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CURSO DE

NR 10
SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E
SERVIÇOS EM ELETRICIDADE
Básico
OBJETIVO DO CURSO

Capacitar os participantes para


prevenção de acidentes de trabalho com
eletricidade, em atendimento ao novo
texto da portaria nº 598 de 07/12/2004
do Ministério do Trabalho e Emprego,
viabilizando a autorização para
trabalhos em Instalações Elétricas.

Equivale ao curso presencial


Módulo Básico - Baixa Tensão – 40 horas.
PÚBLICO ALVO

Todos os funcionários que trabalham


direta ou indiretamente com eletricidade.
Esta Norma Regulamentadora fixa as condições mínimas
exigíveis para implementação de medidas de controle e
sistemas preventivos destinados a garantir a segurança e
saúde dos trabalhadores que direta ou indiretamente
interajam em instalações elétricas e serviços com
eletricidade nas fases de geração, transmissão,
distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto,
construção, montagem, operação, manutenção das
instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas
suas proximidades.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Introdução à segurança com eletricidade


Riscos em instalações e serviços com eletricidade
Técnicas de análise de risco
Medidas de controle do risco elétrico
Normas técnicas brasileira
Regulamentações do MTb
Equipamentos de proteção coletiva
Equipamentos de proteção individual
Rotinas de trabalho – procedimentos
Documentação de instalações elétricas
Riscos adicionais
Proteção e combate a incêndios
Acidentes de origem elétrica
Primeiros socorros
Responsabilidades
Introdução à segurança com eletricidade
A Norma Regulamentadora n° 10 é uma norma do Ministério do Trabalho e
Emprego que estabelece as medidas de controle, os sistemas preventivos, as
técnicas e práticas de serviços relacionadas a serviços realizados em
instalações elétricas e nos serviços com eletricidade. O objetivo dessa norma
é garantir a segurança e a saúde daqueles que realizam esses serviços e
mesmo dos consumidores finais.
Introdução à segurança com eletricidade
Acidentes no setor elétrico podem ocasionar desde leves ferimentos,
até mesmo a morte das pessoas envolvidas.
ENERGIA ELÉTRICA: GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO
A energia elétrica que alimenta as indústrias, comércio e nossos lares é gerada
principalmente em usinas hidrelétricas, onde a passagem da água por turbinas
geradoras transformam a energia mecânica, originada pela queda d’agua, em
energia elétrica.

No Brasil a GERAÇÃO de energia elétrica é 80% produzida a partir de


hidrelétricas, 11% por termoelétricas e o restante por outros processos. A partir
da usina a energia é transformada, em subestações elétricas, e elevada a
níveis de tensão (69/88/138/240/440 kV) e transportada em corrente alternada
(60 Hertz) através de cabos elétricos, até as subestações rebaixadoras,
delimitando a fase de TRANSMISSÃO.

Já na fase de DISTRIBUIÇÃO (11,9 / 13,8 / 23 kV), nas proximidades dos


centros de consumo, a energia elétrica é tratada nas subestações, com seu
nível de tensão rebaixado e sua qualidade controlada, sendo transportada por
redes elétricas aéreas ou subterrâneas, constituídas por estruturas (postes,
torres, dutos subterrâneos e seus acessórios), cabos elétricos e
transformadores para novos rebaixamentos (110 / 127 / 220 / 380 V), e
finalmente entregue aos clientes industriais, comerciais, de serviços e
residenciais em níveis de tensão variáveis, de acordo com a capacidade de
consumo instalada de cada cliente.
Introdução à segurança com eletricidade
Quando falamos em setor elétrico, referimo-nos normalmente ao Sistema
Elétrico de Potência (SEP), definido como o conjunto de todas as
instalações e equipamentos destinados à geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica até a medição inclusive.
Com o objetivo de uniformizar o entendimento é importante informar que o
SEP trabalha com vários níveis de tensão, classificadas em alta e baixa
tensão e normalmente com corrente elétrica alternada (60 Hz).
Conforme definição dada pela ABNT através das NBR (Normas Brasileiras
Regulamentadoras), considera-se “baixa tensão”, a tensão superior a 50
volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua e igual ou
inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente
contínua, entre fases ou entre fase e terra. Da mesma forma considera-se
“alta tensão”, a tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou
1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.
Introdução à segurança com eletricidade
Geração de Energia Elétrica
Manutenção: São atividades de intervenção realizadas nas unidades
geradoras, para restabelecer ou manter suas condições adequadas de
funcionamento.
Essas atividades são realizadas nas salas de máquinas, salas de
comando, junto a painéis elétricos energizados ou não, junto a
barramentos elétricos, instalações de serviço auxiliar, tais como:
transformadores de potencial, de corrente, de aterramento, banco de
baterias, retificadores, geradores de emergência, etc.
Os riscos na fase de geração (turbinas/geradores) de energia elétrica são
similares e comuns a todos os sistemas de produção de energia e estão
presentes em diversas atividades, destacando:
• Instalação e manutenção de equipamentos e maquinários (turbinas,
geradores, transformadores, disjuntores, capacitores, chaves, sistemas de
medição, etc.);
• Manutenção das instalações industriais após a geração;
• Operação de painéis de controle elétrico;
• Acompanhamento e supervisão dos processos;
• Transformação e elevação da energia elétrica;
• Processos de medição da energia elétrica.
As atividades características da geração se encerram nos sistemas de
medição da energia usualmente em tensões de 138 a 500 kV, interface
com a transmissão de energia elétrica.
Introdução à segurança com eletricidade
Transmissão de Energia Elétrica
Basicamente está constituída por linhas de condutores destinados a
transportar a energia elétrica desde a fase de geração até a fase de
distribuição, abrangendo processos de elevação e rebaixamento de tensão
elétrica, realizados em subestações próximas aos centros de consumo.

Essa energia é transmitida em corrente alternada (60 Hz) em elevadas


tensões (138 a 500 kV). Os elevados potenciais de transmissão se
justificam para evitar as perdas por aquecimento e redução no custo de
condutores e métodos de transmissão da energia, com o emprego de
cabos com menor bitola ao longo das imensas extensões a serem
transpostas, que ligam os geradores aos centros consumidores.

Atividades características do setor de transmissão:

Inspeção de Linhas de Transmissão


Neste processo são verificados: o estado da estrutura e seus elementos, a
altura dos cabos elétricos, condições da faixa de servidão e a área ao
longo da extensão da linha de domínio. As inspeções são realizadas
periodicamente por terra ou por helicóptero.
Introdução à segurança com eletricidade
Manutenção de Linhas de Transmissão
• Substituição e manutenção de isoladores (dispositivo constituído de uma
série de “discos”, cujo objetivo é isolar a energia elétrica da estrutura);
• Limpeza de isoladores;
• Substituição de elementos pára-raios;
• Substituição e manutenção de elementos das torres e estruturas;
• Manutenção dos elementos sinalizadores dos cabos;
• Desmatamento e limpeza de faixa de servidão, etc.

Construção de Linhas de Transmissão


• Desenvolvimento em campo de estudos de viabilidade, relatórios de
impacto do meio ambiente e projetos;
• Desmatamentos e desflorestamentos;
• Escavações e fundações civis;
• Montagem das estruturas metálicas;
• Distribuição e posicionamento de bobinas em campo;
• Lançamento de cabos (condutores elétricos);
• Instalação de acessórios (isoladores, pára-raios);
• Tensionamento e fixação de cabos;
• Ensaios e testes elétricos.
Introdução à segurança com eletricidade
Salientamos que essas atividades de construção são sempre realizadas
com os circuitos desenergizados, via de regra, destinadas à ampliação ou
em substituição a linhas já existentes, que normalmente estão
energizadas. Dessa forma é muito importante a adoção de procedimentos
e medidas adequadas de segurança, tais como: seccionamento,
aterramento elétrico, equipotencialização de todos os equipamentos e
cabos, dentre outros que assegurem a execução do serviço com a linha
desenergizada (energizada).

Distribuição de Energia Elétrica


É o segmento do setor elétrico que compreende os potenciais após a
transmissão, indo das subestações de distribuição entregando energia
elétrica aos clientes. A distribuição de energia elétrica aos clientes é
realizada nos potenciais:
• Médios clientes abastecidos por tensão de 11,9 kV / 13,8 kV / 23 kV;
• Clientes residenciais, comerciais e industriais até a potência de 75 kVA (o
abastecimento de energia é realizado no potencial de 110, 127, 220 e 380
Volts);
• Distribuição subterrânea no potencial de 24 kV.
Introdução à segurança com eletricidade

A distribuição de energia elétrica possui diversas etapas de


trabalho, conforme descrição abaixo:
• Recebimento e medição de energia elétrica nas subestações;
• Rebaixamento ao potencial de distribuição da energia elétrica;
• Construção de redes de distribuição;
• Construção de estruturas e obras civis;
• Montagens de subestações de distribuição;
• Montagens de transformadores e acessórios em estruturas nas
redes de distribuição;
• Manutenção das redes de distribuição aérea;
• Manutenção das redes de distribuição subterrânea;
• Poda de árvores;
• Montagem de cabinas primárias de transformação;
• Limpeza e desmatamento das faixas de servidão;
• Medição do consumo de energia elétrica;
• Operação dos centros de controle e supervisão da distribuição.
Introdução à segurança com eletricidade
Na história do setor elétrico o entendimento dos trabalhos
executados em linha viva estão associados às atividades
realizadas na rede de alta tenção energizada pelos métodos: ao
contato, ao potencial e à distância e deverão ser executados por
profissionais capacitados especificamente em curso de linha viva.

Manutenção com a linha desenergizada “linha morta”


Todas as atividades envolvendo manutenção no setor elétrico
devem priorizar os trabalhos com circuitos desenergizados. Apesar
de desenergizadas devem obedecer a procedimentos e medidas
de segurança adequado.

Somente serão consideradas desenergizadas as instalações


elétricas liberadas para serviços mediante os procedimentos
apropriados: seccionamento, impedimento de reenergização,
constatação da ausência de tensão, instalação de aterramento
temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos,
proteção dos elementos energizados existentes, instalação da
sinalização de impedimento de energização.
Introdução à segurança com eletricidade
Manutenção com a linha energizada “linha viva”
Esta atividade deve ser realizada mediante a adoção de procedimentos e
metodologias que garantam a segurança dos trabalhadores. Nesta
condição de trabalho as atividades devem ser realizadas mediante os
métodos abaixo descritos:
Método ao contato
O trabalhador tem contato com a rede energizada, mas não fica no mesmo
potencial da rede elétrica, pois está devidamente isolado desta, utilizando
equipamentos de proteção individual e equipamentos de proteção coletiva
adequados a tensão da rede.
Método ao potencial
É o método onde o trabalhador fica em contato direto com a tensão da
rede, no mesmo potencial. Nesse método é necessário o emprego de
medidas de segurança que garantam o mesmo potencial elétrico no corpo
inteiro do trabalhador, devendo ser utilizado conjunto de vestimenta
condutiva (roupas, capuzes, luvas e botas), ligadas através de cabo
condutor elétrico e cinto à rede objeto da atividade.
Método à distância
É o método onde o trabalhador interage com a parte energizada a uma
distância segura, através do emprego de procedimentos, estruturas,
equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes apropriados.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
CHOQUE ELÉTRICO
O choque elétrico é um estímulo rápido no corpo humano, ocasionado pela
passagem da corrente elétrica. Essa corrente circulará pelo corpo onde ele
tornar-se parte do circuito elétrico, onde há uma diferença de potencial
suficiente para vencer a resistência elétrica oferecida pelo corpo.

Embora tenhamos dito, no parágrafo acima, que o circuito elétrico deva


apresentar uma diferença de potencial capaz de vencer a resistência
elétrica oferecida pelo corpo humano, o que determina a gravidade do
choque elétrico é a intensidade da corrente circulante pelo corpo.

O caminho percorrido pela corrente elétrica no corpo humano é outro fator


que determina a gravidade do choque, sendo os choques elétricos de
maior gravidade aqueles em que a corrente elétrica passa pelo coração.

Efeitos
O choque elétrico pode ocasionar contrações violentas dos músculos, a
fibrilação ventricular do coração, lesões térmicas e não térmicas, podendo
levar a óbito como efeito indireto as quedas e batidas, etc.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Efeitos
A morte por asfixia ocorrerá, se a intensidade da corrente elétrica for de
valor elevado, normalmente acima de 30 mA e circular por um período de
tempo relativamente pequeno, normalmente por alguns minutos. Daí a
necessidade de uma ação rápida, no sentido de interromper a passagem
da corrente elétrica pelo corpo. A morte por asfixia advém do fato do
diafragma da respiração se contrair tetanicamente, cessando assim, a
respiração. Se não for aplicada a respiração artificial dentro de um
intervalo de tempo inferior a três minutos, ocorrerá sérias lesões cerebrais
e possível morte.
A fibrilação ventricular do coração ocorrerá se houver intensidades de
corrente da ordem de 15mA que circulem por períodos de tempo
superiores a um quarto de segundo. A fibrilação ventricular é a contração
disritimada do coração que, não possibilitando desta forma a circulação do
sangue pelo corpo, resulta na falta de oxigênio nos tecidos do corpo e no
cérebro. O coração raramente se recupera por si só da fibrilação
ventricular. No entanto, se aplicarmos um desfribilador, a fibrilação pode
ser interrompida e o ritmo normal do coração pode ser restabelecido. Não
possuindo tal aparelho, a aplicação da massagem cardíaca permitirá que o
sangue circule pelo corpo, dando tempo para que se providencie o
desfribilador, na ausência do desfribilador deve ser aplicada a técnica de
massagem cardíaca até que a vítima receba socorro especializado.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Efeitos
Além da ocorrência destes efeitos, podemos ter queimaduras tanto
superficiais, na pele, como profundas, inclusive nos órgãos internos.
Por último, o choque elétrico poderá causar simples contrações
musculares que, muito embora não acarretem de uma forma direta lesões,
fatais ou não, como vimos nos parágrafos anteriores, poderão originá-las,
contudo, de uma maneira indireta: a contração do músculo poderá levar a
pessoa a, involuntariamente, chocar-se com alguma superfície, sofrendo,
assim, contusões, ou mesmo, uma queda, quando a vitima estiver em local
elevado. Uma grande parcela dos acidentes por choque elétrico conduz a
lesões provenientes de batidas e quedas.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Fatores determinantes da gravidade
Analisaremos, a seguir, os seguintes fatores que determinam a
gravidade do choque elétrico:
• percurso da corrente elétrica;
• características da corrente elétrica;
• resistência elétrica do corpo humano.

