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ESPECIALIZAÇÃO EM FARMÁCIA MAGISTRAL

formas farmacêuticas
de administração em
mucosas
Conteúdo

 supositórios e óvulos
Supositórios e óvulos

 consistência sólida
 forma cônica ou ogival
 reto ou vagina

 supositórios: 2,5 g, 1,5 g e 1g


 óvulos: 2 a 16 g
Administração retal

 Administração retal
 RETO 12 e 15 cm
 reto pélvico e reto perineal
 células caliciformes
 veias hemorroidais, três grupos:
 veias hemorroidais superiores
 veias hemorroidais médias
 veias hemorroidais inferiores
Administração retal

 não sofre alterações por contato com


os sucos digestivos
 substâncias eméticas ou irritantes

 facilidade de administração

 substituição da via parenteral


Administração retal

 diversos fármacos: digitálicos, alcalóides,


barbitúricos, antiinflamatórios,
antimicrobianos, vasodilatadores
 TAXA DE ABSORÇÃO: coeficiente de partição
óleo/água da porção não-dissociada da
molécula e grau de ionização
 pH entre 6,8-7,2 (pequena capacidade
tampão)
Fatores que afetam
a absorção no reto

 quantidade de fluido

 propriedades do muco

 conteúdo do reto

 motilidade do reto
Administração vaginal

 mucosa vaginal: pregas e saliências

 pH vaginal: entre 4 e 4,5


 vagina: presença de artérias, veias e vasos
linfáticos
 veias: comunicação direta com a circulação
sistêmica
Administração vaginal

 na prática, mucosa vaginal: utilizada a


aplicação de medicamentos tópicos:
adstringentes, antimicrobianos,
queratoplásticos e cicatrizantes

 óvulos, pomadas e cremes vaginais


Fatores que afetam
a absorção na vagina

 quantidade de muco

 espessura do epitélio
EXCIPIENTES UTILIZADOS
NA MANIPULAÇÃO DE
SUPOSITÓRIOS E
ÓVULOS
Excipientes

 absorção dos fármacos: excipientes utilizados

 EXCIPIENTES: óleo-solúvel
hidro-miscível

 Solubilidade relativa dos fármacos e


excipientes
Excipientes

 comportamento de um medicamento aplicado


na mucosa retal varia em função do fármaco e
dos excipientes utilizados:
 fármacos hidrossolúveis administrados em
excipientes hidrófobos: rápida absorção
 fármaco hidrossolúvel em excipiente solúvel na
água: absorção mais lenta
Escolha do excipiente
 ausência de efeitos terapêuticos próprios,
toxicidade
 consistência adequada
 facilidade de fusão, dissolução e
emulsificação
 compatibilidade com os fármacos
 capacidade de contração por arrefecimento
 apresentar hidrofilia suficiente
Escolha do excipiente

 incolores ou levemente corados


 ponto de fusão próximo à temperatura do
corpo humano
 diferença entre a faixa de fusão e a de
solidificação: mínima possível
 estabilidade frente aos agentes atmosféricos
e microrganismos
 liberar os fármacos no tempo desejável
Excipientes lipofílicos
Manteiga de cacau

 Theobroma cacao Lin.

 bem tolerada pela mucosa retal; sólida à


temperatura ambiente, sendo fluida a
temperatura do corpo humano
 faixa de solidificação: entre 22 e 26oC
 faixa de fusão: entre 29 e 34oC
 tempo de solidificação: 6 a 7 minutos
 mistura de triglicerídeos e ácidos graxos
insaturados, com pequena capacidade de
retenção de água (índice de água: 5 e 6)
Manteiga de cacau

 aquecimento à temperatura superior a


seu ponto de fusão: transformação
alotrópica dos glicerídeos constituintes
 SUPERAQUECIMENTO: ocorre POLIMORFISMO, com
obtenção de formas metaistáveis ,  e ’
 CARACTERÍSTICA FARMACOTÉCNICA: aquecimento
ATÉ cerca de 33oC: preservação das formas 
estáveis
 Se existir a necessidade de dissolver um
fármaco ou adjuvante no excipiente e se tenha
de aquecer a manteiga de cacau a temperatura
superior a 36°C, deve-se utilizar a menor
quantidade possível
Novata® (Henkel)

