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ENGENHARIA MECÂNICA

22/03/2019 Prof. Julio Rezende


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UNIÕES PARAFUSADAS

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UNIÕES PARAFUSADAS
INTRODUÇÃO
Os parafusos são utilizados para manter as partes juntas em oposição às forças que tendem a
separá-las ou promover deslizamento de uma sobre a outra.

Uniões parafusadas são constituídas não só por parafusos propriamente ditos como também por
hastes dotadas de roscas (fusos), e porcas com as correspondentes roscas internas, podendo ainda
acrescentar arruelas e dispositivos de segurança;

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UNIÕES PARAFUSADAS
INTRODUÇÃO
FINALIDADES BÁSICAS:

− Transmitir força de compressão as peças, para mantê-las unidas, não permitindo movimentos
relativos prejudiciais entre si;

− Manter a força de compressão, que é traduzida pela força de tensão no parafuso;

− Permitir desmontagem e remontagens, visando futuras manutenções, com reaproveitamento


sucessivo do conjunto.

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UNIÕES PARAFUSADAS
 ROSCAS
Rosca é uma saliência de
perfil constante, helicoidal,
que se desenvolve de forma
uniforme, externa ou
internamente, ao redor de
uma superfície cilíndrica
ou cônica. Essa saliência é
denominada filete.

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UNIÕES PARAFUSADAS
 ROSCAS
Dependendo da inclinação dos filetes em relação ao
eixo do parafuso, as roscas ainda podem ser direita e
esquerda.
Portanto, as roscas podem ter dois sentidos: à direita
ou à esquerda. Na rosca direita, o filete sobe da direita
para a esquerda.

Na rosca esquerda, o filete sobe da


esquerda para a direita.
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UNIÕES PARAFUSADAS

 ROSCAS- FABRICAÇÃO

ROSCA LAMINADA (OU ROLADA)

ROSCA USINADA
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UNIÕES PARAFUSADAS

 ROSCAS- FABRICAÇÃO

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UNIÕES PARAFUSADAS

 ROSCAS- FABRICAÇÃO

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UNIÕES PARAFUSADAS
ROSCAS

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UNIÕES PARAFUSADAS
ROSCAS - NORMALIZAÇÃO

 Roscas Métrica ISO ABNT 9527

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UNIÕES PARAFUSADAS
ROSCAS - NORMALIZAÇÃO

 Roscas Métrica ISO ABNT 9527


* Deve-se dar preferência aos diâmetros
da coluna 1. Havendo necessidade pode-se
optar pelos da coluna 2.
Os diâmetros da coluna 3 devem ser
evitados.
** A melhor opção para a escolha do
passo é o da série grossa. Nos casos
necessários a preferência é sempre do
maior passo fino.
Quanto menor o passo para um
determinado diâmetro, maior a dificuldade
de fabricação da rosca no
que diz respeito às tolerâncias.

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UNIÕES PARAFUSADAS
ROSCAS - NORMALIZAÇÃO

 Roscas Unificadas UNC e UNF


Em Novembro de 1948 um acordo entre a Inglaterra, os Estados Unidos e Canadá adotou a rosca
Unificada como único padrão para todos os países que usam a polegada como unidade.

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ROSCAS - NORMALIZAÇÃO

 Roscas Unificadas UNC e UNF


A rosca unificada possui várias séries diâmetro-passo. O passo nas roscas com dimensões em
polegadas é dado de forma indireta pelo número de fios por polegada (fpp) que é igual ao número de
perfis de filetes que cabem no comprimento de 1 polegada.

As séries mais comuns são:


 UNC - série de rosca grossa - é uma das mais usadas na produção de parafusos e porcas e
outras aplicações em geral. É indicada para montagem e desmontagem rápida.
 UNF - série de rosca fina - indicadas para os casos onde a serie anterior não se aplica. As
roscas externas desta série possuem uma área resistente maior do que as da série grossa com
diâmetros correspondentes. Indicada também quando a espessura da parede e fina ou quando se
deseja um ângulo de avanço menor.
 UNEF - série de rosca extrafina - Indicada para os mesmos casos da rosca fina e onde os passo
da série anterior não são suficientes.

