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Conversa com o meio aberto

Dra. Candida de Souza


CRDH Marcos Dionísio
Contextualizando...

• De onde eu venho, quem sou eu, qual meu signo?

• Formação e atuação profissional e política

• Troca de saberes:

O que podemos compartilhar entre nós com vistas a fortalecer e


qualificar a atuação?
Para onde está
voltado nosso
olhar?
RÔMULO: É como se a tinta fosse uma pessoa
famosa e o morto uma pessoa da favela.

JORGE: Para eles, de paletó, o trabalhador não


vale de nada.

ALEXANDRE: O problema, aí, é porque o pintor


vem da periferia

PESQUISADORA: E vocês acham que essa


imagem acontece na realidade?

RÔMULO: Oxe, é disso que eu tava dizendo,


moço. Quando é na quebrada, não tem valor
não, esse sangue vermelho aí.

JORGE: Ó, num chega nem ambulância lá. Mas,


nesse lugar aí, cheio de carro, era pra chegar
pelo menos o carro da polícia. Mas os de paletó
estão preocupados com a rua suja de tinta. E
por isso ficam com a mão suja de sangue.
Dialética exclusão/inclusão

Desviantes

Necessários
Mal
Anormais Exclusão socializados para a manutenção
do sistema

Inadequados
Dialética exclusão/inclusão

• Não são categorias isoladas, formam um par indissociável

• Correção dos errantes para “reinserção social”

• Introduz a ética e a subjetividade na análise sociológica da


desigualdade

• Exclusão como o descompromisso político com o sofrimento do


outro

• Inclusão Social Perversa


Quem são esses sujeitos?

“JORGE: Tem pessoa que é doente por causa disso, por causa de tanto
preconceito.

CARLOS: O preconceito adoece mesmo a pessoa.

PESQUISADORA: Como assim, adoece?

CARLOS: Adoece, pô. É muito sofrimento. A pessoa não pode nem viver a vida
da pessoa em paz, a elite quer é que preto não exista.

PEDRO: É, quer que nós morra. Preto não é nem gente.

RÔMULO: Existe gente que tem voz e gente que não tem voz. Quem não tem
voz não é nem considerado gente.”
Sofrimento ético-político

• Sofrimento ético-político como categoria de análise da dialética


exclusão/inclusão

• Situa-se em uma sociedade conflituosa, especialmente na vivência dos


sujeitos no processo de luta de classes

• Abrange as múltiplas afecções do corpo e da alma que mutilam a vida de


diferentes formas

• Refere-se à maneira como sou tratada e trato o outro na intersubjetividade

• A dor das injustiças sociais


Sofrimento ético-político

• Retrata a vivência cotidiana das questões sociais dominantes


em cada época histórica, especialmente a dor que surge da
situação social de ser tratado como inferior, subalterno, sem
valor, apêndice inútil da sociedade

• Revela a tonalidade ética da vivência cotidiana da


desigualdade social, da negação imposta socialmente às
possibilidades da maioria apropriar-se da produção material,
cultural e social de sua época, de se movimentar no espaço
público e de expressar desejo e afeto
Sofrimento ético-político

• Os afetos, frutos do processo de exclusão, são relegados a


passar por um processo que pretende apagá-los, anulá-los,
enfim, torná-los inaudíveis.

• Lógica da invisibilidade do sofrimento

• Silenciamento dos afetos

• Diante disso, que sujeito nós temos?


Matriz analítica voltada para o sujeito

Criminalização

Sancionatório

Adolescente

Tráfico Escola

Pedagógico
A lógica do tráfico e das facções

Algumas abordagens:

1. Papel do Estado: participação (por ação ou omissão) e análise


sociológica da violência

2. Trabalho infantil

3. Tráfico como espaço de sociabilidade e de construção de


identidades.
A lógica do tráfico e das facções

• Masculinidades

• Poder, dinheiro e novinha.

• O simbolismo do “corpo viril” torna-se um modo de


produzir respostas às injustiças sociais.

• A violência representa uma forma de linguagem e o corpo


se apresenta como metáfora da subjetividade (Carreteiro,
2000).
E agora, José?

• Resgate da intersetorialidade

• Valorização da rede

• Resgate da Identidade profissional – quem é o socioeducador?

• A excepcionalidade da internação significa a necessidade de


fortalecimento do meio aberto

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