Percurso da corrente elétrica


Tem grande influência na gravidade do choque elétrico o percurso
seguido pela corrente no corpo. A figura abaixo demonstra os
caminhos que podem ser percorridos pela corrente no corpo
humano.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Características da corrente elétrica
Outros fatores que determinam a gravidade do choque elétrico são
as características da corrente elétrica. Nos parágrafos anteriores
vimos que a intensidade da corrente era um fator determinante na
gravidade da lesão por choque elétrico; no entanto, observa-se
que, para a Corrente Contínua (CC), as intensidades da corrente
deverão ser mais elevadas para ocasionar as sensações do
choque elétrico, a fibrilação ventricular e a morte. No caso da
fibrilação ventricular, esta só ocorrerá se a corrente continua for
aplicada durante um instante curto e especifico do ciclo cardíaco.
As correntes alternadas de frequência entre 20 e 100 Hertz são as
que oferecem maior risco. Especificamente as de 60 Hertz, usadas
nos sistemas de fornecimento de energia elétrica, são
especialmente perigosas, uma vez que elas se situam próximas à
frequência na qual a possibilidade de ocorrência da fibrilação
ventricular é maior.
Ocorrem também diferenças nos valores da intensidade da
corrente para uma determinada sensação do choque elétrico, se a
vítima for do sexo feminino ou masculino. A tabela abaixo ilustra o
que acabamos de dizer.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Resistência elétrica do corpo humano
A intensidade da corrente que circulará pelo corpo da vítima
dependerá, em muito, da resistência elétrica que esta oferecer à
passagem da corrente, e também de qualquer outra resistência
adicional entre a vítima e a terra. A resistência que o corpo
humano oferece à passagem da corrente é quase que
exclusivamente devida à camada externa da pele, a qual é
constituída de células mortas. Esta resistência está situada entre
100.000 e 600.000 ohms, quando a pele encontra-se seca e não
apresenta cortes, e a variação apresentada é função da sua
espessura.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Resistência elétrica do corpo humano

Quando a pele encontra-se úmida, condição mais facilmente


encontrada na prática, a resistência elétrica do corpo diminui.
Cortes também oferecem uma baixa resistência. Pelo mesmo
motivo, ambientes que contenham muita umidade fazem com que
a pele não ofereça uma elevada resistência elétrica à passagem
da corrente.

A pele seca, relativamente difícil de ser encontrado durante a


execução do trabalho, oferece maior resistência a passagem da
corrente elétrica. A resistência oferecida pela parte interna do
corpo, constituída, pelo sangue músculos e demais tecidos,
comparativamente à da pele é bem baixa, medindo normalmente
300 ohms em média e apresentando um valor máximo de 500
ohms.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Resistência elétrica do corpo humano

As diferenças da resistência elétrica apresentadas pela pele à


passagem da corrente, ao estar seca ou molhada, podem ser
grande, considerando que o contato foi feito em um ponto do
circuito elétrico que apresente uma diferença de potencial de 120
volts, teremos:
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Causas determinantes
Veremos a seguir os meios através dos quais são criadas condições para
que uma pessoa venha a sofrer um choque elétrico.
Contato com um condutor nú energizado Uma das causas mais comuns
desses acidentes é o contato com condutores aéreos energizados.
Normalmente o que ocorre é que equipamentos tais como guindastes,
caminhões basculantes tocam nos condutores, tornando-se parte do
circuito elétrico; ao serem tocados por uma pessoa localizada fora dos
mesmos, ou mesmo pelo motorista, se este, ao sair do veículo, mantiver
contato simultâneo com a terra e o mesmo, causam um acidente fatal.
Com frequência, pessoas sofrem choque elétrico em circuitos com banca
de capacitores, os quais, embora desligados do circuito que os alimenta,
conservam por determinado intervalo de tempo sua carga elétrica. Daí a
importância de se seguir as normativas referentes a estes dispositivos.
Grande cuidado deve ser observado, ao desligar-se o primário de
transformadores, nos quais se pretende executar algum serviço. O risco
que se corre é que do lado do secundário pode ter sido ligado algum
aparelho, o que poderá induzir no primário uma tensão elevadíssima. Daí a
importância de, ao se desligarem os condutores do primário de um
transformador, estes serem aterrados.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Falha na isolação elétrica
Os condutores quer sejam empregados isoladamente, como nas
instalações elétricas, quer como partes de equipamentos, são
usualmente recobertos por uma película isolante. No entanto, a
deterioração por agentes agressivos, o envelhecimento natural ou
forçado ou mesmo o uso inadequado do equipamento podem
comprometer a eficácia da película, como isolante elétrico.
Veremos, a seguir, os vários meios pelos quais o isolamento
elétrico pode ficar comprometido:

Calor e Temperaturas Elevadas


A circulação da corrente em um condutor sempre gera calor e, por
conseguinte, aumento da temperatura do mesmo. Este aumento
pode causar a ruptura de alguns polímeros, de que são feitos
alguns materiais isolantes, dos condutores elétricos.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Umidade
Alguns materiais isolantes que revestem condutores absolvem umidade,
como é o caso do nylon. Isto faz com que a resistência isolante do material
diminua.
Oxidação
Esta pode ser atribuída à presença de oxigênio, ozônio ou outros
oxidantes na atmosfera. O ozônio torna-se um problema especial em
ambientes fechados, nos quais operem motores, geradores. Estes
produzem em seu funcionamento arcos elétricos, que por sua vez geram o
ozônio. O ozônio é o oxigênio em sua forma mais instável e reativa.
Embora esteja presente na atmosfera em um grau muito menor do que o
oxigênio, por suas características, ele cria muito maior dano ao isolamento
do que aquele.
Radiação
As radiações ultravioleta têm a capacidade de degradar as propriedades
do isolamento, especialmente de polímeros. Os processos fotoquímicos
iniciados pela radiação solar provocam a ruptura de polímeros, tais como,
o cloreto de vinila, a borracha sintética e natural, a partir dos quais o
cloreto de hidrogênio é produzido. Esta substância causa, então, reações e
rupturas adicionais, comprometendo, desta forma, as propriedades físicas
e elétricas do isolamento.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Produtos Químicos
Os materiais normalmente utilizados como isolantes elétricos
degradam-se na presença de substâncias como ácidos, lubrificantes e
sais.
Desgaste Mecânico
As grandes causas de danos mecânicos ao isolamento elétrico são a
abrasão, o corte, a flexão e torção do recobrimento dos condutores. O
corte do isolamento dá-se quando o condutor é puxado através de
uma superfície cortante. A abrasão tanto pode ser devida à puxada de
condutores por sobre superfícies abrasivas, por orifícios por demais
pequenos, quanto à sua colocação em superfícies que vibrem, as
quais consomem o isolamento do condutor. As linhas de pipas com
cerol (material cortante) também agridem o isolamento dos
condutores.
Fatores Biológicos
Roedores e insetos podem comer os materiais orgânicos de que são
constituídos os isolamentos elétricos, comprometendo a isolação dos
condutores. Outra forma de degradação das características do
isolamento elétrico é a presença de fungos, que se desenvolvem na
presença da umidade.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Altas Tensões
Altas tensões podem dar origem à arcos elétricos ou efeitos corona,
os quais criam buracos na isolação ou degradação química,
reduzindo, assim, a resistência elétrica do isolamento.

Pressão
O vácuo pode causar o desprendimento de materiais voláteis dos
isolantes orgânicos, causando vazios internos e consequente variação
nas suas dimensões, perda de peso e consequentemente, redução de
sua resistividade.

QUEIMADURAS
A corrente elétrica atinge o organismo através do revestimento
cutâneo. Por esse motivo, as vitimas de acidente com eletricidade
apresentam, na maioria dos casos queimaduras.
Devido à alta resistência da pele, a passagem de corrente elétrica
produz alterações estruturais conhecidas como “marcas de corrente”.
As características, portanto, das queimaduras provocadas pela
eletricidade diferem daquelas causadas por efeitos químicos, térmicos
e biológicos.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Em relação às queimaduras por efeito térmico, aquelas causadas
pela eletricidade são geralmente menos dolorosas, pois a
passagem da corrente poderá destruir as terminações nervosas.
Não significa, porém que sejam menos perigosas, pois elas
tendem a progredir em profundidade, mesmo depois de desfeito o
contato elétrico ou a descarga.
A passagem de corrente elétrica através de um condutor cria o
chamado efeito joule, ou seja, uma certa quantidade de energia
elétrica é transformada em calor.

Essa energia (Watts) varia de acordo com a resistência que o


corpo oferece à passagem da corrente elétrica, com a intensidade
da corrente elétrica e com o tempo de exposição, podendo ser
calculada pela expressão:

onde: W - energia dissipada


R - resistência
I - intensidade da corrente
t - tempo
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
É importante destacar que não há necessidade de contato direto da
pessoa com partes energizadas. A passagem da corrente poderá ser
devida a uma descarga elétrica em caso de proximidade do individuo
com partes eletricamente carregadas.

A eletricidade pode produzir queimaduras por diversas formas, o que


resulta na seguinte classificação;
• queimaduras por contato;
• queimaduras por arco voltaico;
• queimaduras por radiação (em arcos produzidos por curtos-
circuitos);
• queimaduras por vapor metálico.

Queimaduras por contato


“Quando se toca uma superfície condutora energizada, as
queimaduras podem ser locais e profundas atingindo até a parte
óssea, ou por outro lado muito pequenas, deixando apenas uma
pequena “mancha branca na pela”. Em caso de sobrevir à morte, esse
último caso é bastante importante, e deve ser verificado no exame
necrológico, para possibilitar a reconstrução, mais exata possível, do
caminho percorrido pela corrente
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Queimaduras por arco voltaico
O arco elétrico caracteriza-se pelo fluxo de corrente elétrica através do ar,
e geralmente é produzido quando da conexão e desconexão de
dispositivos elétricos e também em caso de curto-circuito, provocando
queimaduras de segundo ou terceiro grau. O arco elétrico possui energia
suficiente para queimar as roupas e provocar incêndios, emitindo vapores
de material ionizado e raios ultravioletas.
Queimaduras por vapor metálico
Na fusão de um elo fusível ou condutor, há a emissão de vapores e
derramamento de metais derretidos (em alguns casos prata ou estanho)
podendo atingir as pessoas localizadas nas proximidades.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS
É gerado quando da passagem da corrente elétrica nos meios condutores. O
campo eletromagnético está presente em inúmeras atividades humanas, tais
como trabalhos com circuitos ou linhas energizadas, solda elétrica, utilização de
telefonia celular e fornos de microondas.
Os trabalhadores que interagem com Sistema Elétrico Potência estão expostos
ao campo eletromagnético, quando da execução de serviços em linhas de
transmissão aérea e subestações de distribuição de energia elétrica, nas quais
empregam-se elevados níveis de tensão e corrente.

Os efeitos possíveis no organismo humano decorrente da exposição ao campo


eletromagnético são de natureza elétrica e magnética. Onde o empregado fica
exposto ao campo onde seu corpo sofre uma indução, estabelecendo um
diferencial de potencial entre o empregado e outros objetos inerentes às
atividades.

A unidade de medida do campo magnético é o Ampére por Volt, Gaus ou Tesla


cujo símbolo é representado pela letra T.
Cuidados especiais devem ser tomados por trabalhadores ou pessoas que
possuem em seu corpo aparelhos eletrônicos, tais como marca passo,
aparelhos auditivos, dentre outros, pois seu funcionamento pode ser
comprometido na presença de campos magnéticos intenso.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
RISCOS ADICIONAIS
São considerados como riscos adicionais aqueles que, além dos elétricos, são
específicos de cada ambiente ou processo de trabalho que, direta ou indiretamente,
possam afetar a segurança e a saúde dos que trabalham com eletricidade.

Classificação dos riscos adicionais


Altura Em trabalhos com energia elétrica feitos em alturas, devemos seguir as
instruções relativas a segurança descritas abaixo:
• É obrigatório o uso do cinto de segurança e do capacete com jugular.
• Os equipamentos acima devem ser inspecionados pelo trabalhador antes do seu
uso, no que concerne a defeito nas costuras, rebites, argolas, mosquetões, molas e
travas, bem como quanto à integridade da carneira e da jugular.
• Ferramentas, peças e equipamentos devem ser levados para o alto apenas em
bolsas especiais, evitando o seu arremesso. Quando for imprescindível o uso de
andaimes tubulares em locais próximos à rede elétrica, eles deverão:
• Respeitar as distâncias de segurança, principalmente durante as operações de
montagem e desmontagem;
• Estar aterrados;
• Ter as tábuas da(s) plataforma(s) com, no mínimo, uma polegada de espessura,
travadas e que nunca ultrapassem o andaime;
•Ter base com sapatas;
• Ter guarda-corpo de noventa centímetros de altura em todo o perímetro com vãos
máximos de trinta centímetros;
•Ter cinturão de segurança tipo pára-quedista para alturas iguais ou superiores a 2
metros; •Ter estais a partir de 3 metros e a cada 5 metros de altura.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Manuseio de Escada Simples e de Extensão:
•Inspecione visualmente antes de usá-las, a fim de verificar se apresentam
rachaduras, degraus com jogo ou soltos, corda desajustada, montantes descolados,
etc.
• Se houver qualquer irregularidade, devem ser entregues ao superior imediato para
reparo ou troca.
• Devem ser manuseadas sempre com luvas.
• Limpe sempre a sola do calçado antes de subi-la.
• No transportar em veículos, coloque-as com cuidado nas gavetas ou nos ganchos-
suportes, devidamente amarradas.
• Ao subir ou descer, conserve-se de frente para ela, segurando firmemente os
montantes.
• Trabalhe somente depois dela estar firmemente amarrada, utilizando o cinto de
segurança e com os pés apoiados sobre os seus degraus.
• Devem ser conservadas com verniz ou óleo de linhaça.
• Cuidado ao atravessar as vias públicas, observando que ela deverá ser conduzida
paralelamente ao meio fio.
•Ao instalar a escada, observe que a distância entre o suporte e o pé da escada seja
de aproximadamente ¼ do seu comprimento.
• Antes de subir ou descer, exija um companheiro ao pé da escada para segurá-la.
Somente o dispense depois de amarrar a escada.
• Instalar a escada usando o pé direto para o apoio e a mão fechando por cima do
degrau, verificando o travamento da extensão.
• Não podendo amarrar a escada (fachada de prédio), mantenha o companheiro no pé
dela, segurando-a.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Ambientes Confinados
Nas atividades que exponham os trabalhadores a riscos de asfixia, explosão,
intoxicação e doenças do trabalho devem ser adotadas medidas especiais de
proteção, a saber:
a) treinamento e orientação para os trabalhadores quanto aos riscos a que estão
submetidos, a forma de preveni-los e o procedimento a ser adotado em situação de
risco;
b) nos serviços em que se utilizem produtos químicos, os trabalhadores não poderão
realizar suas atividades sem um programa de proteção respiratória;
c) a realização de trabalho em recintos confinados deve ser precedida de inspeção
prévia e elaboração de ordem de serviço com os procedimentos a serem adotados;
d) monitoramento permanente de substância que cause asfixia, explosão e
intoxicação no interior de locais confinados realizado por trabalhador qualificado sob
supervisão de responsável técnico;
e) proibição de uso de oxigênio para ventilação de local confinado;
f ) ventilação local exaustora eficaz que faça a extração dos contaminantes e
ventilação geral que execute a insuflação de ar para o interior do ambiente,
garantindo de forma permanente a renovação contínua do ar;
g) sinalização com informação clara e permanente durante a realização de trabalhos
no interior de espaços confinados;
h) uso de cordas ou cabos de segurança e pontos fixos para amarração que
possibilitem meios seguros de resgates;
i) acondicionamento adequado de substâncias tóxicas ou inflamáveis utilizadas na
aplicação de laminados, pisos, papéis de parede ou similares;
j) a cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores, pelo menos 2 (dois) devem ser treinados
para resgate;
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
k) manter ao alcance dos trabalhadores ar mandado e/ou equipamento autônomo
para resgate;
l) no caso de manutenção de tanque, providenciar desgaseificação prévia antes da
execução do trabalho.