 Mistura de glicerídeos de ácidos graxos


saturados (animal)

 Tipo AB, A, B, BC, BD, BBC, E, BCF, C

 Mais utilizados: Novata BBC, B


- faixa de fusão: entre 34-36°C
- faixa de solidificação: 30,5-32,5°C
Suppocire® A (Gattefossé)

 glicerídeos semi-sintéticos

 origem vegetal

 faixa de fusão: entre 35-36,5°C


Witepsol® W25 (Dynamitnobel)

 triglicerídeos de ácidos graxos saturados com


monoglicerídeos

 faixa de fusão: entre 33,5-35,5°C

 faixa de solidificação: entre 20-32°C


Excipientes
hidrofílicos
Gelatina-glicerinada

 mistura de gelatina, glicerina e água


 PROBLEMAS:
 gelatina é incompatível com taninos
 ação farmacológica devido à glicerina
 gelatina é um excelente meio de cultura

 supositórios e óvulos muito


higroscópicos, absorvendo umidade
Gelatina-glicerinada

 Base gelatino-glicerinada
 gelatina em pó: 20 g
 água destilada: 10 g
 glicerina bidestilada: 70 g

 Conservação: sob refrigeração


 Validade: 6 meses
Polietilenoglicóis (PEGs)

 não possuem problemas de conservação

 apresentam muitas incompatibilidades

 não são irritantes para a mucosa

 comercializados como Carbowax®

 o tamanho da cadeia polimérica pode variar:


 forma líquida (MM 200-600 g/mol)
 forma sólida (superiores a 1000 g/mol)
Polietilenoglicóis (PEGs)

 são estáveis ao calor

 existem várias sugestões de formulações


 PEG 1000.... 96 %
 PEG 4000.... 4 %

 PEG 1000...75 %
 PEG 4000...25 %
Adjuvantes
farmacotécnicos
Adjuvantes
farmacotécnicos

 Corretivos do ponto de fusão:


 AUMENTAM A CONSISTÊNCIA: ceras, ácido
esteárico, parafina
 DIMINUEM A CONSISTÊNCIA: óleos,
glicerina, água, sorbitol, PEG de baixa MM
Adjuvantes
farmacotécnicos
 Agentes antioxidantes:
 B.H.T., B.H.A. e -tocoferol
 Conservantes:
 metil e propilparabeno (gelatina-
glicerinada)
 Corantes:
 sem inconvenientes ao fármaco
Manipulação de
supositórios e óvulos

fármaco é disperso ou dissolvido no


excipiente fundido, vazando a
massa líquida em moldes
adequados
Manipulação de
supositórios e óvulos
A) cálculo da quantidade de ativo e excipiente:

 FATOR DE DESLOCAMENTO ou MÉTODOS


PRÁTICOS
 fator de deslocamento: quantidade em
gramas de excipiente que corresponde ao
volume ocupado por 1 g de fármaco
 M = F – (f.S) ou
 M = F – (f1.S1 + f2.S2 + ... fnSn)
Manipulação de
supositórios e óvulos
 preparar 500 supositórios de 2,5 g contendo
cada um 0,2 g de ácido acetilsalicílico
(f1 = 0,63) e 0,02 g de cafeína (f2 = 0,60)
Manipulação de
supositórios e óvulos
 preparar 20 supositórios de 2,0 g contendo
cada um 0,05 g de anestesina (benzocaína
f1 = 0,68) e 0,3 g de óxido de zinco
(f2 = 0,2)
Manipulação de
supositórios e óvulos
 MÉTODO PRÁTICO
 peso: adicionar uma quantidade nitidamente
insuficiente de excipiente; distribuir a massa no
fundo dos alvéolos e completar o enchimento com
um leve excedente de excipiente puro fundido
Manipulação de
supositórios e óvulos
 MÉTODO PRÁTICO
 volume: colocar o fármaco em um béquer
calibrado e acrescentar uma porção de base
fundida, incorporando o ativo; acrescentar mais
base até que seja atingido o volume da mistura
suficiente para a preparação das unidades
desejadas
Manipulação de
supositórios e óvulos
Preparar quantidades superiores às
prescritas: até 4 peças, aumenta-se 1
unidade; acima de 5 peças aumentam-
se 2 unidades

