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CEDUC - DEPARTAMENTO DE LETRAS

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM LETRAS- LINGUA PORTUGUESA

A INFORMATIVIDADE NO GÊNERO
DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO: UMA
ANÁLISE DE TEXTOS PRODUZIDOS POR
ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

Orientanda: Rhaiane Karla de Macedo Araújo

Orientador(a): Profª. Drª. Marta Anaísa Bezerra Ramos


INTRODUÇÃO

 Interesse da pesquisa: investigar o aspecto da


informatividade em produções textuais de alunos do ensino
médio, já que uma das exigências no exame do Enem é que o
aluno não fuja ao tema, nem fique preso aos textos oferecidos
como suporte para a construção da redação.

 Perguntas de pesquisa:
a) por que os textos se limitam muitas vezes a transcrição dos
textos-base fornecidos para leitura, ou a repetição de clichês?

b) Como levar o aluno a ter o que dizer, de modo que seus


textos tenham originalidade e posicionamento?
OBJETIVOS
 GERAL: relatar a sequência didática planejada com o intuito de
levar o aluno a ter o que dizer em seus textos e conhecer as
características do gênero solicitado.

 ESPECÍFICO: apresentar um panorama dos problemas


identificados nas produções dos alunos, nos planos micro e
macrotextual, de modo a oferecer parâmetros ao professor sobre o
processo de revisão e avaliação do texto produzido, principalmente
em relação ao aspecto da informatividade.

BASE TEÓRICA QUE FUNDAMENTA O TRABALHO

 Pressupostos da Linguística Textual, tendo como suporte os estudos


de: Serafini (1992), Geraldi (1997), Costa Val (1999), Antunes
(2003), Garcez (2004), Guedes (2009), Koch (2018), Bichibichi
(2008), entre outros.
ASPECTOS METODOLÓGICOS
 NATUREZA DA PESQUISA: qualitativa - desenvolvimento de uma
sequência didática para chegar à produção de textos dissertativos-
argumentativos.

 CORPUS: dados coletados em uma turma composta por 30 alunos, mas só


14 produções foram recolhidas para análise, pois nem todos os alunos
entregaram a produção solicitada.

 ETAPAS DA ANÁLISE DOS DADOS:

 1ª etapa – levantamento de todos os problemas encontrados nas produções


textuais, para chegar a um quadro descritivo;

 2ª etapa – observação das redação quanto ao aspecto da informatividade,


para categorizar o grau de informatividade dos textos como baixo, médio e
alto.
RESULTADOS E DISCUSSÕES

NÍVEL MICROESTRUTURAL
 Falhas evidenciadas:

a) Concordância verbal ou nominal);


b) Pontuação / Estruturação oracional
c) Referência (uso inadequado dos pronomes)

NÍVEL MACROESTRUTURAL

a) Análise de duas produções na íntegra


b)Análise de partes que compõem o texto
(introdução/desenvolvimento/conclusão
DISCUSSÃO – REDAÇÃO 1
“Comenta-se com frequência a respeito da xenofobia no Brasil. De acordo com Darcy Ribeiro ‘O
Brasil, ultimo pais a acabar com a escravidão, tem uma perversidade intriseca na sua herança,
que torna se nossa classe dominante enferma de desigualdade, de descanso’, ela descreve a
tamanha desigualdade relatada na história do pais. Segundo Maquiavel ‘Não há nada
mais dificio ou perigoso do que tomar a frente na introdução de uma mudança”, os
xenofóbicos apresentam características conservadoras sendo contrario as mudanças e
divulgação de outras culturas e etnias.”
Como podemos ver no posicionamento de Darcy a problématica da xenofobia está ligada com
relação histórica e racial do país, o Brasil sendo o ultimo país das américas a abolir a
escravidão tem participação determinante, na formação cultural de sua sociedade. Uma parte
dos imigrantes que vem para o país chega de países africanos que são banalizados pelo povo
por sua cultura e etnia.
Além disso, tem os o fator do preconceito cultural com essencial para a propagação xenofóbica,
pessoas com crenças e costumes diferentes são tidos como de classe inferior por ter um estilo
de vida. Diversos países tem problema políticos e religiosos que levam a perseguição das
minorias por instituições governamentais e instituições independentes radicais. Infelizmente a
realidade preconceituosa é o oposto de sua imagem dê um povo receptivo e acolhedor.”
Portanto, o governo deve investir em programas de politicas publicas intensificadas a sociedade,
levando a situação dos imigrantes para as escolas e universidades, com forma de
conscientização indireta instigando os próprios estudantes a pesquisar sobre o assunto. Deve
ser criado também pela “ONU” Organizações das Nações Unidas um programa preventivo
para países com dificuldades econômicas e culturais usando de verbas para ajudar o povo.”
QUADRO DOS TÓPICOS TEMÁTICOS
QUADRO DOS TÓPICOS TEMÁTICOS
ANÁLISE DA PARTE INTRODUTÓRIA DAS REDAÇÕES:

Para Serafini (1992), tipos de introdução: introdução-enquadramento e


introdução para chamar atenção
 Introdução-enquadramento  Introdução para chamar a atenção
 - A falsa receptividade do povo  - A xenofobia no Brasil como uma herança
brasileiro em relação aos refugiados. cultural. (R1)
(R4)  -Preconceito generalizado, principalmente com
 - Busca de melhores condições de vida os imigrantes, fruto de uma sociedade doente.
pelos refugiados. (R2)
 - O caso se agrava devido à crise  - Citação
econômica enfrentada pelo país. (idéia  - O crescente número de imigrantes no Brasil
confusa: o que se agrava? A vinda do (R3)
estrangeiros devido à crise em seus
países ou a xenofobia?)  - O preconceito como algo rotineiro, apesar de o
brasileiro se dizer tolerante (R 13)

 - Intolerância dos brasileiros em
relação ao imigrantes (clichê) (R5)
 - Importância de se discutir sobre a
xenofobia (clichê) (R7)
 - Aumento da xenofobia com a chegada
dos imigrantes em território brasileiro,
sendo a falta de empatia causada pelo
fato de o brasileiro não se colocar no
lugar do outro. (R8)
ANÁLISE DA PARTE DO DESENVOLVIMENTO DAS
REDAÇÕES

 a) Concorrência de estrangeiros quanto à oportunidade


de empregos no Brasil/ Preconceito

 b) Dificuldades enfrentadas pelo estrangeiro ao chegar


ao país acolhedor, devido ao desconhecimento das
motivações do refúgio e aos problemas estruturais do
país acolhedor
“Em primeiro lugar, O Brasil vem enfrentando uma crise politica e econômica, essa
crise faz com que o desemprego fique em alta. O medo de perder o seu emprego
é muito grande e isso se agrava mais com a chegada dos imigrantes, pois o
brasileiro vai ter uma concorrência amais. Esse medo pode ser visto com a
criação do programa Mais Médicos, com grande reprovação dos brasileiros. O
programa Mais Médicos, visa levar médicos para regiões do interior que sofrem
com a carência de médicos.
Em segundo lugar, o problema de xenofobia está relacionado também, a questão do
racismo, sobre tudo, aos negros vindos da África e Haiti, que sofrem racismo nas
ruas e na internet. A raça africana é considerada como raça inferior, é
desrrepeitada por sua cor. Isso se torna mais assustador em um país que tem forte
influência da cultura africana, mas que desde sua colonização não soube evoluir
e entender que todos são iguais.” (redação nº 4)

“Primeiramente, o preconceito é praticado com os imigrantes, pois eles conseguem


empregos mais fácies. Os imigrantes tem mais concluentes do ensino superior do
que os brasileiros.
Por conseguinte, eles são excluídos da sociedade, os brasileiros veem os imigrantes
como concorrência de trabalho. Tornando a participação deles, em eventos,
entrevistas, shows, improvável. Fazendo com que eles sejam exclusos da
sociedade.” (Redação nº 7)
ANÁLISE DA PARTE DA CONCLUSÃO DAS REDAÇÕES

 a) Necessidade de políticas públicas de melhoria na


qualidade de vida do país acolhedor e consequentemente
dos refugiados, ou campanhas governamentais de
conscientização

 b) Investimento em palestras em escolas ou campanhas


publicitárias de conscientização

 c) Importância de o Poder Legislativo assegurar os


direitos de reconhecimento dos refugiados
“Portanto, é mister que o governo melhore a qualidade de se
conseguir benefícios para a vida dos brasileiros e só depois
oferecer aos imigrantes. Por meio de verbas governamentais, é
necessário a geração de empregos para que possa amenizar o
atual quadro de vida dos brasileiros e somente assim, as
revoltas e rejeições diminuiriam.” (Redação nº3)

“Portanto, compreende-se que a escola, como formadora de


opnião, criar ações no ambiente escolar, Por meio de parceiras
com a secretaria de Assistencia Social, criar grupos de
converças e debate, sobre os problemas sociais e como elas
podem ajudar a solucionar problemas sociais, políticos e
econômicos. Para que elas, quando forem adultos, sejam
cidadãos conscientes, que não tolerem a xenofobia e que eleja
políticos não corruptos. Que invistam em enfraestrutura
atraindo investimentos internacionais, consequentemente
gerando empregos, como diz Marquês de Maricá: ‘um povo
corrompido não pode tolerar um governo que não seja
corrupto’” (Redação nº4)
“Diante disso, é possivel compreender que, para reverter o
máximo esse preconceito, é preciso que a população se
conscientize das novas formas de organização social e
cultural e que seja ensinado respeito a elas.
Primeiramente, o Legislativo Brasileiro deve assegurar
que as solicitações de reconhecimento da condição de
refugiado sejam concedidos, agilizando assim, processo
de naturalização desses imigrantes. [...].” (Redação nº
5)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 O aspecto da informatividade é pouco presente nas aulas
de redação do Ensino Médio nas Escolas Públicas.
 Observamos a dificuldade do discente de terceiro ano
com o texto dissertativo-argumentativo em escrever
assuntos complexos como a temática proposta.
 Através da aplicação da sequência didática podemos ter
uma reflexão sobre o gênero dissertativo-argumentativo
e um do conhecimento do aspecto da informatividade.
 De modo geral, as redações apresentaram um grau de
informatividade baixo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro &
interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
 BICHIBICHI, Maria Amélia Santana Lugão. A
argumentação em textos orais e escritos. Artigo.
Curso de Letras, UTFPR, Piraquara, 2008.
 COSTA VAL, Maria da Graça. Redação e textualidade - 2º
ed. - São Paulo: Martis Fontes, 1999.
 GARCEZ, Lucília Helena do Carmo. Técnica de redação: o
que é preciso saber para bem escrever/ Lucília Helena do
Carmo Garcez. - 2º ed. - São Paulo: Martins Fontes, 2004.
 GERALDI, João Wanderley. Portos de passagem. 4º ed. –
São Paulo: Martins Fontes. 1997
 ______. O texto na sala de aula. 4º ed. – São Paulo: Ática,
1997
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 GUEDES, Paulo Coimbra. Da redação à produção
textual: o ensino da escrita. São Paulo: Parábola
Editorial, 2009, p. 87 -121.
 NASCIMENTO, Pâmella de Souza. A produção textual
no 3º ano do ensino médio e o ENEM: o que e como
fazer? / Porto Alegre. Liro Editora Livre, 2016
 SERAFINI, Maria Tereza. Como escrever textos. Ed.
São Paulo: Globo, 1992.

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