Áreas Classificadas
São considerados ambientes de alto risco aqueles nos quais existe a possibilidade de
vazamento de gases inflamáveis em situação de funcionamento normal devido a
razões diversas, como, por exemplo, desgaste ou deterioração de equipamentos. Tais
áreas, também chamadas de ambientes explosivos, são classificadas conforme
normas internacionais, e de acordo com a classificação exigem a instalação de
equipamentos e/ou interfaces que atendam às exigências prescritas nas mesmas. As
áreas classificadas normalmente cobrem uma zona cujo limite é onde o gás ou gases
inflamáveis estarão tão diluídos ou dispersos que não poderão apresentar perigo de
explosão ou combustão. É evidente que um equipamento instalado dentro de uma
área classificada também deve ser classificado, e esta é baseada na temperatura
superficial máxima que o mesmo possa alcançar em funcionamento normal ou em
caso de falha. A EN 50.014 especifica a temperatura superficial máxima em 6 níveis,
assumindo como temperatura ambiente de referência 40ºC. Para exemplificar, um
equipamento classificado como T3 pode ser utilizado em ambientes cujos gases
possuem temperatura de combustão superior a 200ºC.
Para diminuirmos o risco de uma explosão, podemos adotar diversos métodos. Um
deles é eliminarmos um dos elementos do triângulo do fogo: temperatura, oxigênio e
combustível. E um outro é através de uma das três alternativas a seguir:
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
a) Contenção da explosão: na verdade, este é o único método que permite que
haja a explosão, porque esta fica confinada em um ambiente bem definido e
não pode propagar-se para a atmosfera do entorno.
b) Segregação: é o método que permite separar ou isolar fisicamente as partes
elétricas ou as superfícies quentes da mistura explosiva.
c) Prevenção: através deste método limita-se a energia, seja térmica ou elétrica,
a níveis não perigosos. A técnica de segurança intrínseca é a mais empregada
deste método de proteção e também a mais efetiva. O que se faz é limitar a
energia armazenada em circuitos elétricos de modo a torná-los totalmente
incapazes, tanto em condições normais de operação quanto em situações de
falha, de produzir faíscas elétricas ou de gerar arcos voltaicos que possam
causar a explosão.
As indústrias que processam produtos que em alguma de suas fases se
apresentem na forma de pó, são indústrias de alto potencial de risco quanto a
incêndios e explosões, e devem, antes de sua implantação, efetuar uma análise
acurada dos riscos e tomar as precauções cabíveis, pois na fase de projeto as
soluções são mais simples e econômicas.
Porém, as indústrias já implantadas poderão equacionar razoavelmente bem os
problemas, minorando os riscos inerentes com o auxílio de um profissional
competente.
A seguir, citamos alguns tipos de indústrias reconhecidamente perigosas quanto
aos riscos de incêndios e explosões:
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
» indústrias de beneficiamento de produtos agrícolas;
» indústrias fabricantes de rações animais;
» indústrias alimentícias;
» indústrias metalúrgicas;
» indústrias farmacêuticas;
» indústrias plásticas;
» indústrias de beneficiamento de madeira;
» indústrias do carvão.

Acidentes de Origem Elétrica


A segurança no trabalho é essencial para garantir a saúde e evitar
acidentes nos locais de trabalho, sendo um item obrigatório em
todos os tipos de trabalho. Podemos classificar os acidentes de
trabalho relacionando-os com fatores humano (atos inseguros) e
com o ambiente (condições inseguras). Essas causas são
apontadas como responsáveis pela maioria dos acidentes. No
entanto, deve-se levar em conta que, às vezes, os acidentes são
provocados pela presença de condições inseguras e atos
inseguros ao mesmo tempo.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Atos Inseguros
Os atos inseguros são, geralmente, definidos como causas de acidentes do
trabalho que residem exclusivamente no fator humano, isto é, aqueles que
decorrem da execução das tarefas de forma contrária às normas de segurança.
É a maneira como os trabalhadores se expõem (consciente ou
inconscientemente) aos riscos de acidentes. É falsa a ideia de que não se pode
predizer nem controlar o comportamento humano. Na verdade, é possível
analisar os fatores relacionados com a ocorrência dos atos inseguros e
controlá-los. Seguem-se alguns fatores que podem levar os trabalhadores a
praticarem atos inseguros:
• Fatores circunstanciais: fatores que influenciam o desempenho do indivíduo
no momento. Ex.: problemas familiares, abalos emocionais, discussão com
colegas, alcoolismo, estado de fadiga, doença, etc.
• Desconhecimento dos riscos da função e/ou da forma de evitá-los. Estes
fatores são na maioria das vezes causados por: seleção ineficaz, falhas de
treinamento, falta de treinamento.
• Desajustamento: este fator é relacionado com certas condições específicas do
trabalho. Ex.: problema com a chefia, problemas com os colegas, políticas
salariais impróprias, política promocional imprópria, clima de insegurança.
• Personalidade: fatores que fazem parte das características da personalidade
do trabalhador e que se manifestam por comportamentos impróprios. Ex.: o
desleixado, o machão, o exibicionista, o desatento, o brincalhão.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Condições Inseguras
São aquelas que, presentes no ambiente de trabalho, põem
em risco a integridade física e/ou mental do trabalhador,
devido à possibilidade deste acidentar-se. Tais condições
manifestam-se como deficiências técnicas, podendo
apresentar-se:
• Na construção e instalações em que se localiza a
empresa: áreas insuficientes, pisos fracos e irregulares,
excesso de ruído e trepidações, falta de ordem e limpeza,
instalações elétricas impróprias ou com defeitos, falta de
sinalização.
• Na maquinaria: localização imprópria das máquinas, falta
de proteção em partes móveis, pontos de agarramento e
elementos energizados, máquinas apresentando defeitos.
• Na proteção do trabalhador: proteção insuficiente ou
totalmente ausente, roupa e calçados impróprios,
equipamentos de proteção com defeito (EPI’s, EPC’s),
ferramental defeituoso ou inadequado.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Causas Diretas de Acidentes com Eletricidade

Podemos classificar como causas diretas de acidentes


elétricos as propiciadas pelo contato direto por falha de
isolamento, podendo estas ainda serem classificadas
quanto ao tipo de contato físico:
• Contatos diretos – consistem no contato com partes
metálicas normalmente sob tensão (partes vivas).
• Contatos indiretos – consistem no contato com partes
metálicas normalmente não energizadas (massas), mas que
podem ficar energizadas devido a uma falha de isolamento.
O acidente mais comum a que estão submetidas as
pessoas, principalmente aquelas que trabalham em
processos industriais ou desempenham tarefas de
manutenção e operação de sistemas industriais, é o toque
acidental em partes metálicas energizadas, ficando o corpo
ligado eletricamente sob tensão entre fase e terra.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Causas Indiretas de Acidentes Elétricos
Podemos classificar como causas indiretas de acidentes elétricos as originadas por
descargas atmosféricas, tensões induzidas eletromagnéticas e tensões estáticas.

Descargas Atmosféricas
As descargas atmosféricas causam sérias perturbações nas redes aéreas de
transmissão e distribuição de energia elétrica, além de provocarem danos materiais
nas construções atingidas por elas, sem contar os riscos de vida a que as pessoas e
animais ficam submetidos. As descargas atmosféricas induzem surtos de tensão que
chegam a centenas de quilovolts. A fricção entre as partículas de água que formam as
nuvens, provocada pelos ventos ascendentes de forte intensidade, dá origem a uma
grande quantidade de cargas elétricas. Verifica-se experimentalmente que as cargas
elétricas positivas ocupam a parte superior da nuvem, enquanto as cargas elétricas
negativas se posicionam na parte inferior, acarretando consequentemente uma
intensa migração de cargas positivas na superfície da terra para a área
correspondente à localização da nuvem, dando dessa forma uma característica
bipolar às nuvens. A concentração de cargas elétricas positivas e negativas numa
determinada região faz surgir uma diferença de potencial entre a terra e a nuvem. No
entanto, o ar apresenta uma determinada rigidez dielétrica, normalmente elevada, que
depende de certas condições ambientais. O aumento dessa diferença de potencial,
que se denomina gradiente de tensão, poderá atingir um valor que supere a rigidez
dielétrica do ar interposto entre a nuvem e a terra, fazendo com que as cargas
elétricas migrem na direção da terra, num trajeto tortuoso e normalmente cheio de
ramificações, cujo fenômeno é conhecido como descarga piloto. É de
aproximadamente 1kV/mm o valor do gradiente de tensão para o qual a rigidez
dielétrica do ar é rompida.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Tensão Estática
Os condutores possuem elétrons livres e, portanto, podem ser eletrizados
por indução.
Os isoladores, conhecidos também por dielétricos, praticamente não
possuem elétrons livres. Será que eles podem ser eletrizados por indução,
isto é, aproximando um corpo eletrizado, em contudo tocá-los?
Normalmente, os centros de gravidade das massas dos elétrons e prótons
de um átomo coincidem-se e localizam-se no seu centro. Quando um
corpo carregado se aproxima desses átomos, há um deslocamento muito
pequeno dos seus elétrons e prótons, de modo que os centros de
gravidade destes não mais se coincidem, formando assim um dipolo
elétrico. Um dielétrico que possui átomos assim deformados (achatados)
está eletricamente polarizado.
Tensões Induzidas em Linhas de Transmissões de Alta-Tensão
Devido ao atrito com o vento e com a poeira, e em condições secas, as
linhas sofrem uma contínua indução que se soma às demais tensões
presentes. As tensões estáticas crescem continuamente, e após um longo
período de tempo podem ser relativamente elevadas. Podemos ter tensões
induzidas na linha por causa do acoplamento capacitivo e eletromagnético.
Se dois condutores, ou um condutor e o potencial de terra, estiverem
separados por um dielétrico e em potenciais diferentes, surgirá entre
ambos o efeito capacitivo.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Ao aterrarmos uma linha, as correntes, devido às tensões induzidas
capacitivas e às tensões estáticas ao referencial de terra, são drenadas
imediatamente. Todavia, existirão tensões de acoplamento capacitivo e
eletromagnético induzidas pelos condutores energizados próximos à linha.
Essa tensão é induzida por linha ou linhas energizadas que cruzam ou são
paralelas à linha ou equipamento desenergizado no qual se trabalha. Essa
tensão é função da distância entre linhas, da corrente de carga das linhas
energizadas, do comprimento do trecho onde há paralelismo ou
cruzamento e da existência ou não de transposição nas linhas. No caso de
uma linha aterrada em apenas uma das extremidades, a tensão induzida
eletromagneticamente terá seu maior vulto na extremidade não aterrada; e
se ambas as extremidades estiverem aterradas, existirá uma corrente
fluindo num circuito fechado com a terra.
Ao se instalar o aterramento provisório, uma corrente fluirá por seu
intermédio, diminuindo a diferença de potencial existente e ao mesmo
tempo jampeando a área de trabalho, o que possibilita neste ponto uma
maior segurança para o homem de manutenção. Além disso, nos casos de
circuito de alta-extra ou ultra-alta tensão, portanto com indução elevada, é
recomendável a adoção de critérios que levem em conta o nível de tensão
dos circuitos e a distância entre eles, o que poderá determinar se as outras
medidas de segurança ainda deverão ser adotadas ou até mesmo se o
trabalho deverá ser feito como em linha energizada.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Técnicas de Análise de Riscos
Os acidentes são materializações dos riscos associados a atividades,
procedimentos, projetos e instalações, máquinas e equipamentos. Para
reduzir a frequência de acidentes, é preciso avaliar e controlar os riscos.
» Que pode acontecer errado?
» Quais são as causas básicas dos eventos não desejados?
» Quais são as consequências?
A análise de riscos é um conjunto de métodos e técnicas que aplicado a
uma atividade identifica e avalia qualitativa e quantitativamente os riscos
que essa atividade representa para a população exposta, para o meio
ambiente e para a empresa, de uma forma geral. Os principais resultados
de uma análise de riscos são a identificação de cenários de acidentes,
suas frequências esperadas de ocorrência e a magnitude das possíveis
consequências.
A análise de riscos deve incluir as medidas de prevenção de acidentes e
as medidas para controle das consequências de acidentes para os
trabalhadores e para as pessoas que vivem ou trabalham próximo à
instalação ou para o meio ambiente.
As metodologias representam os tipos de processos ou de técnicas de
execução dessas análises de riscos da instalação ou da tarefa. Alguns
exemplos dessas técnicas são apresentados a seguir com uma pequena
descrição do método.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Conceitos Básicos

Perigo
Uma ou mais condições físicas ou químicas com possibilidade de
causar danos às pessoas, à propriedade, ao ambiente ou uma
combinação de todos.
Risco
Medida da perda econômica e/ou de danos para a vida humana,
resultante da combinação entre a freqüência da ocorrência e a
magnitude das perdas ou danos (consequências).
O risco também pode ser definido através das seguintes
expressões:
» combinação de incerteza e de dano; » razão entre o perigo e as
medidas de segurança;
» combinação entre o evento, a probabilidade e suas
consequências.
A experiência demonstra que geralmente os grandes acidentes
são causados por eventos pouco frequentes, mas que causam
danos importantes.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Conceitos Básicos

Perigo
Uma ou mais condições físicas ou químicas com possibilidade de
causar danos às pessoas, à propriedade, ao ambiente ou uma
combinação de todos.
Risco
Medida da perda econômica e/ou de danos para a vida humana,
resultante da combinação entre a freqüência da ocorrência e a
magnitude das perdas ou danos (consequências).
O risco também pode ser definido através das seguintes
expressões:
» combinação de incerteza e de dano; » razão entre o perigo e as
medidas de segurança;
» combinação entre o evento, a probabilidade e suas
consequências.
A experiência demonstra que geralmente os grandes acidentes
são causados por eventos pouco frequentes, mas que causam
danos importantes.
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Análise de Riscos
É a atividade dirigida à elaboração de uma estimativa (qualitativa
ou quantitativa) do riscos, baseada na engenharia de avaliação e
técnicas estruturadas para promover a combinação das
frequências e consequências de cenários acidentais.
Avaliação de Riscos
É o processo que utiliza os resultados da análise de riscos e os
compara com os critérios de tolerabilidade previamente
estabelecidos.
Gerenciamento de Riscos
É a formulação e a execução de medidas e procedimentos
técnicos e administrativos que têm o objetivo de prever, controlar
ou reduzir os riscos existentes na instalação industrial, objetivando
mantê-la operando dentro dos requerimentos de segurança
considerados toleráveis.
Níveis de Risco
» Catastrófico » Moderado » Desprezível » Crítico » Não Crítico
Riscos em Instalações e Serviços com Eletricidade
Classificação dos Riscos
Quanto à severidade das consequências:

Categoria I Desprezível – Quando as consequências / danos


estão restritas à área industrial da ocorrência do evento com
controle imediato.

