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ESTUDOS GEOTÉCNICOS PARA OBRAS RODOVIÁRIAS

IS 206
IP-DE- G00/002

AULA 2.3

3- PROPRIEDADES GERAIS DO SOLOS


Considerações iniciais
3.1- Índices físicos
3.2 – Propriedades físicas e mecânicas

4- PRINCIPAIS ENSAIOS
4.1- Compactação dos solos (Especificação do ensaio: DNER - ME
129/94)-
4.2- Granulometria
DNER-ME 041/94 - preparação de amostras para ensaios de
caracterização
DNER-ME 051/94 - análise granulométrica por sedimentação
DNER-ME 080/94 - análise granulométrica por peneiramento
4.3- Limites de consistência= Limites de ATTERBERG
4.4- Índice de grupo
4.5-Equivalente de areia (EA) – (DNER – ME 054/94)
4.6-Índice de Suporte Califórnia (California Bearing Ratio) (DNER – ME
049/94)

5- CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS
5.1- Classificação expedita- baseada nos sentidos
5.2- Principais sistemas de classificação geotécnica
5.2.1- Sistema de classificação unificada – USC / ASTM.
52.2- Classificação MCT (Noções)

•DNIT. Manual de Pavimentação, 2006. Disponível em: http://


www1.dnit.gov.br Manual_de_Pavimentacao.pdf, acesso em 25 fev. 2012.

•DNIT. Manual de Implantação Básica, 2010. Disponível em:


http://www1.dnit.gov.br/.../manual_implantacao_basica_rodovia_publ_ipr_74,
acesso em 23 fev. 2012.
Considerações iniciais
Propriedades físicas e mecânicas
capilaridade, permeabilidade, compressibilidade, resistência ao
cisalhamento, empolamento, redução e compactação, etc.

FASES DO SOLO
componentes do solo- conjunto de partículas sólidas deixando entre si
vazios, que poderão estar parcial ou totalmente preenchidos de água.
três fases: sólida, líquida e gasosa (sistema polifásico)
FASE SÓLIDA
partículas ou grãos de dimensões, forma, natureza química e mineralógica
variáveis, decorrentes da rocha de origem e dos fatores que intervieram na
formação do solo.

FASE GASOSA
Consiste nos vazios deixados pelas fases sólida e líquida,
ar, vapor d'água e carbono combinado.
fase gasosa depende da fase líquida.
estudos de consolidação dos aterros, quando há necessidade de calcular as
tensões neutras desenvolvidas, em função da redução de volume da fase gasosa.
FASE LÍQUIDA
água higroscópica: se encontra no solo, ao ar livre, em equilíbrio com
o vapor de água da atmosfera úmida, e é cedida em uma atmosfera seca.
é função da superfície e da natureza superficial das partículas.
água capilar: nos solos de grãos finos, sobe pelos interstícios capilares
deixados pelas partículas sólidas, além do plano determinado pela água
livre. A coesão e o fenômeno de contração das argilas são explicados
através da ação capilar existente nos solos.
água livre: Quanto maior a porosidade do solo, maior a quantidade de
água em seus Vazios.Características físicas da água comum (regida leis da
Hidráulica).
higroscópica, capilar e livre são as que podem ser evaporadas pelo calor
a temperatura superior a 100ºC.

água de constituição: argila, cuja eliminação ou variação percentual


altera as propriedades.
água adsorvida: é a película fixada na superfície dos grãos.
FORMA DOS GRÃOS
pedregulhos e areias: grãos angulares, arredondados ou menos
achatadas. Areias contêm elevado % de partículas de mica.
siltes e argilas: angulares e escamosos, sem grãos arredondados.
Argilas tem partículas escamosas com grande porosidade- até 400% de
água em relação ao peso da matéria sólida.

Composição
areia são compostos principalmente de quartzo.
argila são geralmente caolinita e montmorrinolita.

Diâmetro e volume = areia e argila---- argila + nº de partículas


Areia e argila tem diâmetro e volume aproximados mas argila tem maior
nº de particulas
DIFERENÇAS NA:
-CONTRAÇÃO
Argilas: contraem-se ao secar
Areias: não se contraem ao secar

-COESÃO- o máximo esforço coesivo — resistência ao


cisalhamento sob pressão normal nula

Argilas: coesão acentuada dependente do teor de


umidade
Areias: coesão desprezível.
2- Propriedades gerais do solos
2.1-Índices físicos
São a relação entre volume e peso das fases sólida,
líquida e gasosa do solo.
Permitem a definição das propriedades físicas: teor de
umidade, massas específicas, porosidade, índice de
vazios, grau de compacidade, grau de saturação,
densidade real, incluindo as relações entre eles.
Vv = volume
de vazio
VS= volume
do grão
Vw - volume
de agua
V= volume
total
h = Pa / Ps
h -teor de umidade
relação entre a massa de água nos vazios do solo e a massa de solo seco.
h - ma / ms ou h (%) = ( ma / m s ) .100%
h = teor de umidade
ma = massa de água
ms - massa de solo seco

G-grau de saturação
relação entre o volume de água e o volume de vazios. Variação volumétrica por
expulsão da água dos vazios.
Areias- tem pouca importância.
Argilas- grande variação volumétrica por expulsão da água dos vazios
G = Va / Vv ou G (%) = { V a / V v ) . 100%

A-grau de aeração
relação entre o volume de ar e o volume de vazios.
A = Var / V v ou A (%) = (Va r / Vv) . 100%.
V = Var + Vv
h -teor de umidade relação entre a massa de água nos vazios do solo e a
massa de solo seco.

G-grau de saturação
relação entre o volume de água e o volume de vazios. Variação volumétrica por
expulsão da água dos vazios.
Areias- tem pouca importância.
Argilas- grande variação volumétrica por expulsão da água dos vazios

A-grau de aeração
relação entre o volume de ar e o volume de vazios.
e-Índice de vazios:
relação entre o volume de vazios e o volume de sólidos, cheios.
E= V / Vs
deformações volumétricas são proporcionais a uma variação de índice de
vazios. Quanto maior o índice de vazios, maior a deformação volumétrica

massa específica- Em função do volume considerado,


pode ser real ou aparente.
Y= P/ V-
Aparente
Massa específica aparente do solo úmido- relação entre a massa
de solo úmido e o volume ocupado pela mesma, na condição de
compactação em que se encontra.
Yh= (ms + m a ) / V
O peso específico aparente úmido permite calcular as pressões na massa
de solo.
argilas: 13 a 17 kN/ m³
Areias: 17 e 20 kN/ m³.
Densidade específica/massa específica
massas específicas- expressas geralmente em t/m³, kg/dm³ ou g/cm³ -
relações entre quantidade de matéria (massa) e volume.
pesos específicos- expressos em kN/m² -relações entre pesos e volumes
Ex: material tem uma massa específica de 1,8 t/m³, peso especifico?
peso específico= massa específica x aceleração da gravidade (9,81m/s² ≈ 10m/s² )
peso específico = 1,8t/m³ x 10m/s² = 18 kN/m³.

