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Queirós
“Os Maias”
O Realismo
Principais temáticas:
- Representação da vida burguesa (ambição, avareza, cobiça,
corrupção, etc.);
- Representação da vida urbana (tensões sociais, políticas e
económicas);
- Análise dos conflitos sociais, resultantes dos grandes desníveis
entre classes;
- Representação do sofrimento social e moral da frustração, da
corrupção e do vício.
Planos de ação
Título
Subtítulo
“Os Maias”
Intriga principal
Crónica de costumes: Carlos e Maria Eduarda.
descrição do estilo de
vida romântico da
sociedade lisboeta
(aristocracia e alta
burguesia da década
de 70, do século XIX.
“Os Maias”
Ação fechada
“Os Maias”
Antecedentes Epílogo
Ação
principal
“Os Maias”
Estrutura da intriga central
Ação
Antecedentes Epílogo
principal
Ação
Antecedentes Epílogo
principal
Ação
Antecedentes Epílogo
principal
Ação
Antecedentes Epílogo
principal
Ação
Antecedentes Epílogo
principal
Cap. XVIII:
- Viagem de Carlos e Ega – janeiro de 1877 a março de 1878;
- Carlos em Sevilha;
- Reencontro de Carlos e Ega – 1887;
Caracterização Física
Afonso era baixo, maciço, de
ombros quadrados e fortes. A
sua cara larga, o nariz aquilino
e a pele corada. O cabelo era
branco, curto e a barba branca
e comprida. Como dizia
Carlos: "lembrava um varão
esforçado das idas heroicas,
um D. Duarte Meneses ou um
Afonso de Albuquerque".
Personagens
Caracterização Psicológica
Caracterização Física
Caracterização Psicológica
Caracterização Física
Caracterização Física
“Afonso (…) lembrava, como dizia Carlos, um varão esforçado das idades heroicas (…)
Parte do seu rendimento ia-se-lhe por entre os dedos, esparsamente, numa caridade
enternecida. Cada vez amava mais o que é pobre e o que é fraco. (…) Tudo o que vive
lhe merecia amor — e era dos que não pisam um formigueiro e se compadecem da sede
de uma planta.”
- A inevitabilidade do destino:
“Tu és simplesmente, como ele [Don Juan], um devasso; e hás de vir a acabar
desgraçadamente como ele, numa tragédia infernal! (…) é inútil que ninguém ande à
busca da sua mulher. Ela virá. Cada um tem a sua mulher e necessariamente tem de a
encontrar. (…) estais ambos insensivelmente, irresistivelmente, fatalmente, marchando
um para o outro!”
- O destino “irreparável”:
“Ega escutava-o, sem uma palavra (…) só pelo modo como Carlos falava daquele
grande amor, ele sentia-o profundo, absorvente, eterno, e para bem ou para mal
tornando-se daí por diante, e para sempre, o seu irreparável destino.”
- O destino “implacável”:
“E [Afonso] afastou-se, todo dobrado sobre a bengala, vencido enfim por aquele
implacável destino que, depois de o ter ferido na idade da força com a desgraça
do filho — o esmagava ao fim da velhice com a desgraça do neto.”
“Os Maias”
O carácter trágico da intriga central
• Os indícios/presságios:
- Alusão à fatalidade das paredes do Ramalhetes:
“— Há três anos, quando o Sr. Afonso me encomendou aqui as primeiras obras,
lembrei-lhe eu [Vilaça] que, segundo uma antiga lenda, eram sempre fatais aos
Maias as paredes do Ramalhete. O Sr. Afonso da Maia riu de agouros e lendas...
Pois fatais foram!”
Ação aberta
“Os Maias”
Episódios
Jantar no O Jantar Jornais “A Sarau no
da vida
Hotel A corrida dos Corneta do Teatro da
romântica Diabo” e
Cental de cavalos Gouvarinhos Trindade
“A Tarde”
Os Maias
Carlos vê Carlos Carlos Ega é Revelação
Maria procura em declara-se cúmplice da da relação
Eduarda pela vão Maria a Maria relação incestuosa
primeira vez Eduarda Eduarda amorosa
Jantar no
Hotel
Central
A vida social da capital
Jantar no Hotel Central
João da
Ega
Jacob
Craft
Cohen
Jantar
no Hotel
Central
Tomás
Carlos
de
da Maia
Alencar
Dâmaso
Salcede
“Os Maias”
A Corrida
de
Cavalos
A vida social da capital
“Os Maias”
A Corrida de Cavalos
A Corrida de Cavalos
Constitui mais uma visão caricatural da sociedade lisboeta,
que, num desesperado esforço de cosmopolitização, resolve
promover um espetáculo que não faz parte da tradição cultural
do país.
Jantar em
casa dos
Gouvarinho
A vida social da capital
“Os Maias”
Jornais a
“Corneta do
Diabo” e
A vida social da capital “A Tarde”
“Os Maias”
“A Corneta do Diabo”
“A Tarde”
Neves, diretor do jornal, aceita publicar a carta em que
Dâmaso se confessa embriagado ao redigir a carta que
mencionava a relação de Carlos e Maria Eduarda, depois
de concluir que o Dâmaso em causa não era o seu amigo
Dâmaso Guedes, motivo que o terá levado a rejeitar a
publicação anteriormente.
Sarau no
Teatro da
Trindade
A vida social da capital
“Os Maias”
PORTUGAL PASSADO
CAMÕES E (Camões)
CHIADO estagnação e contrasta
(nostalgia e ociosidade Com o PORTUGAL DO PRESENTE
decadência) (liberalismo frustrado, crise de identidade
nacional)
Destruição
RAMALHETE e morte RAMALHETE EM RUÍNA
Reflexo de Lisboa/Portugal
“Os Maias”
Marcas linguísticas:
- Formas verbais, pronomes e determinantes na terceira pessoa;
- Discurso indireto livre;
- Recurso à analepse (o narrador conhece todos os momentos da ação);
“Os Maias”
O narrador (quanto à focalização)
OMNISCIENTE
INTERNA
• Carlos dá-nos a conhecer Dâmaso e Maria Eduarda, emite
juízos de valor sobre o meio que o rodeia e revela-nos os
seus pensamentos;
• Vilaça apresenta e comenta a educação dada a Carlos e a
Eusebiozinho;
• João da Ega revela os seus pensamentos e permite o
desencadear da tragédia.