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AULA 2

PESQUISA QUALITATIVA

1. AMOSTRAGEM E CONSTRUÇÃO DO CORPUS

2. ENTREVISTAS: ROTEIRO E DICAS

3. ESTRATEGIAS PARA TRANSCREVER


LÓGICA RECURSIVA E ITERATIVA

Teoría Empiria
Decisões de seleção de
unidades de análise

Análise
POPULAÇÃO, AMOSTRAGEM E UNIDADES DE
ANÁLISE

As unidades de
análise podem ser 2 1 Distinguir caso
pessoas, ações, teórico do
identidades,
instituições,
3 caso empírico

acontecimentos,
espaços, objetos,
etc.
Amostra
TIPOS DE AMOSTRAGEM

1. Simples
2. Sistemático
Aleatorio
3. Estratificado
4. Conglomerados

Amostragem

Nao aleatorio Por conveniencia


Bola de neve
Teórico

Exceção: censo
MARCO REFERENCIAL

• Listado de todos os itens possíveis de uma certa população


• Problemas de não cobertura
• Pressuposto de uniformidade

Muitas vezes não é possível construir


um marco referencial para a
população que se deseja analisar
REPRESENTATIVIDADE

• “A mostra REPRESENTA a população se a distribuição de algum critério é idêntica tanto


na população como na amostra” (BAUER ET AARTS, 41)

• Presume-se que se a amostra representa a população em certos critérios


conhecidos (p.e. sexo, idade) então ela representará também naqueles outros
CRITERIOS nos quais se interessa a pesquisa e que são desconhecidos

• Pero a pesquisa qualitativa muitas vezes utiliza populações desconhecidas


AMOSTRAGEM E PESQUISA QUALITATIVA

“O que há de errado com a randomização? Processos de saturação são essenciais na


pesquisa qualitativa: a saturação assegura a replicação e validação de dados; e garante que
nossos dados sejam válidos e confiáveis. Se selecionarmos uma amostra aleatoriamente, os
fatores que nos interessam para o nosso estudo seriam normalmente distribuídos em
nossos dados e representados por algum tipo de curva, normal ou distorcida.
Independentemente de o tipo de curva, teríamos muitos dados sobre eventos comuns e
dados inadequados sobre eventos menos comuns.” (Morse, 2007:
PESQUISA QUALITATIVA E AMOSTRAGEM

• A pesquisa qualitativa pode usar qualquer tipo de amostragem


• Os mais frequentes são os não aleatórios

• Amostragem teórica:
• Seleção inicial de unidades de análise guiada por ideias teóricas
• Observações (entrevistas, grupos focais, etc)
• Análise dos dados e geração de categorias teóricas
• Elaboração de critérios para nova seleção de unidades de análise
• Busca de casos negativos e variações no fenómeno estudado
• Finaliza com a saturação teórica
Perigo Perigo
máximos porões de
locais dados
Tim Rapley (2014)

ATRASO NO DIAGNÓSTICO DE ARTRITE JUVENIL

1. Amostragem no projeto de pesquisa: “amostragem intencional” e “amostragem de


variação máxima” (duração de atraso / complexidade do caminho de referimento). Dois
grupos de pacientes: novos e estabelecidos. Cada “caso” supõe entrevistas com pães/mães,
professionais da saúde e o próprio paciente.
2. Inicio da pesquisa: a) revisão de notas clínicas (conhecer a população); b) leitura de
bibliografia especifica; c) definição de uma ronda inicial de amostragem: 3 tipos de pacientes
(rápido, típico, lento)
3. Problemas práticos encontrados: “rápido”, “típico”, “lento” segundo que critérios e para
quem, diversos registros e reformulações do “atraso” no diagnóstico
Amostragem é
orientada por
AMOSTRAGEM NA PESQUISA (ATRASO…) questões analíticas
emergentes