1N = 1kg m/s².
o peso (P) de uma massa de 1kg ao nível do mar onde a aceleração da gravidade é de
9,81m/s² é:

densidade específica (expressa em g/cm³, kg/dm³ ou t/m³), densidade relativa é


adimensional.
n-porosidade
relação entre o volume de vazios e o volume total do solo.
n = Vv / Vt , ou n (%) = (Vv / Vt) . 100%.
A porosidade somente não é indicador do estado de compactação de
um solo. Solos de igual porosidade podem ter estrutura de compacidade
bem diferentes, pois a forma dos grãos e o grau de uniformidade
influenciam na distribuição granulométrica sobre a compacidade do solo.

GRAU DE COMPACIDADE
No solo arenoso é dado pela expressão
Dc= (emax – e)/ (emax – emin)
Sendo
Dc = grau de compacidade;
emax - índice de vazios máximo possível correspondente ao índice
de vazios no estado mais fofo possível;
emin - índice de vazios mínimo possível correspondente ao estado
mais compacto possível do solo;
e= índice de vazios do solo no seu estado natural.
Y-massa específica
aparente
Ys- solo seco-
Ysub –solo submerso
Ysat –solo saturado
Yh- solo úmido-
Gs ou S - Densidade
dos grãos
n-porosidade
e-Índice de vazios
h -teor de umidade
G-grau de saturação
A-grau de aeração
h -teor de umidade - água nos vazios do solo e a massa de solo
seco.
G-grau de saturação-volume de água e o volume de vazios. Indica
a Variação volumétrica
Areias- tem pouca importância.
Argilas- grande variação volumétrica
A-grau de aeração- volume de ar e o volume de vazios.

massa específica aparente


do solo saturado
do solo seco
Do solo submerso.

Densidade dos grãos


e-Índice de vazios- volume de vazios e o volume de sólidos. Quanto
maior o índice de vazios, maior a deformação volumétrica

n-porosidade
relação entre o volume de vazios e o volume total do solo. Indicador do
estado de compactação.
3.2 – Propriedades físicas e mecânicas
capilaridade, permeabilidade, compressibilidade, elasticidade, contratilidade
e expansibilidade, resistência ao cisalhamento, empolamento, redução e
compactação.

-capilaridade: propriedade de absorver água por ação da tensão


superficial, inclusive opondo-se a ação da gravidade. Em pedregulhos e
areias grossas é desprezível, nas areias finas é de poucos centímetros e na
argila pode atingir vários metros.
A coesão é explicada pela ação capilar existente nos solos.

-permeabilidade: permite a passagem de água sob a ação da


gravidade ou outra força é em função do índice de vazios, do tamanho
médio dos grãos e de sua estrutura.
Pedregulhos e areias são + e argila são – permeáveis.
A determinação da permeabilidade dos solos pode ser feita através de
ensaios in situ e de laboratório através de permeâmetros de carga
constante ou variável.
valor da permeabilidade k (Lei de Darcy):
dois reservatórios onde os níveis d’água são mantidos constantes e com
diferença de altura h. Medindo-se vazão Q e conhecendo-se as dimensões
do corpo-de-prova (comprimento L e área da seção transversal A)

K= vazão Q x L
área A x h
O quadro apresenta valores típicos de permeabilidade para solos
arenosos e argilosos.
-Compressibilidade : propriedade de se deformar com diminuição
de volume, sob a ação de uma força de compressão.
Na areia é rápido e na argila é lento.
estudo de especial interesse em casos de aterros executados sobre
camadas de argila espessa, considerando-se a ocorrência de recalques
diferenciais.

-elasticidade: recuperar a forma primitiva cessado o esforço


deformante.

-contratilidade e expansibilidade:
propriedades características da argila, aumento ou diminuição de
umidade.
Contratilidade proporcional à resistência ao cisalhamento
Aspecto importante no comportamento dos solos compactados: a
resistência ao cisalhamento depende do tipo de compactação
empregado. Material da jazida muda após compactação.
A resistência ao cisalhamento é raramente determinada pelos
ensaios clássicos de mecânica dos solos, normalmente usamos
ensaio de penetração por um pistão- CBR (Califórnia Bearing Ratio)
ou ISC, que determinam a resistência dos pavimentos sob condições
de tráfego diversas.

-Empolamento: Pode ser definido como o aumento de volume


sofrido por um material ao ser removido de seu estado natural. É
expresso em porcentagem.
empolamento = expansão volumétrica.

Redução: É a diminuição de volume sofrida por um material por efeito


de compactação de rolos, “sapos”, vibrocompactadores, etc.,
compactando o material em grau maior do que ele é encontrado em seu
estado natural. Essa redução depende, do grau de compactação exigido e
do material. É expresso em porcentagem.
Quanto maior o índic
deformação volumétri
-Compress

capilaridade

plastic

-Compressibilidade
4.2 - Granulometria
DNER-ME 041/94 - preparação de amostras para ensaios de
caracterização
DNER-ME 051/94 - análise granulométrica por sedimentação< nº 200
DNER-ME 080/94 - análise granulométrica por peneiramento> nº 200

A análise granulométrica consiste na determinação das porcentagens,


em peso, das diferentes frações constituintes da fase sólida do solo.

o ensaio é feito passando uma amostra do solo por uma série de peneiras
de malhas quadradas de dimensões padronizadas. Pesam-se as
quantidades retiradas em cada peneira e calculam-se as porcentagens que
passam em cada peneira.