Categoria II Marginal – Quando as consequências / danos


atingem outras subunidades e/ou áreas não industriais com
controle e sem contaminação do solo, ar ou recursos hídricos.

Categoria III Crítica – Quando as consequências / danos


provocam contaminação temporária do solo, ar ou recursos
hídricos, com possibilidade de ações de recuperação imediatas.

Categoria IV Catastrófica – Quando as consequências / danos


atingem áreas externas, comunidade circunvizinha e/ou meio
ambiente
Análise de Riscos – Conceitos Básicos
Os objetivos de uma ARP são:
 Identificar e caracterizar os perigos potenciais dos
processos e dos materiais perigosos envolvidos e os
cenários associados a eles, que possam conduzir à
consequências indesejáveis;
 Avaliar e classificar as magnitudes e consequências
das situações potenciais de perigo encontradas;
 Sugerir recomendações praticáveis para minimizar e
controlar os perigos encontrados.

As ARP’s devem ser realizadas:


 Antes da partida de novos projetos;
 A cada 5 anos (Revisão Periódica);
 Caso hajam alterações relevantes no processo;
 Para verificação de deficiência em ARP’s existentes;
 Por Solicitações/Exigências externas.
Análise de Riscos – Conceitos Básicos
METODOLOGIAS DE IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PERIGOS E RISCOS

QUALITATIVAS:
 Análise de Check list (listas de Verificação);
 Revisão de Segurança;
 Análise Preliminar de Perigos;
 Análise What If / Check lists;
 Análise de Perigos e Operabilidade – HAZOP;
 Análise de Modos de Falhas e Efeitos – FMEA;
 Análise de Árvore de Falhas;
 Análise de Árvore de Eventos;
 Análise de Causa‐Consequência;
 Análise de Confiabilidade Humana;

QUANTITATIVAS:
Utilizadas principalmente em estudos de Vulnerabilidade.
Análise de Riscos – Conceitos Básicos
1) ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO- APR
Análise Preliminar de Risco consiste em um estudo durante a fase
de projeto de um sistema, com o objetivo de se determinar os
riscos que poderão estar presente na fase operacional do mesmo.
Em uma APR, determinamos o Risco, a Causa desse risco, o Efeito
provocado por ele, A Categoria de Risco e as Medidas Preventivas
ou Corretivas.

ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO- APR


IDENTIFICAÇÃO....................
SUBSISTEMA........................
CAT. MED.
RISCO CAUSA EFEITO
RISCO PREV.
I
II
III
IV
Análise de Riscos – Conceitos Básicos
Análise de Riscos – Conceitos Básicos
2. WHAT IF/CHECKLIST

CARACTERÍSTICAS:
 Análise geral e qualitativa
 Ideal para a primeira abordagem.
 Objetiva a identificação e o tratamento de riscos.

METODOLOGIA:
O WIC é um procedimento de revisão de riscos de processos que se
desenvolve através de reuniões de questionamento de
procedimentos, instalações etc. de um processo, gerando também
soluções para os problemas levantados. Utiliza-se de uma
sistemática técnico-administrativa que inclui princípios de dinâmica
de grupos.
Uma vez utilizado, é reaplicado periodicamente.

BENEFÍCIOS:
Revisão de um largo espectro de riscos, consenso entre áreas de
atuação (produção, processo, segurança) sobre a operação segura
da planta. Gera um relatório detalhado, de fácil entendimento, que é
também um material de treinamento e base de revisões futuras.
Análise de Riscos – Conceitos Básicos
3. ANÁLISE DE ÁRVORE DE FALHAS (AAF)

Utiliza-se de portas lógicas OU ; E para o relacionamento entre as


causas e os efeitos.

Parte-se de um evento complexo, que é desenvolvido sucessivamente


em eventos mais simples.

Os Eventos Básicos serão apenas:


 falhas ou defeitos de componentes
 falhas operacionais
 eventos da natureza

PROCEDIMENTO INTEGRAL
 seleção do evento topo
 determinação dos fatores contribuintes até as falhas
básicas(componentes, erros operacionais ou eventos da natureza)
 aplicação de dados quantitativos (taxas de falha, confiabilidade,
probabilidade de ocorrência)
 determinação da probabilidade de ocorrência do evento topo.
 Outros benefícios.
Análise de Riscos – Conceitos Básicos
3. ANÁLISE DE ÁRVORE DE FALHAS (AAF)

PROCEDIMENTO FINAL
 análise dos “cut-sets” (combinações de eventos que sozinhas levam
ao evento topo)
 classificação dos cut-sets por importância
 determinação dos fatores mais críticos (subsistemas, componentes,
operações)
 tratamento dos ramos críticos da árvore e recálculo para analisar
custo-benefício de futuras intervenções ou modificações.

PORTAS LÓGICAS PORTA OU (OR)


O evento saída ocorre se qualquer evento entrada ou combinação dos
mesmos ocorrer.

EVENTOS BÁSICOS
EXEMPLO DE PORTA “OU”
EXEMPLO DE PORTA “E”
A ASSOCIAÇÃO SÓ É POSSÍVEL MEDIANTE OS TRÊS
COMPROVANTES
Análise de Riscos – Conceitos Básicos
4. ANÁLISE DE MODOS E EFEITOS DE FALHA (FMEA)

Esta técnica permite analisar como podem falhar os componentes de um


equipamento ou sistema, estimar as taxas de falha, determinar os
efeitos que poderão advir, e, estabelecer as mudanças que deverão ser
feitas para aumentar a probabilidade de que o sistema ou equipamento
funcione de forma segura.

CARACTERÍSTICAS DA ANÁLISE DE MODOS DE FALHA E EFEITOS

METODOLOGIA: determinar os modos de falha de componentes e seus


efeitos em outros componentes e no sistema e determinar os meio de
detecção e compensação das falha e reparos necessários e categorizar
falhas para priorização das ações corretivas.

CARACTERÍSTICAS:
 análise detalhada, qualitativa/quantitativa.
 aplicação a riscos associados a falhas em equipamentos
 objetiva determinar falhas de efeito crítico e componentes críticos,
análise de confiabilidade de conjuntos, equipamentos e sistemas.
Análise de Riscos – Conceitos Básicos
VANTAGENS:
Detecção precoce de falhas, aumento da confiabilidade de equipamentos e
sistemas através do tratamento de componentes críticos, e muito úteis em
emergências de processos ou utilidades.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
DESENERGIZAÇÃO
A desenergização é um conjunto de ações coordenadas, sequenciadas e
controladas, destinadas a garantir a efetiva ausência de tensão no circuito,
trecho ou ponto de trabalho, durante todo o tempo de intervenção e sob
controle dos trabalhadores envolvidos.
Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas
liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados e
obedecida a sequência a seguir:
Seccionamento
É o ato de promover a descontinuidade elétrica total, com afastamento
adequado entre um circuito ou dispositivo e outro, obtida mediante o
acionamento de dispositivo apropriado (chave seccionadora, interruptor,
disjuntor), acionado por meios manuais ou automáticos, ou ainda através
de ferramental apropriado e segundo procedimentos específicos.
Impedimento de reenergização
É o estabelecimento de condições que impedem, de modo
reconhecidamente garantido, a reenergização do circuito ou equipamento
desenergizado, assegurando ao trabalhador o controle do seccionamento.
Na prática trata-se da aplicação de travamentos mecânicos, por meio de
fechaduras, cadeados e dispositivos auxiliares de travamento ou com
sistemas informatizados equivalentes.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Deve-se utilizar um sistema de travamento do dispositivo de
seccionamento, para o quadro, painel ou caixa de energia elétrica e
garantir o efetivo impedimento de reenergização involuntária ou
acidental do circuito ou equipamento durante a execução da atividade
que originou o seccionamento. Deve-se também fixar placas de
sinalização alertando sobre a proibição da ligação da chave e
indicando que o circuito está em manutenção.
O risco de energizar inadvertidamente o circuito é grande em
atividades que envolvam equipes diferentes, onde mais de um
empregado estiver trabalhando. Nesse caso a eliminação do risco é
obtida pelo emprego de tantos bloqueios quantos forem necessários
para execução da atividade.
Dessa forma, o circuito será novamente energizado quando o último
empregado concluir seu serviço e destravar os bloqueios. Após a
conclusão dos serviços deverão ser adotados os procedimentos de
liberação específicos.
A desenergização de circuito ou mesmo de todos os circuitos numa
instalação deve ser sempre programada e amplamente divulgada para
que a interrupção da energia elétrica reduza os transtornos e a
possibilidade de acidentes. A reenergização deverá ser autorizada
mediante a divulgação a todos os envolvidos.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Constatação da ausência de tensão

É a verificação da efetiva ausência de tensão nos condutores do circuito


elétrico. Deve ser feita com detectores testados antes e após a verificação
da ausência de tensão, sendo realizada por contato ou por aproximação e
de acordo com procedimentos específicos. Instalação de aterramento
temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos
Constatada a inexistência de tensão, um condutor do conjunto de
aterramento temporário deverá ser ligado a uma haste conectada à terra.
Na sequência, deverão ser conectadas as garras de aterramento aos
condutores fase, previamente desligados.

OBS.: Trabalhar entre dois pontos devidamente aterrados.

Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada


Define-se zona controlada como, área em torno da parte condutora
energizada, segregada, acessível, de dimensões estabelecidas de acordo
com nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais
autorizados, como disposto no anexo II da Norma Regulamentadora Nº10.
Podendo ser feito com anteparos, dupla isolação invólucros, etc.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Instalação da sinalização de impedimento de reenergização
Deverá ser adotada sinalização adequada de segurança, destinada à
advertência e à identificação da razão de desenergização e informações
do responsável.
Os cartões, avisos, placas ou etiquetas de sinalização do travamento ou
bloqueio devem ser claros e adequadamente fixados. No caso de método
alternativo, procedimentos específicos deverão assegurar a comunicação
da condição impeditiva de energização a todos os possíveis usuários do
sistema.
Somente após a conclusão dos serviços e verificação de ausência de
anormalidades, o trabalhador providenciará a retirada de ferramentas,
equipamentos e utensílios e por fim o dispositivo individual de travamento
e etiqueta correspondente.
Os responsáveis pelos serviços, após inspeção geral e certificação da
retirada de todos os travamentos, cartões e bloqueios, providenciará a
remoção dos conjuntos de aterramento, e adotará os procedimentos de
liberação do sistema elétrico para operação.
A retirada dos conjuntos de aterramento temporário deverá ocorrer em
ordem inversa à de sua instalação.
Os serviços a serem executados em instalações elétricas desenergizadas,
mas com possibilidade de energização, por qualquer meio ou razão,
devem atender ao que estabelece o disposto no item 10.6. da NR 10, que
diz respeito a segurança em instalações elétricas desenergizadas.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Aterramento Temporário
A instalação de aterramento temporário tem como finalidade a
equipotencialização dos circuitos desenergizados (condutores ou
equipamento), ou seja, ligar eletricamente ao mesmo potencial, no caso ao
potencial de terra, interligando-se os condutores ou equipamentos à malha
de aterramento através de dispositivos apropriados ao nível de tensão
nominal do circuito.
Para a execução do aterramento, devemos seguir às seguintes etapas:
• Solicitar e obter autorização formal;
•Afastar as pessoas não envolvidas na execução do aterramento e verificar
a desenergização.
• Delimitar a área de trabalho, sinalizando-a;
• Confirmar a desenergização do circuito a ser aterrado temporariamente.
•Inspecionar todos os dispositivos utilizados no aterramento temporário
antes de sua utilização.
• Ligar o grampo de terra do conjunto de aterramento temporário com
firmeza à malha de terra e em seguida a outra extremidade aos condutores
ou equipamentos que serão ligados à terra, utilizando equipamentos de
isolação e proteção apropriados à execução da tarefa.
• Obedecer os procedimentos específicos de cada empresa;
• Na rede de distribuição deve-se trabalhar, no mínimo, entre dois
aterramentos.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Aterramento
Os sistemas de aterramento devem satisfazer às prescrições de segurança
das pessoas e funcionais da instalação. O valor da resistência de aterramento
deve satisfazer às condições de proteção e de funcionamento da instalação
elétrica.

Ligação à Terra
Qualquer que seja sua finalidade (proteção ou funcional), o aterramento deve
ser único em cada local da instalação. Para casos específicos, de acordo com
as prescrições da instalação, o aterramento pode ser usado separadamente,
desde que sejam tomadas as devidas precauções.

Aterramento Funcional
É o aterramento de um ponto (do sistema, da instalação ou do equipamento)
destinado a outros fins que não a proteção contra choques elétricos. Em
particular, no contexto da seção, o termo "funcional" está associado ao uso do
aterramento e da equipotencialização para fins de transmissão de sinais e de
compatibilidade eletromagnética.

Aterramento do Condutor Neutro


Quando a instalação for alimentada diretamente pela concessionária, o
condutor neutro deve ser aterrado na origem da instalação.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Aterramento de Proteção (PE)
A proteção contra contatos indiretos proporcionada em parte pelo
equipamento e em parte pela instalação é aquela tipicamente associada
aos equipamentos classe I.

Um equipamento classe I tem algo além da isolação básica: sua massa é


provida de meios de aterramento, isto é, o equipamento vem com
condutor de proteção (condutor PE, ou "fio terra") incorporado ou não ao
cordão de
ligação,ouentãosuacaixadeterminaisincluiumterminalPEparaaterramento.
Essaéapartequetocaaopróprio equipamento. A parte que toca à
instalação é ligar esse equipamento adequadamente, conectando-se o
PE do equipamento ao PE da instalação, na tomada ou caixa de
derivação – o que pressupõe uma instalação dotada de condutor PE,
evidentemente (e isso deve ser regra, e não exceção); e garantir que, em
caso de falha na isolação desse equipamento, um dispositivo de
proteção atue automaticamente, promovendo o desligamento do circuito.
A secção mínima do condutor de proteção (PE) deve obedecer aos
valores estabelecidos pela ABNT NBR 5410.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Aterramento por Razões Combinadas de Proteção e Funcionais

Quando for exigido um aterramento por razões combinadas de proteção


e funcionais, as prescrições relativas às medidas de proteção devem
prevalecer.
Esquemas de ligação de aterramento em baixa tensão:
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Esquemas de Ligação de Aterramento em MédiaTensão
Segundo a norma NBR 14039/2003, são considerados os esquemas
de aterramento para sistemas trifásicos comumente utilizados,
descritos a seguir, sendo estes classificados conforme a seguinte
simbologia:
•Primeira letra – situação da alimentação em relação à terra:
»T = um ponto de alimentação (geralmente o neutro) diretamente
aterrado;
» I = isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou
aterramento de um ponto através de uma impedância.
•Segunda letra – situação das massas da instalação elétrica em
relação à terra:
» T = massas diretamente aterradas, independentemente do
aterramento eventual de ponto de alimentação; » N = massas ligadas
diretamente ao ponto de alimentação aterrado (em corrente alternada,
o ponto aterrado é normalmente o neutro).
•Terceira letra – situação de ligações eventuais com as massas do
ponto de alimentação:
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Esquemas de Ligação de Aterramento em MédiaTensão
» R = as massas do ponto de alimentação estão ligadas
simultaneamente ao aterramento do neutro da instalação e às massas
da instalação;
» N = as massas do ponto de alimentação estão ligadas diretamente
ao aterramento do neutro da instalação, mas não estão ligadas às
massas da instalação;
»S = as massas do ponto de alimentação estão ligadas a um
aterramento eletricamente separado daquele do neutro e daquele das
massas da instalação.

