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ANÁLISE DE

BIORREATORES COM
A TRANSFERÊNCIA
DE OXIGÊNIO

WILLIBALDO SCHMIDELL
JUNTANDO A QUESTÃO DA TRANSFERÊNCIA DE OXIGÊNIO
COM A ANÁLISE DE BIORREATORES

Vamos imaginar o cultivo contínuo de uma levedura (Saccharomyces


cerevisiae), em condições de aerobiose, sem a produção de etanol,
em meio com apenas a limitação pela fonte de carbono (glicose).

Sabe-se que se tem que cultivar a levedura mantendo-se a


concentração de glicose bem baixa, digamos da ordem de 1 g/L (há
dados inclusive da necessidade de valores ainda abaixo deste).

Imaginando que essa levedura possa seguir a cinética de Monod, com


µmax = 0,35 h-1 e Ks = 0,5 g/L resulta, para S = 1 g/L, µ = 0,233 h-1 e no
estado estacionário µ = D = 0,233 h-1 e X vai depender de So.
A fim de se calcular a concentração celular, necessitamos de dados
experimentais ou, alternativamente, assumir uma dada estequiometria.
Assumindo uma da literatura:

C6H12O6 + 3,9O2 + 0,29NH3 → 1,95CH1,75N0,15O0,5 + 4,05CO2 + 4,72H2O

Segundo essa estequiometria, pode-se ver que:


46,51 gcel/180 gglicose, ou seja: Yx/s = 0,26 gcel/gsubstrato
Assim se pode simular o contínuo em estado estacionário, segundo as
equações já sabidas da análise de biorreatores:
S KS D
   max S
 max  D 
Para µ = D
KS  S

 KS D 
X  YX S0  S   YX S0   Pr  X * D
S S
  max  D  

Pretende-se operar com S=1g/L e, portanto, D = 0,233 h-1


12

So = 10 g/L
10
X Ponto de
Ks = 0,5 g/L
operação com
S µmax = 0,35 h-1
S = 1 g/L
Pr Yx/s = 0,26
8
X, S (g/L), Pr (g/Lh)

0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35
D (h-1)

Variação da concentração celular (X), concentração de


substrato (S) e produtividade em células (Pr), para estados
estacionários em distintos valores de D (vazão específica de
alimentação).
Pretende-se agora introduzir a questão da transferência de oxigênio,
a fim de atender à demanda da situação indicada na Figura anterior.
Retornando à estequiometria assumida:
C6H12O6 + 3,9O2 + 0,29NH3 → 1,95CH1,75N0,15O0,5 + 4,05CO2 + 4,72H2O

Segundo esta estequiometria, tem-se o consumo de 3,9 moles de


oxigênio para cada mol de glicose metabolizado, ou seja: 124,8
gO2/180 gglicose ou, ainda: 0,693 gO2/g glicose metabolizada.
O fator de conversão de oxigênio para células seria de (desprezando-
se o consumo para manutenção): 46,51 gcel/124,8 gO2, ou seja Yx/o =
0,37 gcel/gO2.
O balanço material para o substrato no estado estacionário é:

Onde µSX=velocidade de

 S X  DS0  S 
consumo do substrato
(gS/L.h), a qual pode ser
convertida a oxigênio pelo
fator 0,693 gO2/gS
S X .0,693  DS0  S .0,693  QO 2 X
Com: QO2X=velocidade de consumo de oxigênio (gO2/L.h)
QO2= velocidade específica de consumo de oxigênio (gO2/gcel.h)
Lembrando agora a equação do balanço material para o oxigênio
dissolvido no líquido é:

 k L aCS  C   QO 2 X
dC
dt
Onde: kLa = coeficiente volumétrico de transferência de oxigênio (h-1)
CS = concentração de O2 dissolvido na saturação (gO2/L)
C = concentração de O2 dissolvido no instante t (gO2/L)
Caso se imagine que possa haver um sistema de controle da
concentração de O2 dissolvido, controlando em uma dada concentração
((dC/dt) = 0) não limitante (exemplo 20% de CS), fica-se com:

DS 0  S .0,693
Ou seja o coeficiente
kLa  volumétrico de transferência de
CS  C  oxigênio é função da velocidade
de consumo do substrato
limitante.
Cálculo do denominador (Cs-C)
Para o caso de pequenos biorreatores, para os quais costuma-se
utilizar altas vazões de aeração (~1 a 2 vvm), além de se poder
desprezar a altura da coluna de líquido, o Cs pode ser considerado
como um valor único.
Admitindo-se trabalhar com uma pressão acima da pressão
atmosférica, a fim de facilitar a manutenção de assepsia no volume de
reação, podendo-se utilizar 0,3 atm acima da atmosférica, ou seja:
pO 2  xO 2 P  0,211,0  0,3  0,21.1,3  0,273atm
Supondo trabalhar com água e a 350C:
CS  H . pO 2  33,4.0,273  9,12mgO2 / L
Quanto ao valor de C, pode-se imaginar fixar em 20 a 30% da
saturação com ar à pressão atmosférica, ou seja:

C  0,2.33,4.0,21  1,4 mgO2 L


CS  C   9,12 1,4  7,72 mgO2 L
12
350
X Ponto de
So = 10 g/L operação
10 Ks = 0,5 g/L para S=1 g/L 300
S
µmax = 0,35 h-1
Yx/s = 0,26
Pr Cs = 0,00912 g/L 250
8
X, S (g/L); Pr (g/L.h)

kla
200

kla (1/h)
6

150

4
100

2
50

0 0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35
D (1/h)

Mesma situação anterior, porém acrescentando o kLa


A simulação anterior, considerou-se uma concentração de substrato de
10 g/L, o que permite a obtenção de baixas concentrações de células
e, por decorrência, baixíssimas produtividades.

O que se poderia imaginar, seria a operação com So=10 g/L, porém


com a prática de recirculação de microrganismos, o que levaria ao
aumento da concentração celular no biorreator.

Alternativamente se poderia pensar em utilizar maiores concentrações


do substrato, pois realmente 10 g/L dificilmente seria de interesse
prático. Assim, vamos simular a situação utilizando So = 50 g/L.
60 1800

X (g/L) So = 50 g/L Ponto de


Ks = 0,5 g/L operação 1600
µmax = 0,35 h-1 para S = 1 g/L
50 S (g/L)
Yx/s = 0,26
1400
Cs = 0,00912 g/L
Pr
40 1200
X, S (g/L); Pr (g/Lh)

kla (1/h)

1000

kla (1/h)
30
800

20 600

400
10
200

0 0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35
Tempo (h)

Simulação com So = 50 g/L

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