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UNIÕES PARAFUSADAS
ROSCAS – INSPEÇÃO - VERIFICAÇÃO
O primeiro procedimento para se verificar roscas consiste na medição do passo da rosca.
Para obter essa medida, podemos usar pente de rosca, escala ou paquímetro.
Esses instrumentos são chamados verificadores de roscas e fornecem a medida do passo em milímetro
ou em filetes por polegada e, também, a medida do ângulo dos filetes.

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UNIÕES PARAFUSADAS
ROSCAS – INSPEÇÃO - VERIFICAÇÃO

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UNIÕES PARAFUSADAS
 PARAFUSOS Parafusos são elementos de fixação, empregados na união não permanente de peças, isto
é, as peças podem ser montadas e desmontadas facilmente, bastando apertar e desapertar
os parafusos que as mantêm unidas.
Os parafusos se diferenciam pela forma da rosca, da cabeça, da haste e do tipo de
acionamento.

Parafuso com rosca parcial ISO 4014 (DIN 931) Parafuso com rosca total ISO 4017 (DIN 933)

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UNIÕES PARAFUSADAS
 PARAFUSOS

Cabeça cilíndrica com sextavado interno

22/03/2019 Cabeça cilíndrica


Prof. Julio com sextavado interno corpo ajustado
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UNIÕES PARAFUSADAS
PARAFUSOS
Os tipos mais comuns de uniões parafusadas são:

Parafuso Parafuso Parafuso Parafuso


montado com montado com prisioneiro prisioneiro
arruela em furo porca e arruelas montado com montado com
roscado arruela e porca arruelas e
(furo cego) em furo roscado porcas
(furo cego)
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UNIÕES PARAFUSADAS
PARAFUSOS

Le  2  d
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UNIÕES PARAFUSADAS
PARAFUSOS

 Parafusos de pressão

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UNIÕES PARAFUSADAS
PARAFUSOS - TIPOS

Parafuso auto-atarraxante

Parafuso para pequenas montagens

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UNIÕES PARAFUSADAS
PARAFUSOS - TIPOS

Parafuso com rosca


Soberba para madeira

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UNIÕES PARAFUSADAS
PARAFUSOS CLASSES DE RESISTÊNCIA
O primeiro número é a máxima resistência à tração (ruptura) do parafuso, em MPa, dividido por
100 (desse modo, um parafuso grau 8.8 irá falhar a 800 MPa ), enquanto o segundo número é a
percentagem de resistência à tração em que ocorre a deformação plástica, ou seja, é o limite inferior
da tensão de escoamento na qual ocorrerá uma deformação plástica permanente de 0,2%. Este valor
é obtido pela multiplicação dos dois números e deverá ser dividido por 10 (assim, um parafuso 8.8
deforma-se de forma permanente em 80% de 800 MPa, ou 640 MPa).

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PARAFUSOS CLASSES DE RESISTÊNCIA

a => Identificação do Fabricante


b => Classe de resistência
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PARAFUSOS CLASSES DE RESISTÊNCIA

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PARAFUSOS CLASSES DE RESISTÊNCIA

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UNIÕES PARAFUSADAS
PARAFUSOS CLASSES DE RESISTÊNCIA – SÉRIE MÉTRICA

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UNIÕES PARAFUSADAS
PARAFUSOS CLASSES DE RESISTÊNCIA – SÉRIE EM POLEGADA

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UNIÕES PARAFUSADAS
PARAFUSOS CLASSES DE RESISTÊNCIA – TUBULAÇÕES E ESTRUTURAS
METÁLICAS

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UNIÕES PARAFUSADAS
CERTIFICAÇÃO

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UNIÕES PARAFUSADAS
PORCA
Porca é uma peça de forma prismática ou cilíndrica geralmente metálica, com um furo roscado no
qual se encaixa um parafuso, ou uma barra roscada.
Em conjunto com um parafuso, a porca é um acessório amplamente utilizado na união de peças.
A porca está sempre ligada a um parafuso. A parte externa tem vários formatos para atender a
diversos tipos de aplicação. Assim, existem porcas que servem tanto como elementos de fixação
como de transmissão.