B) fusão do excipiente:
 menor temperatura possível
 manteiga de cacau: 33oC evitar aparecimento
de formas metaistáveis
Manipulação de
supositórios e óvulos
C) aditivação de fármacos:
 extratos vegetais secos: podem ser dispersos
em pequena quantidade de base fundida
antes da incorporação

 materiais cristalinos: trituração até obtenção


de pó fino ou dissolvendo com uma pequena
quantidade de solvente

 componentes líquidos: podem ser


incorporados com um pouco de amido
Manipulação de
supositórios e óvulos
D) lubrificação do molde:
 glicerina ou vaselina líquida

E) solidificação: verter no molde quando se der


início à solidificação (formação de uma
película sobre a massa liquefeita)

F) Acondicionamento:
 moldes de polietileno
 folhas de plástico termocoladas
CONTROLE DE QUALIDADE
PARA ÓVULOS E SUPOSITÓRIOS
 Características organolépticas
 formato, massa e dimensão
 superfície lisa
 aspecto homogêneo

 Regularidade de peso
 20 unidades, fazer a média: não
ultrapassar o desvio de 5%
CONTROLE DE QUALIDADE
PARA ÓVULOS E SUPOSITÓRIOS
 Doseamento do fármaco

 Propriedades físicas
 faixa de fusão
 faixa de solidificação
 tempo de liquefação
Considerações na manipulação de
supositórios e óvulos

1. presença de água
2. friabilidade
3. viscosidade inadequada
4. pós de elevada densidade
5. contração de volume
6. estabilidade e validade
7. acondicionamento e armazenamento
Presença de água

Deve-se evitar o uso de água na incorporação


do fármaco (como auxiliar de manipulação)
 acelerar o processo de oxidação
 aumentar a velocidade de degradação de alguns
fármacos
 propiciar o crescimento de microrganismos
Friabilidade

1. inerente à base

2. quantidade de material incorporado ao


supositório: exceder a 30 %

3. choques térmicos
Viscosidade inadequada

 Viscosidade baixa:
 adicionar agente suspensor: sílica gel micronizada
(2 %)
 material fundido: menor temperatura possível
(manter a viscosidade elevada)
 constante agitação, até verter nos moldes
 adicionar álcool cetílico ou estearílico (5 %)
Pós de elevada densidade

 Pós insolúveis com densidade alta podem


sedimentar e estratificar nos moldes
 trituração
Contração de volume

 contração de volume: processo normal

 evitar choques térmicos (congelador): origina


cavidades na parte superior do molde

 arrefecimento: sob refrigeração


Estabilidade e validade

 Os supositórios preparados sem a utilização de água são


relativamente estáveis

 excipiente lipofílico: 6 meses


 excipiente hidrofílico: 3 meses
 se a estabilidade for desconhecida: prazo de validade de
30 dias
Acondicionamento

 podem ser acondicionados nos próprios


moldes descartáveis

 caso não seja possível: acondicionar


individualmente, em papel alumínio ou sachê
Armazenamento

 supositórios e óvulos: protegidos do calor e


armazenados em refrigerador (4 a 8 oC)
 Não devem ser congelados!

 Supositórios preparados com base PEG e


 Óvulos contendo gelatina-glicerinada
 protegidos da umidade
Utilização de supositórios
Utilização de óvulos

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