Esquema TNR
O esquema TNR possui um ponto da alimentação diretamente
aterrado, sendo as massas da instalação e do ponto de alimentação
ligadas a esse ponto através de condutores de proteção. Nesse
esquema, toda corrente de falta direta fase-massa é uma corrente de
curto-circuito.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Esquemas TTN e TTS
Os esquemas TTx possuem um ponto da alimentação diretamente
aterrado, estando as massas da instalação ligadas a eletrodos de
aterramento eletricamente distintos do eletrodo de aterramento do
ponto de alimentação. Nesse esquema, as correntes de falta direta
fase-massa devem ser inferiores a uma corrente de curto circuito,
sendo, porém, suficientes para provocar o surgimento de tensões de
contato perigosas.
São considerados dois tipos de esquemas, TTN e TTS, de acordo com
a disposição do condutor neutro e do condutor de proteção das
massas do ponto de alimentação, a saber:
a) esquema TTN, no qual o condutor neutro e o condutor de proteção
das massas do ponto de alimentação são ligados a um único eletrodo
de aterramento;
b) esquema TTS, no qual o condutor neutro e o condutor de proteção
das massas do ponto de alimentação são ligados a eletrodos de
aterramento distintos.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Esquemas ITN, ITS e ITR
Os esquemas Itx não possuem qualquer ponto da alimentação
diretamente aterrado ou possuem um ponto da alimentação aterrado
através de uma impedância, estando as massas da instalação ligadas
a seus próprios eletrodos de aterramento. Nesse esquema, a corrente
resultante de uma única falta fase-massa não deve ter intensidade
suficiente para provocar o surgimento de tensões de contato
perigosas. São considerados três tipos de esquemas, ITN, ITS e ITR,
de acordo com a disposição do condutor neutro e dos condutores de
proteção das massas da instalação e do ponto de alimentação, a
saber:
a) Esquema ITN, no qual o condutor neutro e o condutor de proteção
das massas do ponto de alimentação são ligados a um único eletrodo
de aterramento e as massas da instalação ligadas a um eletrodo
distinto;
b) Esquema ITS, no qual o condutor neutro, os condutores de proteção
das massas do ponto de alimentação e da instalação são ligados a
eletrodos de aterramento distintos;
c) Esquema ITR, no qual o condutor neutro, os condutores de proteção
das massas do ponto de alimentação e da instalação são ligados a um
único eletrodo de aterramento.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Medida da resistência de aterramento
Na escolha dos eletrodos de aterramento e sua posterior distribuição é
importante considerar as condições locais, a natureza do terreno e a
resistência de contato do aterramento. O trabalho de aterramento
depende desses fatores e das condições ambientais.
É comum encontrar baixa resistência ôhmica no aterramento. Influem a
resistência de contato (ou de difusão) do aterramento e a resistência
do condutor de terra.
Sejam A e B tubos condutores, convenientes para um bom
aterramento. Se entre os pontos A e B existir uma distância suficiente
e por ambos circular uma corrente, pode-se medir uma tensão "U“ em
relação à terra, tendo-se M como ponto de referência, encontrando-se
a curva indicada em "B". É fácil verificar que nas proximidades dos
aterramentos a tensão em relação ao ponto M cresce, sendo nula a
tensão no ponto de referência. Esse crescimento da tensão nas
proximidades dos aterramentos pode ser explicado se lembrarmos que
as linhas de corrente se concentram nas proximidades dos pontos de
aterramento. Ao mesmo tempo, afastando-se destes, há uma seção
bem maior para a passagem da corrente, o que provoca uma queda
nula de tensão.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Para se obter uma resistência ôhmica de aterramento favorável,
devemos medir a corrente e a queda de tensão provocada por ela.
Para isso basta medir a tensão entre uma tomada de terra e um ponto
distante a 20 metros, de tal forma que no mesmo potencial seja nulo.
A resistência de contato tem a resistência do solo com o fator
muitíssimo importante.
Os eletrodos de aterramento podem ser profundos ou superficiais. No
primeiro caso, geralmente, usam-se tubos de ferro galvanizado, em
geral de 3/4", ou hastes de aço revestidas com uma película de cobre
depositada eletroliticamente (copperweld), de comprimento grande,
cravados no solo.
No caso de aterramento superficial, usam-se cabos condutores ou
chapas, enterrados a uma profundidade média de 0,50 metro,
preferindo-se uma disposição radial e com centro comum.
Equipotencialização
Podemos definir equipotencialização como o conjunto de medidas que
visa minimizar as diferenças de potenciais entre componentes de
instalações elétricas de energia e de sinal (telecomunicações, rede de
dados, etc.), prevenindo acidentes com pessoas e baixando a níveis
aceitáveis os danos tanto nessas instalações quanto nos
equipamentos a elas conectados.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Condições de Equipotencialização
Interligação de todos os aterramentos de uma mesma edificação,
sejam eles o do quadro de distribuição principal de energia.
• O quadro geral de baixa tensão (QGBT), o distribuidor geral da rede
telefônica, o da rede de comunicação de dados, etc., deverão ser
convenientemente interligados, formando um só aterramento.
• Todas as massas metálicas de uma edificação, como ferragens
estruturais, grades, guarda-corpos, corrimãos, portões, bases de
antenas, bem como carcaças metálicas dos equipamentos elétricos,
devem ser convenientemente interligadas ao aterramento.
• Todas as tubulações metálicas da edificação, como rede de
hidrantes, eletrodutos e outros, devem ser interligadas ao aterramento
de forma conveniente.
• Os aterramentos devem ser realizados em anel fechado, malha, ou
preferencialmente pelas ferragens estruturais das fundações da
edificação, quando esta for eletricamente contínua (e na maioria das
vezes é).
• Todos os terminais "terra" existentes nos equipamentos deverão estar
interligados ao aterramento via condutores de proteção PE que,
obviamente, deverão estar distribuídos por toda a instalação da
edificação.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Condições de Equipotencialização
•Todos os ETIs (equipamentos de tecnologia de informações) devem
ser protegidos por DPSs (dispositivos de proteção contra surtos),
constituídos por varistores centelhadores, diodos especiais, Taz ou
Tranzooby, ou uma associação deles.
• Todos os terminais "terra" dos DPSs devem ser ligados ao BEP
(barramento de equipotencialização principal) através da ligação da
massa dos ETIs pelo condutor de proteção PE.
• No QDP, ou no quadro do secundário do transformador, dependendo
da configuração da instalação elétrica de baixa tensão, deve ser
instalado um DPS (dispositivo de proteção contra surtos) de
características nominais mais elevadas que possibilite uma
coordenação eficaz nos quadros de alimentação dos circuitos terminais
que alimentamos ETIs.
• Nestes casos podem ser utilizados vários recursos que otimizem o
custo da instalação, como, por exemplo, o aproveitamento de
bandejamento dos cabos, hidrantes, caso seja garantida sua
continuidade elétrica em parâmetros aceitáveis.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Seccionamento Automático da Alimentação

Dispositivo de proteção a corrente diferencial – residual – DR

Proteção por Extra baixa Tensão

Proteção por Barreiras e Invólucros

Proteção por Obstáculos e Anteparos

Locais de Serviço Elétrico

Proteção por Isolamento das Partes Vivas

Proteção Parcial por Colocação Fora de Alcance

Proteção por separação elétrica


Medidas de Controle do Risco Elétrico
Equipamentos de Proteção Coletiva
Como estudado anteriormente, em todos os serviços executados
em instalações elétricas devem ser previstas e adotadas
prioritariamente medidas de proteção coletiva para garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores.
As medidas de proteção coletiva compreendem prioritariamente a
desenergização elétrica, e na sua impossibilidade, o emprego de
tensão de segurança, conforme estabelece a NR-10. Essas
medidas visam à proteção não só de trabalhadores envolvidos com
a atividade principal que será executada e que gerou o risco, como
também à proteção de outros funcionários que possam executar
atividades paralelas nas redondezas ou até de passantes, cujo
percurso pode levá-los à exposição ao risco existente. A seguir
serão descritos alguns equipamentos e sistemas de proteção
coletiva usados nas instalações elétricas:
Conjunto de Aterramento
Equipamento destinado à execução de aterramento temporário,
visando à equipotencialização e proteção pessoal contra
energização indevida do circuito em intervenção.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Tapetes de Borracha Isolantes
Acessório utilizado principalmente em subestações, sendo aplicado
na execução da isolação contra contatos indiretos, minimizando
assim as consequências por uma falha de isolação nos
equipamentos.

Cones e Bandeiras de Sinalização


Materiais destinados a fazer a isolação de uma área onde estejam
sendo executadas intervenções.

Placas de Sinalização
São utilizadas para sinalizar perigo (perigo de vida, etc.) e situação
dos equipamentos (equipamentos energizados, não manobre este
equipamento sobre carga, etc.), visando assim à proteção de
pessoas que estiverem trabalhando no circuito e de pessoas que
venham a manobrar os sistemas elétricos.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Protetores Isolantes de Borracha ou PVC Para Redes Elétricas
Anteparos destinados à proteção contra contatos acidentais em redes
aéreas, são utilizados na execução de trabalhos próximos a ou em
redes energizadas.
Equipamentos de Proteção Individual
Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de
proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para
controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção
individual (EPIs) específicos e adequados às atividades desenvolvidas,
em atendimento ao disposto na NR-6, a norma regulamentadora do
Ministério do Trabalho e Emprego relativa a esses equipamentos.
As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades,
considerando-se, também, a condutibilidade, a inflamabilidade e as
influências eletromagnéticas.
É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações
elétricas ou em suas proximidades, principalmente se forem metálicos
ou que facilitem a condução de energia.
Todo EPI deve possuir um Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo
Ministério do Trabalho e Emprego. O EPI deve ser usado quando:
»não for possível eliminar o risco por outros meios;
»for necessário complementar a proteção coletiva;
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Exemplos de EPIs

Óculos de Segurança
Equipamento destinado à proteção contra elementos que venham a
prejudicar a visão, como, por exemplo, descargas elétricas.

Capacetes de Segurança
Equipamento destinado à proteção contra quedas de objetos e
contatos acidentais com as partes energizadas da instalação. O
capacete para uso em serviços com eletricidade deve ser da classe B
(submetido a testes de rigidez dielétrica a 20kV).

Luvas Isolantes
Elas podem ser testadas com inflador de luvas para verificação da
existência de furos, e por injeção de tensão de testes. As luvas
isolantes apresentam identificação no punho, próximo da borda,
marcada de forma indelével, que contém informações importantes,
como a tensão de uso, por exemplo, nas cores correspondentes a
cada uma das seis classes existentes.
Elas são classificadas segundo NBR10622 pelo nível de tensão de
trabalho e de teste:
Medidas de Controle do Risco Elétrico

Calçados (Botinas, Sem Biqueira de Aço)


Equipamento utilizado para minimizar as consequências de contatos com
partes energizadas, as botinas são selecionadas conforme o nível de
tensão de isolação e aplicabilidade (trabalhos em linhas energizadas ou
não). Devem ser acondicionadas em local apropriado, para a não perder
suas características de isolação.
Cinturão de Segurança
Equipamento destinado à proteção contra queda de pessoas, sendo
obrigatória sua utilização em trabalhos acima de 2metros de altura. Pode
ser basicamente de dois tipos: abdominal e de três pontos (pára-quedista).
Para o tipo pára-quedista, podem ser utilizados trava-quedas instalados em
cabos de aço ou flexível fixados em estruturas a serem escaladas.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Protetores Auriculares
Equipamento destinado a minimizar as consequências de ruídos
prejudiciais à audição.
Para trabalhos com eletricidade, devem ser utilizados protetores
apropriados, sem elementos metálicos.

Máscaras/Respiradores
Equipamento destinado à utilização em áreas confinadas e sujeitas a
emissão de gases e poeiras.

Legislação aplicável
A Norma Regulamentadora nº6, ao tratar dos equipamentos de proteção
individual, estabelece as obrigações do empregador:
a) Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
b) Exigir seu uso;
c) Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação;
e) Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
g) Comunicar ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) qualquer
irregularidade observada.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Quanto ao EPI, o empregado deverá:
a) usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para
uso.
O artigo 158 da CLT dispõe:
“ConstituiatofaltosodoempregadoarecusadousodoEPI.”
Além dessas obrigações legais, todo EPI antes de sua utilização deve ser
inspecionado visualmente.
Caso haja dúvidas sobre sua integridade, devem ser consultados suas
especificações técnicas ou o responsável pela área de segurança da
empresa.
Normas Técnicas Brasileiras
No Brasil, as normas técnicas oficiais são aquelas desenvolvidas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e registradas no Instituto
Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial (INMETRO). Essas normas
são o resultado de uma ampla discussão de profissionais e instituições,
organizados em grupos de estudos, comissões e comitês. A sigla NBR que
antecede o número de muitas normas significa Norma Brasileira Registrada.
A ABNT é a representante brasileira no sistema internacional de
normalização, composto de entidades nacionais, regionais e internacionais.
Para atividades com eletricidade, há diversas normas, abrangendo quase
todos os tipos de instalações e produtos.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão
A NBR 5410 é uma referência obrigatória quando se fala em segurança com
eletricidade. Ela apresenta todos os cálculos de dimensionamento de
condutores e dispositivos de proteção. Nela estão as diferentes formas de
instalação e as influências externas a serem consideradas em um projeto. Os
aspectos de segurança são apresentados de forma detalhada, incluindo o
aterramento, a proteção por dispositivos de corrente de fuga, de sobre
tensões e sobre correntes.
Os procedimentos para aceitação da instalação nova e para sua manutenção
também são apresentados na norma, incluindo etapas de inspeção visual e
de ensaios específicos.

