PALESTRA 4

GESTÃO NO CONTEXTO INTERNACIONAL

3/28/2019
 CONTEÚDO DA PALESTRA

1.1 Determinantes do rápido crescimento do comércio internacional;

1.2 Áreas mais afectadas na gestão internacional;

1.3 Implicações na gestão à escala;

1.4 Contexto Económico;

1.5 Contexto Político/Institucional;

1.6 A Empresa Multinacional;

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 1.1. DETERMINANTES DO RÁPIDO
CRESCIMENTO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
Em algumas áreas de negócio, operações globais são inevitáveis. Ex:
companhias que operam na área de logística, petrolíferas, mineiras.
Muitas empresas que actuam na área financeira, de telecomunicações
ambicionam operar numa escala mundial.

O rápido crescimento do comércio internacional deve-se a:

1. Expansão dos Fluxos Internacionais de Capitais;
2. Desenvolvimento das Tecnologias de Informação;
3. Factores de ordem política e institucional.

O comércio internacional existe desde há muitos anos atrás. A partir do sec.

xix muitas grandes empresas comerciais operavam em vários países. O que é novo
hoje é a proporção da produção que atravessa as fronteiras nacionais.

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 1.1. DETERMINANTES DO RÁPIDO
CRESCIMENTO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
 Disponibilidade de Capital
A disponibilidade e mobilidade de capital permite às empresas
financiarem investimentos directos em outros países. Por o capital ser
móvel, muitos países competem para adquirir investimento. Estimativas
indicam que um terço de todo o comércio é feito por empresas
transnacionais.

Muitas publicidades são feitas para atrair investimentos para regiões menos prósperas da
Europa, África , Ásia e América do Sul. Investimentos na área de serviços financeiros,
legais e outras formas de capital intelectual também aumentam o comércio mundial.

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 1.1. DETERMINANTES DO RÁPIDO
CRESCIMENTO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

 Desenvolvimento das Tecnologias de Informação

Desenvolvimentos tecnológicos associados à revolução da
informática e das telecomunicações resultaram em uma
extraordinária redução dos custos operacionais e dos custos das
transacções numa escala global.

As operações produtivas e financeiras tornaram-se mais baratas ao

mesmo tempo que se reduziram os custos de recolha/difusão de
informação de que o comércio internacional depende.

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 1.1. DETERMINANTES DO RÁPIDO
CRESCIMENTO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

A complexidade das redes de fornecimento e de produção

dependem de sistemas informáticos para monitorar o fluxo
das encomendas, dos pagamentos, etc. Sem os sistemas de
informação actualmente usados, o comércio mundial não
teria crescido a escala actual.

TI estimulam o comércio como produto e como uma forma de apoio aos sistemas de
produção dispersos. Note-se que os produtos electrónicos são compostos por muitos
componentes pequenos que tem um elevado rácio valor-peso, uma vez que são fáceis de
transportar longas distâncias. Muitas empresas entram nesse negócio se lhes permite ter
acesso a uma fonte acessível desses componentes. Grande parte do comércio internacional é
devido a emergência dos países asiáticos como vendedores de componentes electrónicos.

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 1.1. DETERMINANTES DO RÁPIDO
CRESCIMENTO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
 Factor Político/Institucional
Os factores de ordem política e institucional vinculados à ascensão
das ideias liberais ao longo dos anos 80, resultaram numa onda de
desregulamentaçao dos sistemas económicos à escala global.

Não confunda internacionalização com globalização

Internacionalização inclui actividades como joint venture com parceiros em outros países para
cooperar em algumas áreas/aspectos do negócio. A Coca-Cola tem acordos com muitas empresas
que fazem a promoção e distribuição dos seus produtos dentro de um pais/continente. Globalização
muitos aspectos do processo de produção são desenvolvidos e integrados em diferentes lugares do
mundo.

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 1.2. ÁREAS MAIS AFETADAS COM A GESTÃO
INTERNACIONAL
Algumas áreas operacionais das empresas são mais susceptíveis
de serem afectadas quando a gestão é feita no âmbito
internacional do que as outras.