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UNIÕES PARAFUSADAS
PORCAS - TIPOS

Porca Castelo Porca Cega Porca e contraporca

Porca Autotravante (Parlock)

Porca Borboleta
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Porca Rápida (simples e dobrada)
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UNIÕES PARAFUSADAS
ARRUELAS

As arruelas têm a função de distribuir igualmente a força de aperto entre a porca, o


parafuso e as partes montadas, evitando o afrouxamento do parafuso. Em algumas
situações, também funcionam como elementos de trava.
São peças cilíndricas, de pouca espessura, com um furo no centro, pelo qual passa o
corpo do parafuso.
As arruelas servem basicamente para:
 proteger a superfície das peças;
 evitar deformações nas superfícies de contato;
 evitar que a porca afrouxe;
 suprimir folgas axiais (isto é, no sentido do eixo) na montagem das peças;
 evitar desgaste da cabeça do parafuso ou da porca.

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UNIÕES PARAFUSADAS
ARRUELAS- TIPOS

Arruela lisa

Arruela para perfis

Arruela dentada

Arruela de travamento com orelha


Arruela
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UNIÕES PARAFUSADAS
JUNÇÕES PARAFUSADAS

TRAÇÃO

CISALHAMENTO

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UNIÕES PARAFUSADAS
JUNÇÕES PARAFUSADAS

CISALHAMENTO TRAÇÃO

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UNIÕES PARAFUSADAS
CONSTRUÇÃO DE UNIÃO PARAFUSADA
Há vários fatores mecânicos independentes, que apoiados na competência do
técnico, são essenciais para obter um bom desempenho de uma união
aparafusada e estes fatores são comuns à maioria das uniões parafusadas.
Estes são:

 Tipo da união aparafusada.


 As juntas ou anéis de vedação usados.
 A quantidade de parafusos.
 Material dos parafusos.
 Valores de torque / tensionamento dos parafusos.
 Alinhamento.
 Estado das faces de vedação.
 Lubrificação e fator de fricção.
 O modo como a união foi construída.

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UNIÕES PARAFUSADAS
A carga total que um parafuso suporta é a soma da tensão inicial, isto é, do aperto e da carga
imposta pelas peças que estão sendo unidas. A carga inicial de aperto é controlada, estabelecendo-se
o torque-limite de aperto.

Em geral, na maioria das aplicações, a


confiabilidade da junta depende da
capacidade do parafuso de fixar as peças.
A fixação adequada previne o movimento
relativo entre as peças da junta e o
vazamento em juntas que contenham
vedações.

Quando o parafuso é tensionado corretamente, ele estará com a sua eficiência ideal.
Se a tensão for baixa, a porca pode afrouxar.
Se a tensão for muito alta, o parafuso poderá quebrar.
Cada parafuso tem um valor correto de torque/ tensão para cada aplicação.
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UNIÕES PARAFUSADAS
CARGA TOTAL SOBRE UM PARAFUSO
Quando um parafuso é apertado, a haste e a rosca sustentam uma tensão direta (tração) devido ao
fato de este estar sendo esticado. Além disto, uma tensão de torção é induzida devido à ação do
torque nas roscas.
Estas duas tensões são
combinadas em uma única tensão
equivalente para permitir que
possa ser feita uma comparação
com a força de estiramento do
parafuso. Para utilizar O torque obtido através
efetivamente a força do parafuso, do giro da porca ou do
e ainda deixar alguma margem parafuso, induz uma
para qualquer carga que o torção no corpo do
parafuso.
parafuso pudesse sustentar em
serviço, uma tensão equivalente a
90% do estiramento é geralmente
usada.

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UNIÕES PARAFUSADAS
JUNÇÕES PARAFUSADAS - COMPORTAMENTO DOS PARAFUSOS E PORCAS
Elasticidade é definida pela Lei de Física de
Hooke: A tensão em um parafuso é diretamente
proporcional á sua força. A força de tensão em um
parafuso é uma amplitude de elasticidade e uma
amplitude de plasticidade. Na amplitude de
elasticidade, a Lei de Hooke é verdadeira.
Todo o alongamento aplicado dentro da amplitude
de elasticidade é aliviado quando a carga é
removida. A quantidade de alongamento aumenta
quando mais carga é aplicada. Quando um
parafuso é tensionado além de seu teste de
carga (carga máxima sob a qual um parafuso se
comportará de forma elástica), o alongamento
elástico muda para deformação plástica e a força
não mais será proporcional à tensão.

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UNIÕES PARAFUSADAS
JUNÇÕES PARAFUSADAS

Na deformação plástica, uma parte do alongamento permanecerá depois que a


carga for removida. O ponto em que este alongamento permanente ocorre
é chamado de limitador de carga. Aplicação de mais carga leva o parafuso a um
ponto onde ele começa a falhar, e isto é chamado de ultimate tensile
strength (UTS) (Resistência máxima à tração).
Neste ponto UTS, caso força adicional for aplicada ao parafuso, este continuará a
se alongar até que, finalmente, quebre. O ponto em que o parafuso quebra é
chamado de ponto de tensão.
Deve-se prestar muita atenção à classe de resistência do parafuso que está sendo
usado, uma vez que os graus dos parafusos diferem na amplitude de elasticidade.

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UNIÕES PARAFUSADAS
JUNÇÕES PARAFUSADAS – PRÉ CARGA
O objetivo principal de um parafuso e uma porca é
manter as partes fixadas, com a força correta para
evitar afrouxamento durante a operação. O termo pré
carga se refere ao carregamento em um parafuso
imediatamente após ter sido apertado.
O valor de pré carga é crítico, uma vez que a junção
pode falhar se a carga no parafuso é muito alta, muito
baixa ou não uniforme em cada parafuso.

1. Parafuso se solta devido aos ciclos de


Cargas desniveladas no 2. vibração da carga.
3. Danos na superfície da face de vedação.
parafuso podem resultar em:
4. Compressão insuficiente.
 Alguns parafusos se soltam
5. Trincas.
enquanto outros ficam
6. Deformação do Flange.
sobrecarregados. 7. Deformação dos parafusos.
 Esmagamento da vedação em 8. Excesso de compressão da vedação.
um lado, vazamento no outro
lado.
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UNIÕES PARAFUSADAS
PARAFUSOS
TORQUE DE APERTO
Qualquer que seja o método de aperto do parafuso, o objetivo é de criar
um esforço de tração no parafuso e um esforço de compressão nas peças a
serem montadas;
Este esforço de tração é chamado de pré-carregamento do parafuso;

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UNIÕES PARAFUSADAS
PARAFUSOS
TORQUE DE APERTO

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UNIÕES PARAFUSADAS
PARAFUSOS
TORQUE DE APERTO

F1 Aumento de tensão no parafuso devido à força externa


F2 Redução na compressão das peças devido à força externa
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UNIÕES PARAFUSADAS
A força de fixação gerada por um parafuso pode ser controlada indiretamente regulando-se
o torque aplicado. Este método, conhecido como controle de torque, é de longe o método
mais popular de controle da força de fixação de um parafuso. A força de fixação inicial
gerada pelo parafuso é com freqüência chamada de pré-carga.
Existe uma ligação entre o torque aplicado a um parafuso e a pré-carga resultante. O atrito
tem uma grande influência sobre a quantidade de torque que é convertida em pré-carga.
Além do torque necessário para tracionar o parafuso, o torque também é necessário para
superar o atrito nas roscas e sob a face da porca e/ou da arruela.
Normalmente, apenas de 10% a 15% do torque é utilizado para tracionar o parafuso. Do
torque restante, 30% se dissipa nas roscas, e de 50% a 55% sob a face da porca.
Devido ao fato de o atrito ser um fator tão importante na relação entre o torque e a pré-
carga, as variações no coeficiente de atrito têm uma influência significativa na pré-carga do
parafuso. Diferentes acabamentos de superfície do parafuso em geral têm diferentes valores
de fricção.

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UNIÕES PARAFUSADAS
PERDAS POR ATRITO

PERDAS POR ATRITO – PARAFUSO SEM LUBRIFICAÇÃO


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UNIÕES PARAFUSADAS
ESTIMATIVA DE TORQUE
Para aplicarmos a força requerida no parafuso, temos que considerar no cálculo do valor de
torque as forças de atrito que atuam entre a faces de contatos na rosca e entre as faces da porca e
do flange.
Por esta razão, a aplicação de lubrificantes entre as faces de contatos mencionadas acima é
importante porque reduz, consideravelmente, os valores de torque necessários. Cada lubrificante
tem seu coeficiente de atrito. Se considerarmos o lubrificante com o menor coeficiente de atrito,
teremos, também, o valor de torque mais baixo.
Para calcular o valor de torque necessário para gerar uma certa carga nos parafusos, devemos
usar a seguinte fórmula:

 Fmáx  P   Fmáx  G d 2   Fmáx  DKM 1 


Ma   
 
    K  
 2   cos( / 2) 2   2 cos(  ) 

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CÁLCULO DO TORQUE
A equação de torque pode ser separada em três parcelas distintas:

 Fmáx  P   Fmáx  G d 2   Fmáx  DKM 1 


Ma           K  
 2   cos( / 2) 2   2 cos(  ) 
O torque O torque O torque
absorvido absorvido absorvido para
dirigido a para vencer vencer o atrito
manter as o atrito entre entre as faces de
roscas uma os fios de contato da porca
sobre as outras roscas. com o flange.
e necessário
para aplicar a
carga
requerida.

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CÁLCULO DO TORQUE

 Fmáx  P   Fmáx  G d 2   Fmáx  DKM 1 


Ma           K  
 2   cos( / 2) 2   2 cos(  ) 
Ma = Torque necessário;
Fmáx = Força de tração no parafuso (pré-carga);
P = Passo da rosca;
d2 = Diâmetro médio das rosca ( efetivo ou  primitivo);
α = Ângulo do filete;
β = Ângulo da hélice; W

DKM = média do diâmetro da face da porca = (D+Sd /2)

µG = Coeficiente de atrito no filete;


µK Coeficiente de atrito no assentamento da porca;
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UNIÕES PARAFUSADAS
CÁLCULO DO TORQUE – TORQUE LUBRIFICADO
Lubrificação reduz o atrito durante o aperto, diminui
falhas do parafuso durante a instalação e aumenta a
vida de trabalho do parafuso. Variação de coeficientes
de atrito afeta a quantidade de pré carga obtida em um
torque específico. Maior atrito resulta em conversão
menor de torque na pré carga. O valor do coeficiente
de atrito fornecido pelo fabricante de lubrificante deve
ser conhecido para estabelecer com precisão o valor de
torque necessário.

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PARAFUSOS TORQUE DE APERTO – MÉTODO DE GIRO


Atrito
Operador
Geometria
Precisão das ferramentas
Afrouxamento

Chave de torque Manual (Torquímetro)


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UNIÕES PARAFUSADAS

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UNIÕES PARAFUSADAS
TORQUÍMETRO DE ESTALO

Nos modelos em que o centro de rotação do


sistema coincide com o eixo de rotação do
quadrado, a força P pode ser aplicada em
qualquer lugar ao longo do braço do torquímetro
(conforme desenho), sem alteração dos valores
de torção medidos ou aplicados.

Valor do momento torçor na utilização de adaptadores:

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PARAFUSOS TORQUE DE APERTO – MÉTODO DE GIRO

Chave de torque Hidráulica


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UNIÕES PARAFUSADAS
TORQUEADEIRA PNEUMÁTICA

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UNIÕES PARAFUSADAS
MÉTODOS DE MONTAGEM
Em geral uniões aparafusadas podem ser apertadas com chaves de boca, ferramentas de
impacto, chaves de torque manuais, chaves hidráulicas de torque ou tensionadoras de
parafusos hidráulico.
O tensionamento de parafusos ou torque controlado são os métodos mais precisos e
deverão ser usados sempre que possível. O método escolhido depende da exatidão
requerida, carga nos parafusos, acesso e disponibilidade.
A seqüência correta do aperto é de fundamental importância para se obter uma união
duradoura e livre de vazamentos. A tabela abaixo identifica vários métodos de aperto sua
exatidão e aplicação.
Aperto sem controle como o uso de golpes e chaves de impacto, nunca é a opção
preferencial para se apertar qualquer tamanho de parafuso. No entanto quando não é
possível aplicar um método superior, por exemplo, num lugar muito apertado onde não
haja espaço para equipamentos de tensionamento sua limitação pode ser reduzida fazendo
uma avaliação de riscos. O aperto sem controle deverá restringir-se somente à aquelas
uniões que não podem ser apertadas com métodos controlados.
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PARAFUSOS TENSIONAMENTO

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Tensionador
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PARAFUSOS TENSIONAMENTO

1. Posicionar o soquete na porca e encaixar o tensionador;


2. Rosquear o tensionador na extremidade do parafuso;
3. Uma vez conectado o sistema hidráulico, pressurizar o tensionador e aplicar a força de tração
requerida ao parafuso;