NBR 14039 – Instalações Elétricas de Média Tensão, de 1,0kV a 36,2kV


A NBR 14039 abrange as instalações de consumidores, incluindo suas
subestações, dentro da faixa de tensão especificada. Ela não inclui as redes
de distribuição das empresas concessionárias de energia elétrica. Além de
todas as prescrições técnicas para dimensionamento dos componentes
dessas instalações, a norma estabelece critérios específicos de segurança
para as subestações consumidoras, incluindo acesso, parâmetros físicos e
de infra-estrutura. Procedimentos de trabalho também são objeto de atenção
da referida norma que, a exemplo da NBR 5410, também especifica as
características de aceitação e manutenção dessas instalações.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Existem muitas outras normas técnicas direcionadas às instalações elétricas,
cabendo aos profissionais conhecerem as prescrições que elas estabelecem,
de acordo com o tipo de instalação em que estão trabalhando. As normas a
seguir relacionadas são boas referências para consultas e seus títulos são
auto-explicativos a respeito do seu escopo.
Muitas delas são complementos das prescrições gerais estabelecidas nas
normas técnicas de baixa e média tensão anteriormente citadas.
A NBR 14039 abrange as instalações de consumidores, incluindo suas
subestações, dentro da faixa de tensão especificada. Ela não inclui as redes
de distribuição das empresas concessionárias de energia elétrica. Além de
todas as prescrições técnicas para dimensionamento dos componentes
dessas instalações, a norma estabelece critérios específicos de segurança
para as subestações consumidoras, incluindo acesso, parâmetros físicos e
de infra-estrutura. Procedimentos de trabalho também são objeto de atenção
da referida norma que, a exemplo da NBR 5410, também especifica as
características de aceitação e manutenção dessas instalações. Existem
muitas outras normas técnicas direcionadas às instalações elétricas, cabendo
aos profissionais conhecerem as prescrições que elas estabelecem, de
acordo com o tipo de instalação em que estão trabalhando. As normas a
seguir relacionadas são boas referências para consultas e seus títulos são
auto-explicativos a respeito do seu escopo.
Muitas delas são complementos das prescrições gerais estabelecidas nas
normas técnicas de baixa e média tensão anteriormente citadas.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Muitas delas são complementos das prescrições gerais estabelecidas nas
normas técnicas de baixa e média tensão anteriormente citadas.
Fixa condições exigíveis para seleção e aplicação de equipamentos, projeto
e montagem de instalações elétricas em atmosferas explosivas por gás ou
vapores inflamáveis.
Fixa as condições exigíveis ao projeto, instalação e manutenção de sistemas
de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) de estruturas, bem como
de pessoas e instalações no seu aspecto físico dentro do volume protegido.
NBR5418–Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas
Fixa condições exigíveis para seleção e aplicação de equipamentos, projeto
e montagem de instalações elétricas em atmosferas explosivas por gás ou
vapores inflamáveis.
NBR5419–Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas
Fixa as condições exigíveis ao projeto, instalação e manutenção de sistemas
de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) de estruturas, bem como
de pessoas e instalações no seu aspecto físico dentro do volume protegido.
Quando a utilização de um produto pode comprometer a segurança ou a saúde do
consumidor, o INMETRO ou outro órgão regulamentador pode tornar obrigatória a
Avaliação de Conformidade desse produto. Isso aumenta a confiança de que o produto
está de acordo com as Normas e com os Regulamentos Técnicos aplicáveis. Já existem
vários produtos cuja certificação é obrigatória, alguns deles apenas aguardando o prazo
limite para proibição de comercialização. Entre os produtos de certificação compulsória,
por exemplo, estão os plugues, tomadas, interruptores, disjuntores, equipamentos para
atmosferas explosivas, estabilizadores de tensão, entre outros.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Regulamentações do MTE

Os instrumentos jurídicos de proteção ao trabalhador têm sua origem na


Constituição Federal que, ao relacionar os direitos dos trabalhadores, incluiu
entre eles a proteção de sua saúde e segurança por meio de normas
específicas. Coube ao Ministério do Trabalho estabelecer essas
regulamentações (Normas Regulamentadoras – NR) por intermédio da
Portaria nº 3.214/78. A partir de então, uma série de outras portarias foram
editadas pelo Ministério do Trabalho com o propósito de modificar ou
acrescentar normas regulamentadoras de proteção ao trabalhador,
conhecidas pelas suas iniciais: NR. Sobre a segurança em instalações e
serviços em eletricidade, a referência é a NR-10, que estabelece as
condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados que
trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo
elaboração de projetos, execução, operação, manutenção, reforma e
ampliação, em quaisquer das fases de geração, Transmissão, distribuição e
consumo de energia elétrica. A NR-10 exige também que sejam observadas
as normas técnicas oficiais vigentes e, na falta destas, as normas técnicas
internacionais. A fundamentação legal, que dá o embasamento jurídico à
existência desta NR, está nos artigos 179 a 181 da Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Habilitação, Qualificação, Capacitação e Autorização dos Profissionais
Entre as prescrições da NR-10 estão os critérios que devem atender os
profissionais que atuem em instalações elétricas, que considera: Profissional
qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico na área
elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino profissional legalmente
habilitado aquele previamente qualificado e com registro no competente
conselho de classe.
É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes
condições simultaneamente:
a)Seja treinado por profissional habilitado e autorizado;
b)Trabalhe sob a responsabilidade de um profissional habilitado e autorizado.
São considerados autorizados os trabalhadores habilitados ou capacitados
com anuência formal da empresa. Todo profissional autorizado deve portar
identificação visível e permanente contendo as limitações e a abrangência de
sua autorização. Os profissionais autorizados a trabalhar em instalações
elétricas devem ter essa condição consignada no sistema de registro de
empregado da empresa. Os profissionais e pessoas autorizadas a trabalhar
em instalações elétricas devem apresentar estado de saúde compatível com
as atividades a serem desenvolvidas. Os profissionais e pessoas autorizadas
a trabalhar em instalações elétricas devem possuir treinamento específico
sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as principais
medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Rotinas de trabalho
Procedimentos de trabalho
Todos os serviços em instalações elétricas devem ser planejados,
programados e realizados em conformidade com procedimentos de trabalho
específicos e adequados.
Os trabalhos em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de
serviço com especificação mínima do tipo de serviço, do local e dos
procedimentos a serem adotados.
Os procedimentos de trabalho devem conter instruções de segurança do
trabalho, de forma a atender a esta NR. As instruções de segurança do
trabalho necessárias à realização dos serviços em eletricidade devem conter,
no mínimo, objetivo, campo de aplicação, base técnica, competência e
responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orientações
finais. A autorização para serviços em instalações elétricas deve ser emitida
por profissional habilitado, com anuência formal da administração, devendo
ser coordenada pela área de segurança do trabalho, quando houver, de
acordo com a Norma Regulamentadora nº 4 – Serviços especializados em
engenharia de segurança e em medicina do trabalho.
Na liberação de serviços em instalação desenergizada para equipamentos,
circuitos e intervenção, deve-se confirmar a desenergização do circuito/
equipamento a ser executada a intervenção (manutenção), seguindo os
procedimentos:
Medidas de Controle do Risco Elétrico
a) Seccionamento - Confirmar se o circuito desligado é o alimentador do circuito a ser
executada a intervenção, mediante a verificação dos diagramas elétricos e folha de
procedimentos e a identificação do mesmo em campo.
b) Impedimento de reenergização - Verificar as medidas de impedimento de
reenergização aplicadas, que sejam compatíveis ao circuito em intervenção, como:
abertura de seccionadoras, retirada de fusíveis, afastamento de disjuntores de barras,
relés de bloqueio, travamento por chaves, utilização de cadeados.
c) Constatação de ausência de tensão - É feita no próprio ambiente de trabalho
através de: instrumentos de medições dos painéis (fixo) ou instrumentos detectores de
tensão (observar sempre a classe de tensão desses instrumentos), verificar se os EPI’s
e EPC’s necessários para o serviço estão dentro das normas vigentes e se as pessoas
envolvidas estão devidamente protegidas.
d) Instalação de aterramento temporário - Verificar a instalação do aterramento
temporário quanto à perfeita equipotencialização dos condutores do circuito ao
referencial de terra, com a ligação dos mesmos a esse referencial com equipamentos
apropriados.
e) Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada - Verificar a
existência de equipamentos energizados nas proximidades do circuito ou equipamento a
sofrer intervenção, checando assim os procedimentos, materiais e EPI’s necessários
para a execução dos trabalhos, obedecendo à tabela de zona de risco e zona
controlada. A proteção poderá ser feita por meio de obstáculos ou barreiras, de acordo
com a análise de risco.
f) Instalação da sinalização de impedimento de energização – Confirmar se foi feita a
instalação da sinalização em todos os equipamentos que podem vir a energizar o circuito
ou equipamento em intervenção. Na falta de sinalização de todos os equipamentos, esta
deve ser providenciada.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Liberação para serviços
Tendo como base os procedimentos já vistos anteriormente, o circuito ou equipamento
estará liberado para intervenção, sendo a liberação executada pelo técnico responsável
pela execução dos trabalhos. Somente estarão liberados para a execução dos serviços
os profissionais autorizados, devidamente orientados e com equipamentos de proteção e
ferramental apropriado.
Após a conclusão dos serviços e com a autorização para reenergização do sistema,
deve-se:
•Retirar todas as ferramentas, utensílios e equipamentos;
•Retirar todos os trabalhadores não envolvidos no processo de reenergização da zona
controlada; •Remover o aterramento temporário da equipotencialização e as proteções
adicionais;
•Remover a sinalização de impedimento de energização; •Destravar, se houver, e
realizar os dispositivos de seccionamento.
Responsabilidades
Gerência imediata
• Instruir e esclarecer seus funcionários sobre as normas de segurança do trabalho e
sobre as precauções relativas às peculiaridades dos serviços executados em estações.
• Fazer cumprir as normas de segurança do trabalho a que estão obrigados todos os
empregados, sem exceção.
Designarsomentepessoaldevidamentehabilitadoparaaexecuçãodecadatarefa. • Manter-
se a par das alterações introduzidas nas normas de segurança do trabalho, transmitindo-
as a seus funcionários.
• Estudar as causas dos acidentes e incidentes ocorridos e fazer cumprir as medidas que
possam evitar sua repetição.
• Proibir a entrada de menores aprendizes em estações ou em áreas de risco.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Supervisores e encarregados
• Instruir adequadamente os funcionários com relação às normas de segurança do
trabalho.
• Certificar-se da colocação dos equipamentos de sinalização adequados antes do início
de execução dos serviços.
• Orientar os integrantes de sua equipe quanto às características dos serviços a serem
executados e quanto às precauções a serem observadas no seu desenvolvimento.
• Comunicar à gerência imediata irregularidades observadas no cumprimento das normas
de segurança do trabalho, inclusive quando ocorrerem fora de sua área de serviço.
• Advertir pronta e adequadamente os funcionários sob sua responsabilidade, quando
deixarem de cumprir as normas de segurança do trabalho.
• Zelar pela conservação das ferramentas e dos equipamentos de segurança, assim
como pela sua correta utilização. • Proibir que os integrantes de sua equipe utilizem
ferramentas e equipamentos inadequados ou defeituosos.
• Usar e exigir o uso de roupa adequada ao serviço. • Manter-se a par das inovações
introduzidas nas normas de segurança do trabalho, transmitindo-as aos integrantes de
sua equipe. • Providenciar prontamente os primeiros socorros para os funcionários
acidentados e comunicar o acidente à gerência imediata, logo após sua ocorrência.
• Estudar as causas dos acidentes e incidentes ocorridos e fazer cumprir as medidas que
possam evitar sua repetição. • Conservar o local de trabalho organizado e limpo.
• Cooperar com as CIPA’s na sugestão de medidas de segurança do trabalho.
• Atribuir serviços somente a funcionários que estejam física e emocionalmente
capacitados a executá-los e distribuir as tarefas de acordo com a capacidade técnica de
cada um. • Quando houver a interrupção dos serviços em execução, antes de seu reinício
devem ser tomadas precauções para verificação da segurança geral, como foi feita antes
do início do trabalho.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Empregados
• Observar as normas e preceitos relativos à segurança do trabalho e ao uso
correto dos equipamentos de segurança.
• Utilizar os equipamentos de proteção individual e coletiva.
• Alertar os companheiros de trabalho quando estes executarem os serviços
de maneira incorreta ou atos que possam gerar acidentes.
• Comunicar imediatamente ao seu superior e aos companheiros de trabalho
qualquer acidente, por mais insignificante que seja, ocorrido consigo, com
colegas ou terceiros, para que sejam tomadas as providências cabíveis.
• Avisar seu superior imediato quando, por motivo de saúde, não estiver em
condições de executar o serviço para o qual tenha sido designado.
• Observar a proibição da ocorrência de procedimentos que possam gerar
riscos de segurança.
• Não ingerir bebidas alcoólicas ou usar drogas antes do início, nos intervalos
ou durante a jornada de trabalho.
• Evitar brincadeiras em serviço.
• Não portar arma, excluindo-se os casos de empregados autorizados pela
Administração da Empresa, em razão das funções que desempenham.
• Não utilizar objetos metálicos de uso pessoal, tais como: anéis, correntes,
relógios, bota com biqueira de aço, isqueiros a gás, afim de se evitar o
agravamento das lesões em caso de acidente elétrico.
• Não usar aparelhos sonoros.
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Visitantes
O empregado encarregado de conduzir visitantes pelas instalações da
empresa, deverá:
• Dar-lhes conhecimento das normas de segurança.
• Fazer com que se mantenham juntos.
• Alertar-lhes para que mantenham a distância adequada dos equipamentos,
não os tocando.
• Fornecer-lhes EPI’s aplicáveis (capacetes, protetores auriculares, etc.).
Documentação de instalações elétricas
Todas as empresas estão obrigadas a manter diagramas unifilares das
instalações elétricas com as especificações do sistema de aterramento e
demais equipamentos e dispositivos de proteção.
Devem ser mantidos atualizados os diagramas unifilares das instalações
elétricas com as especificações do sistema de aterramento e demais
equipamentos e dispositivos de proteção. Os estabelecimentos com potência
instalada igual ou superior a 75 kW devem constituir Prontuário de Instalações
Elétricas, de forma a organizar o memorial contendo, no mínimo:
a) os diagramas unifilares, os sistemas de aterramento e as especificações
dos dispositivos de proteção das instalações elétricas;
b) O relatório de auditoria de conformidade à NR-10, com recomendações e
cronogramas de adequação, visando ao controle de riscos elétricos;
Medidas de Controle do Risco Elétrico
c) o conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de
segurança e saúde, implantadas e relacionadas à NR-10 e descrição das medidas
de controle existentes;
d) A documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra
descargas atmosféricas;
e) Os equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental aplicáveis,
conforme determina a NR-10;
f) A documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação,
autorização dos profissionais e dos treinamentos realizados;
g) As certificações de materiais e equipamentos utilizados em área classificada. As
empresas que operam em instalações ou com equipamentos integrantes do
sistema elétrico de potência ou nas suas proximidades devem acrescentar ao
prontuário os documentos relacionados anteriormente e os a seguir listados: a)
Descrição dos procedimentos de ordem geral para contingências não previstas; b)
Certificados dos equipamentos de proteção coletiva e individual.
O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido pelo
empregador ou por pessoa formalmente designada pela empresa e permanecer à
disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviço em eletricidade.
O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser revisado e atualizado sempre que
ocorrerem alterações nos sistemas elétricos. Os documentos previstos no
Prontuário de Instalações Elétricas devem ser elaborados por profissionais
legalmente habilitados. No interior das subestações deverá estar disponível, em
local acessível, um esquema geral da instalação. Toda a documentação deve ser
em língua portuguesa, sendo permitido o uso de língua estrangeira adicional.
DEFINIÇÃO DE FOGO

Fogo é um processo químico de transformação, também chamado de


combustão. Podemos defini-lo, ainda como, o resultado de uma reação
química que desprende luz e calor devido à combustão de matérias diversos.

