Eletroeletrônica Básica

01 - INTRODUÇÃO/
LEI DE OHM

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Conseguimos perceber vários fenômenos elétricos, sem

no entanto poder visualizá-los. Daí a necessidade de se explicar
os princípios básicos da eletroeletrônica através da Teoria
Atômica.

Observemos então as seguintes definições:

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Matéria: É toda substância que ocupa lugar no espaço.

Ex.: Pedaço de madeira, uma bola de vidro, um tijolo.

Molécula: É a menor porção da matéria que ainda conserva suas

características.

Ex.: Molécula de água (H2O)

Cx. d’água - litro d’água - conta gotas - molécula d’água

Átomo: São as partículas que constituem as moléculas.

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Estrutura Atômica

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Núcleo: Prótons - carga elétrica (+) -

Nêutrons - carga elétrica nula (0) -

Eletrosfera: elétrons - carga elétrica negativa (-) -

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Os elétrons se movimentam em torno do núcleo

descrevendo órbitas elípticas. Observe que existe uma força
centrífuga que tende a expulsá-lo do átomo, porém existe uma
força de atração do núcleo ( cargas contrárias se atraem ) que
possui o mesmo valor em módulo. Essas forças se anulam
fazendo com que o elétron continue a sua trajetória.

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PRODUÇÃO DE CARGAS ELÉTRICAS:

A última camada de um átomo é chamada “CAMADA DE

VALÊNCIA”, e pode possuir de 1 a 8 elétrons.
O átomo na sua condição de equilíbrio é eletricamente neutro, ou
seja, o número de prótons é igual ao número de elétrons. Porém se
uma dada força externa atuar sobre o mesmo, poderá fazer com que
o mesmo ganhe ou perca elétrons, se transformando em um ÍON.

ÍON POSITIVO (Cátion): Átomo que perdeu 1 ou mais elétrons

(Oxidação).

ÍON NEGATIVO(Ânion): Átomo que ganhou 1 ou mais elétrons

(Redução).
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Observe que toda e qualquer perda ou ganho de elétrons

se dá sempre na última camada (camada de valência).

A facilidade que um átomo possui em ganhar ou perder elétrons,

depende do número de elétrons que possui na camada de
valência, conforme a seguir:
Átomo com 3 ou menos elétrons na camada de
valência: Facilidade em perder elétrons (Material
condutor).

Átomo com 5 ou mais elétrons na camada de valência:

Facilidade em ganhar elétrons (Material isolante).

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Podemos então afirmar que os átomos com número de

elétrons <=3 na camada de valência, possuem facilidade em
perder elétrons pois os mesmos sofrem uma fraca força de
atração do núcleo, e se deslocam livremente de um átomo para
outro, numa espécie de rodízio de elétrons. À esses elétrons que
se movimentam livremente na estrutura em movimento
desordenado, chamamos de elétrons livres.
Logo, os materiais condutores são muito utilizados na
eletricidade por permitirem a circulação de corrente elétrica.

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EXEMPLO DE MATERIAIS CONDUTORES E

ISOLANTES ELÉTRICOS:

Condutores: Prata, cobre, alumínio, mercúrio etc...

Isolantes: Vidro, porcelana, mica, papel, borracha etc...

A tendência de um átomo é de sempre manter o seu

equilíbrio elétrico, ou seja, perceberemos então que os corpos
carregados eletricamente tenderão a criar um fluxo de elétrons
para se neutralizarem. Ao conjunto de fenômenos que
envolvem estas “cargas elétricas”, chamamos “Eletricidade”.
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Percebemos então dois tipos de eletricidade:

 ELETRICIDADE ESTÁTICA: Envolve cargas elétricas paradas.

Existem várias formas de eletrizarmos os corpos:

Atrito ou fricção: Atrito de um pente contra uma blusa de

lã.
Calor - Termoeletricidade: Canhão de um cinescópio/
Termopar
Indução
Luz - Fotoeletricidade: Calculadora com célula solar
Vibração - Piezoeletricidade: Cristais de Rochele -Quartzo

Obs.: A energia fornecida deve ser suficiente para fazer com que o
elétron deixe a camada de valência. 11
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ELETRICIDADE DINÂMICA: É o fluxo de elétrons que

se desloca através de um condutor.

Geradores Eletromagnéticos:
Eletroquímica: Pilha de Volta

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-Funcionamento básico de uma “Pilha de Volta” (Não recarregável):
(Inventada por Alessandro Volta (Físico Italiano) em 1800)

- Potencial de Oxi-redução:
Expressa numericamente a tendência que um átomo tem em
perder ou ganhar elétrons.

