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Johann Gutenberg
1400 - 1468
Os tipos e a matriz tipográfica
A prensa de Gutenberg
A Bíblia de Gutenberg
TIPÓRAFOS EM DESTAQUE
AULA 2
TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen Garamond
Principal família:Kabel
TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen Frutiger
Vitor Burtton
TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen
Espécies de caracteres
Maiúsculas
Também chamadas de caixa alta por razões históricas: elas tradicionalmente
eram guardadas na parte superior da gaveta (ou caixa) onde os compositores
dispunham os tipos de metal.
Minúsculas
Ou caixa baixa, surgidas, na Idade Média, através de uma lenta modificação
E transformação das maiúsculas.
Versaletes
São caixas altas com altura semelhante à altura de X, para serem compostas
como caixas baixas, que raramente são disponíveis em fontes digitais.
Ligaduras
São minúsculas unidas, em geral por suas ascendentes (ff, fi, tt) e que também
raramente são incluídas em fontes digitais.
TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen
Ditongos
São maiúsculas ou minúsculas unidas em geral, por suas hastes e que,
TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen
Divisão das letras
Quanto ao tamanho
Está relacionada ao corpo do tipo – Isto é, à sua altura.
TIPOGRAFIA Quanto à forma
Geraldo Jantzen
Está relacionada às diferenças no desenho de uma letra
nas suas versões em caixa alta e baixa.
TIPOGRAFIA Quanto ao peso
Geraldo Jantzen
Relaciona-se à espessura dos traços em um mesmo
corpo de um tipo de uma mesma família.
TIPOGRAFIA Quanto ao contraste
Geraldo Jantzen
De angulação
Pontos de Paica
(sistema tipométrico anglo-americano e post-script)
1pt (ponto) = 0,351mm
12pt = 1p (paica)
72pt = 6p = 1 in (polegada) = 25,4mm
Pontos de Cíceros
(sistema tipométrico baseado em Didot / francês)
1pt (ponto) = 0,376mm
12pt = 1 cícero = 4,512mm
1 cícero = 1,07p (paicas)
Classificação Vox/ATypI
A classificação adotada pela Association Typographique
Internationale (ATypI) é conhecida como Classificação
Tipográfica Vox/ATypI. Ela leva este nome por ter se
baseado na classificação feita originalmente por Maximilien
Vox, em 1954. A Vox/ATypI divide os tipos em sete
grandes classes, por sua vez divididas em subclasses. As
classes são:
1. Romanos
Divididos em cinco subclasses: humanistas (ou venezianos),
garaldos, transicionais (ou barrocos), didones (ou modernos) e
mecanizados.
3. Incisos
4. Manuais
Divididos em duas subclasses: decorativos (ou dysplay ou
fantasia) e brush.
5. Manuscritos
6. Góticos
Divididos em quatro subclasses: texturados, rotundos, fraktur e
variantes de fraktur.
7. Não latinos
1. Romanos
humanistas
São chamados também de venezianos, por descenderem de tipos
criados a partir das minúsculas do século XV. São originados das
romanas pioneiras que apareceram na região que hoje
corresponde ao norte da Itália, com os primeiros impressos, por
volta de 1465. Eles foram baseados, assim, no desenho dos
caracteres – com minúsculas carolíngeas – presentes em
manuscritos humanistas, especialmente os originários de Florença.
Esta é razão de sua denominação.
O desenho dos caracteres tem sua origem no uso da pena
empunhada de modo oblíquo. Por isso a inclinação do eixo para a
esquerda, clara no O, no b e na barra do e. Não há grandes
contrastes entre as hastes grossas e finas e as serifas são
triangulares, ligadas às hastes por curvas. Nas caixas baixas, as
serifas apresentam curvatura pronunciada. Exemplos: Centaur,
Italian Old Style, Verona, Venetian Old Style.
Venetian Old Style
1. Romanos
Garaldos
A denominação vem da junção dos nomes de Garamond e Aldus
Manutius, cujas famílias tipográficas homônimas são as mais
representativas deste grupo. Aldus atuou em Veneza, e seus
caracteres romanos foram uma das bases dos que viriam a ser
criados por Garamond. Os tipos garaldos dominaram a tipografia
por dois séculos.
Como os humanistas, os garaldos têm eixos inclinados para a
esquerda e suas serifas são triangulares (nas caixas baixas,
oblíquas). No entanto, diferentemente daqueles, há um maior
contraste das hastes e a barra do e tende a ser horizontal.