ELEMENTOS QUE COMPÕEM O FOGO

Para que haja fogo, necessitamos reunir os quatro elementos essenciais:

• Combustível
• Calor
• Comburente
• Reação em cadeia

O Combustível em contato com uma fonte de Calor e em


presença de um Comburente (geralmente o oxigênio contido
no ar) começará inflamar gerando a Reação em cadeia.
PREVENÇÃO
E COMBATE À
INCÊNDIO
PROPOGAÇÃO DO CALOR

O calor pode se propagar de três diferentes maneiras:


convecção, condução e irradiação.
 Condução
Transferência de calor através de um corpo sólido de molécula
em molécula.

Transferência de calor através de um corpo.


PROPOGAÇÃO DO CALOR

 Convecção
Transferência de calor pelo movimento ascendente de massas
de gases.

Movimentação de massas gasosas transporta o calor


para cima e horizontalmente nos andares.
PROPOGAÇÃO DO CALOR

 Irradiação
Transferência de calor por ondas de energia calorífica que
deslocam através do espaço.

Ondas caloríficas atingem os objetos,


aquecendo-as.
COMBUSTÍVEL

É o elemento que alimenta o fogo e serve de campo para


sua propagação.
Os combustíveis podem ser sólido, líquido ou gasoso, e a
grande maioria precisa passar pelo estado gasoso para,
então, combinar com o oxigênio.

 Combustíveis Sólidos
A maioria dos combustíveis sólidos
transformam-se em vapores e, então,
reagem com o oxigênio. Outros
(ferro, parafina, cobre, bronze)
primeiro transformam-se em líquidos
e posteriormente em gases.
Combustível sólido – Papel,
Esse tipo de combustível queima em paletes, tecido, madeira,
superfície e profundidade. plásticos, etc.
Quanto maior for a superfície
exposta, mais rápido será o
aquecimento do material e
conseqüentemente o processo de
combustão.
COMBUSTÍVEL

 Combustíveis Líquido
O líquido inflamável tem
propriedades que dificultam a
extinção do calor, pois ele assume a
forma do recipiente e se derramado
tomam a forma do piso, e assim se
espalham escorrendo nas partes
mais baixas. Esse tipo de
combustível queima somente em
superfície. Solventes, álcool, tintas,
vernizes, etc...

 Combustíveis Gasosos
Os gases não tem volume definido,
tendendo, rapidamente, a opcupar
todo o recipiente em que estão
contidos. Mas para que haja
combustão há necessidade de que
esteja em uma mistura ideal com o ar
atmosférico.
Propano, GLP, etc...
COMBURENTE

O elemento que possibilita a vida às chamas e


intensifica a combustão. O mais comum é que o
oxigênio desempenhe esse papel. A atmosfera é
composta por 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e
1º de outros gases, nesta condição normal a queima
ocorre com velocidade e completa; Contudo a
combustão consome o oxigênio do ar num processo
contínuo, e se a porcentagem de oxigênio for caindo a
velocidade da queima dimunui, quando chegar a 8%
não haverá combustão.
O comburente mais
comum: oxigênio
REAÇÃO EM CADEIA
A reação em cadeia torna a queima auto-sustentável.
O combustível, após iniciar a
combustão, gera mais calor, este por
sua vez provocará o desprendimento
de mais gases ou vapores
combustíveis, desenvolvendo uma
transformação em cadeia. É o produto
O calor age em um corpo,
de uma transformação, gerando outra
decompondo-o em parte cada vez transformação.
menores.
FASES DO FOGO

Se o fogo ocorrer em área ocupada por pessoas, há grande


chances que o fogo seja descoberto no início e a situação
resolvida, mas do contrário o fogo irá continuar crescendo até
ganhar grandes proporções. Por isso fiquem atentos as 03
(três) fases do fogo:
 Fase inicial
Nesta fase existe muito oxigênio, o fogo está produzindo vapor
d´agua e dióxido de carbono e outros gases. Grande parte do calor
está sendo consumido no aquecimento dos combustíveis e a
temperatura um pouco acima do normal. O calor está aumentando
gradativamente assim como o fogo.

Na fase inicial não


há alterações
drástica no
ambiente, mas já
há indícios de calor,
fumaça e danos
causados pelas
chamas.
FASES DO FOGO

 Queima Livre
Nesta fase o fogo atrai mais oxigênio e libera mais ar quente que se
espelha pelo ambiente aumentando a temperatura de todo
ambiente, em alguns casos podem atingir até 700ºC. A temperatura
vai elevando cada vez mais, gradativamente, fazendo com que
cada combustível atinja seu ponto de ignição. Quando essa ignição
acontece simultaneamente, todos os produtos combustível ao
mesmo tempo, ocorre um fenômeno que chamamos de
“Flashover”.

Na queima livre, o
fogo aumenta
rapidamente,
usando muito
oxigênio, e eleva a
quantidade de
calor.
FASES DO FOGO

 Queima Lenta
Nesta fase existe o oxigênio que continuou a ser consumido atingiu
um ponto insuficiente (0 a 8%). O fogo é reduzido a brasas e o
ambiente ocupado por uma densa e escura fumaça. Devido a
pressão internas os gases procuram por fendas para saírem e ocupa
todo o ambiente.
Na fase inicial não
há alterações
drástica no
ambiente, mas já
há indícios de calor,
fumaça e danos
causados pelas
chamas.
FASES DO FOGO

Apesar de não haver chamas, a temperatura no ambiente continua


altíssimo e continuar rico em partículas de carbono e gases infláveis
prontos para receber oxigênio e continuar a combustão. Em um
ambiente deste fazer com que uma quantidade oxigênio entre pode
resultar em uma grande explosão, fenômeno essa chamado
“Backdraft”.

As condições do
ambiente
alertam para a
iminência de um
Backdraft.

A entrada de ar
rico em oxigênio
provocará a
explosão
ambiental
FORMAS DE COMBUSTÃO

 Combustão completa
É aquela em que a queima produz calor e chamas e se
processa em ambiente rico em oxigênio.
 Combustão Incompleta
É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma
chama, e se processa em ambientes pobre em oxigênio.

 Combustão espontânea
É o que ocorre quando alguma material entre em combustão
sem fonte externa de calor (materiais com baixo ponto de
ignição).

Explosão
É a queima de gases (ou partículas sólidas), em altíssima
velocidade, em locais confinados, com grande liberação de
energia e deslocamento de ar.
MÉTODO DE EXTINÇÃO DO FOGO

A extinção do fogo baseia-se na retirada de um dos


quatro elementos essenciais que provocam o fogo .
 Retirada de material
É a forma mais simples de se extinguir um incêndio. Baseia-
se na retirada do material combustível, ainda não atingido,
da área de propagação do fogo, interrompendo a
alimentação da combustão. Método também denominado
corte ou remoção do suprimento do combustível.
Ex.: fechamento de válvula ou interrupção de vazamento de
combustível líquido ou gasoso, retirada de materiais
combustíveis do ambiente em chamas, realização de aceiro,
etc.
Nesse método
de extinção é
retirada o
elemento
combustível.
MÉTODO DE EXTINÇÃO DO FOGO

 Resfriamento
É o método mais utilizado. Consiste em diminuir a
temperatura do material combustível que está
queimando, diminuindo, conseqüentemente, a liberação
de gases ou vapores inflamáveis. A água é o
agente extintor mais usado, por ter grande capacidade de
absorver calor e ser facilmente encontrada na natureza.
É inútil porem usar esse método com combustíveis com baixo
ponto de combustão (menos de 20ºC), pois a água resfria até a
temperatura ambiente.
Ex.: Uso de Sprinkler e hidrantes em forma de neblina para
combate incêndio.

Nesse método
de extinção é
retirada o
elemento Calor.
MÉTODO DE EXTINÇÃO DO FOGO

 Abafamento
Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxigênio
com o material combustível. Não havendo comburente para
reagir com o combustível, não haverá fogo. A diminuição do
oxigênio em contato com o combustível vai tornando a
combustão mais lenta, até a concentração de oxigênio chegar
próxima de 8%, onde não haverá mais combustão.
Ex.: Uso de uma tampa de panela para apagar uma chama na
frigideira ou “bater” com a vassoura sobre a chama.

As chamas estão “vivas” enquanto há


oxigênio suficiente, a falta do mesmo
resultará na extinção do fogo, é
exatamente isso que o abafamento
faz, isola o combustível em chamas do
comburente.
CLASSIFICAÇÃO DE INCÊNDIOS

Os incêndios são classificados de acordo com os


materiais neles envolvidos, bem como a situação em que
se encontram. Essa classificação é feita para determinar o
agente extintor adequado para o tipo de incêndio
específico.

Incêndio Classe “A”


Incêndio envolvendo combustíveis sólidos
comuns, como papel, madeira, pano, borracha.
É caracterizado pelas cinzas e brasas que
deixam como resíduos e por queimar razão do
seu volume, isto é, a queima se dá na
superfície e profundidade.

Papéis Plásticos Madeiras


CLASSIFICAÇÃO DE INCÊNDIOS

Incêndio Classe “A” – Método de Extinção


Necessita de resfriamento para a sua extinção, isto é, do uso
de água ou soluções que contenham em grande porcentagem, a
fim de reduzir a temperatura do material em combustão, abaixo do
seu ponto de ignição.
Para extinguir o
incêndio classe “A”,
resfriar é a melhor
opção.

O emprego de pós químicos irá apenas retardar a combustão, não


agindo na queima em profundidade, assim como o gás carbônico
(CO2), que além disto por espalhar brasas ou resíduos aquecidos
e ajudar na propagação do incêndio.
CLASSIFICAÇÃO DE INCÊNDIOS

Incêndio Classe “B”


Incêndio envolvendo líquidos inflamáveis, graxas e gases
combustíveis.
É caracterizado por não deixar resíduos e queimar apenas na
superfície exposta e não em profundidade.
Não deixar
resíduos e
queimar apenas
na superfície
exposta e não em
profundidade.

Tintas Resíduos Inflamáveis Central de gás


CLASSIFICAÇÃO DE INCÊNDIOS

Incêndio Classe “B” - Método de Extinção


Necessita para a sua extinção do
abafamento ou da
interrupção (quebra) da
reação em cadeia. No caso
de líquido muito aquecido (ponto
e ignição), é necessário
resfriamento.

O emprego de água se dará


apenas, em último caso, em forma
de neblina para resfriamento dos
líquidos superaquecidos, pois o
uso de jato pode espalhar as
chamas ajudando na propagação
do incêndio.

O abafamento por espuma destaca-se


como o método mais eficaz, porem hoje
usa-se com maior freqüência o pó
químico.
CLASSIFICAÇÃO DE INCÊNDIOS

Incêndio Classe “C”


Incêndio envolvendo equipamentos
energizados. É caracterizado pelo risco de
vida que oferece.

Painéis Eletroeletrônico Máquinas


elétricos
Esta classe de incêndio pode ser mudada para “A”, se for
interrompido o fluxo elétrico. Deve-se tomar cuidado com
equipamentos que acumulam energia elétrica, pois
continuam energizados mesmo após a interrupção da
corrente elétrica (exemplo televisores).
CLASSIFICAÇÃO DE INCÊNDIOS

Incêndio Classe “C” - Método de Extinção


Para a sua extinção necessita de agente extintor que não conduza
a corrente elétrica e utilize o princípio de abafamento ou da
interrupção (quebra) da reação em cadeia.
Lançar um agente
que não conduza
eletricidade num
incêndio classe “C”
por exemplo, CO2)

Não recomenda-se o emprego de Pó químico para


extinção de incêndios em equipamentos de armazenamento de
dados ou com circuitos “delicados”, como por exemplo
computadores, pois o pó químicos pode danifica-los e causar
perda de informações importantes.
CLASSIFICAÇÃO DE INCÊNDIOS

Incêndio Classe “D”

Incêndios envolvendo metais combustíveis


pirofóricos (magnésio, selênio, antimônio,
lítio, potássio, alumínio fragmentado,
zinco, títânio, sódio, zircônio).
É caracterizado pela queima em altas temperaturas e por
reagir com agentes extintores comuns (principalmente os
que contenham água).

Antimônio usados na Pó de Alumínio


fabricação de placas
para baterias,
revestimento de cabos
e tipos de impressão
CLASSIFICAÇÃO DE INCÊNDIOS

Incêndio Classe “D” - Método de Extinção


Para a sua extinção, necessita de agentes extintores especiais
que se fundam em contato com o metal combustível, formando
uma espécie de capa que isola do ar atmosférico, interrompendo
a combustão pelo princípio de abafamento.

Lítio e cádmio (em


bateriais) e
magnésio (em
motores) são
exemplos de
metais
combustíveis)

A utilização de pós
químicos especiais
é eficaz no
combate ao fogo
classe “D”.
AGENTE EXTINTOR

Trata-se de certas substâncias sólidas, líquidas ou


gasosas que são utilizadas na extinção de um incêndio,
que agem de acordo com as classes de incêndio.
Os principais e mais conhecidos são:

ÁGUA Espuma Mecânica

Pó Químico Gás Carbônico


EXTINTORES PORTÁTEIS

São aparelhos destinados a combater


princípios de incêndios, bastando uma única
pessoa para sua operação. A legislação do
Corpo de Bombeiro determina que os extintores
portáteis devem estar:
 Visíveis (bem localizado);

 Desobstruídos (livres de qualquer obstáculo que possa


dificultar o acesso até eles);

 Instalados entre 20 cm e 1,60 m de altura,


medindo do piso à parte superior do aparelho;

 Não devendo o usuário percorrer mais do que 15 ou


20m para pegar um extintor.
EXTINTORES PORTÁTEIS

 Extintor de Água Pressurizada

É indicado para incêndio classe A,


age por resfriamento e/ou
abafamento (na forma de jato
compacto,chuveiro, neblina ou
vapor).Tem a desvantagem, em
alguns casos, de danificar o material
que atinge. Age por pressão interna
que expele o jato quando o gatilho é
acionado.
NÃO PODE SER UTILIZADO EM
LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS E
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS.
Capacidade de carga: 10 Litros
Alcance do jato: 9 a 11 metros
Tempo de uso: 64 segundos
EXTINTORES PORTÁTEIS

 Extintor de Água Pressurizada – Modo de Operação

1. Leve sempre o extintor ao local próximo do fogo antes


de operá-lo ;
2. Posicione-se com o extintor a uma distância segura
do local do fogo e dentro do raio de alcance do lato;
3. Retire a trava se segurança, empenhe a mangueira e
aperte o gatilho;
4. Dirija o jato para a base das chamas. Caso queira
estancar o jato, basta soltar o gatilho.
EXTINTORES PORTÁTEIS

 Extintor de Pó Químico

Age pela quebra de reação em


cadeia e por abafamento. Sua
ação consiste na formação de uma
nuvem sobre a superfície em chamas.
O pó, sob pressão, é expelido quando
o gatilho é acionado. É mais eficiente
nas classes B e C.