Para as partículas de solo maiores que 0,075mm (nº200)- análise


granulométrica por peneiramento

Para as menores que 0,075mm (nº200)- análise granulométrica por


sedimentação- siltes e as argilas
granulometria ou análise granulométrica é a operação que visa estabelecer a
distribuição, em peso, das partículas segundo suas dimensões

Frações dos solos: A distribuição granulométrica do solo (variação do


tamanho dos seus grãos) influi no seu comportamento mecânico e é uma
informação importante na sua descrição.
ABNT 6502-95
A distribuição granulométrica dos materiais granulares, areias e
pedregulhos: processo de peneiramento de uma amostra seca em
estufa,
siltes e argilas: sedimentação dos sólidos no meio líquido.

Para solos, que tem partículas tanto na fração grossa (areia e pedregulho),
retidos na nº 200, quanto na fração fina (silte e argila), passa na nº 200,
análise granulométrica conjunta.

Um micrômetro
equivale à
milésima parte
de um milímetro
para a análise granulométríca:
— peneiração: é a operação de passar o material pelas peneiras especificadas;
— sedimentação: é a queda das partículas de material, após dispersão em água e
depósito, em ordem decrescente de peso das partículas.
Pode-se ter:
— sedimentação natural: é a sedimentação em que não é usado defloculante;

com os resultados obtidos no ensaio de granulometria por peneiramento, traça-se a


curva granulométrica
(x) os logaritmos das dimensões das partículas
(y) as porcentagens, em peso, de material que passa.

Segundo a forma da curva, podemos distinguir os seguintes tipos de granulometria:


uniforme ; bem graduada ; mal graduada .

uniforme - todas as partículas tem o mesmo tamanho;

bem graduada- grande e crescente variação no tamanho das partículas- melhor


comportamento em relação à resistência e compressibilidade;

mal graduada- pequena variação no tamanho das partículas.


Uniforme (azul)- todas as partículas tem o mesmo tamanho;
bem graduada (lilás)- grande e crescente variação no tamanho das partículas
mal graduada (vermelha)- pequena variação no tamanho das partículas.
Na prática, utilizam-se faixas granulométricas granulométricas para materiais a serem
usados como solo estabilizado ou para materiais filtrantes dos drenos
-Quando o solo não se enquadrar dentro da faixa, deve-se misturá-lo com outro solo,
para obter–se uma mistura com granulometria dentro das especificações.
Faixas granulométricas para camadas estabilizadas
granulometricamente
DER/SP-Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo;
ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas;
I P T- Instituto de Pesquisas Tecnológicas;
DNER-Departamento Nacional de Estradas de Rodagem;
AASHTO-Amerícan Association of State Highway and Transportation Officials;
ASTM-American Society for Testting Materials;
SIS-Sociedade Internacional de Solos;
USCE-United States Corps of Engineers (U, S. Army)
MIT-Massachussets Institute of Tecnology.
4.3 - Limites de consistência= Limites de ATTERBERG
Relação entre volume e umidade

-Avaliam a plasticidade dos solos: propriedade dos solos


argilosos que consiste na maior ou menor capacidade de serem
moldados sem variação de volume, sob certas condições de
umidade.
-Entre os ensaios de rotina, estão a determinação do limite de
liquidez e a do limite de plasticidade.

Ensaio do Limite de Liquidez - DNER-ME 122/94;

Ensaio do Limite de Plasticidade - DNER-ME 082/94.


Limites de consistência= Limites de ATTERBERG
-estudar os diferentes estados do solo em presença da água.
o agrônomo sueco Atterberg (1911) dividiu os valores de umidade
que uma argila pode apresentar em limites correspondentes ao
estado aparente do material.

Relação entre volume e umidade


índice de plasticidade (IP): informa quanto à amplitude da faixa de
plasticidade, e é empregado para classificar os solos.
IP elevado= recalque elevado.
IP = LL − LP
índice elevado de plasticidade: solo que pode absorver grande
quantidade de água, o que provoca aumento sensível de volume.
Com a retirada da água, tem-se elevada contração que, no
campo, significa elevado recalque. Nessas condições, o solo
apresenta inconvenientes como suporte, devido à instabilidade.

solos com baixo índice de plasticidade, ou NP, não apresentam


requalques elevados.

aparelho de Casagrande
A a p l i c a ç ã o dos golpes era i n i c i a l m e n t e feita de forma manual.
Casagrande construiu um aparelho próprio em que, acionando-se uma Manivela,
faz-se com que a altura da queda da concha seja exatamente 1 cm.
Colocada a concha no aparelho, aciona-se a manivela, de forma que esses
golpes sejam aplicados regularmente, até que os bordos inferiores da canaleta se
unam em um comprimento de 1 cm, anotando-se o número de golpes. Após essa
união, retira-se uma amostra do material e determina-se o teor de umidade
correspondente.
Gráfico de Casagrande

Dados:
LL= 43%
IP= 25%

classificação:
Argila de
Média
plasticidade

IP = LL − LP
Senço, p. 194 volume I manual de Pavimentação-
4.4 . Índice de grupo
Calculado por fórmula empírica, método concebido por D.J. STEELE,
engenheiro do antigo “US Bureau of Public Roads”, baseada nos estudos e
verificações de materiais de subleito

IG = Índice de Grupo, elemento definidor da “capacidade de suporte”


do terreno de fundação do pavimento

é um número inteiro variando de 0 a 20 que retrata o duplo aspecto de


plasticidade e graduação do solo.

Em condições normais de boa drenagem e forte compactação, a


capacidade-suporte de um material para subleito é inversamente
proporcional ao seu Índice de Grupo,

IG = 0 representa um “bom” material;

IG = 20 representa um material “muito fraco” para subleito.


plasticidade e graduação = usar Limites de consistência e Granulometria
IG = 0,2 a + 0,005 ac + 0,01 bd

a - % de material que passa na peneira nº. 200, menos 35. (a varia de 0 a


40).
a ˃ 75- adota-se 75
a˂ 35- adota-se 35

b - % de material que passa na peneira nº. 200, menos 15. (b varia de 0 a


40)
b ˃ 55- adota-se 55
b ˂ 15- adota-se 15

c - Valor do Limite de Liquidez menos 40. (c varia de 0 a 20)-


LL ˃ 60- adota-se 60
LL ˂ 40- adota-se 40

d - Valor do Índice de Plasticidade menos 10. (d varia de 0 a 20)


IP ˃ 30- adota-se 30
IP ˂ 10- adota-se 10
4.5-Equivalente de areia (EA) – (DNER – ME 054/94)
controle de finos de materiais granulares
relação entre a altura de areia depositada após 20 minutos de sedimentação e a
altura total de areia depositada mais a de finos (silte e argila) em
suspensão, numa solução aquosa de cloreto de cálcio.