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PARAFUSOS TENSIONAMENTO

4. Enquanto a pressão hidráulica, no tensionador, é mantida, girar a porca utilizado o soquete e a


barra de torção, somente encostando-a, sem apertá-la;
5. Aliviar a pressão hidráulica do tensionador. A carga de aperto, agora, á exercida pela força de
tração que foi dada ao parafuso;
6. Remover o conjunto do tensionador;
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PARAFUSOS TENSIONAMENTO

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UNIÕES PARAFUSADAS
PARAFUSOS
TORQUE DE APERTO

Método Exatidão Aplicação Recomendada

Aperto sem controle a golpes e Não Quando não é possível com


ferramentas de impacto Quantificável outros meios

Torque Manual +/- 30%, Uniões de baixo risco

Torque Hidráulico +/- 25% Uniões de risco médio

Tensão Hidráulica +/- 10% Uniões de alto risco

Indução Térmica +/- 10% Uniões de alto risco e de


grandes porte

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UNIÕES PARAFUSADAS
SUPERBOLT

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PARAFUSOS - TORQUE DE APERTO - SEQÜÊNCIA DE APERTO


Ao aplicar o torque, é comum apertar somente um parafuso de cada vez, isto pode resultar no Ponto
de Carga e Dispersão de Carga.
Para evitar isto, o torque é aplicado em estágios, seguindo um modelo pré determinado:

Passo 1: Aperte com chave, até que todas as porcas estejam encostadas.
Passo 2: Aperte cada parafuso até um terço do torque final necessário, na seqüência correta, conforme mostrado
acima.
Passo 3: Aumente o torque para dois terços, na seqüência correta, conforme mostrado acima.
Passo 4: Aumente o torque para o torque completo, na seqüência correta, conforme mostrado acima.
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PARAFUSOS - TORQUE DE APERTO - SEQÜÊNCIA DE APERTO

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UNIÕES PARAFUSADAS
Tolerâncias para Roscas:
Roscas série polegada: Os ajustes são determinados através da “Folga básica”. O ajuste é
obtido pelas tolerâncias das classes.
A folga básica é a mínima distância entre os filetes de rosca
do parafuso e da porca, quando ambos estiverem na
condição de “máximo material”, ou seja a rosca do
parafuso nas dimensões máximas de uma determinada
classe e a porca nas dimensões mínimas.
São 3 classes de ajuste:
Classe 1A e 1B – Grosseiro
Classe 2A e 2B - Comercial
Classe 3A e 3B – Precisão
A=> Rosca externa
B=> Rosca interna
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UNIÕES PARAFUSADAS
Tolerâncias para Roscas:
Roscas série polegada:

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UNIÕES PARAFUSADAS

Tolerâncias para Roscas:


Roscas série polegada:

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UNIÕES PARAFUSADAS
Roscas série Métrica (ISO 965-1): Os ajustes também são determinados através da “Folga básica” e
pelas tolerâncias na direção de menor folga.
A folga básica é chamada de “tolerância de posição” e é identificada por uma letra:
G e H para roscas internas;
e, f, g e h para roscas externas.
G e e definem ajustes com folga e a maior folga básica.
H e h definem “zero folga” , sem desvio do perfil básico.
O grau de tolerância é definido por um número de 3 a 9. O 9 define o ajuste mais folgado e o 3 define o
ajuste mais preciso.

Dimensão controlada Grau de tolerância


Diâmetro menor- rosca interna 4, 5, 6, 7, 8
Diâmetro primitivo- rosca interna 4, 5, 6, 7, 8
Diâmetro externo- rosca externa 4, 6, 8
Diâmetro primitivo- rosca externa 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9
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UNIÕES PARAFUSADAS

ROSCAS SÉRIE MÉTRICA (ISO 965-1):

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UNIÕES PARAFUSADAS

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UNIÕES PARAFUSADAS
TOLERÂNCIAS PARA ROSCAS MÉTRICAS ISO
6g é o ajuste comercial, de uso geral para roscas externas. Determina a tolerância de
posição e o grau de tolerância para o diâmetro maior. Usado com a porca 6H.
4g / 6g também caracteriza uso geral para roscas externas, quando se deseja um ajuste mais
preciso. Determina a tolerância de posição e o grau de tolerância para o diâmetro primitivo
(4g) e para o diâmetro externo (6g). Também é usado com a porca 6H.

