gêneros, a sexualidade e a saúde da
mulher. Em 1982, o feminismo passou a manter um diálogo importante com
Estado, com a criação do Conselho Estadual da Condição Feminina em São Paulo,
e em 1985, com o aparecimento da primeira Delegacia Especializada da Mulher.
Conclusão!
• O Dia Internacional da Mulher é uma data muito rica que não precisa
de mitos;
• Derrubar o mito de origem da data 8 de Março não implica
desvalorizar o significado histórico que este adquiriu. Muito pelo
contrário!
Referências
• A última fogueira das mulheres. A memória dos direitos civis. Por Vittorio Zucconi.
Tradução de Moisés Sbardelotto. IHU-Unisinos, 8 de março de 2011.
• Conquistas na luta e no luto Arquivado em 4 de março de 2016, no Wayback Machine..
Ao contrário do que ressalta o imaginário feminista, o 8 de março não surgiu a partir de
um incêndio nos Estados Unidos, mas foi fruto do acúmulo de mobilizações no começo
do século passado. Por Maíra Kubík Mano]. História viva.
• http://www.cnmcut.org.br/conteudo/8-de-marco-a-origem-do-mito-da-greve-de-nova-
iorque-em-1857
• http://psol50sp.org.br/blog/2010/03/05/dia-internacional-da-mulher-qual-a-origem-des
te-dia/
• https://novaescola.org.br/conteudo/301/por-que-8-de-marco-e-o-dia-internacional-da-
mulher
• Publicado em NOVA ESCOLA 07 de Março Por que 8 de março é o Dia Internacional da
Mulher?

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