- Limita a porcentagem e a atividade das frações de solo fino em


materiais granulares

A limitação dos finos, feita em geral pela plasticidade, na tradição


rodoviária européia e norte-americana:
reduzem: permeabilidade, rigidez e resistência
aumentam: deformabilidade e expansão volumétrica em
presença de água
4.6 Compactação dos solos
(Especificação do ensaio: DNER - ME 129/94)-

Compactação é a operação da qual resulta o aumento da


massa específica aparente de um solo (e de outros materiais,
como misturas betuminosas etc.), pela aplicação de pressão,
impacto ou vibração, o que aumenta o contato entre as
partículas constitutivas do material, pela expulsão de ar.

Com a redução da porcentagem de vazios de ar, consegue-se


também reduzir a tendência de variação dos teores de umidade
dos materiais integrantes do pavimento, durante a vida de
serviço.

Y=P/ V
Compactação e a classificação dos solos
compactação- processo mecânico de adensamento dos solos,
resultando num volume de vazios menor e aumento de resistência
do solo .

materiais variam nas suas características portanto os


compactadores também apresentam diferenças entre si.

. Os solos são geralmente divididos em três grupos:


granulares, coesivos e orgânicos. Para fins de compactação,
consideraremos separadamente os granulares e os coesivos.

Em coesivos apenas no teor de umidade ótimo se atinge o


máximo peso específico seco, que corresponde à maior
resistência do solo
Solos coesivos
Argila é usada em execução de barragens e leitos de reservatórios de
retenção de água.
Características
são compactos e firmemente agregados por atração molecular. Maleáveis quando
úmidos e podem ser moldados mas se tornam muito duros quando secos. Teor de
água próprio, uniformemente distribuído, é crítico para compactação adequada.
Silte tem uma coesão notadamente mais baixa que a argila e também
seguramente confiável quanto ao teor de água.

Solos granulares
Solos granulares são conhecidos pelas suas propriedades de drenagem
de água.
Características
Areia e cascalho alcançam densidade máxima em estado completamente seco ou
saturado. Curvas de teste são relativamente planas e assim a densidade pode ser
obtida sem se considerar o teor de água.
Há cinco razões principais para se compactar o solo:
■ Aumenta a sua capacidade de resistência à carga
■ Evita recalque do solo e dano por congelamento
■ Dar estabilidade
■ Reduz infiltração de água, dilatação e contração
■ Reduz sedimentação do solo

Há quatro tipos de esforço de compactação para solo ou asfalto:


■ Vibração
■ Impacto
■ Amassamento
■ Pressão

principais de força de compactação: estático e vibratório.


principais de força de compactação: estático e vibratório.

Força estática é simplesmente o peso próprio da máquina aplicando


força para baixo sobre a superfície do solo, comprimindo as partículas
do solo.

Força vibratória usa um mecanismo, normalmente motorizado, para


criar uma força descendente em acréscimo ao peso estático da
máquina.
Os compactadores produzem uma sucessão rápida de pancadas
(impactos) na superfície, afetando assim as camadas superficiais bem
como também as camadas mais profundas. A vibração se transmite
pelo material, colocando as partículas em movimento e as
aproximando.
ensaios de Proctor Normal, Intermediário e Modificado- de
Compactação dos solos (Especificação do ensaio: DNER - ME 129/94)-
atendem ao controle de compactação para serviços realizados com os
equipamentos atualmente disponíveis.
-Estradas vicinais implantadas e liberadas ao tráfego: Proctor Normal;
-Serviços onde a pavimentação segue logo após a terraplenagem exigem
densidades mais altas (Proctor Intermediário ou Modificado)
Determinação do teor de umidade ótimo em laboratório.
O mais comum é o Teste de Proctor, ou Teste de Proctor modificado.
É importante não só para durabilidade, como para economia: menos
esforço de compactação para se alcançar os resultados desejados.
Teste de solo abrange o seguinte:
■ Medidas da densidade do solo para comparação entre o grau de
compactação e as especificações
■ Obter uma curva de densidade da umidade que identifique o ponto de
umidade ótima.
Ensaio proctor- e=3x25(2,5x30)/1000=5,5 kgf.cm/cm³
• número de camadas: 3 • número de golpes / camada: 25 • peso do soquete: 2,5 Kg •
altura de queda: 30,5 cm = 12“ Volume do cilindro: 1000
breve estudo da compactação
Definição de compactação- é o processo mecânico de adensamento dos solos,
resultando num índice de vazios menor e consequente aumento da capacidade de
carga e resistência do solo.

As unidades compactadoras viabilizam a compactação dos materiais, conforme as


especificações de projeto. Desenvolvem trabalhos tanto na compactação das
primeiras camadas de aterro, quanto na fase de pavimentação das vias.

Transformando solos em material de construção


Desenvolvendo propriedades que melhoram o seu comportamento técnico, de
maneira rápida e econômica através das operações de compactação:

Aumento da resistência de ruptura dos solos, sob a ação de cargas


externas;
 Redução de possíveis variações volumétricas, quer pela ação de
cargas, quer pela ação da água que, eventualmente, percole por sua
massa;
 Impermeabilização dos solos, pela redução do coeficiente de
permeabilidade, resultante do menor volume de vazios.
Resumo dos objetivos da compactação de solo:

a) maior aproximação e entrosamento das partículas- aumento da coesão, do


atrito interno e da resistência ao cisalhamento

b) através do aumento da resistência ao cisalhamento obtém-se maior


capacidade de suporte

c) com a redução do volume de vazios a capacidade de absorção de água e a


possibilidade de percolação diminuem substancialmente, tornando o solo mais
estável.

dois fatores fundamentais para a compactação de solos:


-o teor de umidade do solo
- a energia empregada na aproximação dos grãos - energia de compactação
e= n . P . h/ V
Para solos finos, o
material é passado na
peneira nº 4 (4,76 mm).
após 3 camadas
compactadas (25
golpes cada uma),
retira-se o excesso e
pesa-se o conjunto
(m1)
Determina-se a
umidade (H1), e
calcula-se a massa
específica aparente
seca

m1 = massa do solo
úmido, em g
H1 = umidade, em %
V - volume do cilindro,
em cm³
Ensaio proctor-
Para o traçado das curvas umidade x massa específica aparente.