Publicidade
A publicidade de uma firma é um dos aspectos mais visíveis em
muitos países e é susceptível a diferentes interpretações acerca
do que é aceitável. Apesar de ser por meio da publicidade que
muitas empresas conseguem se estabelecer interna ou
mundialmente, muitas das tácticas usadas pelas empresas dum
país podem não ser aceites noutros países ou regiões.

Muitas das tácticas usadas na Europa são inaceitáveis no Médio Oriente.

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 1.2. ÁREAS MAIS AFETADAS COM A GESTÃO
INTERNACIONAL

 Negociações
Muitas dificuldades surgem quando pessoas de diferentes países
entram em contacto directo para chegarem a certos acordos. A
forma de abordagem nas negociações reflecte as suas respectivas
culturas. Alguns tendem a ir directamente ao ponto ao passo que
outros precisam de muito tempo, ou mesmo muitos encontros para
estabelecer acordos.
 Organização interna das actividades da empresa
Uma empresa com actividades internacionais significantes precisa
desenvolver um estilo de gestão que reflecte essas diferenças.
Mesmo a expansão geográfica das actividades traz uma nova
dimensão na gestão. Geralmente as pessoas passam muito tempo
em reuniões para assegurarem consensos entre os diferentes
interesses.
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 1.3. IMPLICAÇÕES DA GESTÃO EM ESCALA
INTERNACIONAL
Uma empresa que decide expandir suas actividades à escala internacional
deve lidar com aspectos estruturais tais como:

1.Gerir estruturas matriciais onde produtos são produzidos e vendidos em

vários países;

2.Fortalecer as relações entre a pesquisa, o marketing e a produção para

permitir rápido lançamento de novos produtos;

3.Facilitar a transferência de conhecimentos entre as diversas componentes

nacionais da empresa;

4. Encorajar tácticas e flexibilidade locais mantendo uma coerência

estratégica da organização como um todo.

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 1.3. PRINCIPAIS FACTORES A CONSIDERAR NA
GESTÃO INTERNACIONAL

 Factores do contexto económico:

 Estágio de desenvolvimento económico;
 Sistemas de comunicações e outras infra-estruturas;
 Tamanho do mercado.

 Factores do contexto político/institucional

 Política nacional;
 Sistemas legais;
 Acordos comerciais e alianças económicas regionais.

 Factores do contexto cultural

 Diferenças nas culturas nacionais.

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 1.4. FACTORES DO CONTEXTO ECONÓMICO
 O estágio de desenvolvimento económico
A larga diferença entre países nos seus estágios de
desenvolvimento económico é um grande factor na gestão
internacional. O grande potencial de mercados nos países em
desenvolvimento constitui uma forte atração para as empresas
provenientes dos países economicamente mais ricos.

Estes últimos são atraídos para os países em vias de

desenvolvimento em que as elevadas taxas de natalidade significam
um número crescente de consumidores jovens e adultos.
Empresas com marcas fortes são atraídos para países mais
prósperos pela prospecção de mercados grandes e crescentes.
Outras ainda vêem esses países como fontes de mão-de-obra
barata.
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 1.4. FACTORES DO CONTEXTO ECONÓMICO

 Infra-estruturas
Incluem todos sistemas físicos que suportam as actividades económicas
tais como portos, aeroportos, estradas, caminhos de ferro e, cada vez
mais crescente, os sistemas de telecomunicações.

Empresas que operam a nível internacional, especialmente, em países

subdesenvolvidos, estão particularmente interessadas na qualidade
destas infra-estruturas, porque têm grandes efeitos nos custos e na da
gestão dos negócios. Por outro lado, infra-estruturas pobres constituem
uma oportunidade para as empresas que as vende.

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 1.4. Factores do contexto económico

 Mercados
A maior decisão que uma empresa que pretende se instalar no mercado
exterior tem de tomar é se ela irá produzir localmente e exportar, ou
implantar a fábrica no país de destino e produzir lá.

Quanto maior for o tamanho do mercado de um país, maior a

probabilidade de fabricar os produtos neste país. Daí surge a questão da
disponibilidade das matérias-primas e outras exigências de produção.

