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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

Dra. Ivoneide Mendes da Silva

AS METODOLOGIAS ATIVAS
E A SALA DE AULA
SÃO LOURENÇO DA MATA
2019
OBJETIVO DESTA APRESENTAÇÃO:

Contribuir para uma compreensão sobre Metodologias


Ativas de Ensino e Aprendizagem, visando a facilitar a
sua aplicação no contexto da educação de jovens.

METODOLOGIA SEGUIDA:

Incentivar a revisão de práticas tradicionais de ensino e


aprendizagem e apontar as possibilidades de
metodologias ativas para atender as necessidades atuais
da educação de jovens.
Pressupostos
 A educação dos jovens tem apresentado grandes desafios
para os educadores e as instituições de ensino.
 Os problemas parecem crescer mais rápido do que as
soluções propostas para educar estudantes com habilidades
muito diferentes das gerações passadas.
 Um grande problema para os professores é atrair e manter a
atenção e o interesse desses jovens.
 Falta de motivação dos alunos, com impactos sobre o
desempenho e as taxas de evasão.
 Os métodos tradicionais de ensino e aprendizagem não
conseguem atender necessidades dos jovens, como:
desenvolvimento efetivo de competências para a vida
profissional e pessoal; empreendedorismo, entre outros.
Uma proposta de solução

Aplicação de metodologias ativas de ensino e


aprendizagem - que se apresentam como uma
alternativa com grande potencial para atender às
demandas e desafios da educação atual.
Características das MA :
1. Demandam e estimulam a participação do aluno.
2. Respeitam e estimulam a liberdade de escolha do
aluno frente aos estudos e atividades propostas,
atendendo múltiplos interesses e objetivos.
3. Valorizam e adotam a contextualização do
conhecimento .
4. Estimulam as atividades em grupos, possibilitando as
contribuições formativas do trabalho em equipe.
5. Promovem a utilização de múltiplos recursos
culturais, científicos, tecnológicos providenciados pelos
próprios alunos no mundo em que vivemos.
6. Promovem a competência de socialização do
conhecimento e dos resultados obtidos nas atividades
desenvolvidas.
Ponderação
(Convém ter em conta possíveis dificuldades)

1) A aplicação das MA de modo eficaz requer uma


compreensão de seus fundamentos e do seu potencial
para melhorar os processos de ensino e aprendizagem.

2) Requer também compreender as dificuldades e


resistências que costumam ocorrer nas tentativas de sua
aplicação.

Há resistência nos ambientes educacionais para a


implementação de novos métodos ativos.
Para a decisão de aplicar MA,
é preciso avaliar:

 o grau de aceitabilidade existente no sistema


educacional e no seu corpo docente em relação a
diferentes metodologias de ensino e aprendizagem.
 o grau de compreensão existente sobre o significado
e as potencialidades das chamadas metodologias
ativas de aprendizagem.
 em que medida as metodologias já adotadas são ou
se aproximam das chamadas metodologias ativas.
CONTEXTOS DE APLICAÇÃO
Fonte: https://nte.ufsm.br/images/PDF_Capacitacao/2016/RECURSO_EDUCACIONAL/Ebook_FC.pdf
PBL
O que é PBL?

Método de ensino e aprendizagem


centrado no estudante, que tem como
característica principal um processo que
utiliza problemas do mundo real para
promover o desenvolvimento de
habilidades e atitudes valorizadas na
vida profissional.

Ribeiro e Mizukami (2004)


Ambiente de trabalho com PBL

Sousa (2011)
Origem?
Desenvolvida no final dos anos
60 por Howard Barrows e
colegas da Mcmaster University
(Canadá)

Algumas razões que motivaram a PBL


Insatisfação com o ensino (Curso de Medicina);
Grande quantidade de conceitos irrelevantes;
A falta de habilidade de se aplicar os
conceitos estudados em uma situação real de
vida.
(March 28, 1928 – March 25, 2011)
Pode ser em diferentes formatos:
Original, híbrido ou parcial Fonte: fhs.mcmaster.ca

Barrows (1996)
Princípios PBL?
1. Sugere que a aprendizagem precisa ser
centrada no aluno;
2. A aprendizagem necessita ocorrer em
pequenos grupos com um tutor no papel de
orientador;
3. O educador deve agir apenas como um
facilitador;
4. Existe a necessidade de se estabelecer
problemas do mundo real em uma sequência de
aprendizado sem preparativos prévios;
Barrows (1996)
Objetivos educacionais?