Exemplos: Benguiat, Bembo, Caslon, Dante, Garaldus, Garamond,
Palatino, Sabon, Souvenir.
Garamond
1. Romanos
Transicionais
Têm origem no Roman du Roi, alfabeto criado para a Impresa Real
por determinação de Luís XIV e que foi projetado por regras
matemáticas rígidas. A sucedânia dessa família é a Baskerville, a
mais representativa dessa classe – uma variação romana com
grande contraste das hastes e serifas mais pontiagudas.
Assim, os tipos transicionais têm maior variação na espessura das
hastes do que os garaldos, suas serifas são mais planas (porém,
ainda trangulares) e seu eixo é vertical ou apenas levemente
inclinado. Exemplos: Baskerville, Caledonia, Janson, Pertetua,
Times.
Baskerville
1. Romanos
Didones
O termo vem da junção dos nomes do francês Didot e do italiano
Bodoni. São tipos cuja origem está no Neoclássico da segunda
metade do século XVIII e início do século XIX. Eles seguem a
senda aberta pelos transicionais, também baseando-se em rígidas
proporções matemáticas e radicalizando as inovações daqueles.
O contraste verificado entre as hastes dos tipos se torna bem mais
acentuado e o eixo é definitivamente vertical. As serifas se tornam
lineares, e especialmente nas maiúsculas elas são visivelmente
finas e perpendiculares às hastes, unidas a essas sem quaisquer
curvaturas. Os desenhos tendem a ter uma configuração
geométrica. Exemplos: Bodoni, Didot, Fenice, Walbaum.
Bodoni
1. Romanos
Mecanizados
Esta configuração de tipos tem origem na Revolução Industrial e
no mercado publicitário que surge a partir daí: eles foram
originalmente desenhados para serem vistos de longe e em meio a
outros impressos concorrentes – e não mais para serem lidos de
perto e mediante concentração do leitor, como nos livros e jornais.
Por isso tendem a ser mais pesados e têm destaque nas serifas.
As serifas são marcantes, sólidas, formando um ângulo reto com a
linha de base (ou com a das ascendentes ou a das descendentes).
Essa perpendicularidade pode ser enfatizada pela ligação às
hastes por outro ângulo reto (a chamada serifa retangular, como
na Memphis) ou contrastada com o uso de curvas discretas para
essas mesmas ligações (a serifa inglesa, como a da Claredon).
Beton, Claredon, Clareface, Courier, Memphis.
Memphis
2. Lineares
São tipos sem serifa. Algumas das famílias que integram esta
classe são referidas nos EUA como gothic ou grotesque, na
Alemanha como grotesk e na França como antique. Também
têm origem no mercado de impressos advindo da Revolução
Industrial.
2. Lineares
Grotescos
Um padrão originário do século XIX, gravemente pesado mas com
algum contraste na espessura das hastes. Os caracteres são
reduzidos à sua estrutura, conservando-se as formas mais
essenciais. As curvas tendem a ser discretas, com terminações
horizontalizadas das hastes curvas. Exemplos: Alternate Gothic,
Grotesca, Grotesque, Frankilin Gothic.
Franklin Gothic
2. Lineares
Geométricos
Têm origem no movimento modernista, com inspiração geométrica
e racionalista, e começaram a ser difundidos na década de 1930.
São monolineares (ou seja, não há contraste entre as hastes) e
tendem a partir de configurações básicas para a construção de
grupos de caracteres com estrutura semelhante. São bem menos
pesados do que os grotescos, dos quais derivam. Em geral, o a
apresenta-se sem gancho superior. Exemplos: Avant-Garde Gothic,
Eurostyle, Futura.
Futura
2. Lineares
Neogrotescos
Como os geométricos, derivam dos grotescos, com menor
contraste entre as hastes do que aqueles, mas não são
monolineares como os geométricos. Difundidos a partir de meados
da década de 1950, têm desenho cuidadoso, com forte
preocupação com a legibilidade tanto para corpos grandes quanto
para pequenos. As hastes tendem a terminar de forma oblíqua.
Exemplos: Folio, Univers, Helvética.
Helvetica
2. Lineares
Humanísticos
Embora sem serifa, estão menos ligados aos grotescos e mais nas
inscrições das maiúsculas lapidárias romanas e nas minúsculas
humanistas ou garaldas. Por isso, tendem a ser mais delicados do
que as três subclasses anteriores, com contrastes entre as hastes.
O a possui gancho superior. Exemplo: Frutiger, Gill Sans, Myriad,
Optima.
Optima
3. Incisos