Em 1987, pessoas foram contaminadas por césio-137 de um aparelho de radioterapia abandonado em Goiânia, Brasil. Quatro pessoas morreram e mais de 100 apresentaram sintomas de contaminação. O material radioativo se espalhou por várias pessoas por sua coloração azul fascinante antes de medidas de descontaminação serem tomadas.
Em 1987, pessoas foram contaminadas por césio-137 de um aparelho de radioterapia abandonado em Goiânia, Brasil. Quatro pessoas morreram e mais de 100 apresentaram sintomas de contaminação. O material radioativo se espalhou por várias pessoas por sua coloração azul fascinante antes de medidas de descontaminação serem tomadas.
Em 1987, pessoas foram contaminadas por césio-137 de um aparelho de radioterapia abandonado em Goiânia, Brasil. Quatro pessoas morreram e mais de 100 apresentaram sintomas de contaminação. O material radioativo se espalhou por várias pessoas por sua coloração azul fascinante antes de medidas de descontaminação serem tomadas.
Mariana Introdução O acidente radioativo de Goiânia aconteceu no dia 13 de setembro de 1987. Na ocasião, dezenas de pessoas morreram acidentalmente pelas radiações emitidas por uma cápsula do radioisótopo césio-137. Segundo a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), quatro pessoas foram a óbito e mais de 100 pessoas apresentaram sintomas de contaminação externa e interna. O acontecimento foi marcado como o pior acidente radioativo do Brasil e o maior radiológico da América. Conceitos importantes O césio é um elemento químico representado pelo símbolo Cs. A sua descoberta data de 1860 e seu nome deriva do latim “caesius”, que significa “Céu azul” devido ao fato de seu metal e compostos emitirem uma luz de coloração azul. O Césio-137 é um isótopo radioativo obtido pela fissão do urânio ou plutônio. A sua desintegração gera o Bário- 137, emitindo radiações gama. Estes apresentam alto poder de penetração, sendo nocivos aos seres humanos. É utilizado no formato de sais, como o cloreto de césio e que no escuro emite o brilho cristalino azulado que fascinou e contaminou em Goiânia. Sintomas de contaminação por Césio-137 A radioatividade emitida destrói o organismo de dentro para fora, primeiro pela camada muscular e os vasos sanguíneos, atingindo depois a camada de gordura até chegar a pele. Os principais sintomas são: Náuseas Vômitos Diarréia Tonturas Queimaduras Causas do acidente No dia 13 de setembro de 1987, catadores de lixo entraram e acharam a cápsula que tinha o Césio-137 que estava dentro de um aparelho de radioterapia de uma instalação desativada do instituto Goiano de Radioterapia. No dia 18 de setembro de 1987, o material foi vendido para um depósito de ferro-velho. O dono do estabelecimento era Devair Alves Ferreira, que, ao desmontar a máquina, expôs o ambiente ao césio-137 e encantado pela coloração azul emitida pelo material, levou para sua casa e expôs a familiares,amigos e vizinhos. Em pouco tempo o material se espalhou deixando muitos doentes. Medidas adotadas O físico Walter Gomes foi o primeiro a identificar que se tratava de uma substância radioativa e emitiu o alerta a CNEN. Adotou-se como primeira medida a separação de todas as roupas das pessoas expostas ao material radioativo e lavá-las com água e sabão para a descontaminação externa. Os contaminados tomaram um quelante denominado “Azul da Prússia” cuja ação é eliminar as partículas de césio pelas fezes e urina. A descontaminação dos focos principais foi feita retirando grandes quantidades de solo e de construções que foram demolidas. Ao mesmo tempo foi realizada a monitoração para quantificar a dispersão do Césio-137 no ambiente, além de análise de solo, vegetais, água e ar. Conseqüências do acidente Os números não oficiais estimam em torno de 104 mortos, entre moradores, policiais e bombeiros. Estima-se que o ocorrido deixou em torno de 6000 vítimas com sequelas dos quais muitos sofrem preconceitos e descasos das autoridades. O acidente de Goiânia gerou 3500 m3 de lixo radioativo, que foi acondicionado em containeres concretados. O repositório definitivo deste material localiza-se na cidade de Abadia de Goiás, a 23 km de Goiânia, onde a CNEN instalou o Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste, que executa a monitoração dos rejeitos radioativos e controle ambiental. Conseqüências do acidente A CNEN que deveria fiscalizar a clínica, foi condenada a prestar assistência médica as vítimas e seus parentes. O Governo de Góias e a CNEN foram condenadas a pagar indenização as vítimas que variam em torno de R$ 100 mil até R$ 1 milhão. Porém essas indenizações não foram pagas até hoje. Em julho de 1992, os médicos Orlando Teixeira, Crizeide Dourado e Carlos Bezerril, responsáveis pela clínica abandonada além do físico nuclear Flamarion Goulart, foram condenados por homícidio culposo. Após cumprirem 1 ano no regime semi-aberto, foram perdoados por um indulto presencial. Em Maio de 2012 foi instituida pela presidente da república Dilma Rouseff, a data de 13 de setembro, como o dia Nacional da Luta dos Acidentados por Fontes Radioativas, para lembrar o maior acidente radioativo do País.
A Vigilância em Saúde Ambiental é um conjunto de ações que proporciona o conhecimento e detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana