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Jürgen Habermas (1929)

• Integra a segunda geração da Escola de Frankfurt.

• Foi integrado à escola só depois da publicação de sua


teoria sobre a esfera pública.

• Retoma a teoria crítica, fazendo uma reflexão sobre a


opinião pública e a relação entre a mídia e política.

• Seu trabalho mais importante é a “A mudança estrutural


da esfera pública burguesa” (1962).

• E a “Teoria do agir comunicativo” (1981).


• Seu sistema filosófico busca revelar as
possibilidades da razão, da emancipação
e da comunicação crítica e racional das
instituições da modernidade.

• Acredita que a modernidade é um projeto


que foi interrompido. Nega o termo pós-
modernidade.
Esfera pública
• Em toda sua obra, Habermas defende a retomada dos
valores iluministas. Ele afirma que a modernidade não
terminou, mas que seu projeto foi interrompido. É
preciso retomá-lo.

• Afirma que a “esfera pública” se desenvolveu na era


burguesa. Algo semelhante – embora mais limitado –
existia em outros períodos: Grécia – ágora; Roma –
fórum. Na Idade Média, ela deixou de existir.

• Na modernidade, no século XVIII, ela surge com a


imprensa partidária e independente. Com ela, os
cidadãos podem exercer os seus direitos políticos e
construir uma sociedade democrática.
• Uma das críticas a teoria de Habermas - incorporadas a
obras posteriores suas – é quanto à limitação da “esfera
pública”.

• Ela não era universal; só atingia a burguesia. Deixava de


fora os trabalhadores pobres e as mulheres. Restringia-se
também aos países mais ricos da Europa.

• Habermas afirma que a “esfera pública” é modificada já


em meados do século XIX, quando a mídia torna-se um
negócio privado, dominado por grandes empresas. A
questão política e a democracia ficam em segundo plano.

• A “Teoria da ação comunicativa”, que propõe uma


pragmática da comunicação, das relações interpessoais,
retoma elementos da teoria da “esfera pública”. Ela prega
a participação mais ativa, por meio da comunicação, nas
comunidades. Com isso, espera enfrentar todos os tipos
de arbitrariedades.
• MARTINO, Luís Mauro Sá. Teoria da comunicação:
ideias, conceitos e métodos. Petrópolis: Vozes, 2009, p. 58-
62.

• 3. Esfera pública e comunicação em Habermas

• O pensamento de Habermas envolve duas dimensões:


uma mais ampla, relacionada à noção de esfera pública,
desenvolvida no início dos anos 1960, e outra voltada para
a interação entre indivíduos, com o agir comunicativo, a
partir do final da década de 1970.

• Esses dois planos envolvem a prática racional da


comunicação, fenômeno central da vida humana. Com a
chamada “teoria da ação comunicativa”, Habermas se
preocupa com “a pragmática universal da comunicação”.
• “Comunicar não é apenas trocar
informações. É agir, interferir na ação e
modificar atitudes em diferentes escalas. A
racionalidade do mundo ocidental, levada
a efeito a partir do século 18, baseia-se
sobretudo em um uso racional da
comunicação em várias escalas” (57).
• A esfera pública
• Defende que a modernidade não teria existido sem a
mídia. Sem imprensa não havia, a partir do século 18, a
esfera pública.
• O autor entende por esfera pública como sendo um
lugar de debates. Ela tem como ancestrais mais remotos
a praça pública na Grécia e o fórum romano. Com o
sistema feudal, praticamente não existiu na Idade
Média.
• “Apenas no século 18, com a ascensão da
burguesia como classe econômica
dominante, é que aparece um novo
espaço de discussão. Esta explicação
apenas delineia o longo processo de
transição entre as classes, mas arruma o
palco para o aparecimento dos meios de
comunicação de massa como principal
ator político nessa trama” (58).
• A imprensa e a esfera pública
• O surgimento e a consolidação da
imprensa diária favoreceu a troca de ideias
e os debates. Dentre os efeitos políticos,
podem ser enumerados:
• - fim do monopólio da Igreja quanto ao
conhecimento;
• - mudança das relações do poder, já que as
decisões políticas, divulgada nos jornais,
poderia ser do conhecimento de todos.
• Definição de esfera pública para Habermas:
• “Esfera pública é o conjunto dos espaços de discussão
social onde, a partir do livre debate, procura-se o
consenso. Para o autor, uma crítica da Modernidade não
pode deixar de lado o fato de que a democracia é uma
conquista do mundo moderno, e o estabelecimento de
um Estado democrático de direito implica a livre
discussão de ideias com vistas à obtenção de consenso.
Esse consenso, de certo modo, pode ser equivalente à
ideia de ‘opinião pública’, vista como o resultado das
discussões em um espaço público – a esfera pública
burguesa” (58).
• Diferente de formas coercitivas de opinião, a esfera
pública promove o consenso pelo debate. Com ela, cria-
se a opinião, que é um “[...] instrumento de pressão
política forte o suficiente para colocar em xeque os
poderes estabelecidos” (59).
• Habermas vê uma mudança na esfera pública já no
início do século XIX, quando os jornais passam a ser
regidos por interesses econômicos.
• “Transformada em empresa, a mídia se transforma em
instrumento econômico sem, no entanto, perder o
caráter político. A esfera pública se liga ao mercado”
(59).
• Para satisfazer os anunciantes e o
mercado, surge um jornalismo apolítico e
imparcial, que é criticado por Habermas
como potencialmente danoso ao debate
político, pois “[...] seu aspecto político-
estratégico torna-se parte do interesse
econômico”. Assim, a nova esfera pública
é “[...] colonizada pelas regras do mercado
que regem os meios de comunicação”
(59).
• Usos da comunicação
• No final da década de 1970, Habermas volta a publicar
trabalhos sobre a comunicação. Desta vez, interessa-se
pela pragmática do discurso. Ela visa estudar a interação
entre as pessoas para obter melhores resultados com a
comunicação.
• “Ao selecionar as informações, o profissional de mídia
utiliza sua premissa de ser o portador de um discurso
válido e, no entanto, faz uso estratégico da comunicação
na medida em que a informação passada gera uma ação
enquanto que as que não foram selecionadas
simplesmente não têm existência social. Aqui é possível
notar a unidade na obra de Habermas: a seleção das
informações que atingem a esfera pública é uma das
situações de uso estratégico da comunicação” (62).

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