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Disciplina: Fundamentos da Administração Pública –

FAP; Turma G; 3ª e 5ª. : 20:50 – 22:50. PJC BT 021

Órgão: ADM - Departamento de Administração

Código da disciplina: 200794

Nível: Graduação

Pré-requisitos: ADM-181013 “Introdução a


Administração”

Brasília - 2012
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável). 1
EMENTÁRIO *

INTRODUÇÃO (Conceitos de nivelamento; evolução de ideias-


conceitos da administração (...); parte complementar)

I Principais abordagens teóricas acerca da Administração Pública

II Reforma do Estado e modernização do setor público

III Evolução histórica da Administração Pública no País

IV Planejamento na administração Pública

V Ética

VI Tendências contemporâneas no Brasil e no mundo

* Fonte: Secretaria da Administração Acadêmica da UNB (2009)

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

DEFINIÇÕES, CONCEITOS E SÍNTESE HISTÓRICO-EVOLUTICA DA


ADMINISTRAÇÃO: Quadros sinópticos (...).
1 INTRODUÇÃO
1.1 Definições, Processos, Propósitos e Categorias: Administração e
Administração Pública
1.1.1 Processos da Administração
1.1.1.1 Processo de Planejamento (P)
1.1.1.2 Processo de Organização (O)
1.1.1.3 Processo de Direção (D)
1.1.1.4 Processo de Controle ( C )
1.1.2 Propósitos da Administração
1.1.3 Categorias da Administração
1.2 Definições e Fundamentos da Administração Pública
1.2.1 Administração Pública em vários sentidos, vertentes e natureza
1.3 Princípios da Administração Pública
1.4 Síntese Histórica da Administração

3
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

2 Principais abordagens teóricas acerca da Administração Pública

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

3 Reforma do Estado e modernização do setor público

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

4 Evolução histórica da Administração Pública no País

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

5 Planejamento na administração Pública: conceitos; evolução do


planejamento; critérios

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

6 Ética: conceitos, princípios, importância na formação e na atuação


profissional

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

7 Tendências contemporâneas no Brasil e no mundo

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Bibliografia Básica
 LEITURAS: NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e
para reprodução xerográfica (leitura indispensável).

BERGUE, Sandro Trescastro. Modelos de gestão em organizações públicas:


teorias e tecnologias para análise e transformação organizacional. Caxias
do Sul (RS): EDUCS, 2011.

BRESSER-PEREIRA, L.C. e SPINK, P. Reforma do Estado e


Administração Pública Gerencial. Rio de Janeiro: FGV, 1998.

GUERREIRO RAMOS, A. Administração e contexto brasileiro: Esboço


de uma teoria geral da administração. 2a. ed. Rio de Janeiro: FGV, 1983.

PAULA, A. P, Por uma nova gestão pública. Rio de Janeiro: FGV, 2005.

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Menção (avaliação) da aprendizagem da
disciplina 200794 *
Menção Equivalência (?) Numérica
SS – Superior 9,0 a 10,0
MS Média Superior 7,0 a 8,9
MM - Média 5,0 a 6,9
MI - Média Inferior 3,0 a 4,9
II - Inferior 0,1 a 2,9
SR Sem Rendimento SR - acima de 25% de faltas
* Fonte: Secretaria da Administração Acadêmica da UNB (2009)

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Objetivo do estudo de administração e, em particular, objetivos do
curso de Administração Pública
Área do conhecimento importante, - imprescindível, em qualquer contexto de utilização
de recursos e tomada de decisões para alcançar objetivos.
Despertar, incentivar e orientar o estudo reflexivo da ciência da administração para se ter
melhorias no desempenho das organizações.
A exigência das organizações por qualificação e competitividade de professionais com
habilidades (inato) e competências (a formar) administradores conscientes do fatos de
que certos objetivos só podem ser alcançados por meio da ação coordenada de grupos
de pessoas.
O curso 200794 objetiva descobrir habilidades e desenvolver competência na
capacidade de observar (leitura reflexiva), analisar (consistência na qualidade
do registro e na efetividade da análise), diagnosticar e “equacionar” problemas
em ambientes de equipes (organizações) e os que se apresentam ao
administrador. Isto a ser alcançado, para: gerir recursos públicos, não só prestar
serviços (com excelência, qualidade) e executá-lo (com efetividade), como
também dirigir (com ética, responsabilidade, competência etc.), governar,
exercer a vontade com o objetivo de obter um resultado útil–satisfatório 
atender necessidades coletivas.
O curso objetiva formar profissionais capazes de administrar organizações
públicas, em diversos níveis; capazes de compreender a administração pública
como prática social e diferenciar a administração pública da administração
privada, bem como fundar bases (novos conhecimentos) para cursos posteriores.
Procedimentos pedagógicos e aspectos metodológicos

Parte teórica: aulas expositivas – dialogadas; seminários; debates;


dinâmica de grupos; leituras interpretativas de textos; resumos de textos;
consulta – pesquisa na biblioteca e Internet (...)
Referências para consulta: leituras obrigatórias (material disponível por
todos os meios: papel, digital etc.)
Apresentação do material em aula; recursos: lousa e giz; áudio visuais;
(...)
Avaliação:
Provas escritas
Participação em aula
Apresentação de trabalhos individuais e em grupo (no mais de cinco
aluno por grupos).

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Esquema geral de apresentação de trabalhos
(Mínimo: 3 páginas que compreendam: pré-texto; texto; e pós-texto)
Pré-texto. Capa; título: como proposição clara, precisa e objetiva de nomeação
do trabalho que defina exatamente o seu conteúdo em não mais de 20 palavras;
nome(s) do(s) autor-aluno; data. Outros elementos (opcionais): lista de
ilustrações; sumário; e resumo.
Texto. Introdução: visão clara, simples e objetiva da natureza, importância e
justificativa do tema, em um contexto particular que o aluno trata em seu
trabalho, para situar o leitor, sem parafrasear o resumo, nem adiantar
detalhes que se apresentam na parte que segue. Desenvolvimento: é o corpo
do trabalho com a apresentação logicamente ordenada dos assuntos
abordados: o problema, (hipóteses), os objetivos; a revisão de literatura, a
metodologia da administração pública*; a discussão e inferência, os
resultados (...). Conclusões e/ou recomendações: síntese – recapitulação
conclusiva de aspectos notáveis da discussão, inferências e principais
resultados que possam se relacionar diretamente com os objetivos propostos
no curso.
Pós-texto. Referências, criteriosamente elaboradas conforme recomendações da
ABNT – NBR 2023, 2002, disponível (para os interessados) e ilustrada para
os alunos do curso. Outros elementos, opcionais, são: apêndices; anexos (...)
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Plano de ensino
Composto por:
Objetivos do curso 200794
A emenda, biografia recomendada de consulta
Metodologia: quadro negro, giz, “data-show”, apostila ( NOTAS
DE AULA); artigos; “estudo de casos”; filmes / youtube
Plano de ensino entregue aos alunos
Procedimentos de avaliação
Outros aspectos: frequência - assiduidade, participação em sala –
interesse

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INTRODUÇÃO (Conceitos de nivelamento.
Parte complementar do ementário do curso 200794)
Administração. Palavra do latim ad (direção, tendência para...) e minister
(subordinação ou obediência).
Administração é o ato de trabalhar com e através de pessoas para realizar os
objetivos tanto da organização quanto de seus membros. Destacam-se três
aspectos dessa definição simplista:
a) Ênfase na pessoa, no administrador, na organização.
b) Foco em resultados a serem alcançados, nos objetivos em lugar das
atividades.
c) Incluiu o conceito de que a realização dos objetivos pessoais de seus
membros deve ser integrada à realização dos objetivos organizacionais.
Outras acepções:
Administração é administrar a ação através das pessoas com objetivo bem
definido (...). É o PROCESSO de planejar (com objetividade, critérios...)
organizar (arrumar e ordenar conforme o planejado), dirigir (para atingir um
propósito) e controlar (monitorar, agir... conforme diretrizes e princípios) o
uso de recursos a fim de alcançar objetivos.
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INTRODUÇÃO (Conceitos de nivelamento.
Parte complementar do ementário do curso 200794)

Conjunto de processos
inter-relacionados

Necessidades
para atender:

Soluções de
atendimento

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INTRODUÇÃO (Conceitos de nivelamento.
Parte complementar do ementário do curso 200794)

NIVEL ESTRATÉGICO. DECISÕES NÍVEL TÁTICO. DIVISÃO TÁTICA.


ESTRATÉGICAS. PLANEJAMENTO
ESTRAT´RATÉGICO. Mais amplo, PLANEJAMENTO TÁTICO. Elaborado em
envolvente e abrangente de toda a cada departamento no nível intermediário da
organização como um sistema único e organização; cada unidade organizacional
aberto, caracterizado por: projetado para
longo prazo, com efeitos e consequências deve elaborar seu planejamento tático
por vários anos; envolvem a empresa como subordinado ao planejamento estratégico.
uma totalidade, abrange todos os seus Suas principais funções são: médio prazo, em
recursos e áreas de atividade e preocupa-se
em atingir objetivos globais da organização; geral corresponde ao exercício anual ou fiscal
definido pela cúpula da organização, situa- da empresa; envolve cada departamento ou
se no nível institucional, corresponde ao
plano maior ao qual todos os demais planos unidade da organização, abrange seus recursos
estão subordinados; voltado para a eficácia específicos e preocupa-se em atingir objetivos
da organização, alcançar seus objetivos departamentais; é definido no nível
globais, apresentar resultados = excelência
organizacional. intermediário da organização para cada
departamento ou unidade da empresa; voltado
para a coordenação e integração, diz respeito
NÍVEL OPERACIONA. DECISÕES
ás atividades internas da organização
OPERACIONAIS. PLANEJAMENTO
OPERACIONA. refere-se a cada tarefa ou
atividade em particular. Suas principais
características são: projetado para o curto
prazo, para o imediato e normalmente lida
com o cotidiano e com a rotina diária, HIERARQUIA DE PLANOS em três
semanal ou mensal; envolve cada tarefa ou níveis distintos, porém inter-
relacionados, de planejamento
atividade isoladamente, preocupa-se com o
alcance de metas específicas; é voltado para
a eficiência, na execução das tarefas ou
atividades: fazer bem feito e corretamente =
excelência operacional.

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INTRODUÇÃO (Conceitos de nivelamento.
Parte complementar do ementário do curso 200794)
O planejamento que pode ser especial ou geral

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INTRODUÇÃO (Conceitos de nivelamento.
Parte complementar do ementário do curso 200794)
O planejamento, na administração seja ela privada ou pública, tem diversos
instrumentos, um deles é o projeto = instrumento que possibilita avaliar as vantagens e
desvantagens de reunir ou combinar os fatores de produção num investimento
empresarial, bem como aferir a capacidade dos administradores e empresários; uma
forma de planejamento de constituição, implantação ou expansão de uma organização

Esse instrumento, - o projeto, na visão: a) social (...) b) empresarial


Os projetos, conforme sejam os objetivos propostos, podem ser: comerciais; industriais
(extrativos, transformação, constr. civil e utilidade pública); agrícolas e pecuários
(agropecuários ou do agronegócio); financeiros (bancários e não bancários); transportes e
comunicações (estradas – telefone – internet – etc.); e de prestação de serviços.

Fases do projeto:
a) Anteprojeto.
b) Projeto Final.
c) Implantação.
d) Funcionamento Operacional.

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INTRODUÇÃO (Conceitos de nivelamento.
Parte complementar do ementário do curso 200794)
O segundo processo de administração é o de organização. Visa à estruturação
da empresa, reunindo pessoas, equipamentos e infraestrutura necessárias de
acordo com o planejamento efetuado. Estabelece os meios e recursos
necessários para possibilitar o planejamento e reflete como a organização ou
empresa tenta cumprir os planos: atribuição de tarefas e alocação de recursos.
(diferença da economia??).
Tipos de estruturas:
a) Estrutura de Organização Formal
a.1) Estrutura Linear:
a.2) Estrutura Funcional:
b) Estrutura de Organização Informal;
Estabelecimento de níveis organizacionais

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INTRODUÇÃO (Conceitos de nivelamento.
Parte complementar do ementário do curso 200794)

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INTRODUÇÃO (Conceitos de nivelamento.
Parte complementar do ementário do curso 200794)
3 Processo: Direção (D)
Colocar em marcha daquilo que foi planejado e organizado; é a função administrativa que
envolve o uso de influência para ativar e motivar as pessoas a alcançar os objetivos
organizacionais.
a) Comunicar
b) Liderar:
b.1 ) Autocritica
b.2) Democrática
b.3) Liberal
c) MOTIVAR
c.1) planejar e gerir pessoas
c.2) compreender fatos motivacionais
c.3) associa motivação – produção
c.4) valorizar as pessoas
c.5) Reconhecer os avanços
c.6) Encorajar iniciativas
c.7) Oferecer incentivos
c.8) Enriquecer (valorizar etc.) as funções;
c.9) Delegar autoridade;
c.10) Fazer avaliações como parte de um plano
c.11) Promover mudanças na empresa
Entre outros

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INTRODUÇÃO (Conceitos de nivelamento.
Parte complementar do ementário do curso 200794)

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INTRODUÇÃO (Conceitos de nivelamento.
Parte complementar do ementário do curso 200794)
A Teoria de Herzberg (Frederick Herzberg; 1923 – 2000; autor da "Teoria dos Dois
Fatores": a situação de motivação e satisfação das pessoas; a satisfação no cargo é
função do conteúdo ou atividades desafiadoras e estimulantes do cargo = "fatores
motivadores".
A insatisfação no cargo é função do ambiente, da supervisão, dos colegas e do contexto
geral do cargo = "fatores higiênicos".
A teoria é baseada na atitude e motivações dos funcionários e contrária a outras teorias
como a de Malow. Orienta-se para o entendimento de fatores que causariam insatisfação
e aqueles que seriam os responsáveis pela satisfação no ambiente de trabalho; teoria de
dois fatores: Motivação e Higiene.
Os fatores de Higiene são os necessários para evitar a insatisfação no ambiente de
trabalho, mas não são suficientes para provocar satisfação. Para motivar um funcionário,
não basta que os fatores de insatisfação estejam ausentes; pelo contrário, os fatores de
satisfação devem estar bem presentes.
Relaciona, como fatores que provocam insatisfação, aspectos crítico em: política da
empresa, condições do ambiente de trabalho, relacionamento com outros funcionários;
segurança e salário. Como fatores que levam à satisfação: crescimento,
desenvolvimento, responsabilidade, reconhecimento e realização

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INTRODUÇÃO (Conceitos de nivelamento.
Parte complementar do ementário do curso 200794)
Processo de Controle ( C )
Corresponde ao acompanhamento (para que?), monitoração (para que?) e a avaliação (para
que?) do desempenho organizacional para verificar se as coisas estão acontecendo de acordo
com o que foi planejado, organizado, e dirigido. Este processo compreende: monitora as
atividades; e manter a organização no cominho certo

O controle, para o caso da Administração Pública, pode ser definido como a atribuição de
vigilância, orientação e correção de certo órgão ou agente público sobre a atuação de outro ou de
sua própria atuação. Essas atribuições poderão ser exercidas para confirmar ou desfazer o ato,
conforme seja ou não legal, conveniente, oportuno e eficiente. No primeiro caso tem-se
heterocontrole (confirmar = controle externo); no segundo, autocontrole (desfazer = controle
interno.  NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável). 26
INTRODUÇÃO (Conceitos de nivelamento.
Parte complementar do ementário do curso 200794)
As habilidades e competências nos processos de controle nos diversos níveis da administração
podem ser exercidas tanto na execução de operações (nos três níveis) como no realizar e
executar, conforme se ilustra no seguinte gráfico

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Cont. 1ª.
A administração é um processo (modelo??) de tomar decisões e
colocá-las em prática sobre objetivos a serem alcançados
utilizando-se recursos (diferença de economia?). Colocam-se em
destaque, nesse processo, habilidades e competências: técnico-
científicas (métodos, técnicas, equipamentos etc.), humanas
(habilidades para trabalhar com pessoas ao captar atitudes,
motivações, comportamentos, potenciais etc.) e conceituais
(conhecimentos da complexidade da organização

Privados
Princípios Fundamentais
Públicos Planejamento: geral, setorial,
regional
Humano. Materiais
Coordenação / planos e programas
Informação – Tecnologia
Descentralização: dentro, entre (...)
Espaço – Tempo
Delegação de competências (...)
Infraestrutura
Monitoramento – controle (...)
Capital. Financeiro (...)

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Cont. 2ª.

Surgimento. A Teoria Geral da Administração (TGA) surgiu, no início


do século XX, quando as organizações alcançaram determinados
tamanho e complexidade, como respostas a problemas relevantes de cada
época.
A TGA é um conjunto orgânico e integrado de teorias, hipóteses e ideias a
respeito da administração como ciência, técnica e arte que oferecer aos
dirigentes das organizações modelos (??) e estratégias adequados para a
solução de problemas empresariais. Essa TGA passou por diversas fases
diferenciáveis (conforme a época), porém que se superpõem, realçando
(valorizando, destacando...), em cada uma delas, um aspecto importante
da administração = variável da administração. Essas variáveis são:
Tarefas  foco: racionalização e planejamento de atividade operacional
Estruturas  foco e ênfase na estruturação da organização
Pessoas  ênfase da ciência aplicada na pessoa
Tecnologia  ênfase da ciência /aplicação da tecnologia na organização
Ambiente  foco na adequação da organização à demandas e situações no
contexto externo
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Cont. 3ª.
ANO LOCALIZAÇÃO / AUTOR CARACTERÍSTICAS
5.000 a.C Suméria Controle Administrativo
4.000 a.C Egito Planejamento, organização e Controle.
2.600 a.C Egito Descentralização do poder
2.000 a. C Babilônia Estabelecimento do salário mínimo. Conceito
de Controle e responsabilidade.
1.491 a.C Israel (Moisés) Utilização do princípio da organização por
autoridade hierárquica. Princípio da exceção.
500 a.C China (Sun Tzu) Planejamento, organização e direção.
400 a.C Grécia (Sócrates) Enunciado da Universalidade da A
Administração. Habilidades Gerenciais
1.436 Arsenal de Veneza Fabricação e montagem de galeras de guerra,
armas e equipamentos.
1.525 Roma ( Machiavel) Liderança e descrição de táticas políticas.
Reconhecimento da necessidade de coesão.
1.776 Escócia (Adam Smith) Aplicação do princípio da especialização.
Conceitos de controle e remuneração.
1.800 Inglaterra (Mathew Boulton) Padronização de princípios operativos.
Planejamento, incentivos, bonificação,
métodos de trabalho, seguro de vida.
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
ANO LOCALIZAÇÃO / AUTOR CARACTERÍSTICAS
1810 Escócia ( Robert Owen) Aplicações de práticas de pessoal.
Treinamento dos operários. Planos de casas para os
operários.
1832 Escócia (Charles Babbage) Ênfase no método científico. Especialização,
divisão de trabalho, estudos dos tempos e
movimentos, contabilidade de custos.
1855 EUA (Henry Poor) Princípios de organização, comunicação e
informação aplicados às ferrovias americanas.
1856 EUA (Daniel McCallium) Uso do organograma para ilustrar a estrutura
organizacional e sua aplicação na
administração sistemática das ferrovias
1881 EUA ( Joseph Wharton) Funda o primeiro curso de Administração
na
Universidade da Pensilvânia
1886 EUA ( Henry Metcalfe; Henry Towne) A arte e a ciência da
Administração. Filosofia da Administração
1900 EUA ( Frederick W. Taylor) Administração Cientifica
1890 – 1919: Perspectiva clássica
1920 – 1939 Perspectiva Humanística
1940 – 1959 Perspectiva Quantitativa
1960 – 1980 Perspectiva moderna
1980 – 2000 NOTAS DE AULA. Disponível
Perspectiva contemporânea/multifuncional
em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
Cont. 5ª.

 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
Cont. 6ª.

Suméria: 5.000 a.C.;


China: Constituição de Chow séc. XII a.C. Sun Tzu, 500 a.C = A Arte da
Guerra
Grécia: 400 – 500 a.C. com significativa influencias de Platão (429 a. C. –
347 a. C.) discípulo de Sócrates, e Aristóteles (384 a. C. – 322 a. C.),
discípulo de Platão. Ambos deixaram contribuições para o pensamento
administrativo do Século XX.
Idade Média: Nicolau Maquiavel (1469 – 1527), historiador e filósofo
político italiano, seu livro mais famoso, O Príncipe. Francis Bacon (1561
– 1626), filósofo e estadista inglês, considerado um dos pioneiros do
pensamento científico moderno, fundador da Lógica Moderna baseada no
método experimental e indutivo. René Descartes (1596 – 1650), filósofo,
matemático e físico francês, considerado fundador da Filosofia Moderna.
Thomas Hobes (1588 – 1679), filósofo e teórico político inglês, segundo
o qual o homem primitivo era um ser antissocial por definição, atirando-
se uns contra os outros pelo desejo de poder, riquezas e propriedades – “o
homem é o lobo do próprio homem”.
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Cont. 7ª.

Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII, é resultado de dois


eventos importantes – o surgimento das fábricas e a invenção das
máquinas a vapor por James Watt em 1776 – que revolucionaram a
produção e a aplicação dos conhecimentos administrativos. Iniciada na
Inglaterra e espalhada pelo mundo civilizado, divide-se em dois períodos
distintos: 1780 a 1860: 1ª Revolução Industrial, revolução do carvão e do
ferro; início do Capitalismo. 2ª Revolução Industrial, 1860 a 1914:
revolução do aço e da eletricidade.
A influência dos economistas clássicos liberais: Adam Smith (1723 –
1790), filósofo e economista escocês, considerado criador da Escola
Clássica da Economia. David Ricardo (1772 – 1823), economista
britânico, em sua obra “Princípios de Economia Política e Tributação”,
em 1817; teorias sobre a distribuição da riqueza a longo prazo. John
Stuart Mill (1806 – 1873), filósofo e economista britânico, publicou
“Princípios de Economia Política” ; conceitos básicos: fidelidade, zelo e
controle de furto na empresa

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Cont. 8ª.

 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável). 35
Cont. 9ª.
É ilustrativo, em um gráfico cartesiano, a forma de disposição e de
distribuição de níveis da administração e correspondentes
habilidades. São associações que podem definir-se mediante
indicadores com as suas correspondentes correlações
propositadamente omitidas do curso, - introdutória à administração
pública. Essas relação são mostradas no gráfico que segue:

 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável). 36
Administração = estudo das organizações em seus processos de tomada
de decisão sobre os objetivos a alcançar, os recursos a utilizar e
decisões a tomar. Processos que compreendem decisões de planejar,
organizar, dirigir-liderar, executar e controlar. Um processo que
compreende diversas ferramentas (uma delas ilustrada na parte inferior:
ferramenta para análise de cenários: acrónimo em inglês de
força/Strengths; Fraquezas/Weaknesses), Oportunidades/Opportunities;
e Ameaças/ Threats, técnicas, métodos (...)
A base da administração pública é o conceito de ESTADO.

 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável). 37
Cont. 11ª.

(Fonte: http://pt.wikipedia. org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o).


Administração   instituição a ser administra, - entidade social, recursos que se relacionam num determinado ambiente,
físico ou não, com um objetivo comum, - o da empresa. Um processo que compreende planos, pareceres, relatórios,
projetos, arbitragens (...) exigentes na aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de administração. Uma
necessidade que surgiu com a Revolução Industrial. O gráfico sintetiza a administração moderna centrada na estratégia e
focada nas necessidades do cliente. Um processo que busca a sinergia entre pessoas, estruturas e recursos, sendo auxiliado
por diversos ramos do pensamento (saber) humano: direito, contabilidade, economia, matemática, estatística, sociologia,
sociologia para planejar, organizar, coordenar, comandar e controlar (...)
38
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
Cont. 12ª.

da Gestão Pública

 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável). 39
Cont. 13ª.
Aspectos metodológicos do gerenciamento de processos

Conceitos e ilustrações gerais para o conceito de


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável). 40
Cont. 14ª. Defining Public Administration
Political Definitions. Public administration is what government does.
As a profession, public administration has developed values and ethical standards, but as
an activity it merely reflects the cultural norms, beliefs, and power realities of its
society.
Public administration is the totality of the working day activities of all the world’s
bureaucrats – whether they are legal or illegal, competent or incompetent, decent or
despicable.
Public administration is both direct and indirect.
Direct – provision of services like mortgage insurance, mail delivery, and electricity.
Indirect – when the government pays private contractors to provide goods and services
to citizens (space shuttle, dams).
Public administration is a phase in the policy-making cycle.
Decisions and nondecisions are public policy.
Administration does not end with implementation because someone will always think it
can be done better.
Public administration is implementing the public interest.
The public interest is the universal label in which political actors wrap the policies and
programs that they advocate.
The public interest is a commonly accepted good.
The rise of administrative discretion in the face of legislative vagueness means that the job of
the anonymous administrator is to define the public interest.
41
Cont. 15ª. Defining Public Administration
Public administration is doing collectively that which cannot be done so well
individually.
The legitimate object of government [is] to do for a community of people,
whatever they need to have done, but cannot do, at all, or cannot, so well do, for
themselves – in their separate, and individual capacities – Abraham Lincoln.
Twentieth century communications has given rise to “a revolution of rising
expectations.”
Legal Definitions of Public Administration Because public administration is what a state
does, it is both created and bound by an instrument of the law.
Public administration is the law in action.
Public administration is inherently the execution of a public law.
Every application of a general law is necessarily an act of administration.
In the United States, the Constitution of 1787 is the law of the land. All legislation must
conform.
Legal Definitions of Public Administration
Public administration is regulation.
It is government telling citizens and businesses what they may or may not do.
Regulation is one of the oldest functions of government. Code of Hammurabi –
“The mason who builds a house which falls down and kills the inmate shall be
put to death.” Driving to McDonald’s – regulation.
42
Cont. 16ª. Defining Public Administration
Legal Definitions of Public Administration
Public administration is the king’s largesse.
It is whatever goods, services, or honors the ruling authority decides to bestow
(monarchy). Plaques and political machines.

Public administration is theft.


The primary culprit is redistribution.
Ayn Rand – the only proper function of the government of a free country is to act
as an agency which protects the individual’s rights.
John Kenneth Galbraith – It is a simple matter of arithmetic that change may be
costly to the man who has something; it cannot be so to the man who has nothing.

Public administration is so much a branch of management that many graduate


schools of management (or business or administration) are divided into public
and private – and now increasingly nonprofit – programs.

Public administration is the executive function of government.


Government agencies put into practice legislative acts that represent the will of
the people.

43
Cont. 17ª. Defining Public Administration
Public administration is a management specialty.
Top managers make the big decisions and are responsible for the overall success
of the organization.
Public administrators are found in middle management, the group responsible for
the execution and interpretation of top management policies and the day-to-day
operation of an organizational unit.

Public administration is art, not science – or vice versa.


Public administration is actually both.
It requires judgment, panache, and common sense.
It also requires technical skills that allow for the digestion and transference of
information.
Just because you have the academic credentials does not mean that you can
function as a high level administrator.

Public administration is an occupational category.


It is whatever public employees in the world do.
Most of the 11,0% employment total are public employees in the Brazil would
not describe themselves as administrators, but they are ( 12% PIB) / IBGE 2010

44
Cont. 18ª.
Número de servidores do Governo Federal no Executivo, entre 1995 e 2008

No período de 2003 a 2010, a ocupação no setor público brasileiro (englobando o governo


federal, os governos estaduais e os municípios) foi de 30,2%, sendo que no setor privado esse
aumento para esse mesmo período foi de 62,3%. Atualmente, - 2010,, o setor público
emprega 21,8% do total das ocupações existentes no país, enquanto que o setor privado
emprega 76,3%. Em 2003, essa relação era de 25,2% para o setor público e 72,3% para o
setor privado. Existem 9,4 milhões de funcionários públicos no Brasil nas três esferas de
governo. O maior quantitativo pertence às prefeituras, são 4,95 milhões, correspondendo a
52,6% do total dos funcionários públicos
45
Existem muitas falácias quando se menciona e critica o quantitativo de funcionários públicos
no Brasil. Há demandas setoriais que são urgentes notadamente nas áreas de segurança
publica, saúde e educação; pesquisa aplicada em proteção e conservação (...) que somente
podem ser atendidas de forma adequada com a contratação de pessoal competente e
capacitado. O custo de todos os funcionários públicos das três esferas de governo é
relativamente baixo, correspondendo a 14% do PIB e a 41,5% das despesas gerais também
das três esferas. O que é necessário é incentivar todos os empregados do setor público para
eles possam prestar os serviços de acordo com a capacidade de cada um. No setor público é
onde estão os empregados mais capacitados, se eles se sentirem prestigiados certamente
oferecerão à sociedade brasileira serviços de qualidade e com respeito aos cidadãos. É isso
que o povo brasileiro espera de todos os órgãos do setor público. É isso que se esperam de
novos administradores da “coisa” pública! Em termos comparativos mundiais (IPEA, 2010):

46
Cont. 20ª. Defining Public Administration

Public administration is an essay contest.


People in bureaucratic careers tend to rise and fall on how well they can write. In
a game of shuffling paper, the person whose memorandum ends up on top wins.
Oral presentations are also useful, but writing is more decisive.

Public administration is idealism in action.


Many people enter public service careers because they are idealists; they believe
in and seek to advance noble principles.
Idealism draws people into public administration because it provides them
with worthwhile and exciting things to do with their lives.

Public administration is an academic field.


The study of the art and science of management and incorporates as its subject
matter all of the political, social, cultural, and legal environments that affect the
running of public institutions.
Cross-disciplinary – political science, sociology, business administration,
psychology, law, anthropology, medicine, forestry, and so on.

47
Cont. 21ª. Defining Public Administration

Public administration is a profession.


A body of academic and practical knowledge that is applied to the service of
society.
A standard of success theoretically measured by serving the needs of society
rather than seeking purely personal gain.
A system of control over the professional practice that regulates the education of
new members and maintains both a code of ethics and appropriate sanctions.

The core content


Organization theory.
Bureaucratic behavior.
Personnel management.
Public finance and budgeting.
Policy analysis.
Program evaluation.
Administrative ethics.
Fonte: Defining Public Administration. Lecture 1a – INST 275 - Administrative Processes in Government.
Disponível em: < https://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:nbu0Qwf7ElcJ:www.csub.edu (…). Acewsso
em: 12 de mar de 2012.
48
Cont. 22ª.

A Administração Pública compreende todos os órgãos e agentes que, em


qualquer dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e em qualquer
dos entes políticos (União, Estados, Distrito Federal ou Municípios),
exerçam uma função peculiar do Estado (?) ou o represente no exercício
de suas funções.
Compreende, também, os meios pelos quais, o povo, detentor do poder
constituinte (?) desse Estado, pode regular o exercício da Administração
ao seu fim primeiro que é o interesse da coletividade, como estabelecer
as diretrizes que regem o desempenhar dos trabalhos e a fiscalização dos
mesmos pelos poderes e entes da administração, observando precisas
como: o interesse público impõe que seja eficiente e útil o agir da
Administração Pública; dessa forma, qualquer ente estatal ineficiente e
desnecessário ou qualquer atividade inoportuna ou inconveniente ao
interesse público deve ser modificada ou suprimida, ainda que legítima.
Modificada, se passível de tornar-se eficiente e útil; Suprimida, se
inoportuna ou inconveniente, ou se impossível de se tornar eficiente e
útil.

 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável). 49
Cont. 23ª.

Definir a Administração Pública não é tarefa fácil, dada a sua amplitude e


complexidade. Até mesmo a sua grafia é motivo de discussão: alguns (...)
sugerem que seja escrita com letras maiúsculas, - Administração Pública,
quando se refere a entidades e órgãos administrativos e, com letras
minúsculas, quando se faz alusão às funções ou atividades
administrativas. Com letras iniciais maiúsculas, quando o interesse é
tratar estruturas, aparelhos ou máquinas administrativas estatais.
Ao estudar a Administração Pública, deve-se sempre começar o tema com
o conceito de Estado = sentido estrito e segundo Bresser-Pereira (1992),
uma organização burocrática estatal que tem poder particular para definir
leis e tributar os habitantes de um território, sendo dirigida por um
governo e dotada de um corpo burocrático e de uma força pública (p. 28).

A ACEPÇÃO É COMPLEXA E COMPREENDE DIVERSOS TÓPICOS


CONFORME APRESENTADO EM “Defining Public Administration” p. 21.
A PARTE QUE SEGUE COMPREENDE SENTIDOS, VERTENTES E
NATUREZA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA propositadas repetições de conceitos, ideias

 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável). 50
Cont. 24ª.
Administração Pública em vários sentidos, vertentes e natureza:
a) Os sentidos podem ser:
a.1) Formal, subjetivo ou orgânico = conjunto de entes que tem a
incumbência de exercer uma das funções do Estado como, por exemplo,
a função administrativa = órgãos instituídos para alcançar os objetivos do
governo.
a.2) Material, objetivo ou funcional = designa a natureza da atividade
exercida pelos referidos entes (pessoas jurídicas, órgãos e agentes
públicos); expressa o sentido como função administrativa exercida, entre
outros, pelo Poder Executivo = o conjunto das funções necessárias aos
serviços públicos em geral;
a.3) Operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico,
dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da
coletividade
b) As vertentes de SERVIR E EXECUTAR e de DIREÇÃO OU GESTÃO
para se alcançar um resultado de utilidade coletiva

51
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
Cont. 25ª.
d) Direta = exercida pela administração por meio dos órgãos internos; constitui-
se dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da
República e dos Ministérios.
e) Indireta = atividade estatal delegada (a delegada é dotada de personalidade
jurídica própria*); são entidades, tais como:
e.1) Autarquia: entidade a desempenhar serviço autônomo, criada por lei, com,
patrimônio e receita próprios, para executar atividades peculiares e com * que
exigem, em seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada
e.2) Empresa Pública: entidade dotada de direito privado e com*, patrimônio
próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de
atividade econômica a desenvolver por força de contingência ou de
conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas
admitidas em direito.
e.3) Sociedades de Economia Mista; a entidade de direito privado e com *, criada
por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade
anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em sua maioria, à União ou
a entidade da Administração Indireta. Se a atividade for submetida a regime de
monopólio estatal, a maioria acionária caberá à União, em caráter permanente.

 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável). 52
Cont. 26ª.
d) Direta = exercida pela administração por meio dos órgãos internos; constitui-
se dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da
República e dos Ministérios.
e) Indireta = atividade estatal delegada (a delegada é dotada de personalidade
jurídica própria*); são entidades, tais como:
e.1) Autarquia: entidade a desempenhar serviço autônomo, criada por lei, com,
patrimônio e receita próprios, para executar atividades peculiares e com * que
exigem, em seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada
e.2) Empresa Pública: entidade dotada de direito privado e com*, patrimônio
próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de
atividade econômica a desenvolver por força de contingência ou de
conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas
admitidas em direito.
e.3) Sociedades de Economia Mista; a entidade de direito privado e com *, criada
por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade
anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em sua maioria, à União ou
a entidade da Administração Indireta. Se a atividade for submetida a regime de
monopólio estatal, a maioria acionária caberá à União, em caráter permanente.

53
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
Cont. 27ª.

e.4) Fundações Públicas; entidade de direito privado


e com *, sem fins lucrativos, criada em virtude de
autorização legislativa, para o desenvolvimento de
atividades que não exijam execução por órgãos ou
entidades de direito público, com autonomia
administrativa, patrimônio próprio gerido pelos
respectivos órgãos de direção, e funcionamento
custeado por recursos da União e de outras fontes.
São entidades que requerem inscrição da escritura
pública de sua constituição no Registro Civil de
Pessoas Jurídicas.

Subjacente no conceito de ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA se têm os


conceitos de ESTADO, SOCIEDADE, dominação...

54
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
Cont. 28ª.
Conceitos implícitos nas abordagens teóricas da Administração
Pública:

Estado = do latim status,us: modo de estar, situação, condição)


organização burocrática estatal (sentido estrito) que tem poder particular
para definir leis e tributar os habitantes de um território, sendo dirigida
por um governo (politicamente organizada) e dotada de um corpo
burocrático (poder político) e uma força pública Dominação/controle
Estado: conjunto de pessoas, em um sistema semiaberto (com a
globalização, mais aberto) que compartilham propósitos, gostos,
preocupações, costumes (...); apresentam semelhanças étnicas, culturais,
políticas e/ou religiosas ou mesmo com um objetivo comum (...) e
interagem entre si (diferente de uma comunidade em uma delimitação
física como território ou país, que podem ter diferenças afastando-as do
conceito da sociedade).

55
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
Cont. 29ª.
Formas de controle da Administração Pública
a) Quanto ao órgão que o exerce: pela própria administração, pelo legislativo e
pelo judiciário.
a.1) Própria administração dispõe da denominada autotutela = o poder de rever
seus atos; de anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornem
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou de revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.
a.2) O Controle Legislativo consubstancia-se por meio político, no que se refere
ao mérito do ato (autorização, como condição “sine quo non”, do Congresso
para ato do Poder executivo) e financeiro, no exercício de sua função
fiscalizadora das contas e receitas dos entes federativos.
a.3) O Controle Judicial, nos casos jurisdicionais concretos, refere-se ao exame
da legalidade do ato ou da atividade administrativa; escapa-lhe, por
conseguinte. o exame do mérito do ato ou atividade administrativa; dessa
forma, aspectos de conveniência e oportunidade não podem ser objeto desse
controle restrito para dizer o que é legal ou ilegal, mas não o que é oportuno ou
conveniente e o que inoportuno ou inconveniente.
56
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
Cont. 30ª.

Cont. Formas de controle da Administração Pública

b) Quanto ao momento do exercício em que se realiza o controle, podendo ser


sobre os atos administrativos: prévio, concomitante e posterior.
b.1) O controle prévio dar-se-á, antes da edição do ato administrativo, sendo de
competências privativa do Senado Federal aprovar previamente, por voto
secreto, após arguição pública, a escolha do Procurador-Geral da República.
b.2) O controle concomitante é realizado no momento em que o ato
administrativo desenvolve-se.
b.3) O controle posterior desenvolvido após a prática do ato administrativo,
visando alterá-lo (revogá-lo ou anulá-lo) ou mantê-lo inalterado (convalidá-lo).

c) Quanto à pertinência do órgão controlador, estabelece-se o órgão fiscalizador


como parte integrante da própria estrutura da administração (controle interno,
ouvidorias dos entes ou órgãos estatais) ou mediante um órgão auxiliar que
exercerá a fiscalização, como no do Tribunal de Contas da União (TCU).

57
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
Cont. 31ª.

Conceitos implícitos nas abordagens teóricas


da Administração Pública:
Sociedade: conjunto de pessoas, em um sistema semiaberto (com a
globalização, mais aberto) que compartilham propósitos, gostos,
preocupações, costumes (...); apresentam semelhanças étnicas, culturais,
políticas e/ou religiosas ou mesmo com um objetivo comum (...) e
interagem entre si (diferente de uma comunidade em uma delimitação
física como território ou país, que podem ter diferenças afastando-as do
conceito da sociedade).
Elementos característicos de uma sociedade:
a) Finalidade Social ou Valor Social.
b) Ordem social e jurídica estabelecida por reiteração, ordem,
adequação, poder social

58
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
Cont. 32ª.

Administração Pública em vários sentidos, vertentes e natureza:


a) Os sentidos podem ser: a.1) Formal, subjetivo ou orgânico.
a.2) Material, objetivo ou funcional
a.3) Operacional,
b) As vertentes de SERVIR E EXECUTAR e de DIREÇÃO OU
GESTÃO
d) Direta.
e) Indireta, tais como:
e.1) Autarquia:
e.2) Empresa Pública:
e.3) Sociedades de Economia Mista; União, em caráter
permanente.
e.4) Fundações Públicas.

59
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
Notas do curso: leitura obrigatória 60
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o.
Cont. 34ª.
Segundo Weber: Dominação é a probabilidade (??) de encontrar
obediência a uma ordem de determinado conteúdo, entre determinadas
pessoas indicáveis. Essa probabilidade deve ser alta para que possa
definir governabilidade
Para que um Estado exista, e preciso que as pessoas (dominados) aceitem a
autoridade alegada pelos detentores do poder (dominadores). É
necessário que os detentores do poder possuam uma autoridade
reconhecida como legitima. Dominação compreende o poder de impor ao
comportamento dos outros a vontade própria.
Weber fala que “ha tres tipos puros de dominico legitima”:
De caráter racional: baseada na crença na legitimidade das ordens
estatuídas e do direito de mando daqueles que, em virtude dessas ordens,
estão nomeados para exercer a dominação
De caráter tradicional: baseada na crença cotidiana da santidade das
tradições vigentes desde sempre e na legitimidade daqueles que, em
virtude dessas tradições, representam a autoridade
De caráter carismático: baseada na veneração extraordinária da santidade,
do poder heroico ou do caráter exemplar de uma pessoa e das ordens por
esta reveladas ou criadas. 61
Cont. 35ª.
Na Dominação Tradicional, o critério para a aceitação da preponderância é
a tradição = valores e crenças que se perpetuam ao longo de gerações. O
Rei governa o Estado porque seu pai era rei, assim como seu avo, seu
bisavó, etc. Fundamenta-se na crença da inviolabilidade daquilo que foi
assim desde sempre, a crença na rotina de todos os dias como uma
inviolável norma de conduta.
A Dominação Carismática e a que tem por origem o “carisma”, uma
qualidade extraordinária e indefinível de uma pessoa. Weber define
carisma como: Uma qualidade pessoal considerada extra cotidiana e em
virtude da qual se atribuem a uma pessoa poderes ou qualidades
sobrenaturais, sobre-humanos ou, pelo menos, extra cotidianos
específicos ou então se a toma como enviada por Deus, como exemplar
e, portanto, como líder.
A Dominação Racional-Legal e regida por um estatuto, onde a associação
dominante e eleita e nomeada. Baseada em regras racionalmente criadas.
E uma dominação burocrática

62
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
Cont. 36ª.
Capítulo VII - Da Administração Pública
Seção I - Disposições Gerais
Art. 37. A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de:
Legalidade = o agente público deverá agir em conformidade com a Lei, fazendo estritamente o que
esta determina: legalidade estrita. Diferentemente do particular, a quem é lícito fazer tudo o que a
Lei não proíbe (por exclusão, portanto), o servidor pode e deve agir exatamente conforme previsto
em lei, limitando-se, assim, a sua autonomia.

Impessoalidade = o agente público deve ter sua conduta orientada para (e conforme) o
interesse público, em detrimento de interesses particulares, próprios ou de terceiros, sob pena
não consta no texto citado

do ato ser caracterizado pelo desvio de finalidade = ato nulo; os que estiverem em situações
idênticas devem receber o mesmo tratamento = isonomia.
Moralidade = percebida no comportamento do “bom” administrador. Diante de alternativas,
escolhe aquela que resultará em maior ganho para a coletividade; é característica, portanto,
dos atos praticados com legitimidade. Vale ressaltar que algumas obras, apesar de legais na
observância das regras de licitação e de direito financeiro, podem ser imorais, por não
representarem o interesse público.
Publicidade = requisito de eficácia, do que produz efeito positivo do ato administrativo e
Destaque

deve ser levados ao conhecimento público: informar para comunicar, tais como resumo de
contratos celebrados ou atos de nomeação de pessoal. Apenas os atos classificados como
secretos ou reservados podem deixar de ser publicados.
Eficiência = relaciona-se com o “modus operandi” ao estabelecer, por exemplo, o uso
adequado (criteriosos) de insumos em determinado processo
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável). 63
I Principais abordagens teóricas
acerca da Administração Pública:
Introdução à Administração pública * destacando a
diversidade de formas de atuação e os desafios que
enfrentam os vários níveis de governos **
Aspectos gerais relativos as similaridades e dissimilaridades
com outras áreas da administração: empresarial, sociedade
civil etc. ***

64
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
I Principais abordagens teóricas acerca da
Administração Pública:
1.1 Clássica: científica (Taylor/tarefa); clássica (Fayol/estrutura); comando
e controle, método único; segurança etc.
1.2 Humanística: liderança; comunicação; organização informal; dinâmica
de grupo
1.3 Neoclássica: princípios básicos de organização; administração por
Objetivos (APO); características da APO
1.4 Estruturalista: Modelo burocrático de organização; características da
burocracia segundo Weber; Vantagens da burocracia; disfunções da
burocracia
1.5 Comportamental:
1.6 Sistêmica:
1.7 Contingencial:

 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável). 65
II Reforma do Estado e modernização do
setor público

III Evolução histórica da Administração


Pública no País

IV Planejamento na administração
Pública

V Ética

VI Tendências contemporâneas no
Brasil e no mundo

66
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
67
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
68
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
III Evolução histórica da
Administração Pública no País

69
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
Estado funciona
Poder racional-legal:
profissionalização, ideia
Controle dos Administração Pública = todo o
como extensão resultados;
do poder
de carreira, hierarquia
funcional, formalismo e
Eficiência: fazer aparelhamento do Estado
soberano. mais com menos;
Direitos são
impessoalidade; Parte-se Voltada para o preordenado à realização de seus
de uma desconfiança atendimento ao
concedidos
segundo
prévia nos administradores cidadão; Indutora
serviços, visando à satisfação das
públicos e nos cidadãos
critérios que a eles dirigem
do controle social;
Formatos
necessidades coletivas.
pessoais. Cargos demandas. Por isso, são
são sempre necessários
organizacionais Nas organizações públicas
considerados flexíveis e
prebendas.
controles rígidos dos
processos, como, por
horizontalizados; encontram-se ASSUNTOS COMUNS
Processo Decisório
exemplo, na admissão de
pessoal, nas compras e no
descentralizado; da administração; pontos de
Proativa e
atendimento às demandas. inovadora. convergências entre a administração
A garantia do poder do
Estado transforma-se na pública e a administração privada.
sua própria razão de ser.
Organizações com problemas a
resolver com objetivos a alcançar;
atividades a realizar; recursos a
Notas do curso: leitura obrigatória 70
utilizar (...); decisões a tomar.
QUAIS SÃO OS ASSUNTOS COMUNS ENTRE A
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E A ADMINISTRAÇÃO
PRIVADA?

1) Recursos Humanos:
2) Finanças Públicas.
3) Administração de Materiais
4) Contabilidade
5) Orçamento
6) Prestação de Serviços
7) Atendimento ao Público
8) Tecnologia de Informação
Entre outros

Mas há, também, pontos que as diferenciam,


conforme se sintetiza na seguinte quadro

71
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
Quadro 1 Diferenciação entre a Administração Pública e a Administração Privada
CRITÉRIO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO PRIVADA

Forma de obtenção de recursos para


funcionar a Organização = entidade Receitas derivadas de Tributos como impostos, taxas e
Receitas advindas de pagamentos feitos por livre e
social formada por pessoas, estrutu- contribuições; caráter compulsório, sem uma
espontânea vontade por parte dos clientes
rada e orientada para alcançar um necessária contrapartida em termos de prestação direta
(consumidores dos produtos e serviços).
objetivo comum (público ou de serviços.
privado).

Forma para caracterizar o


O cliente: indivíduo que manifesta suas escolhas
destinatário das ações empreendidas O cidadão: membro da sociedade que possuem direitos
no mercado. Interesses particulares, privados,
pela organização ou natureza do e deveres. Interesses coletivos, sociais, difusos.
individualizados.
interesse atendido

Formas para avaliar, selecionar e


Controle político, por meio de eleições periódicas dos Controle pelo Mercado, através da concorrência
aplicar mecanismo de controle do
governantes. com outras organizações.
desempenho dos dirigentes.

Tudo o que não está juridicamente determinado está


juridicamente proibido. Tudo o que não está juridicamente proibido está
Subordinação ao ordenamento juridicamente facultado; preponderância de
jurídico existente. Princípio da Legalidade; preponderância de normas de normas de direito privado (contratual; direito civil
direito público (direito constitucional e e direito comercial).
administrativo).

Sobrevivência depende da eficiência


Garantia da sobrevivência das Tempo de existência indeterminado: o Estado não vai
organizacional; competitividade acirrada no
organizações num mundo (...) à falência.
mercado.

Decisões mais lentas, influenciadas por variáveis de


Decisões mais rápidas, buscando a racionalidade.
Características do Processo de ordem política.
Tomada de decisão (...) Políticas Empresariais voltadas para objetivos de
Políticas Públicas de acordo com os programas de
mercado.
Governo.

Modo de criação, alteração ou


Através de Lei Notas do curso: leitura obrigatória Através de instrumento contratual ou societário
72
extinção da pessoa jurídica.
Há tendências que apontam, nas organizações públicas, a incorporação de procedimentos,
conceitos, técnicas (...) há muito empregadas nas organizações privadas, uma vez que os
desafios e problemas organizacionais são, sob muitos aspectos, semelhantes entre esses dos
setores, - público e privado.
As tarefas, No caso da Administração Pública e como parte do sentido objetivo, e as
atividade concreta ao executar a vontade do Estado contida na Lei, expressão da comunidade
através do voto no regime democrático, apresentam:
a) Fomento: Incentivo à iniciativa de utilidade pública (subvenções, financiamentos, favores
fiscais); essa expressão tem a finalidade de buscar os meios e satisfazer necessidades dentro
dos fins do Estado, dentro de um regime jurídico, - o DIREITO PÚBLICO.
b) Polícia Administrativa: Compreende toda atividade de execução das chamadas limitações
administrativas;
c) Serviço Público: Toda atividade que a Administração Pública executa, diretamente, para
satisfazer a necessidade coletiva, sob regime jurídico preponderantemente público.
Administração Pública, como parte do sentido subjetivo, classifica-se como: direta (estrutura
administrativa da Presidência da República e dos Ministérios; órgãos de direção de direção,
consultivos e de execução); e indireta: através de entidades dotadas de personalidade jurídica
própria, tais como: Autarquias;

73
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
Crise do Estado define-se como:
1. Uma crise fiscal, caracterizada pela deterioração crescente
das finanças públicas, sendo o déficit público um fator de
redução de investimentos na área privada;
2. Uma crise do modo de intervenção do Estado na
economia, com o esgotamento da estratégia estatizante; as
empresas públicas não mais teriam condições de alavancar
o crescimento econômico dos países; o paradigma do
Estado interventor, nos moldes da economia Keynesiana
estava cada vez mais ultrapassado;
3. Uma crise da forma de administrar o Estado, isto é, a
superação da administração pública burocrática, rumo à
administração pública gerencial

74
 NOTAS DE AULA. Disponível em meio digital e para reprodução xerográfica (leitura indispensável).
2 PATRIMONIALISMO
O Patrimonialismo e uma forma de exercicio da dominacao por uma autoridade. A Base de
sua legitimidade e a tradicao, cujas caracteristicas principais repousam no poder individual
do governante que, amparado por seu aparato administrativo recrutado com base em
criterios pessoais, exerce o poder politico sob um determinado territorio.
O termo patrimonialismo surgiu para definir um tipo de dominacao politica em que nao havia
distincao entre a esfera publica e a esfera privada. Os bens publicos, do Estado, eram
usados para interesses pessoais. Um exemplo e o fato de prefeitos explorarem as terras
publicas e ficarem com parte do lucro. Os cargos publicos eram considerados bens
pessoais, podendo ser vendidos ou transmitidos hereditariamente. As nomeacoes
baseavam-se em criterios pessoais, trocas de favores. Sao utilizados os termos “sinecura” e
“prebenda” para descrever os empregos publicos, ja que significam ocupacao rendosa de
pouco trabalho.
Segundo Bresser Pereira:
A característica que definia o governo nas sociedades pré-capitalistas e
pré-democráticas era a privatização do Estado, ou a interpermeabilidade
dos patrimônios público e privado. ‘Patrimonialismo’ significa a
incapacidade ou a relutância de o príncipe distinguir entre o patrimônio
público e seus bens privados. A administração do Estado pré-capitalista
era uma administração patrimonialista.
Como caracteristicas do modelo, podemos citar: a falta de uma esfera publica contraposta a
privada, a racionalidade subjetiva e casuistica do sistema juridico, a irracionalidade do
sistema fiscal, a nao-profissionalizacao e a tendencia intrinseca a corrupcao do quadro
administrativo. No patrimonialismo, o aparelho do Estado funciona como uma extensao do
poder do soberano, o qual utiliza os bens publicos da forma que achar conveniente,
particularmente em seu proprio beneficio.
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3 BUROCRACIA
O grande teorico do modelo burocratico foi Max Weber.
Nao foi ele quem criou o modelo
racional-legal, ele apenas estudou uma forma de
dominacao que surgiu no Seculo XIX.
A administracao burocratica de Weber seria resultado da
forma racional-legal de dominacao.
A palavra "burocracia", neste contexto, nao tem o sentido
negativo que ela veio a adquirir
mais tarde. Ao contrario, a burocracia para Weber
representaria a forma mais eficiente e
racional de exercicio do governo, se vista em comp

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Notas do curso: leitura obrigatória 87
1. Estruturação da máquina administrativa no Brasil desde 1930:
dimensões estruturais e culturais.
2. As reformas administrativas e a redefinição do papel do Estado.
Reforma do Serviço Civil (mérito, flexibilidade e
responsabilização) e Plano Diretor para a Reforma do Aparelho
do Estado de 1995.
3. Administração pública: do modelo racional-legal ao paradigma
pósburocrático.
O Estado oligárquico e patrimonial, o Estado autoritário e
burocrático, o Estado do bem-estar, o Estado regulador.
13. Mudanças institucionais: conselhos, organizações sociais,
organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP),
agência reguladora, agência executiva.

Notas do curso: leitura obrigatória 88


Patrimonialismo
Segundo Bresser Pereira:
‘Patrimonialismo’ significa a incapacidade ou a relutância de o
príncipe
distinguir entre o patrimônio público e seus bens privados. A
administração do
Estado pré-capitalista era uma administração patrimonialista.
Características:
− Falta de uma nítida divisão entre a “esfera privada” e a “oficial”;
− A racionalidade subjetiva e casuística do sistema jurídico,
− A irracionalidade do sistema fiscal,
− A não-profissionalização e a tendência intrínseca à corrupção do
quadro administrativo.
− Os cargos eram considerados prebendas e sinecuras

Notas do curso: leitura obrigatória 89


Modelo Racional-Legal
A administração do Estado pré-capitalista era do tipo
patrimonialista; a associação entre o capitalismo e a
democracia fez emergir uma administração pública
burocrática, o modelo racional-legal, ao passo que a
administração pública gerencial está mais orientada
para as necessidades do cidadão e para a obtenção de
resultados.

Notas do curso: leitura obrigatória 90


São três as características básicas do caráter racional: sistemas
sociais (1) formais, (2) impessoais, (3) dirigidos por
administradores profissionais.
1) Formalidade = normas racionais – escritas e exaustivas
2) Impessoalidade = administração sine ira ac studio, sem ódio ou
paixão.
Segundo Weber:
A burocracia é plenamente desenvolvida quando mais se desumaniza,
quanto mais completamente alcança as características específicas
que são consideradas como virtudes: a eliminação do amor, do ódio
e de todos os elementos pessoais, emocionais e irracionais, que
escapam ao cálculo.
3) Administradores Profissionais = especialista, única atividade, não
possui os meios de administração e produção.
4) Controle do Sistema pelos Administradores = O surgimento do
estado burocrático implicaria a renúncia de responsabilidade pela
liderança política e na usurpação das funções políticas por parte dos
administradores.

Notas do curso: leitura obrigatória 91


Administração Gerencial
A administração pública gerencial emergiu, na segunda metade
do séc. XX, como resposta à crise do Estado; como modo de
enfrentar a crise fiscal; como estratégia para reduzir custos
e tornar mais eficiente a administração dos imensos
serviços que cabem ao Estado; e como um instrumento para
proteger o patrimônio público contra os interesses, entre
outros de representantes da ou da corrupção aberta.
Mais especificamente, desde os anos 60 ou, pelo menos, desde
o início da década dos 70, crescia uma insatisfação,
amplamente disseminada, em relação à administração
pública burocrática.

Notas do curso: leitura obrigatória 92


Princípios da Administração Gerencial
1. Descentralização administrativa, mediante delegação de autoridade
para os administradores públicos: gerentes “autônomos”.
2. Descentralização do ponto de vista político, transferindo recursos e
atribuições para os níveis políticos regionais e locais.
3. Organizações com poucos níveis hierárquicos ao invés de piramidal,
4. Pressuposto da confiança limitada e não da desconfiança total;
5. Controle por resultados, a posteriori, ao invés do controle rígido,
passo a passo, dos processos administrativos;
6. Administração voltada para o atendimento do cidadão, ao invés de
auto referida.
É orientada para o cidadão e para a obtenção de resultados; pressupõe que os
políticos e os funcionários públicos são merecedores de um grau real ainda que
limitado de confiança; como estratégia, serve-se da descentralização e do incentivo
à criatividade e à inovação; o instrumento mediante o qual se faz o controle sobre os
órgãos descentralizados é o contrato de gestão

Notas do curso: leitura obrigatória 93


Segundo o Plano Diretor:
Na administração pública gerencial a estratégia volta-se para:
(1) a definição precisa dos objetivos que o administrador público
deverá atingir em sua unidade
(2) a garantia de autonomia do administrador na gestão dos recursos
humanos, materiais e financeiros que lhe forem colocados à
disposição para que possa atingir os objetivos contratados,
(3) o controle ou cobrança a posteriori dos resultados.
Adicionalmente, pratica-se a competição administrada no interior do
próprio Estado, quando há a possibilidade de estabelecer
“concorrência” entre unidades internas. No plano da estrutura
organizacional, a descentralização e a redução dos níveis
hierárquicos tornam-se essenciais. Em suma, a administração
pública deve ser permeável à maior participação dos agentes
privados e/ou das organizações da sociedade civil e deslocar a
ênfase dos procedimentos (meios) para os resultados (fins).

Notas do curso: leitura obrigatória 94


Evolução da Administração Pública no Brasil

Notas do curso: leitura obrigatória 95


Estado Oligárquico e Patrimonial
Oligarquia = “governo de poucos” – estamento burocrático
Estamento X Classe Social
É essa elite política letrada e conservadora que manda de forma
autoritária ou oligárquica. Não há democracia. As eleições são uma
farsa.
A distância educacional e social entre a elite política e o restante da
população, imensa.
E no meio se encontra uma camada de funcionários públicos, donos
antes de sinecuras do que de funções, dada a função do Estado
patrimonial de lhes garantir emprego e sobrevivência.

Notas do curso: leitura obrigatória 96


Segundo o Plano Diretor:
Nos primórdios, a administração pública sofre a influência da teoria da
administração científica de Taylor, tendendo à racionalização mediante a
simplificação, padronização e aquisição racional de materiais, revisão de estruturas
e aplicação de métodos na definição de procedimentos. Registra-se naquele período,
a função orçamentária enquanto atividade formal e permanentemente vinculada ao
planejamento.
Plano consta
a) Princípio de Planejamento: substituir a improvisação pela ciência,
por meio do planejamento do método.
b) Princípio de Preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores de
acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem
mais e melhor, de acordo com o método planejado.
c) Princípio de controle: controlar o trabalho para se certificar de que o
mesmo está sendo executado corretamente.
d) Princípio da execução: distribuir distintamente as atribuições e as
responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem mais
disciplinada

Notas do curso: leitura obrigatória 97


Tripé da implantação da administração burocrática no país:
− Administração de materiais
− Administração de Pessoal
− Administração Financeira:
1936 – Criação do Conselho Federal do Serviço Público Civil,
1938 – Transformado no Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP).
Entre as principais realizações do DASP, são citadas:
1. Ingresso no serviço público por concurso;
2. Critérios gerais e uniformes de classificação de cargos;
3. Organização dos serviços de pessoal e de seu aperfeiçoamento
sistemático;
4. Administração orçamentária;
5. Padronização das compras do Estado;
6. Racionalização geral de métodos.

Notas do curso: leitura obrigatória 98


Aumento da atuação do Estado:
Administração Direta: surgimento de três Ministérios: de Educação e Saúde, de
1930, do Trabalho, Indústria e Comércio, de 1931 e da Aeronáutica, de 1941.
Administração Indireta: segundo Bresser Pereira:
Já em 1938, temos um primeiro sinal da administração pública gerencial,
com a criação da primeira autarquia, a partir da idéia de descentralização na
prestação de serviços públicos para a administração indireta, que estaria
liberada de obedecer a certos requisitos burocráticos da administração
direta.

Notas do curso: leitura obrigatória 99


Constituição de 1934
Art. 170 - O Poder Legislativo votará o Estatuto dos Funcionários Públicos,
obedecendo às seguintes normas, desde já em vigor:
2º) a primeira investidura nos postos de carreira das repartições
administrativas, e nos demais que a lei determinar, efetuar-se-á depois de
exame de sanidade e concurso de provas ou títulos;
Em 1939 entrou em vigor o “Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União”, por
meio do Decreto-Lei 1.713.
Segundo Luciano Martins, a profissionalização da administração pública a partir da
criação do DASP deu origem um duplo padrão:
Para os altos escalões da burocracia, foram adotados acessos mediante
concurso, carreiras, promoção baseada em critérios de mérito e salários
adequados. Para os níveis médio e inferior, a norma era a admissão por
indicação clientelista; as carreiras eram estabelecidas de forma imprecisa; o
critério de promoção baseava-se no tempo de serviço e não no mérito; e a
erosão dos salários tornou-se intermitente.

Notas do curso: leitura obrigatória 100


Saída de Vargas em 1945 – retorno do patrimonialismo – o DASP perde
muito de seu poder.
Vargas retorna em 1951 – Lei nº 1.711, que trazia o segundo “Estatuto
dos Funcionários Públicos Civis da União”. Revogado apenas pela
Lei 8.112 de 1990
JK e a administração para o desenvolvimento
Juscelino Kubitschek tomou posse em 1956 e tentou implantar no
Brasil a “Administração para o Desenvolvimento”:
Reformar o sistema administrativo para transformá-lo em instrumento
de modernização da sociedade.
A administração pública deve adaptar-se às tarefas estatais com o
propósito de servir eficientemente o desenvolvimento do país.

Notas do curso: leitura obrigatória 101


Princípios:
1. Planejamento,
2. Descentralização,
3. Delegação de autoridade,
4. Coordenação e
5. Controle;
Art. 7º A ação governamental obedecerá a planejamento que vise a
promover o desenvolvimento econômico-social do País e a
segurança nacional, norteando-se segundo planos e programas
elaborados, na forma do Título III, e compreenderá a elaboração e
atualização dos seguintes instrumentos básicos:
a) plano geral de governo;
b) programas gerais, setoriais e regionais, de duração plurianual;
c) orçamento-programa anual;
d) programação financeira de desembolso.

Notas do curso: leitura obrigatória 102


Art. 13 O controle das atividades da Administração Federal deverá
exercer-se em todos os níveis e em todos os órgãos, compreendendo,
particularmente:
a) o controle, pela chefia competente, da execução dos programas e da
observância das normas que governam a atividade específica do
órgão controlado;
b) o controle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância
das normas gerais que regulam o exercício das atividades auxiliares;
c) o controle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens
da União pelos órgãos próprios do sistema de contabilidade e
auditoria.
Art. 14. O trabalho administrativo será racionalizado mediante
simplificação de processos e supressão de controles que se
evidenciarem como puramente formais ou cujo custo seja
evidentemente superior ao risco.
Bresser Pereira: O aspecto mais marcante da Reforma Desenvolvimentista de 1967
foi a
desconcentração para a administração indireta, particularmente para as fundações
de direito privado criadas pelo Estado, as empresas públicas e as empresas de
economia mista, além das autarquias, que já existiam desde 1938.
Notas do curso: leitura obrigatória 103
Art . 8º As atividades da Administração Federal e, especialmente, a
execução dos planos e programas de governo, serão objeto de permanente
coordenação.
§ 1º A coordenação será exercida em todos os níveis da administração,
mediante a atuação das chefias individuais, a realização sistemática de
reuniões com a participação das chefias subordinadas e a instituição e
funcionamento de comissões de coordenação em cada nível administrativo.
Art. 10. A execução das atividades da Administração Federal deverá ser
amplamente descentralizada.
§ 1º A descentralização será posta em prática em três planos principais:
a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente
o nível de direção do de execução;
b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando
estejam devidamente aparelhadas e mediante convênio;
c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou
concessões.
Art. 11. A delegação de competência será utilizada como instrumento de
descentralização administrativa, com o objetivo de assegurar maior
rapidez e objetividade às decisões, situando-as na proximidade dos fatos,
pessoas ou problemas a atender

Notas do curso: leitura obrigatória 104


Segundo o Plano Diretor:
As reformas operadas pelo Decreto-Lei nº 200/67 não desencadearam
mudanças no âmbito da administração burocrática central,
permitindo a coexistência de núcleos de eficiência e competência na
administração indireta e formas arcaicas e ineficientes no plano da
administração direta ou central. O núcleo burocrático foi, na
verdade, enfraquecido indevidamente através de uma estratégia
oportunista do regime militar, que não desenvolveu carreiras de
administradores públicos de alto nível, preferindo, ao invés, contratar
os escalões superiores da administração através das empresas
estatais.
Segundo o Decreto-Lei 200:
Art. 124. O pessoal técnico especializado destinado a funções de
assessoramento superior da Administração Civil será recrutado no
setor público e no setor privado, selecionado segundo critérios
específicos, submetido a contínuo treinamento e aperfeiçoamento que
assegurem o conhecimento e utilização das técnicas e instrumentos
modernos de administração, e ficará sujeito ao regime da Legislação
Trabalhista.
Notas do curso: leitura obrigatória 105
Governo Collor
Não havia uma orientação orgânica de reforma – “enxugamento”
Descentralização da gestão dos serviços públicos
Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBQP)
Contrato de Gestão:
Art. 2º O Poder Executivo é autorizado a promover, no prazo de
noventa dias a contar da publicação desta lei, a extinção da
Fundação das Pioneiras Sociais, cujo patrimônio será incorporado
ao da União pelo Ministério da Saúde.
§ 1º O Serviço Social Autônomo Associação das Pioneiras Sociais será
incumbido de administrar os bens móveis e imóveis que compõem
esse patrimônio, aí incluídas as instituições de assistência médica, de
ensino e de pesquisa, integrantes da rede hospitalar da extinta
fundação.

Notas do curso: leitura obrigatória 106


Art. 8° As empresas estatais poderão submeter ao CCE propostas de
contratos individuais de gestão, no âmbito do PGE, objetivando o
aumento de sua eficiência e competitividade.
1° Os contratos de gestão, estipulando os compromissos
reciprocamente assumidos entre a União e a empresa, conterão
cláusulas especificando:
I - objetivos;
II - metas;
III - indicadores de produtividade;
IV - prazos para a consecução das metas estabelecidas e para a
vigência do contrato;
V - critérios de avaliação de desempenho; ...
Após o Impeachment de Collor, o governo Itamar Franco tentou
implantar uma reforma administrativa que se caracterizou,
inicialmente, pela reversão da reforma administrativa.
Segundo Bresser Pereira: No início do governo Itamar Franco a sociedade brasileira
começa a se dar conta da crise da administração pública. Havia, entretanto, ainda
muita perplexidade e confusão. A ideologia burocrática, que se tornara dominante
em Brasília a partir da transição democrática, assim se manteve até o final desse
governo.
Notas do curso: leitura obrigatória 107
Plano Diretor
Governo Fernando Henrique Cardoso
Luiz Carlos Bresser Gonçalves Pereira – Ministério da Administração
Federal e Reforma do Estado
Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado – documento
referencial da reforma gerencial
A reforma terá dois objetivos principais:
• a curto prazo, facilitar o ajuste fiscal, particularmente nos Estados e
municípios, onde existe um claro problema de excesso de quadros;
• a médio prazo, tornar mais eficiente e moderna a administração
pública,
voltando-a para o atendimento dos cidadãos.

Notas do curso: leitura obrigatória 108


O Plano diretor entendia que a modernização da gestão se daria
através da superação da administração burocrática e dos traços de
patrimonialismo existentes no setor público com a introdução da
administração gerencial, contemplando:
1. Descentralização e autonomia gerencial com flexibilidade de
gestão;
2. Atingimento de resultados sob a ótica da eficiência, eficácia e
efetividade com a reorientação dos mecanismos de controle, no caso,
de procedimentos para resultado;
3. Foco no cidadão, ao invés de auto-referida;
4. Controle social com a introdução de mecanismos e instrumentos
que garantam a transparência, assim como a participação e controle
por parte do cidadão.

Notas do curso: leitura obrigatória 109


Os problemas foram classificados em três dimensões distintas, mas
inter-relacionadas:
− Dimensão institucional-legal: relacionada aos obstáculos de ordem
legal para o alcance de uma maior eficiência do aparelho do Estado;
− Dimensão cultural: definida pela coexistência de valores
patrimonialistas e principalmente burocráticos com os novos valores
gerenciais e modernos na administração pública brasileira; e
− Dimensão de gestão: associada às práticas administrativas.

Notas do curso: leitura obrigatória 110


O PDRAE adota muitos dos princípios das reformas gerenciais, entre eles o
de que o Estado deve transferir serviços para a iniciativa privada. Segundo
o documento:
A reforma do Estado deve ser entendida dentro do contexto da redefinição
do papel do Estado, que deixa de ser o responsável direto pelo
desenvolvimento econômico e social pela via da produção de bens e
serviços, para fortalecer-se na função de promotor e regulador desse
desenvolvimento. No plano econômico o Estado é essencialmente um
instrumento de transferências de renda, que se torna necessário dada a
existência de bens públicos e de economias externas, que limitam a
capacidade de alocação de recursos do mercado. Para realizar essa
função redistribuidora ou realocadora o Estado coleta impostos e os
destina aos objetivos clássicos de garantia da ordem interna e da
segurança externa, aos objetivos sociais de maior justiça ou igualdade, e
aos objetivos econômicos de estabilização e desenvolvimento.
Para realizar esses dois últimos objetivos, que se tornaram centrais neste
século, o Estado tendeu a assumir funções diretas de execução. As
distorções e ineficiências que daí resultaram deixaram claro, entretanto,
que reformar o Estado significa transferir para o setor privado as
atividades que podem ser controladas pelo mercado.

Notas do curso: leitura obrigatória 111


Segmentos de organização do Estado, formas de relacionamento com a
sociedade, no que concerne à distribuição de responsabilidades:
Núcleo Estratégico: Corresponde ao governo, em sentido lato. É o setor que
define as leis e as políticas públicas, e cobra o seu cumprimento. É,
portanto, o setor onde as decisões estratégicas são tomadas. Corresponde aos
Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e, no poder
executivo, ao Presidente da República, aos ministros e aos seus auxiliares e
assessores diretos, responsáveis pelo planejamento e formulação das
políticas públicas.
Aqui, as decisões devem ser as melhores, atender ao interesse nacional e ter
efetividade. O regime de propriedade deve ser necessariamente estatal.
Atividades Exclusivas: É o setor em que são prestados serviços que só o
Estado pode realizar. São serviços em que se exerce o poder extroverso do
Estado – o poder de regulamentar, fiscalizar, fomentar. Como exemplos
temos: a cobrança e fiscalização dos impostos, a polícia, a previdência
social básica, o serviço de desemprego, a fiscalização do cumprimento de
normas sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de serviços de saúde pelo
Estado, o controle do meio ambiente, o subsídio à educação básica, o
serviço de emissão de passaportes, etc. A propriedade só pode ser também
estatal.

Notas do curso: leitura obrigatória 112


Atividades Não-Exclusivas: Corresponde ao setor onde o Estado atua
simultaneamente com outras organizações públicas não-estatais e privadas.
As instituições desse setor não possuem o poder de Estado. Este, entretanto,
está presente porque os serviços envolvem direitos humanos fundamentais,
como os da educação e da saúde (...), ou porque possuem “economias
externas” relevantes, na medida em que produzem ganhos que não podem
ser apropriados por esses serviços através do mercado.
As economias produzidas imediatamente se espalham para o resto da
sociedade, não podendo ser transformadas em lucros. São exemplos deste
setor: as universidades, os hospitais, os centros de pesquisa e os museus. A
situação ideal de propriedade é, nesse caso, a pública não-estatal.
Produção de Bens e Serviços para o Mercado: Corresponde à área de
atuação das empresas. É caracterizado pelas atividades econômicas
voltadas para o lucro que ainda permanecem no aparelho do Estado como,
por exemplo, as do setor de infraestrutura. Estão no Estado seja porque
faltou capital ao setor privado para realizar o investimento, seja porque são
atividades naturalmente monopolistas, nas quais o controle via mercado
não é possível, tornando-se necessário no caso de privatização, a
regulamentação rígida. = a propriedade privada é a regra

Notas do curso: leitura obrigatória 113


O PDRAE não defendia que a administração burocrática deveria ser
totalmente eliminada.
Segundo o Bresser Pereira:
Por outro lado, a combinação de princípios gerenciais e burocráticos
deverá variar de acordo com o setor. A grande qualidade da
administração pública burocrática é a sua segurança e efetividade.
Por isso, no núcleo estratégico, onde essas características são muito
importantes, ela deverá estar ainda presente, em conjunto com a
administração pública gerencial. Já nos demais setores, onde o
requisito de eficiência é fundamental dado o grande número de
servidores e de cidadãos-clientes ou usuários envolvidos, o peso da
administração pública burocrática deverá ir diminuindo até
praticamente desaparecer no setor das empresas estatais.

Notas do curso: leitura obrigatória 114


O Plano foi pensado então em três projetos básicos:
O Projeto Avaliação Estrutural, que teria como objetivo “analisar as
missões dos órgãos e entidades governamentais, identificando
superposições, inadequação de funções e possibilidades de
descentralização, visando dotar o Estado de uma estrutura
organizacional moderna e ágil e permeável à participação popular”.
Com base na avaliação, ocorreria a proposta de extinção,
privatização, publicização e descentralização de órgãos, e também
de incorporação e criação de órgãos.
O Projeto Agências Autônomas tinha como objetivo a transformação
de autarquias e de fundações que exerçam atividades exclusivas do
Estado, em agências autônomas, com foco na modernização da
gestão. As agências autônomas são chamadas hoje de Agências
Executivas. Aqui temos novamente a gestão por resultados, que se
caracteriza pela responsabilização por resultados em troca da maior
autonomia de gestão. O instrumento utilizado é o contrato de gestão.

Notas do curso: leitura obrigatória 115


Projeto Organizações Sociais e Publicização permitiria a
“publicização” dos serviços não-exclusivos do Estado, ou seja, sua
transferência do setor estatal para o público não-estatal, onde
assumiriam a forma de “organizações sociais”.
Tinha como objetivo permitir a descentralização de atividades no setor
de prestação de serviços não-exclusivos, a partir do pressuposto que
esses serviços serão mais eficientemente realizados se, mantendo o
financiamento do Estado, forem realizados pelo setor público não-
estatal. Entende-se por “organizações sociais” as entidades de direito
privado que, por iniciativa do Poder Executivo, obtêm autorização
legislativa para celebrar contrato de gestão com esse poder, e assim
ter direito à dotação orçamentária.

Notas do curso: leitura obrigatória 116


Governo Lula
Plano Gestão Pública para um País de Todos – objetivos:
1. redução do “déficit institucional”, definido como a ausência do
Estado onde ele deveria estar atuando,
2. aumento da governança, que significaria promover a capacidade do
governo em formular e implementar políticas públicas e em decidir,
entre diversas opções, qual a mais adequada.
3. aumento da eficiência, otimizando recursos (fazer mais e melhor
com menos)
4. transparência e participação, assegurando, dessa forma, o
comprometimento da sociedade e a legitimação do processo.
Déficit institucional = “ausência do Estado onde este deveria estar
atuando”. É resultado de um processo histórico de construção
nacional, que produziu um Estado incompleto, cujas lacunas vão
sendo progressivamente preenchidas pelo “não-Estado” — desde o
crime organizado, que afronta a cidadania, ao mercado, que ignora a
equidade”. O déficit se manifesta tanto na amplitude do atendimento
dado pelas instituições públicas, quanto na qualidade desse
atendimento
Notas do curso: leitura obrigatória 117
Na Estruturação da Administração Pública Federal seriam realizadas
intervenções no curto e no longo prazos, no sentido de se proceder:
• à recomposição da força de trabalho do setor público, segundo as
necessidades e requisitos identificados, além do redesenho dos
sistemas de cargos, carreiras, benefícios e concursos;
• ao realinhamento de salários, de carreiras, posições e condições
gerenciais da burocracia;
• à definição de requisitos e modalidades de capacitação técnica e
gerencial permanente de servidores;
• à promoção da saúde ocupacional e melhoria da qualidade de vida;
• ao redesenho de estruturas e processos de trabalho, mediante,
inclusive, adoção de novas concepções institucionais, e o
consequente
redimensionamento de recursos orçamentários, logísticos e de
tecnologias da informação, de forma intensiva e em bases confiáveis;
• à integração entre planejamento e orçamento, tanto no que se refere à
elaboração quanto à execução e avaliação orçamentária;
• à redefinição de marcos regulatórios e à consequente redefinição do
papel das agencias reguladoras;
Notas do curso: leitura obrigatória 118
Estado de Bem-Estar
Surgiu na década de 1940, na Inglaterra.
Segundo Norberto Bobbio:
O Estado de Bem-Estar (Welfare state), ou Estado assistencial, pode
ser definido, à primeira análise, como Estado que garante tipos
mínimos de renda, alimentação saúde, habitação, educação,
assegurados a todo o cidadão, não como caridade, mas como direito
político.
Princípio fundamental:
Independentemente de sua renda, todos os cidadãos, como tais, têm
direito de ser protegidos – com pagamento em dinheiro ou com
serviços – contra situações de dependência de longa duração
(velhice, invalidez) ou de curta (doença, desemprego, maternidade).

Notas do curso: leitura obrigatória 119


Crise do Estado de Bem-Estar Social
Abrucio - o tipo de Estado que começava a se esfacelar em meio à
crise dos anos 70 tinha três dimensões, todas interligadas.
− Econômica – keynesianismo
− Social – Estado de Bem-Estar
− Administrativa – Burocracia
Quatro fatores contribuíram para detonar a crise do Estado:
− Crise econômica mundial – crises do petróleo na década de 1970.
− Crise fiscal – revolta dos taxpayers.
− Ingovernabilidade – sobrecarga de tarefas, legitimidade
− Globalização – enfraquecimento dos Estados

Notas do curso: leitura obrigatória 120


Estado Regulador
Administração Gerencial X Neoliberalismo
Segundo Bresser Pereira:
A administração pública gerencial é frequentemente identificada com
as ideias neoliberais por outra razão. As técnicas de gerenciamento
são quase sempre introduzidas ao mesmo tempo em que se implantam
programas de ajuste estrutural que visam enfrentar a crise fiscal do
Estado.
1ª fase – Managerlialism ou gerencialismo puro:
−Contribuintes
−Eficiência
−Redução do Estado
Segundo Bresser:
O pressuposto neoliberal que estava por trás das reformas - o
pressuposto de que o ideal era um Estado mínimo, ao qual caberia
apenas garantir os direitos de propriedade, deixando ao mercado a
total coordenação da economia - provou ser irrealista

Notas do curso: leitura obrigatória 121


Teoria da Agência
Relação: Agente X Principal
Assimetria de informações: o agente dispõe de um conjunto de
possíveis comportamentos a adotar, suas ações afetam o bem-estar
entre as partes e dificilmente são observáveis pelo principal.
Seleção adversa: são selecionados os agentes com maior risco.
Risco Moral (Mora Hazard): uma das partes envolvidas em um contrato
não dispõe de condições ou mecanismos para monitorar as ações e as
atitudes da outra parte envolvida, que pode ter um comportamento de
risco.
Captura regulatória: enfraquecimento da entidade reguladora frente à
atuação preponderante dos entes privados.