compactar o solo com porcentagens crescentes de umidade num molde


cilíndrico de dimensões específicas. A compactação é feita em camadas,
aplicando-se um determinado número de golpes em cada camada, com um
sotaque de dimensões, peso e altura de queda especificados.

e= n . P . h/ V

e=3x25(2,5x30)/1000=5,5 kgf.cm/cm³ (proctor simples)


• número de camadas: 3
• número de golpes cada camada: 25
• peso do soquete: 2,5 Kg
• altura de queda: 30,5 cm = 12"
Volume do cilindro: 1000
(Senço, vol. 1, p. 136)
- Curva de compactação – ordenadas (y): pesos específicos secos e, em
abcissas (x): os teores de umidade correspondentes (h);
- Peso específico seco máximo - é a ordenada máxima da curva de
compactação;
- Umidade ótima (hot) - é o teor de umidade correspondente ao peso
específico máximo;
- Curvas de saturação - relaciona o peso específico seco com a umidade,
em função do grau de saturação.
NBR-7182 da ABNT
Efeito da umidade
A chuva, por exemplo, pode transformar o solo em um estado plástico ou até
mesmo em um líquido. Neste estado, o solo tem pouca ou nenhuma capacidade de
suportar carga.

Umidade x densidade do solo


-O teor de umidade do solo é vital para uma compactação apropriada. A umidade
age como um lubrificante dentro do solo, fazendo as partículas se ajuntarem.

-Muito pouca umidade significa compactação inadequada — as partículas não


podem se mover entre si para alcançar maior densidade.

-Excesso de umidade deixa água preenchendo espaços vazios e


subseqüentemente diminui a capacidade de suportar carga.

--A densidade mais alta para a maioria dos solos está em um certo teor de água
para um determinado esforço de compactação.

-O mais resistente secador do solo é a compactação.

-Em um estado saturado de água os vazios entre partículas estão parcialmente


preenchidos com água, criando uma coesão aparente que as liga entre si. Esta
coesão aumenta com a redução do tamanho da partícula (como em solos
argilosos).
specífica ponto 2 (H2, y2) da curva
1 – massa especifica
aparente x umidade
nto 2 da Ponto 2 da curva 2 -
a curva 1 resistência a penetração
x umidade
to A mas
ção muito

a mesma
especifica
umidade
ter sua
inuída no

a massa
a.
A compactação não é o único método: a injeção, o congelamento, a vibroflotação, a
pré-compressão, os drenos, a estabilização com materiais como a cal ou as cinzas.

DIFERENÇAS ENTRE ADENSAMENTO E COMPACTAÇÃO


ADENSAMENTO- qualquer processo envolvendo a diminuição do teor de
umidade de um solo saturado, sem que essa água seja substituída por ar.
Comparação entre argilas e areias:
- argilas: tempo bastante longo; as vezes mais de dez anos, devido à baixíssima
permeabilidade.
- areias : tempo rápido.

COMPACTAÇÃO DE SOLOS- é a operação de reduzir os v a z i os do s o l o


c om p r i m i n d o - o por meios m e c â n i c o s.
maior massa específica aparente possível=aplicação de energia mecânica aumento
da quantidade de partículas sólidas por unidade de volume.
Adensamento: teor de umidade / compactação: nº de vazios, ambas as
diminuições por energia mecânica.
- argilas: são muito compressíveis porém lentamente
- areias : menos compressíveis, porém quase imediatamente.
As maiores densidades possíveis= fator de segurança e estabilidade. Melhora a
impermeabilidade do solo compactado, o que é fator de estabilidade, aumentando a
resistência.
1) A camada do solo suporte (existente) deve ser superior em grau de
compactação ao solo a ser compactado;

2) Deve ser conhecida a densidade seca máxima e a umidade ótima


obtida no laboratório (ensaio Proctor)

3) escolhida a espessura da camada do material solto (antes) e


compactada (depois) em função do equipamento utilizado;

4) O solo deve ser irrigado para se obter o teor de umidade ótima, ou


deve se esperar o tempo necessário para obtê-lo através de
secagem natural;

5) Após a compactação parcial da pista, retiram-se os corpos de prova


para a medição da densidade;

6) Com o resultado das densidade obtidas em várias passadas, pode


ser construído o gráfico “densidade x número de passadas” e dessa
forma determinado o “número ideal de passadas”.
4.7-Índice de Suporte Califórnia(California Bearing Ratio)
(DNER – ME 049/94)
resistência do material frente a deslocamentos significativos e expansão do
corpo de prova após imersão.
curvas de pressão-penetração

O ensaio de CBR é a Relação entre pressões aplicadas em


corpos de prova do solo em estudo e de uma brita padronizada,
para produzir mesma penetração .
Permite também o cálculo da expansão axial do material em
relação à altura inicial do corpo-de-prova .

O valor do CBR, expresso em %, permite determinar, por meio de equações


empíricas, a espessura de pavimento flexível necessária em função do tráfego.
A resistência ou capacidade de suporte ISC foi correlacionada empiricamente com
o desempenho das estruturas levando a um método de dimensionamento de
pavimentos que fixa espessuras mínimas da estrutura dependendo do índice de
suporte do subleito, de modo a limitar tensões e protegê-lo da ruptura.

A mecânica dos pavimentos é a disciplina da engenharia civil que trata o


pavimento como um sistema em camadas no qual devem estar compatibilizadas
as tensões e deslocamentos solicitantes com as propriedades dos materiais e
espessuras das camadas. Esses conceitos devem ser utilizados no
dimensionamento da estrutura e condicionam a escolha dos materiais (Medina e
Motta, 2005).
tensões e deslocamentos= propriedades dos materiais e espessuras das
camadas.
O ensaio foi concebido para avaliar a resistência do material frente a
deslocamentos significativos, sendo obtida por meio de ensaio
penetrométrico em laboratório. (Porter, 1950, Califórnia )

A média de resistência à penetração no ensaio ISC foi estabelecida como


sendo o valor de referência ou padrão, equivalente a 100%.

Todos os materiais são referenciados por um valor em porcentagem,


representando o quão melhor ou pior é sua resistência no ensaio ISC por
comparação com aqueles materiais granulares de referência, designados
“material padrão”. Assim, podem ser encontrados valores de ISC bem
baixos, da ordem de unidades, a valores acima de 100%.
Consiste de:
-moldagem do corpo-de-prova: solo ou material passado na peneira
¾”, compactado na massa específica e umidade de projeto, em um
molde cilíndrico .