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 1.5. CONTEXTO POLÍTICO/ INSTITUCIONAL

Aspectos político/institucional a tomar em consideração incluem:

 O grau de intervenção do estado nas actividades económicas o
nível de dependência afecta o comportamento da empresa em
relação ao crescimento e lucractividade;
 As características do sistema financeiro;
 Acordos comerciais internacionais e;
 Alianças económicas regionais.
 1.6 A EMPRESA MULTINACIONAL
É uma organização que tem negócios em dois ou mais países e possui
escritórios de vendas e fábricas em muitos países.
A decisão de se tornar envolve três decisões básicas:
Mercado Internacional a ser servido - escolher o país em que os
serviços e/ou produtos serão vendidos tendo em conta dimensão do
mercado, a riqueza dos consumidores, facilidades de negociação;
Produtos ou serviços a serem comercializados – decidir que produtos
serão vendidos no pais escolhido; a empresa pode optar por tiro no
escuro ou uma internacionalização faseada.
Modo ou estratégia de entrada – a internacionalização pode entrar no
mercado internacional por subcontratação, exportação, actividades no
estrangeiro e investimento directo.

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 1.6.1 O AMBIENTE DO GESTOR
MULTINACIONAL
Que conhecimentos os gestores de empresas multinacionais necessitam
ter para desempenhar suas tarefas eficazmente?

 Cultura do país anfitrião:

Cultura é um conjunto de pressupostos básicos, inventados, descobertos ou

desenvolvidos por um certo grupo e que ensina aos novos membros do grupo,
como sendo a melhor forma de percepção, pensamento e visão em relação às
organizações ou aos problemas. (Edgar,1985)

Cultura é a maneira como as coisas são feitas numa determinada organização.

Programação colectiva que distingue um grupo do outro. (Hofstede, 1980)

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 1.6.1 O AMBIENTE DO GESTOR
MULTINACIONAL
Os gestores devem estar cientes de que:
 Culturas são aprendidas: e a soma do que os seres humanos aprendem em
comum, com outros membros da sociedade a qual pertencem;
 Culturas variam: sociedades diferentes possuem culturas diferentes;
 Culturas influenciam o comportamento: a cultura influencia a atitude da
pessoa em relação ao trabalho, autoridade, posse de bens materiais,
concorrência, tempo, lucro, risco assumido, e tomada de decisão.

 Situação da economia:
 Condições económicas: nível de rendimento, taxas de inflação, nível de
desenvolvimento económico,
 Crescimento do investimento directo vs outros recursos

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 1.6.1 O AMBIENTE DO GESTOR
MULTINACIONAL

 Política
 Atitudes governamentais: as políticas em relação as exportações
e investimentos podem ajudar ou prejudicar grandemente as
empresas multinacionais.
 Eficácia do governo: questões burocráticas, legislação aduaneira
e fiscal ineficientes,
 Estabilidade governamental: governos sujeitos a mudanças
sensíveis no governo e mudanças inesperadas no ambiente
politico criam transtornos as multinacionais.
 Tecnologia: influencia o nível produtividade, desemprego,
relações interpessoais e estrutura das organizações.

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 1.6.1 GESTAO DE PESSOAS NUMA
MULTINACIONAL
Devem os gestores de uma multinacional ser local ou emigrado?
 Factores a favor dos locais:
 Custos de remuneração reduzidos;
 Desnecessária adaptação cultural,
 Promoção de pessoal local;
 Desnecessária autorização de trabalho;
 Promoção de imagem local;
 Inexistência de risco de violação da regulamentação local de igualdade de
oportunidades de emprego.

 Factores a favor de gestores emigrados

 Possuem aptidões técnicas de gestão;
 Melhora a comunicação entre a empresa mãe e a filial;
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 1.6.1 GESTÃO DE PESSOAS NUMA
MULTINACIONAL
 Promove a imagem estrangeira ou da multinacional;
 Familiarização com a cultura da empresa facilita o
relacionamento;
 Desenvolvimento profissional e melhoria na tomada de
decisões;

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 LITERTURA USADA
David Boddy: Management: An Introduction. Cap. 4
Jr et al. Administração: Princípios de gestão empresarial . 10ed.
Cap. 3

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