Notas do curso: leitura obrigatória 122


Contrato de Gestão
Contratualização: gestão por resultados, confiança limitada Dois tipos:
1) órgãos e entidades do governo inserido no texto constitucional pela
Emenda nº 19/1998 (art. 37):
§8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e
entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada
mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder
público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para
o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos,
obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.

Notas do curso: leitura obrigatória 123


Não é só para autarquias e fundações que se qualificam como agências
executivas.
Segundo LRF:
Art. 47. A empresa controlada que firmar contrato de gestão em que se
estabeleçam objetivos e metas de desempenho, na forma da lei,
disporá de autonomia gerencial, orçamentária e financeira, sem
prejuízo do disposto no inciso II do
§5º do art. 165 da Constituição.
A definição de empresa controlada está no art. 2º da LRF:
II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com
direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;
2) Com entidades privadas – Organizações Sociais – Lei 9.637 de 2000:
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, entende-se por contrato de gestão o
instrumento firmado entre o Poder Público e a entidade qualificada
como organização social, com vistas à formação de parceria entre as
partes para fomento e execução de atividades relativas às áreas
relacionadas no art. 1º.

Notas do curso: leitura obrigatória 124


Segundo o Plano Diretor:
Objetivos para os Serviços Não-exclusivos:
1) Transferir para o setor publico não-estatal estes serviços, através de
um programa de “publicização”, transformando as atuais fundações
públicas em organizações sociais, ou seja, em entidades de direito
privado, sem fins lucrativos, que tenham autorização específica do
poder legislativo para celebrar contrato de gestão com o poder
executivo e assim ter direito a dotação orçamentária.
2) Lograr, assim, uma maior autonomia e uma consequente maior
responsabilidade para os dirigentes desses serviços.
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro:
O contrato de gestão, quando celebrado com entidades da
Administração Indireta, tem por objetivo ampliar a sua autonomia;
porém, quando celebrado com organizações sociais, restringe a sua
autonomia, pois, embora entidades privadas, terão de se sujeitar a
exigências contidas no contrato de gestão.

Notas do curso: leitura obrigatória 125


Agências Executivas
Projeto Agências Autônomas do Plano Diretor:
A responsabilização por resultados e a consequente autonomia de
gestão inspiraram a formulação deste projeto, que tem como objetivo
a transformação de autarquias e de fundações que exerçam
atividades exclusivas do Estado, em agências autônomas, com foco na
modernização da gestão.
O dirigente escolhido pelo Ministro segundo critérios rigorosamente
profissionais, mas não necessariamente de dentro do Estado, terá
ampla liberdade para administrar os recursos humanos, materiais e
financeiros colocados à sua disposição, desde que atinja os objetivos
qualitativos e quantitativos (indicadores de desempenho) previamente
acordados;
Art. 24 da Lei 8.666:
Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput
deste artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e
serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de economia
mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na
forma da lei, como Agências Executivas.
Notas do curso: leitura obrigatória 126
Organizações Sociais
Segundo o Plano Diretor:
Objetivos para os Serviços Não-exclusivos:
1) Transferir para o setor publico não-estatal estes serviços, através de
um programa de “publicização”, transformando as atuais fundações
públicas em organizações sociais, ou seja, em entidades de direito
privado, sem fins lucrativos, que tenham autorização específica do
poder legislativo para celebrar contrato de gestão com o poder
executivo e assim ter direito a dotação orçamentária.
2) Lograr, assim, uma maior autonomia e uma consequente maior
responsabilidade para os dirigentes desses serviços.

Notas do curso: leitura obrigatória 127


Setor público não-estatal:
O setor produtivo público não-estatal é também conhecido por
“terceiro setor”, “setor não-governamental”, ou “setor sem fins
lucrativos”. Por outro lado, o espaço público não-estatal é também o
espaço da democracia participativa ou direta, ou seja, é relativo à
participação cidadã nos assuntos públicos. Neste trabalho se utilizará
a expressão “público não-estatal” que define com maior precisão do
que se trata: são organizações ou formas de controle “públicas”
porque estão voltadas ao interesse geral; são “não-estatais” porque
não fazem parte do aparato do Estado, seja porque não utilizam
servidores públicos ou porque não coincidem com os agentes políticos
tradicionais.
Segundo a Lei 9.637 de 2000:
Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais
pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas
atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio
ambiente, à cultura e à saúde, atendidos aos requisitos previstos nesta
Lei.
Notas do curso: leitura obrigatória 128
A qualificação da entidade privada como OS não ocorre com o contrato
de gestão, mas sim mediante decreto do Presidente da República, e só
poderá ocorrer se:
II - haver aprovação, quanto à conveniência e oportunidade de sua
qualificação como organização social, do Ministro ou titular de órgão
supervisor ou regulador da área de atividade correspondente ao seu
objeto social e do Ministro de Estado da Administração Federal e
Reforma do Estado.
A Lei 9.637/98 define as seguintes modalidades de fomento para as OS:
Art. 11. As entidades qualificadas como organizações sociais são
declaradas como entidades de interesse social e utilidade pública,
para todos os efeitos legais.
Art. 12. Às organizações sociais poderão ser destinados recursos
orçamentários e bens públicos necessários ao cumprimento do
contrato de gestão.
§3º Os bens de que trata este artigo serão destinados às organizações
sociais, dispensada licitação, mediante permissão de uso, consoante
cláusula expressa do contrato de gestão.
Art. 14. É facultado ao Poder Executivo a cessão
Notas do curso: leitura obrigatória 129
Outra vantagem dada pelo Poder Público às OS está na 8.666.
Art. 24. É dispensável a licitação:
XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as
organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de
governo, para atividades contempladas no contrato de gestão.
Em relação às compras das OS, para que elas tivessem uma maior
flexibilidade na
gestão, a Lei 9.637/98 dispôs que:
Art. 17. A organização social fará publicar, no prazo máximo de
noventa dias contado da assinatura do contrato de gestão,
regulamento próprio contendo os procedimentos que adotará para a
contratação de obras e serviços, bem como para compras com
emprego de recursos provenientes do Poder Público.
Portanto, elas não se submeteriam as regras da Lei 8.666/93, mas sim a
um regulamento próprio. No entanto, em 2005 foi editado o Decreto
5.504, que dispôs que:

Notas do curso: leitura obrigatória 130


Art. 1 ° Os instrumentos de formalização, renovação ou aditamento de
convênios, instrumentos congêneres ou de consórcios públicos que
envolvam repasse voluntário de recursos públicos da União deverão conter
cláusula que determine que as obras, compras, serviços e alienações a
serem realizadas por entes públicos ou privados, com os recursos ou bens
repassados voluntariamente pela União, sejam contratadas mediante
processo de licitação pública, de acordo com o estabelecido na legislação
federal pertinente.
§5° Aplica-se o disposto neste artigo às entidades qualificadas como
Organizações Sociais, na forma da Lei no 9.637, de 15 de maio de 1998, e
às entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de
Interesse Público, na forma da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999,
relativamente aos recursos por elas administrados oriundos de repasses da
União, em face dos respectivos contratos de gestão ou termos de parceria.
Assim, tanto as OS como as OSCIP teriam que realizar licitação prévia
segundo as regras da legislação federal. No entanto, Decreto não é
instrumento suficiente para alterar ou revogar lei, por isso a Lei 9.637
continua válida. O TCU julgou caso que envolvia esta confusão e decidiu
que:

Notas do curso: leitura obrigatória 131


Acórdão 1.777/2005
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em
Sessão Plenária, diante das razões expostas pelo Relator, em:
9.1 adotar, para fins de fiscalização deste Tribunal e orientação dos
órgãos e entidades da Administração Pública, as seguintes
conclusões:
9.1.1. as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público -
Oscips, contratadas pela Administração Pública Federal, por
intermédio de Termos de Parceria, submetem-se ao Regulamento
Próprio de contratação de obras e serviços, bem como para compras
com emprego de recursos provenientes do Poder Público, observados
os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
economicidade e da eficiência, nos termos do art. 14, c/c o art. 4º,
inciso I, todos da Lei 9.790/99;
9.1.2. não se aplicam aos Termos de Parceria celebrados entre a
Administração Pública Federal e as Oscips as normas relativas aos
Convênios, especificamente a IN 01/97-STN;

Notas do curso: leitura obrigatória 132


Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público
Segundo a Lei 9.790 de 2000:
Art. 1º Podem qualificar-se como Organizações da Sociedade Civil de
Interesse Público as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos, desde que os respectivos objetivos sociais e normas
estatutárias atendam aos requisitos instituídos por esta Lei.
§1º Para os efeitos desta Lei, considera-se sem fins lucrativos a pessoa
jurídica de direito privado que não distribui, entre os seus sócios ou
associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores,
eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos,
bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos
mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica integralmente
na consecução do respectivo objeto social.

Notas do curso: leitura obrigatória 133


Art. 3º A qualificação instituída por esta Lei, observado em qualquer caso, o
princípio da universalização dos serviços, no respectivo âmbito de atuação
das Organizações, somente será conferida às pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham pelo menos uma
das seguintes finalidades:
a) assistência social;
b) promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e
artístico;
c) promoção gratuita da educação ou da saúde;
d) promoção da segurança alimentar e nutricional;
e) defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável;
f) promoção do voluntariado;
g) promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;
h) experimentação, não lucrativa, de novos modelos socio produtivos e de
sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito;
i) promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e
assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar;
j) promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da
democracia e de outros valores universais;
k) estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção
e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos. 134
Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às
atividades descritas no art. 3o desta Lei:
a) as sociedades comerciais, sindicatos, associações de classe ou de
representação de categoria profissional;
b) as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos,
práticas e visões devocionais e confessionais;
c) as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;
d) as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços
a um círculo restrito de associados ou sócios;
e) as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e
assemelhados;
f) as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras;
g) as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas
mantenedoras;
h) as organizações sociais;
i) as cooperativas;
j) as fundações públicas;
k) as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas
por órgão público ou por fundações públicas;
l) as organizações creditícias que tenham quaisquer tipos de vinculação com
Notas do curso: leitura obrigatória 135
Segundo a Lei 9.790/99.
Art. 9 ° Fica instituído o Termo de Parceria, assim considerado o
instrumento passível de ser firmado entre o Poder Público e as
entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de
Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação
entre as partes, para o fomento e a execução das atividades de
interesse público previstas no art. 3° desta Lei.
Algumas das cláusulas essenciais do termo de parceria são:
I - a do objeto, que conterá a especificação do programa de trabalho
proposto pela Organização da Sociedade Civil de Interesse Público;
II - a de estipulação das metas e dos resultados a serem atingidos e os
respectivos prazos de execução ou cronograma;
III - a de previsão expressa dos critérios objetivos de avaliação de
desempenho a serem utilizados, mediante indicadores de resultado;
Podemos ver nos incisos II e III que o termo de parceria é mais um
instrumento de contratualização, prevendo metas e indicadores para
avaliação do desempenho.

Notas do curso: leitura obrigatória 136


Notas do curso: leitura obrigatória 137

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