I. Ronda inicial: n = 3 Rápido, típico, lento  Amostragem de máxima variação


II. Exploração sem ordem: n=14 Pacientes de diagnóstico recente  Amostragem por conveniência
III. Exploração com ordem de outros: n = 11 Pacientes estabelecidos, seleção a critério do equipo médico
“casos interessantes”
I. Caso crítico: diagnóstico rápido pero sem tratamento (muda a pregunta da pesquisa)
IV. Construção teórica e desafio de supostos: n=17 Pacientes com enfermidade previa, membros da família
que já tivessem contato com NHS (suposto: o conhecimento prévio incide no diagnóstico e tratamento)
V. Seleção de casos para apresentação dos resultados
EM CIENCIAS SOCIAIS: POPULAÇÕES
DESCONHECIDAS
• Alguns tipos de objetos formam sistemas abertos e não podem ser conhecidos, mais
podem ser tipificados
• A construção de corpus ajuda a tipificar representações desconhecidas, pero não serve
para descrever a distribuição de essas representações (para isso seria preciso
amostragem)
A CONSTRUÇÃO DO CORPUS

• Barthes “coleção finita de materiais, determinada de antemão pelo analista, com (inevitável)
arbitrariedade, e com a qual ele irá trabalhar”
• Textos, imagens, sons
• Regras:
• Proceder por etapas: selecionar, analisar, selecionar de novo
• A variedade de estratos e função precede a variedade de representações
• A caracterização da variedade de representações tem prioridade sobre sua ancoragem nas
categorias existentes de pessoas
• Maximizar a variedade de representações ampliando espectro de estratos em consideração
UM EXEMPLO: O SENTIDO COMUM VISUAL

• Pesquisa de Sergio Caggiano com objetivo de rastrear modos de representação visual da


raça, gênero e classe social em Argentina
• Corpus: Álbum de fotografias editado pelo jornal Clarín com título “La fotografia en la
Historia Argentina” de 2005, 4 tomos
• Análise:
• Listado, conta e classificação das imagens
• Pesquisa de imagens de homens e mulheres
• Atenção a imagens de índios, pretos, mulatos
ANÁLISE DO CORPUS

• 490 imágenes
• Identificar criterios de clasificación social
• Análisis cuantitativo: cuántas fotografías y cuántas imágenes de cada
“tipo” social
• Análisis cualitativo de textos e imágenes: descripción, hipótesis e
intrepretación
QUANDO (AINDA) HAVÍA NEGROS/AS

Empregadas domésticas e trabalhadores pobres


No primeiro tomo (I) os textos que acompanham as fotografias
(pé da imagem) orientam ao leitor para prestar atenção a
presença de negros/as:
Logo sua ausência é sinalada e são colocados no passado do
país:
“los inmigrantes reemplazaron a los negros”
(dos sistemas clasificatorios: raza y nacionalidad)
EN VARIAS ESCENAS DEL TOMO II ENCONTRAMOS PERSONAS QUE EN AQUEL CASO
HABRÍAN SIDO CONSIDERADAS “NEGRAS”, SÓLO QUE ESTA VEZ NO HAY MENCIÓN
ALGUNA DE SU “RAZA” NI DE SU COLOR DE PIEL.
DISCUSSÃO EM CLASE: BOAKARI

• Objetivo da pesquisa
• Estrategia de amostragem o construcao do corpus
• Técnicas de pesquisa
• Análise
• Críticas o sugestoes
DICAS:
DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
• Uma descrição dos materiais implicados: textos, imagens, sons
• Caracterização do tópico de pesquisa
• Relatório sobre modalidades da ampliação gradual do corpus
• Descrição dos estratos sociais o categorias que foram empregadas no inicio, as que foram
acrescentadas depois
• Evidencias o critérios utilizados para saturação
• Duração dos ciclos na coleta de dados
• Local da coleta de dados
EXEMPLO

• “Para construir as histórias de vida, primeiro serão selecionadas cidades e / ou municípios


representativos das diferentes regiões do país: CABA, Metropolitana, Centro, Cuyo, Pampeana, NEA-
Litoral, NOA, Patagônia. Em segundo lugar, se escolherão escolas públicas e privadas (incluindo escolas
beneficiárias e não beneficiárias de políticas de inclusão digital) em cada cidade ou localidade e serao
estebelecidos contatos institucionais para o trabalho de campo.“
• A seleção dos casos para realização das histórias de vida será realizada seguindo os princípios da
amostragem teórica, orientada a articular de forma reflexiva a construção de dados com a elaboração de
teoria, enquanto os novos casos são selecionados de acordo com as necessidades que a a própria análise
está apontando (Glaser e Strauss, 1967). Serão levados em conta critérios como gênero, composição da
família, o nível de escolaridade e ocupação dos pais. Na amostragem teórica, a quantidade de casos, mas
dependerá da saturação teórica e, além disso, estará vinculada ao acessibilidade dos informantes”
ENTREVISTAS