• Técnicas de resolução de problemas são


indispensáveis, porém seus objetivos não se
restringem a elas.
• Objetivos principais
Base de conhecimentos integrada e
estruturada em torno de problemas reais;
Desenvolvimento de habilidades de
aprendizagem autônoma e de trabalho em
equipe, tal como ocorre em situações práticas.
Barrows (1996)
Aprendizagem e PBL?

Metacognição

Integração Construção
com a vida do
real conhecimento

Motivação
epistêmica PBL Interação
social

Ribeiro (2010)
Comparação com outras abordagens
 Casos de ensino baseados em palestras

 Palestras baseadas em caso de ensino

 Estudo de casos de ensino

 Estudo de casos de ensino modificado

 Aprendizagem baseada em problemas (PBL)

 Aprendizagem baseada em problemas reiterativa


Barrows (1986)
Ciclo de
trabalho

Com o
Problema
Na
PBL

Barrows (2001)
APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA
AUTOAVALIAÇÃO E
AVALIAÇÃO DOS PARES
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA

APRESENTAÇÃO DOS
RESULTADOS
LEVANTAMENTO DE HIPÓTESES

TENTATIVA DE RESOLUÇÃO COM Soluções


OS CONHECIMENTOS DISPONÍVEIS Satisfatórias?

LEVANTAMENTO DE (NOVAS)
QUESTÕES DE APRENDIZAGEM
APLICAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS NO
PLANEJAMENTO DO PROBLEMA
TRABALHO DO GRUPO

COMPARTILHAMENTO DE
ESTUDO INDEPENDENTE INFORMAÇÕES E DISCUSSÃO
E o estudante?
ABORDAGEM CONVENCIONAL ABORDAGEM PBL

Alunos são vistos como tabula rasa. Valorização dos conhecimentos


prévios, autonomia, entre
outros.
Aprendizagem é individualista e Ambiente de apoio e
competitiva. colaboração.
Desempenho avaliado com relação aAlunos identificam, analisam e
tarefas de conteúdo específico. resolvem problemas.
Avaliação somativa. Auto-avaliação; Avaliação por
pares.
Aula baseada em uma comunicação Trabalhos em grupos; contextos
unilateral. variados; habilidades relevantes
a sua futura prática profissional.
Adaptado de Ribeiro (2010)
E o professor?
E o perfil do tutor?
• Conhecimento da matéria, mas também
um conhecimento pedagógico específico
para lidar com as dificuldades dos alunos;
• Aplicar um estilo “socrático”;
• Se preocupar por articular o conhecimento
dos alunos;
• Estimular as explicações, evitando
manifestar apenas o seu próprio
conhecimento.
Escribano; Del Valle (2015)
O problema?

• Central /Aberto
• Pouco estruturado
• Texto, vídeo, dramatização, entrevista com
alguém da comunidade afetada ou interessada na
solução do problema.
Barrows (1996)
O problema?
Um problema na PBL, deve ser entendido como um objetivo cujo
caminho para sua solução não é conhecido; De fim aberto, quer dizer,
não comporta uma única solução correta, mas uma ou mais soluções
adequadas;

Deve ser facilmente encontrado na prática profissional, abranger


conceitos de várias disciplinas;

Deve, espelhar situações profissionais reais, ou seja, ser indefinido, ter


informações insuficientes e perguntas não respondidas.

Como ocorre na prática profissional, na PBL os alunos não devem ter


todas as informações relevantes e tampouco conhecer as ações
necessárias para sua solução.