Capacidade de carga: 1,2,4,6,8 e 12 Kg


Alcance do jato: 5 metros
Tempo de uso: 15 segundos para extintor
de 4 kg e 25 segundos para de 12 kg.
EXTINTORES PORTÁTEIS

 Extintor de Pó Químico – Modo de Operação

1. Leve sempre o extintor ao local próximo do fogo antes


de operá-lo ;
2. Posicione-se com o extintor a uma distância segura
do local do fogo e dentro do raio de alcance do lato;
3. Retire a trava se segurança, empenhe a mangueira e
aperte o gatilho;
4. Dirija o pó procurando cobrir o fogo, principalmente
se for de Classe “B”.
EXTINTORES PORTÁTEIS

 Extintor de CO2 (Gás Carbônico)


O gás Dióxido de Carbono (CO2) é
inodoro, incolor e não conduz
eletricidade. É especialmente indicado
nos incêndios das Classes “B” e
“C”. Tem a vantagem de nunca
danificar o material que atinge,
podendo ser empregado em aparelhos
delicados (filamentos,centrais
telefônicas, computadores e outros).
Age por abafamento como ação
principal e resfriamento
secundariamente.
Capacidade de carga: 2,4 e 6 Kg
Alcance do jato: 2,5 metros
Tempo de uso: 25 segundos
EXTINTORES PORTÁTEIS

 Extintor de CO2 – Modo de Operação

1. Leve sempre o extintor ao local próximo do fogo antes


de operá-lo ;
2. Retire a trava se segurança, empenhe a mangueira e
aperte o gatilho;
3. Retire o esguicho (difusor) do seu suporte, empunhando-o
com uma das mãos, na manopla ;
4. Acione a válvula e movimente o difusor, horizontalmente, em
ziguezague.
EXTINTORES SOBRE RODAS

São aparelhos com maior quantidade de agente extintor,


montados sobre rodas para serem conduzidos com
facilidade. As carretas recebem o nome do agente extintor
que transportam, como os extintores portáteis. Devido ao
seu tamanho e a sua capacidade de carga, a operação
destes aparelhos obriga o emprego de pelo menos dois
operadores.
As carretas podem ser:

 de água;
 de pó químico seco;
 de gás carbônico.
EXTINTORES SOBRE RODAS

 Modo de Operação

1. Transporte a carreta e libere a mangueira;


2. Abra o cilindro para pressurizar a carreta;
3. Após pressurizar a carreta, acione o gatilho e
dirija o jato para o fogo.

Transporte a
carreta e libere a
mangueira
Abra o cilindro
para pressurizar a
carreta
Após pressurizar a
carreta, acione o
gatilho e dirija o jato
para o fogo
EXTINTORES SOBRE RODAS

 Carreta de Água Pressurizada

Capacidade de carga: 75 a 150 litros


Alcance do jato: 13 metros
Tempo de uso: 180 segundos (75 litros)

 Carreta de Pó Químico

Capacidade de carga: 20 a 100 Kg


Tempo de uso: 120 segundos (20 Kg)

 Carreta de CO2 (Gás Carbônico)

Capacidade de carga: 25 a 50 Kg
Alcance do jato: 3 metros
Tempo de uso: 60 segundos (30 litros)
CUIDADOS COM OS EXTINTORES

 Instalar o extintor em local visível e sinalizado;

 O extintor não deverá ser instalado em


escadas, portas e rotas de fuga;

 O extintor deverá ser instalado na parede ou


colocado em suportes de piso;

 O lacre não poderá estar rompido;

 O manômetro deverá indicar a carga.


PRIMEIROS
SOCORROS
PRIMEIROS SOCORROS
Definição
Denomina-se Primeiro Socorros o conjunto de medidas prestado,
por pessoa leiga a um acidente ou a alguém acometido de mal
súbito, antes da chegada do médico. Numa situação de
emergência, muitas vezes, procedimentos corretos pode salvar a
vida de uma pessoa. A vítima só deve ser retirada do local do
acidente, se isto, for absolutamente necessário. Para livrar a
pessoa de um perigo maior: risco de explosão; desabamento; etc.
Neste caso tem que ter alguns critérios para o transporte do
acidentado, como:
Manter a vítima deitada, em posição confortável;
Verificar os sinais vitais do vitima (pulso - respiração);
Investigar a existência de hemorragia, envenenamento; parada
cardiorrespiratória, ferimento, queimaduras, fraturas;
Não dar líquidos a pessoas inconscientes, pois poderão sufoca-
las;
Afrouxar roupas, cintos, gravatas ou algo que prejudique a
circulação;
Agir com calma e segurança, evitando o pânico.
PRIMEIROS SOCORROS
1) CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS
Para que consiga agir adequadamente, é necessário que se tenha uma
caixa de primeiros socorros. A caixa de primeiros socorros deve estar
presente em locais de livre acesso (empresa, em casa). Deve ser
manuseada por pessoas treinadas, que saiba aproveitar seu conteúdo. Os
medicamentos devem ser vistoriados, verificando o prazo de validade, os
que estiverem vencidos deverão ser inutilizados e substituídos por novos.
A Caixa de Primeiros Socorros deve ter:
a) Instrumentos
Termômetro
Tesoura
Espátulas
Pinça
b) Material Para Curativo
Cotonetes
Algodão hidrófilo
Gaze esterilizada
Atadura de crepe
Caixa de curativo adesivo
Esparadrapo
Observações: Medicamentos somente poderão ser administrados por
pessoal especializado
PRIMEIROS SOCORROS
2) PARADA CARDÍACA - MASSAGEM CARDÍACA
Define-se parada cardíaca como a interrupção do funcionamento do
coração. Ela pode ser constatada quando não se percebem os batimentos
do coração, através da pulsação, e há dilatação das pupilas diante de um
estimulo luminoso. Nos ambientes de trabalho onde se encontram
trabalhadores expostos a determinados agentes químicos, como:
monóxido de carbono, defensivo agrícola, etc. há o perigo de
colaboradores serem acometidos de uma parada cardíaca. Ela também
pode estar presente no enfarte do miocárdio, em choques elétricos,
intoxicações, medicamentos, acidentes graves e afogamentos.
Para agirmos corretamente devemos:
a) colocar a vítima deitada de costas em uma superfície rígida;
b) apoiar a metade inferior da palma da mão no terço inferior do osso
esterno e colocar a outra mão por cima da primeira - os dedos e o restante
da palma da mão não devem encostar no tórax da vítima;
c) esticar os braços e comprimir verticalmente o tórax do vitima;
d) “Realizar manobras ininterruptas de reanimação cardíaca até a chegada
de pessoal especializado” ;
e) Não desista, continue a massagem cardíaca sem interrupções até que
volte a presença de batimentos ou a presença de pessoal especializado
“SAMU 192 / BOMBEIRO 193”.
PRIMEIROS SOCORROS

REANIMAÇÃO CARDIO-PULMONAR

REALIZAR A MASSAGEM CARDÍACA SEM PARAR, ATÉ QUE A VÍTIMA SEJA


REANIMADA OU CHEGUE O SOCORRO ESPECIALIZADO.
PRIMEIROS SOCORROS

3) FERIMENTOS
Ferida é a ruptura da pele, com ou sem comprometimento dos
tecidos subjacentes. Como devemos proceder:
Lavar as mãos com água e sabão antes de fazer o curativo;
Lavar a parte atingida com água e sabão, removendo do local
eventual corpo estranho como: terra, graxa, fragmentos de vidro,
etc.;
Colocar sobre o ferimento água oxigenada;
Passar um antisséptico, existente na caixa de primeiros
socorros;
Cobrir o local com gaze esterilizada esparadrapo, não deixando
o ferimento aberto;
Procurar um serviço médico.
4) FERIMENTOS COM HEMORRAGIA
Considera-se hemorragia a saída de sangue dos vasos para o
exterior, tecidos vizinhos ou cavidades do nosso corpo, quando há
rompimento desses vasos sanguíneos (artérias e veias). As
hemorragias podem ser externas ou internas. A hemorragia externa
deve ser tratada imediatamente.
PRIMEIROS SOCORROS
PRIMEIROS SOCORROS

5) FRATURAS
O que fazer:
a) Colocar a vítima em posição confortável;
b) Imobilizar a região da fratura, com a finalidade de impedir os
movimentos das duas articulações entre as quais ela se localiza (acima e
abaixo). Para isto, usar madeira, tábuas, jornais dobrados ou similares;
c) Estancar eventual hemorragia;
d) Procurar o Serviço Médico, pela necessidade de diagnóstico e
tratamentos preciosos.

A Imobilização é um tratamento de urgência, aplica-se, de modo geral, a


qualquer tipo de fratura. Deve-se, antes de qualquer coisa, colocar o
membro ou segmento do membro afetado o mais próximo possível da
posição normal, impedindo o deslocamento das partes quebradas.
Se houver grande hemorragia ou choque, estes deverão ser previamente
tratados. Deve-se, sempre que possível, imobilizar acima e abaixo da
parte afetada com talas. Para imobilizar é necessário que se use materiais
de que dispuser no momento, como: papelão, tábuas, estaca, varas de
metal, etc.
Convêm acolchoar com algodão, lã, trapo, etc. os pontos em que os
ossos estão sob a pele entram em contato com a tala. Deve-se fixar a tala
no mínimo em quatro pontos: abaixo e acima da articulação e da fratura.
PRIMEIROS SOCORROS

6) CONTUSÃO
Lesão produzida nos tecidos por uma pancada, sem que haja
rompimento da pele, pode ocorrer presença de hematoma (sangue
parado no local). Manifesta-se através da dor de edema (inchação)
no local.
Deve-se proceder da mesma maneira como tratamos de uma
contusão. Cuidados:
- No 1º dia do ato da contusão, deve-se colocar gelo no local ou éter.
- No 2º dia colocar compressas ou bolsa com água quente.
PRIMEIROS SOCORROS

7) CHOQUE ELÉTRICO
Dependendo das condições orgânicas da vítima e das
características da corrente elétrica o acidentado pode apresentar:
Sensação de formigamento;
Contrações musculares fracas, que poderão tornar-se violentas
e dolorosas;
Inconsciência;
Dificuldade ou parada respiratória;
Queimaduras;
Traumatismos.
Em alguns casos de acidentes elétricos, a vítima pode ficar presa
ao condutor elétrico ou ser violentamente projetado a distância.
Quando acontecer algum acidente desse tipo deve afastar
imediatamente a pessoa do contato com a corrente elétrica,
utilizando-se dos seguintes recursos:
Desligue o interruptor ou chave elétrica;
Remover o fio condutor elétrico com auxílio de um material bem
seco;
Puxe a vítima pelo pé ou pela mão, sem lhe tocar a pele.
PRIMEIROS SOCORROS
PRIMEIROS SOCORROS

8) DESMAIO
É a perda momentânea da consciência. Nervosismo, emoções súbitas,
fadiga, local mal ventilado, etc.
Como se manifesta:
- Palidez;
- Transpiração visual;
- Tonteira; - Pulso fraco.
Como proceder:
- Remova a vítima para ambiente arejado;
- Desaperte-lhe a roupa;
- Coloque a vítima em posição confortável e em frequente monitoramento.
- Acionar SAMU 192 ou BOMBEIROS 193
Sendo você a vítima e sentindo que vai desfalecer, baixe imediatamente a
cabeça ou sente-se em uma cadeira, incline o corpo para frente, coloque
a cabeça entre as pernas de modo a ficar mais baixa que os joelhos e
respire profundamente.
PRIMEIROS SOCORROS
9) CONVULSÃO (EPILEPSIA)
Contratura involuntária dos músculos, provocando movimentos
desordenados e em geral, acompanhados de perda da consciência.
A convulsão se manifesta pela:
Perda súbita da consciência;
Queda desamparada; salivação abundante; contratura desordenada de
fezes e urinas.
Devemos proceder:
Projetar a cabeça da vítima;
Afrouxar as roupas;
Deixar a vítima debater livremente; evite a mordedura da língua,
colocando um lenço dobrado entre as arcadas dentárias;
Mantendo a vítima em repouso;
Deixe-a dormir;
Não tente despertar a vítima;
Não tenha receio, a saliva de um epiléptico não transmite a doença.
Não dê a vítima nenhuma medicação ou líquido pela boca, pois ela
poderá se sufocar.
PRIMEIROS SOCORROS

10) QUEIMADURAS
Toda lesão na pele ocasionada pelo calor, em qualquer uma de suas
modalidades, denomina-se queimadura. É importante considerar a
extensão da queimadura, pois apesar de ser superficial uma queimadura,
se ela for extensa será considerada grave.
Temos três tipos de queimaduras:
1º. Grau - Quando a lesão é superficial, aparecerá alguma vermelhidão
na pele. Motivo: exposição prolongada à luz solar ou contato com líquidos
ferventes.
2º. Grau - Quando a ação do calor é mais intensa, haverá bolhas.
Desprendimento das camadas da pele provoca dor e ardência local.
3º. Grau - Há a destruição de bolhas na pele, atingindo gorduras,
músculos e até ossos. Há também a destruição de terminações nervosas.

Devemos proceder da seguinte forma: - Não retirar as vestes, pois tal


procedimento pode vir a arrancar pedaços da pele lesionada; - Água
somente com autorização medica ou pessoal especializado no local,
mesmo que esteja consciente; - Lavar a queimadura com água fria ou
soro fisiológico somente com a certeza que as lesões não foram
originadas de queimaduras químicas; - Nunca utilizar qualquer tipo de
produto ou medicamento para passar nas lesões.
PRIMEIROS SOCORROS

QUEIMADURAS
PRIMEIROS SOCORROS

TRANSPORTE DE VÍTIMAS
PARABÉNS

VOCÊ CONCLUIU O CURSO


Professor Sergio Roberto
SERGIO ROBERTO DA SILVA
TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
REG. MTE: SP/008753.0

Técnico de Segurança do Trabalho – 15 anos de experiência


Tecnólogo em Gestão Ambiental – Gestor Ambiental
tecnolsergio@gmail.com / profsergiorobertosilva.blogspot.com.br

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