Série Polegada Série Métrica


Parafuso Porca Parafuso Porca
1A 1B 8g 7H
2A 2B 6g 6H
3A 3B 4h 5H

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PARAFUSOS NOMENCLATURA
Classe de tolerância
Classe de resistência
1 ¼” – 7 x 5.500 – UNC – 2A - CLASSE 5
Classe de tolerância
Série da Rosca
Comprimento do parafuso

Número de fios por polegada

Diâmetro nominal

M 30 x 2 x 160 – 8.8 - 6 g
Classe de tolerância

Classe de resistência

Comprimento do parafuso

Passo da rosca

Diâmetro nominal
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UNIÕES PARAFUSADAS – TOLERÂNCIAS

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Compone nte s de Equipame ntos

ve dador
válvula
tubulação
tr ilho
tr e m onha
tr ave s s a
tir ante
te naz
tam bor
s aia
r olo
r ole te cor r e ia
r oldana
r olam e nto
r oda
r e ve s tim e nto
placa
pino
par afus o
palhe ta
m ola
Equipamento

m esa
m angue ir a
m ancal de de s lizam e nto
lança
junta de e xpans ão
has te
gancho
fr e io
flange
e ngr e nage m
e ngate
e ixo
cor r e ia
com por ta
cilindr o
ciclone
chas s i ve iculo
chapa de de s gas te
car r e te l
calha
cabo aço
bucha
bico
bas e
ane l
am or te ce dor
acoplam e nto

0 5 10 15 20 25 30
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Nº de ocorrências 85
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UNIÕES PARAFUSADAS

Incidência de tipos de ocorrências de falhas de parafusos

Falha de Fornecimento 4%
Tipos de ocorrências

Procedimento Inadequado 11%

Engenharia Inadequada 15%

Falha de Operacional 19%

Falha de Inspeção 22%

Montagem Inadequada 30%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%


Porcentagem de ocorrências

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UNIÕES PARAFUSADAS
1
1) A carga não é uniformemente
distribuída em todos os filetes de
rosca; 3
2
2) O eixo da rosca interna não está 4
perpendicular à face de assentamento
da porca;
8
3) A superfície de apoio é irregular; 7
4) O furo não está perpendicular à
superfície e nem paralelo ao eixo;
5) Furos desalinhados;
5
6) A superfície de apoio da cabeça do
parafuso não está perpendicular ao
eixo;
6
7) A aplicação da carga externa pode
9
resultar em flexão no parafuso;
8) A falta do uso da arruela lisa pesada
para cargas externas dinâmicas;
9) A tensão de aperto acima do
recomendado.
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UNIÕES PARAFUSADAS
PARAFUSOS - TIPOS
Trata-se de um fixador do tipo
rebite pré-tensionado para valores
exatos.
A bucha fica rebitada ao pino quando a ponta
do mesmo é tensionada hidraulicamente até se
romper por tração.
O método garante excelente
pré-tensionamento. O Huckbolt nunca se
afrouxa.
A colocação é muito rápida e a remoção é feita
com ferramenta especial ou corte.
Permite usar parafusos normais se não houver
dispositivo de remontagem no campo.
O processo foi desenvolvido para a indústria
aeronáutica, mas hoje já é usado em outros
campos, tais como a indústria
automobilística, ferrroviária e de mineração.

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UNIÕES PARAFUSADAS
PARAFUSOS - TIPOS

HUCK BOLT

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UNIÕES PARAFUSADAS
PARAFUSOS - TIPOS

HUCK BOLT

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UNIÕES PARAFUSADAS
PARAFUSOS - TIPOS

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UNIÕES PARAFUSADAS
PARAFUSOS – TIPOS - HELICOIL

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UNIÕES PARAFUSADAS
PARAFUSOS - TIPOS

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UNIÕES PARAFUSADAS
PARAFUSOS – TRAVAMENTO ANAERÓBICO
Travadores de rosca são anaeróbios de componente único que preenchem por completo as frestas
microscópicas entre roscas interfaciais. Polimerizam-se e se transformam em sólido resistente quando
entram em contato com metal na ausência de ar.

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MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COMPLEMENTAR:

BICKFORD, John, NASSAR, Sayed, Handbook of bolted


joints

SKF– Bolt-tightening Handbook

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