Barrows (2000); Bridges e Hallinger (1998)


Realidade

Santos (2016)
Implementação em uma
disciplina do Curso de
Licenciatura em Química da
UFRPE/SEDE
Silva (2017)
Contexto da Implementação

16 DISCIPLINA
LICENCIANDOS OBRIGATÓRIA HORÁRIO
SEMESTRE
MATRICULADOS OFERTADA NO NOTURNO
NA DISCIPLINA 2º PERÍODO DO 2016.1
20:10h às 21:50h
DE TICEQ (30h) CURSO

Silva (2017)
Início do Processo
Grupo 1
seis
integrantes

03
grupos
Grupo 3
cinco Grupo 2 cinco
integrantes integrantes

Silva (2017)
Participantes

Frequência Porcentagem

Experiência
na Docência Sim Não Sim Não
3 11 21,42% 78,57%

Tabela 2. Experiência na docência dos participantes da pesquisa.


Fonte: Dados coletados pela pesquisadora mediante aplicação de questionário

Silva (2017)
O Problema
Como professor recém-contratado, você foi selecionado para
ministrar aulas de Química no 2º ano do ensino médio em
uma escola na cidade do Recife, estado de Pernambuco. Ao
conhecer as dependências da instituição, verificou que a
mesma não possui laboratório para realização de aulas
experimentais. Desse modo, o diretor da escola, sabendo
que você cursou na sua graduação a disciplina de
Tecnologia da Informação e da Comunicação no ensino de
Química, solicitou a você a preparação de material didático
utilizando as TIC que ajudasse os alunos a associar os
conteúdos do 2º ano com a prática no ensino de Química.
Fonte: elaborado pela autora.

Silva (2017)
Implementação da PBL

Figura 3. Segunda etapa – Implementação da PBL.


Fonte: Elaborada pela autora.
Silva (2017)
Sessão Tutorial

Fonte: Elaborada pela autora.


Sessão tutorial - Grupo 1
“Utilizar recursos acessíveis para todos os
presentes para gerar uma interação entre “Inicialmente foi desesperador pra
todos. Utilizar aplicativos, softwares e gente. Parecia que realmente tínhamos
laboratórios virtuais. A ideia seria escolher um uma sala do 2o ano nos esperando”.
tópico sobre o conteúdo Radioatividade, por
que ele é bem extenso, né”. (Relato L6 – (Relato L6 – videogravação).
videogravação).

Verifica-se através dos registros que


“Esse é um ponto que a gente
precisa pesquisar.”
o problema atraiu o interesse dos
alunos, estimulou a pesquisa, se
(Relato L2 – videogravação). relacionou com o cotidiano do aluno,
comportava diferentes caminhos
“A gente tem que pensar para a solução, fez com que o
realmente e fazer aquilo dar estudante se sentisse em uma
certo, então é um trabalho muito situação real de atividade
maior [...] exatamente, por isso, profissional, dessa forma se
pelas dificuldades de encontrar comportando como um problema
esses caminhos” (Relato L2 – relevante, pertinente e complexo.
videogravação).
Silva (2017)
Considerações

• Os estudantes destacaram que o PBL


favoreceu a utilização do pensamento crítico,
os colocou mais próximo do cenário
profissional e assim consideraram o
processo PBL interessante, sendo o trabalho
em grupo, visto como algo positivo, com
destaque para a troca de informações e a
colaboração dos componentes.

Silva (2017)
ATIVIDADE
O problema
• Há no Brasil em torno de 50.000 Escolas no Campo. Esta
denominação abarca áreas rurais, pesca, indígena, etc. O número
tem decrescido em função do agronegócio que tira o morador da
fazenda, economia dos órgãos públicos, fornecem o ônibus para
levar os alunos para as Escolas da Cidade e as próprias famílias
que acabam identificando a escola do campo como atraso. Estas
Escolas funcionam em condições de infraestrutura bem precárias e
são multisseriadas. Muitas vezes, numa única sala de aula, estão
alunos do pré-escolar ao 5º ano juntos. O docente tem uma grande
dificuldade em organizar uma rotina de aprendizagem que atenda
às necessidades de todos.