• Definir o formato: estruturada, semi-estruturada ou não estruturada


• Prever a duração da entrevista
• Registro: provar todo antes!!!
• Escritura do roteiro:
• Inicio: preguntas mais simples, o entrevistado entra em confiança
• Médio: preguntas mais importantes e substantivas para a pesquisa
• Final: preguntas incómodas ou prever um fechamento amistoso

• Dimensões, blocos, preguntas e re-preguntas


RECURSOS PARA A REDAÇÃO DO ROTEIRO

• Intente consultar outros roteiros na mesma temática


• Enviar ao orientador/a para revisão
• Utilizar diferentes formatos para cada pregunta
• Elementos disparadores (fotografias, noticias, frases, listados)
• Relato de outros (“outro entrevistado diz que…você que acha de isso?)
• Preguntar como e não por que (invitar a contar uma história)
• Evitar preguntas dirigidas e preguntas que se respondem por si ou não
• Em assuntos delicados, colocar distancia: “Algumas pessoas acham que...”
DURANTE A ENTREVISTA

• Trazer gravador (pode ser o celular: colocar em modo avião), copia do roteiro, apontador e caneta
• Ser pontual com o entrevistado no inicio e prestar atenção ao tempo
• Utilizar o apontador para tomar notas de questões para reperguntar (sem interromper)
• Prestar atenção aos gestos e linguagem não verbal (anotar si achar algo relevante), especialmente as
sinais de que o entrevistado está cansado
• Revisar si todas as preguntas foram feitas
• No final apagar o gravador e dar oportunidade ao entrevistado de falar mais alguma coisa
• Depois da entrevista: escrever tudo o que vem a cabeça, tomar nota do ambiente na entrevista, data,
horário e local, nome e alias, comentários para análise posterior
MONITOREO

• Onde está o assunto da entrevista?


• Cada pergunta e interrupção era necessária e produtiva?
• Estou dando espaço para o participante contar sua história?
• Se estiver usando método observacional, pergunte: O seu envolvimento no ambiente é
um nível apropriado ou há sinais de que sua observação deixa os participantes
desconfortáveis?
A TRANSCRIÇÃO DAS ENTREVISTAS (1)

• Apps que podem ajudar:


• Para normatizar o áudio (Wavepad)
• Para transcrever: Express Scribe / oTranscribe / Hyper-Transcribe / Dragon

• Transcrever rápido si possível no mesmo dia da entrevista


• Utilizar velocidade 70 % para fazer a transcrição
• Definir si é preciso transcrever tudo o só trechos, si será uma transcrição literal ou não,
se interessante tomar conta das pausas e do tom da voz, etc.
ELEMENTOS POSSÍVEIS

• Componentes do comportamento vocal:


• Verbais
• Prosódicos (entonação)
• Paralinguisticos (rir, chorar, inspiração, aspiração)

• Gestos e postura corporal


• Câmbios na postura
• Gestos com as mãos
• Olhares

• Turnos na conversação
A TRANSCRIÇÃO DAS ENTREVISTAS (1I)

• Transcrever: utilizar signos gráficos para registrar comportamentos verbais, prosódicos e


paralingüísticos
• Terminologia:
• Negritas para volumem alto
• MAIÚSCULAS para gritos
• = para alongamento da vogal anterior
• ... Indicam pausa e ainda pode se anotar a duração (0.3) em segundos utilizando parêntesis
• : para cambio de nível na voz
• Acentos para marcar entonação
• {para notas sobre comportamento gestual e clarificações do sentido}
• Sublinhado para ênfase de um som (Foi exatamente assim)
ELEMENTOS BÁSICOS PARA CIENCIAS SOCIAIS

• Data, horário e local da entrevista


• Alias do entrevistado
• Nome do entrevistador
• Duração da entrevista
• Transcrição literal incluindo texto integro das preguntas do entrevistador e do
entrevistado
• Notas sobre o sentido do dito se fosse preciso
EXEMPLO
PRÓXIMA AULA (3): BIBLIOGRAFIA

• Saldaña (2009): “An introduction to codes and coding”, p. 1-32.

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