Potencial de redução:

Prata = +0,80V
Cobre = + 0,34 (Cu+1), +0,52V (Cu+2 ) Cu+2 + 2 elétrons = Cu
Alumínio = -1,66V
Ferro = -0,44V
Mercúrio: +0,85V
Zinco = -0,76V (Zn+2) 13
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o +2 -2 +2 -2 o
Zn + Cu + SO4  Zn + SO4 + Cu (Reação de
deslocamento)

Logo após certo tempo:

Aumento da concentração de solução de ZnSO4
Acúmulo de cobre na barra de zinco 14
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Funcionamento da pilha:

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Resultado final após desgaste da pilha:

Corrosão da placa de Zinco

Aumento da massa na placa de cobre
Aumento da concentração de ZnSO4 em ambos lados da pilha
Diminuição de CuSO4

Diferença de potencial da pilha: Cu = + 0,52V

Zn = -0,76V
d.d.p. = 0,52V - (-0,76V) = 1,28V

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2 - TENSÃO ELÉTRICA OU DIFERENÇA DE POTENCIAL

(V)

Conforme vimos, determinados corpos podem adquirir

cargas elétricas positivas ou negativas. A essa quantidade de
cargas, damos o nome de POTENCIAL ELÉTRICO.
Se pegarmos dois corpos com quantidade de cargas
diferenciadas, dizemos que entre eles existe uma DIFERENÇA
DE POTENCIAL (ddp).
TENSÃO ELÉTRICA nada mais é do que a diferença de
potencial entre dois corpos ou entre dois pontos quaisquer em um
circuito elétrico.
A unidade de medida da tensão elétrica é o VOLT (V).
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Ex.: Tensão da bateria de um automóvel: 12 V

Tensão da rede elétrica: 127 V

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3 - CORRENTE ELÉTRICA (I)

Ao pegarmos dois corpos com diferentes potenciais

elétricos e os unirmos, por exemplo, através de um fio
condutor, haverá um fluxo de elétrons do corpo de maior
potencial para o corpo de menor potencial até que os potenciais
se equilibrem.
À esse fluxo “orientado” de elétrons, damos o nome de
CORRENTE ELÉTRICA.

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Conforme observado na prática, normalmente é muito alta

a quantidade de elétrons que circulam de um corpo para outro.
Daí a necessidade de se criar uma unidade para tal medição: “ O
COULOMB ( C )”

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1 C = 6,25 x 10 elétrons

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Porém viu-se ainda a necessidade de determinar em

quanto tempo esses elétrons circulam de um corpo para outro.
Dessa forma determinou-se que a unidade de medida da
intensidade da corrente elétrica (I) é o “Ampère (A)”.

1 A = 1C/seg.

Obs.: I = Q/t

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É a corrente elétrica que ao percorrer uma determinada carga realiza

trabalho, fazendo por exemplo, uma lâmpada acender, a água de um chuveiro
elétrico esquentar, um motor elétrico girar ...

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OBS.: Existe tensão elétrica alternada e contínua, assim como
também existe corrente elétrica alternada e contínua.

A tensão elétrica contínua não alterna a sua polaridade ao

longo do tempo, mantendo a corrente elétrica sempre no mesmo
sentido (corrente contínua). São exemplos de fontes de tensão
contínua as pilhas e baterias.
No sistema automotivo todos as cargas são alimentadas em
tensão contínua.

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A tensão elétrica alternada alterna sua polaridade
periodicamente, fazendo constantes inversões no sentido da
corrente elétrica (corrente alternada). É exemplo de fonte de
tensão alternada, a rede elétrica residencial.

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4 - RESISTÊNCIA ELÉTRICA (R)

É a oposição oferecida à passagem da corrente elétrica.

Logo a corrente elétrica ao percorrer consumidores (cargas)
diferenciadas, encontrará dificuldades diferenciadas, podendo
desta forma ter um valor mais alto quando o valor da
resistência elétrica for menor e vice-versa.
A unidade de medida da resistência elétrica é o OHM ().

Podemos comparar um circuito elétrico com um circuito

hidráulico a fim de facilitar a compreensão.

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CIRCUITO ELÉTRICO CIRCUITO HIDRÁULICO

Tensão elétrica ---------------------------------------------Pressão d’água

Corrente elétrica--------------------------------------------Fluxo d’água
Resistência elétrica----------------------------------------Redutor hidráulico

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5 -CIRCUITO ELÉTRICO/ LEI DE OHM

É composto por:

fonte de energia
 consumidor (carga)
 condutores fechando o circuito elétrico

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A Lei de Ohm nos diz que a corrente elétrica é:

diretamente proporcional ao valor da tensão elétrica

inversamente proporcional ao valor da resistência
elétrica

Transformando o enunciado acima em igualdade

matemática, teremos uma das fórmulas mais importantes em
todo o estudo de eletro-eletrônica:

I=V/R

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a) calcule qual será o valor da corrente elétrica.

b) Calcule qual a tensão na carga

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OBS.: No circuito anterior a corrente elétrica sai do pólo positivo

para o negativo. Este sentido é chamado sentido convencional da
corrente.
Apesar de sabermos que o sentido real da corrente elétrica
é do pólo negativo para o positivo, durante muito tempo acreditou-
se ser o contrário, sendo então desta forma, adotado o sentido
convencional da corrente elétrica.

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