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Universidade Eduardo Mondlane

Departamento de Ciências Biológicas


Licenciatura em Biologia Aplicada

Fisiologia Animal Adaptativa


O Máximo Tamanho Corporal possível dos herbívoros: restrições
morfológicas no foregut e adaptações dos fermentadores do hindgut
Discentes: Docentes:
Augusto, Piedade Prof. Drª. Perpétua Scarlet
Filimone, Edmilson Dr. Yosbains Núñez
Cuna, Luis dr. José Dumbo
Timane, Elton
Monitor
Alberto Fernando

Maputo, Março de 2019


Introdução
 Animais herbívoros são aqueles que consomem plantas vivas ou parte delas. Desta
forma, podem exercer um papel de predadores, por remover indivíduos da população, ou
parasitas, por consumirem determinadas estruturas das plantas, mas sem mata-las.
 Estes podem se dividir em dois grupos fermentadores de hindgut (não ruminantes) e
fermentadores de foregut (ruminantes).
 Os animais não ruminantes ou monogástricos são caracterizados por possuir
particularidades nutritivas variadas, como a reduzida capacidade de armazenamento de
alimentos e como consequência, devem ter acesso continuo a alimentação.
 Muitos herbívoros são ruminantes, animais ruminantes podem ser reconhecidos devido
aos frequentes movimentos de mastigação mesmo quando não estão comendo.
 Os animais ruminantes ou poligástricos possuem um sistema digestivo peculiar com
características próprias bem definidas, o que lhes permite aproveitar os nutrientes
contidos em alimentos fibrosos e grosseiros. Estes se dividem em browsers e grazers.
Objectivos

Geral:
Compreender a relação entre o tamanho corporal nos herbívoros e as suas estratégias
digestivas.

Específicos:
Diferenciar os animais de pequeno porte e os de grande porte;
Comparar os fermentadores de forgut e os fermentadores de hindgut.
Relacionar o tempo de ingestão e retenção com o tamanho dos herbívoros;
Mencionar as principais adaptacoes distintivas entre os ruminantes (grazzers e browsers).
Metodologia

• Para a realização do trabalho recorreu-se ao uso dos artigos disponibilizados


pelos docentes e revisão bibliográfica.
Diferença entre animais de pequeno porte e os de grande porte

Parâmetro Grande porte Pequeno porte

Energia absoluta + -
Energia relativa - +
Coeficiente de digestibilidade + -
Taxa de pastoreio + -
Motilidade + -
Capacidade gastrointestinal + -
Qualidade de foragem - +
Compitidores + -
Diferença entre animais de pequeno porte e os de grande porte

Parâmetro Grande porte Pequeno porte

Habitats inalcançáveis + -
Descendência - +
Tempo de gestação + -
Evolução - +
Deceparão de calor + -
Habitos noturnos - +
Tamanho dos herbívoros

• O tamanho nos herbivoros varia bastante, por exemplo a maioria dos


herbívoros fermentadores de hindgut apresentam tamanhos reduzidos
(hamsters, primatas), contudo existem alguns com um tamanho corpral
exccessivamente elevado (hipopotamos).
• Os fermentadores de foregut (ruminantes) por sua vez ocupam uma faixa
ampla de tamanho corporal dos herbivoros ou seja o seu tamanho varia
imenso.
Tamanho corporal dos herbívoros

Tabela 1: peso corporal de espécies de ruminantes (browser e grazers) e não ruminantes.


Teorias ecofisiológicas da relevância digestiva em relação ao
tamanho do corpo

A taxa metabólica específica diminuía com o aumento do peso


1. corporal, contudo a capacidade do intestino permanece constante a
fracção do peso corporal

A capacidade do estômago aumenta linearmente com o aumento do


2. peso corporal

Isso pode ser explicado pelo facto da capacidade do estomago estar


directamente relacionada com o MTR (tempo medio de retenção) e o
tempo de ingestão que são directamente proporcionais ao peso do
animal
Tempo médio de retenção

MRT (tempo médio de P = peso corporal


retenção)

 MRT(h) = 9,4P0.255 em fermentadores  Elefante= 3 ton


de hindgut  Indricotherium = 15 ton
 MRT (h) = 15,3 P0,251 em ruminantes.  MRT(E) = 72.4 h
 Quanto maior o peso corporal maior  MRT(I) = 109.15 h
será o MTR
Capacidade de retenção Vs Peso corporal

 A adaptação digestiva dos


herbívoros é limitada por
sua capacidade de retenção
de ingesta por um tempo
suficiente para extrair dela
os nutrientes.
Correlações morfológicas da aceleração MRT

• Encurtamento do tubo • Aumento do seu diâmetro


intestinal
• Explica menor capacidade de • Explica menor capacidade
armazenamento e processamento digestibilidade de micromoleculas
da ingesta, devido ao espaço devido a proporções desfavoráveis
tubular e volume ingerido. de superfície absorvente e volume
ingerido.
Microrganismos que participam da digestão das proteínas pelos
ruminantes

Bactérias Protozoários Fungos

• Bacteroides amylophilus • Isotricha • Neocalliastix


• Bacteroides ruminicola • Dastricha • Piromyces
• Selemona ruminatum • Entodinium • Caecomyces
• Butyribrio fibrisolvens • Diplodinium
• Succinovibrio sp. As proteínas permanecem
• Borelia sp. Ingerem partículas de proteínas e
engolfadas ate serem digeridas
pelos protozoários ou ate a
armazenam dentro de seus corpos,
morte deste para serem
protegendo da acção das bactérias.
removidas pelo ID.
Estabelecimento de microrganismos no rúmen
Fermentadores de hindgut
1. Possuem uma flora microbiana ao
nível do caecum (por isso possuem
um caecum maior).