• Como construir atividades para salas multisseriadas num contexto


rural, em uma Escola em Ouricuri? Como o seu grupo construirá
uma resposta para um desafio desse?
Quadro Referencial
Definição do Problema:

Com Relação ao Problema Com Relação ao Grupo

Ideias Fatos Questões de Aprendizagem Plano de Ação

O que vocês Aspectos que precisam de Planejamento de como o


sabem sobre? maior investigação. grupo irá buscar as
respostas para solucionar
o problema

Líder: Secretário: Membro(s):

Fonte: adaptado de Delisle (1997); Ribeiro (2010)


Referências
• ARAÚJO, U. F.; SASTRE, G. (orgs.). Aprendizagem Baseada em
problemas no ensino superior. 2 ed. – São Paulo: Summus,
2009.
• BARROWS, H. S. A taxonomy of Problem-basead learning
methods. Medical Education, 20, 1986.
• BARROWS, H. S. Problem-Based Learning in Medicine and
Beyond: A Brief Overview, New directions for Teaching, and
Learning, n. 68, 1996.
• BARROWS, H. Problem-based Learning (PBL). Disponível em:
<http://www.pbli.org/pbl>. 2001. Acesso em: 03 jun. 2014.
• BRIDGES, E. M.; HALLINGER, P. Problem-based learniing in medical and
managerial education. In.: FOGARTY, R. (ed.). Problem-based learning: a
collection of articles. Arlington Heights: Skylight, 1998, 3-19.
• DELISLE, R., How to use problem-based learning in the classroom.
ASCD: Alexandria, Virginia, EUA, 1997.
Referências
• ESCRIBANO, A.; DEL VALLE, A. (Coords.). El aprendizaje Basado em
Problemas: uma propuesta metodológica em educación superior. Narcea,
S.A. De ediciones. Madri. España, 2015.
• NEWMAN, M. Problem based learning: an exploration of the method and
evaluation of its effectiveness in a continuing nursing education programme.
London, Middlesex University, 2004.
• RIBEIRO, L. R. C. Aprendizagem baseada em problemas (PBL): uma
experiência no ensino superior. São Carlos, EDUFSCAR, 2010.
• RIBEIRO, L. R., MIZUKAMI, M. G. N., A PBL na Universidade de
Newcastle: Um Modelo para o Ensino de Engenharia no Brasil? Olhar de
Professor, Vol. 7, Ponta Grossa, Brasil, 2004, pp. 133-146. Disponível em:
<http://redalyc.uaemex.mx/pdf/684/68470110.pdf>. Acesso em 09/10/17.
Referências
• RIBEIRO, L. R. C. Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL) na
Educação em Engenharia. Revista de Ensino de Engenharia, v. 27, n. 2,
p. 23-32, 2008 – ISSN 0101-5001.
• RIBEIRO, L. R. C. A aprendizagem baseada em problemas (PBL): uma
implementação na Educação em Engenharia na voz dos atores. Tese (Pós-
Graduação em Educação da UFSCAR), 2005.
• SANTOS, S. Residência BADA e o método de ensino PBL. (Slides),
2016.
• SILVA, I. M. A aprendizagem baseada em problemas: uma análise da
implementação na disciplina de tecnologia da informação e comunicação
no ensino de química. Tese (Doutorado em Ensino de Ciências e
Matemática) – Universidade Federal rural de Pernambuco – 2017.
• SOUSA, S. O. Aprendizagem baseada em problemas (PBL – Problem-
based learning): estratégia para o Ensino e aprendizagem de algoritmos e
Conteúdos computacionais. Dissertação de Mestrado (Programa de Pós-
Graduação em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia),
UNESP/Campus de Presidente Prudente, 2011.
OBRIGADA!
ivon.quimica@gmail.com
(81) 986267658

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