-imersão do corpo-de-prova em água, durante quatro dias. Durante


todo o período de imersão é empregada uma sobrecarga-padrão de
10 lbs sobre o corpo-de-prova, que corresponde a 2,5 polegadas de
espessura de pavimento sobre o material. Fazem-se leituras por
meio de um extensômetro, a cada 24 horas, calculando-se a
expansão axial do material em relação à altura inicial do corpo-
de-prova .
-penetração do corpo-de-prova: feita através do puncionamento na
face superior da amostra por um pistão com aproximadamente 50mm
de diâmetro, sob uma velocidade de penetração de 1,25mm/min .

-Anotam-se, ou registram-se no caso de equipamento automatizado,


as pressões do pistão e os deslocamentos correspondentes, de forma
a possibilitar a plotagem de uma curva pressão-penetração, na qual se
definem os valores de pressão correspondentes a :
2,54mm (P0,1”) e 5,08mm (P0,2”).
- Estas curvas de pressão-penetração devem possuir um primeiro
trecho praticamente retilíneo, característico de fase elástica, seguido
de um trecho curvo, característico de fase plástica.
P0,1”= pressão correspondente à penetração de 2,54mm (ou 0,1”) em kgf/cm2
P0,2”= pressão correspondente à penetração de 5,08mm (ou 0,2”) em kgf/cm2
valores 70 e 105 correspondem, respectivamente, aos valores de pressão padrão
do material de referência à penetração de 0,1” e 0,2” (o ISC é em porcentagem)
. O ISC é o maior valor entre os dois calculados ISC0,1” e ISC0,2”.
M P, p. 40
5- CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS

enquadramentos num critério técnico padronizado por normas, reconhecido


regional, nacional ou internacionalmente, dentro da especialidade, no caso
a Engenharia Civil Rodoviária.

Existem diversos sistemas de classificação geotécnica, sendo os mais


difundidos mundialmente – inclusive aqui no Brasil:

-Sistema Rodoviário de Classificação – TRB (ou HRB / AASHTO);

-SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO UNIFICADA – USC / ASTM;

-CLASSIFICAÇÃO MCT.
Solos coesivos: argilas e siltes
Grande coesão, baixa permeabilidade, capilaridade pode atingir
dezenas de metros, adensamento lento, Contratilidade e
expansibilidade são características das argilas

Solos granulares: areias e pedregulhos


Baixa coesão, alta permeabilidade, capilaridade desprezível,
adensamento rápido (função da permeabilidade)
3- Identificação de solos

Testes de identificação dos solos pela inspeção expedita


(baseada nos sentidos)
descrição de todos os aspectos perceptíveis como a textura, a cor, o odor
(solos orgânicos), a presença de minerais evidentes etc.,
-análise simples baseada principalmente nos sentidos (visão, olfato, tato, até
mesmo o paladar!) e/ou uso de instrumentos comuns ou rudimentares
(lâmina de gilete, folha de papel, água ou saliva!)... e na experiência pessoal.
Exemplo: Silte argiloso marrom escuro, com pedregulhos.

Objetivo: distinção entre solos de comportamento argiloso ou


arenoso.
Teste visual, do tato, do corte, da resistência seca, da
dilatância, etc.
solos grossos ou finos.
Teste visual (exame de granulometria): Consiste na observação visual do
tamanho, forma, cor, constituição mineralógica dos grãos- permite distinguir
solos grossos ou finos.

comportamento arenoso e comportamento argiloso.


teste do tato: Consiste em apertar e/ou friccionar entre os dedos a
amostra de solo: os “ásperos" são arenosos e os solos "macios" são
argilosos.. Trata-se do gesto típico de indicação de dinheiro, feito
energicamente com a amostra do solo entre os dedos. A predominância do
material arenoso identifica-se pelo ruído característico do atrito entre os grãos.
A inexistência da seqüência de ruídos do atrito entre os grãos indica a
ausência de material arenoso, pelo menos em quantidade suficiente para dar
essa característica ao solo.
Senço, vol. 1, p. 235
teste do corte: cortar a amostra com uma lâmina fina e
observar a superfície do corte: sendo "polida“ ou lisa:
comportamento argiloso; sendo "fosca“ ou rugosa: arenoso.

teste da resistência seca: tentar desagregar (pressionando


com os dedos) uma amostra seca do solo: se a resistência for
pequena, trata-se de um solo arenoso; se for elevada, de solo de
comportamento argiloso.

teste da dilatância (mobilidade da água ou da "sacudidela"):


colocar na palma da mão uma pasta de solo úmida e sacudi-la
batendo leve e rapidamente uma das mãos contra a outra. Se
aparecer água à superfície da pasta é solos de comportamento
arenoso, não aparecendo é argiloso.
3.2 – Propriedades físicas e mecânicas
capilaridade, permeabilidade, compressibilidade, elasticidade, contratilidade
e expansibilidade, resistência ao cisalhamento, empolamento, redução e
compactação.

-capilaridade: propriedade de absorver água por ação da tensão


superficial, inclusive opondo-se a ação da gravidade. Em pedregulhos e
areias grossas é desprezível, nas areias finas é de poucos centímetros e na
argila pode atingir vários metros.
A coesão é explicada pela ação capilar existente nos solos.

-permeabilidade: permite a passagem de água sob a ação da


gravidade ou outra força é em função do índice de vazios, do tamanho
médio dos grãos e de sua estrutura.
Pedregulhos e areias são + e argila são – permeáveis.
A mais conhecida é aquela estabelecida pelo Highway Research Board- HRB,
atualmente: Sistema Rodoviário de Classificação – TRB (ou HRB / AASHTO).
Classificação de solo para fins de pavimentação
mais simples classificação: granulometria do solo.
não leva em conta a plasticidade, fator de importância fundamental
no estudo do uso dos solos, quer como material de fundação, quer
como material a compor as camadas do pavimento.

A mais conhecida é aquela estabelecida pelo Highway Research Board-


HRB, baseia-se em:
- ensaios normais de caracterização de solos: limite de liquidez, o
índice de plasticidade e o ensaio de granuIometria e IG:

-as porcentagens que passam nas peneiras 10 (2 mm), 40 (0,42 mm)


e 200 (0,076 mm). - As peneiras 10, 40 só entram na classificação
para os solos A-l e A-3 (areias).