2. A digestão inicia no estômago


(pequeno), e as partes da ingesta são
direccionados para o caecum onde
sofre acção microbiana, os produtos
da fermentação retornam para o
intestino delgado onde a fermentação
continua e inicia a absorção.

3. Os fermentadores de hindgut
possuem uma baixa capacidade de
retenção e altas taxas de passagem.
Fermentadores de foregut

1.Tem uma elevada capacidade forestomach.

2. O longo forestomach contém uma sopa microbiana


responsável por quebrar a celulose.

3. Após a fermentação os produtos inicias são


regurgitados para a boca e posteriormente chegam ao
intestino.
4. Possuem uma capacidade de retenção maior.

5. A taxa de passagem de ingesta é longo, dando


eficiência no processo de absorção de energia da
celulose.
Browsers Vs Grazers

 Browsers  Grazers

 Maior selectividade de plantas;  Menor selectividade de plantas;


 Foragem de alta qualidade;  Forragem de baixa qualidade;
 A forragem não forma uma "balsa  A forragem forma uma estratificação dos
fibrosa" e uma estratificação dos conteúdos do rúmen e é responsável pela
conteúdos do ruminoreticulum , rapido passagem lenta e um longo período de
tempo de retenção selectiva de retenção selectiva de partículas;
partículas;  aumentar sua capacidade de fermentação do
 Retenção selectiva de partículas que é forestomach;
quase constante em uma ampla gama de  Caecum reduzido.
tamanhos de corpo;
 Maior Caecum.
Taxas de passagem nos ruminantes

• Curto tempo de passagem de


alimento em grazers.

Fig .: Correlação do peso corporal e do MRT de grazers e


browsers com o aumento do peso corporal
Browsers Vs Grazers

 Browsers  Grazers
Limitações à fermentação forregeira

Bactérias gastrointestinais

Bactérias metanogénicas

Tempo de passagem
Capacidade do rumenretículo dos ruminantes

O conteúdo húmido do Rumenreticulo aumenta linearmente com o peso corporal;


12 ton seriam simplismente conteúdos ruminais.
31/03/2019 21
Capacidade do rumenretículo dos ruminantes

• A relação das capacidades do rúmen-retículo e omaso em relação ao tamanho do corpo


também variam com o peso vivo.

• Conclui-se a partir daí que os pequenos ruminantes são limitados pelas capacidades ruminal e
omasal. Para os herbívoros não ruminantes a influência vem dos volumes do intestino grosso,
principalmente do ceco.
Limitações do aumento da capacidade do rumenretículo

O fator limitante para o aumento da capacidade do ruminoreticulum é o espaço


disponível na cavidade abdominal.

Decrescimo na materia seca fecal com o aumento do tamanho corporal.

É óbvio que os grazers aumentam o conteúdo de água fecal com o tamanho do corpo.
Conclusão

 Os animais de grande porte possuem requisitos de energia relativa reduzida para manutenção e
um aumento relativo da capacidade gastrointestinal, enquanto que os animais de pequeno porte
possuem taxa energetica relativa elevada e menor capacidade gastrointestinal.
 Os fermentadores de hindgut possuem uma baixa capacidade de retenção e altas taxas de
passagem, enquanto os fermentadores foregut possuem uma capacidade de retenção maior e
baixas taxas de passagem. Os fermentadores de hindgut são menos adaptados aos efeitos tóxicos,
eles deveriam ter sofrido mais do que fermentadores de foregut e ruminantes intestinais.
 Com maior tamamnho corporal, há um momento em que o alimento é totalmente
fermentado devido a passagem lenta da ingesta e outro quando ha perdas de energia devido
a interacao das bactérias metanogênicas.
 Os ruminantes grazzers são maioritariamente representados por grandes especies de tal forma
que o seu alimento esta disponivel em forma de gramineas e browsers são representados por
pequenas especies que sao selectivas.
Referências bibliográficas

1. Clauss, M.; Frey, R; Kiefer, B.; Lechner-Doll, M.; Loeihlein, W.; Polster, C.; Rössner,
G. E. and Streich, W. J. (2003). The Maximum Atteinable Body Size of Herbivorous
Mammals: Morfophysiological Constrains on Foregut, and Adaptation of Hindgut
2. James, W. (1983). The Principles of Psychology. Volume II. C
3. Luchiari, A. C., (2010). Fisiologia Humana e Animal Comparada. In: R. A. T. Guerra
(editor). Ciências Biológicas – Cadernos CB Virtual 5. Pp 4-46. Paraíba, Editora
Universitária – UFPB.
Obrigado!!

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