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Ex:
“Todo mamífero é vertebrado. (PREMISSA 1).
“Todo primata é mamífero. (PREMISSA 2).
“Logo, todo primata é vertebrado”. (CONCLUSÃO).
Como dizer o MODO de um silogismo? Basta apenas classificar suas duas premissas e a conclusão. Para
praticar, vamos utilizar o silogismo mais perfeito possível
Qual o modo desse silogismo? AAA. Porque? Pois são todos enunciados UNIVERSAIS AFIRMATIVOS (A).
Revisando:
Primeiro passo: Identificar os termos e encontrar o termo médio. Como sabemos, o termo médio é
aquele que não está na conclusão. Logo, o termo médio é “SUL AMERICANO”.
Segundo passo: Identificar as posições do termo médio nas premissas. O termo médio é
PREDICADO (2º TERMO) na premissa 1 e, por coincidência, PREDICADO (2º TERMO) na premissa 2.
Logo, voltando ao quadro do slide anterior, observamos que: “Será a figura 2, quando o termo
médio é predicado em ambas as premissas”. Portanto, a figura desse silogismo é a 2.
Apenas por questões didáticas, o MODO do silogismo dessa questão é AEE. Pois é composto por
uma UNIVERSAL AFIRMATIVA (a premissa 1), UNIVERSAL NEGATIVA (a premissa 2) e uma conclusão
que é UNIVERSAL NEGATIVA.
Regras de validade
• Há duas técnicas para se verificar a validade de um silogismo: Analogia formal e Regras de
validade. Ambas são complicadas, no entanto a mais simples seria pelas Regras de validade.
1. em primeiro lugar, o termo médio deve estar distribuído em pelo menos uma das premissas.
2. A segunda regra estabelece que nenhum termo extremo (menor ou maior) pode estar
distribuído apenas na conclusão.
3. A terceira e última regra de validade afirma que o número de premissas negativas deve ser
igual ao de conclusão negativa.
Perceba uma coisa! Para entender as regras de validade, primeiro precisamos entender o que é
“estar distribuído”. Esse é, certamente, um dos conceitos mais complexos da lógica. Mas, vamos
reduzi-lo ao nada agora!
Distribuição de um termo
• De maneira simples, distribuição de um termo é aquilo que pode-se afirmar sobre ele COM
CERTEZA absoluta. Vamos exemplificar:
Ex 1: “ Todo homem é mortal” UNIVERSAL AFIRMATIVA (A).
O que podemos destacar desse exemplo? Que ele é composto por dois termos: HOMEM e
MORTAL. Agora, vamos perguntar:
- O que sabemos com certeza absoluta sobre os homens? Resposta: Que eles são MORTAIS. Todos
eles, evidentemente!
- O que sabemos com certeza absoluta sobre os MORTAIS? Resposta: que eles são homens? Claro
que não. Nem todos os mortais são homens! Pássaros, cachorros, gatos, vegetais são todos
mortais, inclusive homens. Não podemos dizer que TODOS OS MORTAIS são HOMENS. Mas,
podemos dizer, com certeza absoluta, que todos os HOMENS são mortais.
- LOGO, o que diz a teoria? A teoria diz que nas frases universais afirmativas (A), que é o exemplo
dado anteriormente, o SUJEITO é distribuído, mas o predicado NÃO. O que isso quer dizer, na
linguagem dos seres humanos normais (nós)? Que a única certeza que podemos tirar dessas
frases universais afirmativas são as referentes ao SUJEITO (PRIMEIRO TERMO, no caso do exemplo
– HOMENS). Mas, do PREDICADO (SEGUNDO TERMO SEMPRE, no caso do exemplo – MORTAIS,
nada pode se afirmar de certeza absoluta).
Distribuição de um termo – continuação!
• Entendida mais ou menos a ideia de “estar distribuído”, vamos analisar outro exemplo, para fechar de vez a
ideia.
- Ex 2: Nenhum homem é imortal.
• O que podemos destacar desse exemplo? Que ele é composto por dois termos: HOMEM e IMORTAL. Agora,
vamos perguntar:
- O que podemos destacar de certeza absoluta sobre os HOMENS? Que eles não são imortais. Isso é evidente.
- O que podemos destacar de certeza absoluta sobre os IMORTAIS? Que eles não são homens. Neste caso,
podemos afirmar algo de certeza absoluta sobre os imortais: que eles não são homens.
É diferente do primeiro exemplo. No caso dos mortais, não posso afirmar que eles são homens. Eles podem ser
qualquer coisa que morra um dia (mortal), como cachorros, gatos, pássaros, etc. No caso do segundo exemplo,
posso afirmar tanto que homens não são imortais, como posso afirmar que os imortais não são homens.
Alguém poderá querer contrapor essa ideia dizendo: “pedras são imortais, a água é imortal”. Ok! Está correto.
Mas, não deixa de ser verdade que “os imortais não são homens”. Afinal, pedras não são homens. E nem a
água é homem.
O que diz a teoria: “que nas frases universais negativas (E) – que é o exemplo da questão – tanto o sujeito
quanto o predicado estão distribuídos”. De fato, comprovamos acima que tanto temos certeza absoluta de
alguma coisa a respeito dos homens quanto os imortais.
Quadro das distribuições – Concluindo!
Primeiro passo: Identifique todos os termos. O termo menor (SUJEITO DA CONCLUSÃO – que é sempre o primeiro termo: ARTHUR). O
termo maior (PREDICADO DA CONCLUSÃO – que é sempre o segundo termo: MORTAL). O termo médio (sempre o que não aparece na
conclusão – HOMEM).
A primeira regra está satisfeita! As duas premissas são universais afirmativas. Nas universais afirmativas, o sujeito é sempre
distribuído, como já vimos. Logo, na primeira premissa, o “HOMEM” – que é o termo médio – está distribuído, satisfazendo a primeira
regra.
A segunda regra está satisfeita! O termo “ARTHUR”, que é um termo extremo (todo termo que seja MAIOR ou MENOR é extremo),
está distribuído na PREMISSA 2, pois ela é universal afirmativa, que sempre distribui o sujeito (nesse caso, Arthur). Satisfazendo a
segunda regra.
A terceira regra está satisfeita. O número de premissas negativas (não há nenhuma, logo 0 premissas negativas) é igual ao número de
conclusão negativa (não há nenhuma, logo 0 conclusões negativas). Satisfazendo a segunda regra.
Mais um exemplo
• Colocando mais um exemplo, já que esse tópico é particularmente
complexo, vejamos! Propositalmente, o silogismo do exemplo a
seguir a seguir é inválido.
A primeira regra está satisfeita! A premissa 2 é universal negativa. Nas universais negativas, os dois termos são
distribuídos. Como o termo médio está nesta premissa, ele evidentemente estará distribuído.
A segunda regra é desobedecida! A conclusão distribuiu os dois termos, já que ela é uma universal negativa.
Logo, pela regra, ambos os termos devem estar distribuídos nas premissas, já que não podem estar somente
distribuídos na conclusão, como diz a regra 2. Perceba que na primeira premissa, só quem está distribuído é
“CÃO”, pois nas universais afirmativas somente o sujeito é distribuído, mas mamífero não está (E deveria! Pois
ele foi distribuído na conclusão). Na segunda premissa, o “GATO” foi distribuído (e de fato, deveria, pois foi
distribuído na conclusão). Logo, somente por causa do “CÃO”, todo o silogismo cai abaixo. E de fato ele não faz
nenhum sentido.
A terceira regra está satisfeita. O número de premissas negativas é igual ao número de conclusão negativa.
Satisfazendo a segunda regra.