- p: porcentagem que passa na peneira nº 200: a soma das frações


de silte e argila
Processo de classificação inicia-se pelos resultados de granulometria seguida
dos ensaios de Liquidez e Plasticidade, de onde se obtém:
iP = LL - LP
LL - Limite de Liquidez, em %; e
LP = Limite de Plasticidade, em %,
Os solos são classificados em sete grupos:
A-1, A-2, A-3,A-4, A-5, A-6 e A-7.

diâmetro decresce de A-1 para A-7.


solos A-1 representam as areias e os solos A-7, as argilas.

Subdivisões:
O Grupo A-1 (2 grupos): A-1 a e A-1b.
O Grupo A-2 (4 grupos): : A-2-4, A-2-5 , A-2-6, A-2-7.
0 Grupo A-7 (2 grupos): : A-7-5 e A-7-6,
Os limites de separação entre os diversos fatores da classificação
1 - p = % que passa na peneira nº 200:
Interessa saber se p < 3 5% ou p > 36%,
satisfazem à condição de p < 3 5% são os solos A-1, A-2 e A-3.
satisfazem à condição de p > 3 6% são os solos A-4, A-5, A-6 e A-7.

2 - LL = limite de liquidez em %.
LL < 4 0% ou LL > 41%.
LL < 4 0% : A-1, A-2-4, A-2-6, A-3, A-4 e A-6
LL > 41 %: A-2-5, A-2-7, A-5 e A-7.

3 - IP = índice de Plasticidade
IP < 10 ou IP > 11
IP < 10 : são A-1, A-2-4, A-2-5, A-3, A-4 e A-5,
IP > 11: A-2-6, A-2-7, A-6 e A-7.

Os solos A-1-a, A-1-b e A-3 têm a classificação sempre subordinada


aos resultados do ensaio de granulometria, levando-se em conta as
porcentagens que passam nas peneiras nº 10, 40 e 200.
Exemplos de classificação
Amostra 1;
p - 5 2%
LL = 62%
IP = 18%
roteiro:
1º passo: Inicialmente, toma-se o valor p = 52%:
ficam eliminados os materiais granulares, ou seja, os
solos A-1, A-2 e A-3, pois p = 5 2% > 3 6%
2º passo: Toma-se, em seguida, o valor LL = 62%:
ficam eliminados os solos A-4 e A-6, pois LL = 6 2% >
40%.
3º passo: toma-se o valor IP = 18%;
fica eliminado o solo A-5, pois IP = 18% > 10%.
O solos da amostra 1 : A-7.
4º passo: É necessário distinguir entre A-7-5 e A-7-6.
A-7-5 = 10 < IP > (LL – 30)
A-7-6= 10 < IP ≤ (LL – 30)
LL - 30 = 52 - 30 = 2 2% > IP - 18%; Sendo LL - 30 > IP, o solo é
solo A-7-5
5.1.1- SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO UNIFICADA – USC / ASTM.
As classificações são representadas por combinações de letras
(provenientes de termos estrangeiros), sendo que algumas se referem à
designação principal do solo e outras às designações complementares ou
secundárias.

designação principal:
- G = pedregulho (“gravel”) ou S = areia (“sand”)
designação complementar:
- W = bem graduado (“well graded”) ou P = mal graduado (“poorly
graded”).
- M = silte (“mo” em sueco, já que em inglês é “silt” e o S já foi
empregado para areia),
- C = argila (“clay”).
- O = orgânico (“organic”).
- L = baixa (“low”) ou H = alta (“high”) compressibilidade.
- Pt = turfa (“peat”).
5.1.2- CLASSIFICAÇÃO MCT (Noções) Miniatura compactada tropical

É uma proposta brasileira (NOGAMI e VILLIBOR, 1981) de classificação


geotécnica ajustada a solos tropicais, originalmente desenvolvida para fins
rodoviários.

Os sistemas tradicionais, importados, baseados na granulometria e


plasticidade dos solos não devem ser aplicados diretamente aos solos
tropicais, pois isto leva frequentemente a resultados não condizentes com o
desempenho real nas obras, face às peculiaridades dos solos tropicais.

A metodologia baseia-se na obtenção de propriedades de corpos de provas


de dimensões reduzidas compactados, daí a sigla MCT – Miniatura,
Compactados, Tropicais.
materiais granulares + frações mais finas, passantes na
peneira nº 200

A limitação dos finos pela plasticidade ► tradição rodoviária européia e


norte-americana

► finos reduzem a permeabilidade dos materiais e sua


rigidez, aumentam sua deformabilidade e, principalmente,
aumentam a expansão volumétrica em presença de água, o
que causa também uma redução da sua resistência ► essas
características podem não ser observadas em solos
tropicais

► natureza, estrutura e propriedades mecânicas diferem dos solos finos


que ocorrem nas regiões de clima frio e temperado, locais onde a maior
parte da tecnologia de pavimentação foi concebida e desenvolvida.
finalidade principal: separar solos de comportamento
laterítico (representados pela letra L) daqueles de
comportamento não-laterítico (representados pela letra N)

Solos lateríticos exibem propriedades peculiares como elevada


resistência, baixa expansibilidade apesar de serem plásticos, e
baixa deformabilidade.

Concebida para solos que passam integralmente ou em grande


porcentagem na peneira nº 10 (2,00mm)

– Nogami e Villibor, 1981; 1995.


A classificação MCT divide os solos tropicais em duas
grandes classes:
comportamento laterítico
Comportamento não-laterítico(incluem-se os saprolíticos,
os transportados e outros)

enquadra os solos tropicais em 7 grupos:


NA, LA, LA’, NS`, NA`, NG` e LG`,
L = laterítico, NA- areia não laterítica
N = não-laterítico, LA- areia laterítica
A = areia, NS`- solo não lateritico siltoso
A` = arenoso, NA’- solo não lateritico arenoso
G`= argiloso e NG’- solo não lateritico argiloso
S´= siltoso. LG’- solo lateritico argiloso
LA’- solo laterítico arenoso
Ocorrência de solos tropicais no Brasil
Lateríticos- constituem a camada mais superficial
Tem uma massa de aspecto esponjoso,
cujos elementos lembram pipocas,
devido aos grãos mais finos estarem
agregados (grande volume de vazio).
Presença de torrões, que podem ser
bastante resistentes à ação hídrica,
justificando sua baixa massa específica
aparente e elevada permeabilidade.

Cor: predomina os matizes vermelho e amarelo,


Espessura: com frequência + 2 m, mas raras vezes ultrapassa 10 m.
Características dos Solos arenosos finos laterizados
- SAFL -

- areias lateríticas
não são muito resistentes à erosão pela água

- argilas lateríticas e areias argilosas


são muito resistentes à erosão pela água quando
adequadamente compactados.

baixa massa específica aparente e elevada


permeabilidade e elevada resistência.
Os solos saprolíticos
Por baixo da camada laterítica ou outros solos.
Cor: várias cores diferentes, variam muito
Espessura: muito variadas, atingindo muitas vezes várias dezenas
de metros.

Tem sua origem da rocha matriz, herdando em geral sua


aparência macroscópica que é caracterizada pela presença de
camadas, manchas, xistosidades, vazios, etc. Em contraste com os
solos lateríticos, são genuinamente residuais.

Parte decorrente do processo de intemperização e parte


herdado de sua rocha matriz, possuem em sua constituição
mineralógica a presença frequente de grande número de
minerais.
Mini CBR – mini proctor para resistência mecânica, expansão, contração,
coeficiente de absorção e coeficiente de permeabilidade
Mini MCV - ensaio de compactação para aumentar a densidade para vários
teores de umidade e perda de massa por imersão
Metodologia MCT

é baseada em propriedades mecânicas e hídricas obtidas de


corpos de prova compactados de dimensões reduzidas, não
utiliza a granulometria, o limite de liquidez e o índice de plasticidade,
como acontece no caso das classificações geotécnicas tradicionais.

dois grupos de ensaios, a saber:


Mini CBR – mini proctor para resistência mecânica, expansão,
contração, coeficiente de absorção e coeficiente de permeabilidade

Mini MCV - ensaio de compactação para aumentar a densidade


para vários teores de umidade e perda de massa por imersão
O ensaio de compactação é um dos principais
ensaios da metodologia MCT, a partir de seus parâmetros
básicos (massa especifica aparente seca máxima e teor de
umidade aparente), molda-se o corpo de prova, para
determinar-se as propriedades geotécnicas dos solos tropicais.

Este ensaio pode ser efetuado por dois métodos distintos de


compactação: mini proctor e mini MCV, por utilizarem uma
aparelhagem de dimensões reduzidas.

No ensaio de compactação mini-MCV (Moisture Condition


Value), para se obter um aumento sensível de densidade para
vários teores de umidade, aplica-se energia crescente, tendo-
se então uma família de curvas de compactação. Essas são
denominadas de curvas de deformabilidade ou Mini MCV.
MCV- ensaio de compactação para aumentar a densidade
para vários teores de umidade e perda de massa por imersão
enquadra os solos tropicais em 7 grupos:
NA, LA, NS`, NA`, LA’, NG` e LG`, onde L significa laterítico, N =
não-laterítico, A = areia, A` = arenoso, G`= argiloso e S´= siltoso.
MP –p. 69
Os Estudos Geotécnicos -Fase de Projeto Básico de
terraplanagem:
Os Estudos Geotécnicos tem como referência os
Estudos Geológicos e Topográficos e o Projeto
Geométrico e são elaborados para subsidiar os
Projetos de Pavimentação, Terraplenagem e
Drenagem.

Proporcionam o conhecimento dos materiais dos


cortes e aterros, do subleito e das obras-de-arte
correntes e, ainda, a localização, a distâncias
econômicas de transporte, de ocorrências de materiais
(jazidas de empréstimo)com características aceitáveis
para execução da obra
Os Estudos Geotécnicos

a) Estudo de subleito;
b) Estudo de empréstimos e ocorrências de materiais.

ESTUDO DO SUBLEITO
Ao longo do eixo do traçado selecionado (diretriz) a
intervalos de no máximo de 500 m, ou no mínimo uma
sondagem representativa em cada corte, com 1,0 m abaixo
do greide do projeto geométrico.

no mínimo, uma sondagem nas seções centrais das


gargantas com o objetivo da definição da profundidade da
rocha, espessura da camada de solo, classificação dos
materiais, seguindo-se o mesmo procedimento nas encostas
íngremes, zonas coluviais e de tálus.
.
Nas áreas de solos compressíveis e nos locais de
implantação dos aterros, ensaios especiais
Norma DNER PRO 381/98 – Projeto de Aterros sobre
Solos Moles para Obras Viárias .

As sondagens nos cortes para verificação do NA


constarão de, no mínimo, 3 furos, todos até a
profundidade de 1,50 m abaixo da cota do subleito.

Ensaios:
As amostras coletadas em cada furo, serão objeto de
ensaios de caracterização (limite físico e
granulometria), compactação e ISC.
Análise Granulométrica de solos por peneiramento
(DNER-ME 080/94);

Determinação do limite de liquidez (DNER-ME 122/94);

Determinação do limite de plasticidade (DNER-ME


082/94);

Determinação do Índice de Suporte Califórnia de Solos


utilizando amostras não trabalhadas (DNER-ME
049/94); e

Compactação, determinação de umidade ótima e


densidade máxima (DNER-ME 129/94).
EMPRÉSTIMOS
Empréstimo Lateral (paralelos ao eixo da estrada, com
distância mínima da saia do aterro de 5 m, localizados dentro
da faixa de domínio)

Empréstimo Concentrado (para segmentos em aterros que


exigem maiores volumes de materiais, empréstimos
localizados fora da faixa de domínio).
mesma metodologia de ensaios do estudo do subleito
CORTES
Distinguir a natureza do material de escavação, de modo a
permitir a respectiva avaliação e escolha do equipamento
apropriado;

Tomar conhecimento geotécnico dos materiais de corte, de


modo a permitir a fixação de seus taludes com maior
precisão;

Para conhecimento das características de compactação dos


solos de corte, tendo em vista a construção dos aterros;

Verificar a presença de umidade ou do lençol freático, a fim


de permitir o dimensionamento de drenos profundos, onde
for exigido.

mesma metodologia de ensaios do estudo do subleito


Análise dos Resultados:
Após os ensaios de laboratório determina-se o índice de
grupo para classificação segundo a TRB -
TRANSPORTATION RESEARCH BOARD (Antiga HRB)
e análise estatística dos dados segundo a metodologia
do DNIT.

Todos os furos de sondagem, de subleito e corte, foram


lançados no perfil longitudinal do Projeto Geométrico,
juntamente com a classificação nos horizontes
atravessados e observações quanto ao impenetrável e
nível d’água (NA), constituindo o perfil geotécnico do
trecho.

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