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TIPOGRAFIA

Prof. Geraldo Jantzen


jantzen@ig.com.br
HISTÓRIA
AULA 1
TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen
História da escrita
A partir da invenção da escrita o
conhecimento pode ser passado de
geração a geração e foi aí que o
homem passou a acumular
conhecimento, antes o que um
homem sabia ele passava
verbalmente a outros poucos homens
ou morria com ele.
Os Sumérios criaram a escrita
cuneiforme, uma evolução que
passava de milhares de ideogramas
para centenas de signos (600)
3.400 a.c

Hieróglifos Egípcios 3.300 a.c


Pedra de Roseta
É um fragmento de uma estela de
granodiorito do Egito Antigo, cujo
texto foi crucial para a
compreensão moderna dos
hieróglifos egípcios. Sua inscrição
registra um decreto promulgado
em 196 a.C., na cidade de Mênfis,
em nome do rei Ptolomeu V,
registrado em três parágrafos com
o mesmo texto: o superior está na
forma hieroglífica do egípcio antigo,
o trecho do meio em demótico,
variante escrita do egípcio tardio, e
o inferior em grego antigo.
O estudo do decreto já estava bem
avançado quando a primeira
tradução completa do texto grego
surgiu, em 1803. Somente 20 anos
depois, no entanto, foi feito o
anúncio da decifração dos textos
egípcios por Jean François
Champollion, em 1822; muito
tempo ainda se passou até que os
estudiosos pudessem ler outras
antigas inscrições egípcias e
compreender sua literatura com
alguma confiança.
Alfabeto Fenício, o primeiro alfabeto fonético 23 caracteres 1.400 a.c
Alfabeto Grego 1.000 a.c
Alfabeto Etrusco 400 a.c
Alfabeto Romano, derivado do alfabeto etrusco com influência grega mas
adaptado para o latim com 23 caracteres (todos em caixa alta) 100 a.c
Uncial criada no norte da Europa (Inglaterra e Irlanda) com a intenção ter um
desenho único de caligrafia 400 d.c
Carlos Magno (c. 2 de Abril, 747 - 28 de Janeiro,
814; ou Carlos, o Grande, em alemão Karl der
Große, em francês Charlemagne, em Latim Carolus
Magnus, que deu origem ao adjetivo 'Carolíngio'),
foi sucessivamente rei dos Francos (de 771 a 814),
rei dos Lombardos (a partir de 774), e ainda o
primeiro Imperador do Sacro Império Romano
(coroado em 25 de Dezembro do ano 800),
restaurando assim o antigo Império Romano do Carolingia encomendada por Carlos
Ocidente. Magno em 800 d.c
Gótico 1.200 d.c
HISTÓRIA

Johann Gutenberg
1400 - 1468
Os tipos e a matriz tipográfica
A prensa de Gutenberg
A Bíblia de Gutenberg
TIPÓRAFOS EM DESTAQUE
AULA 2
TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen Garamond

Claude Garamond (1480-1561) foi um


editor francês.
As fontes criadas por Claude Garamond
em Paris, a partir de 1530, refinadas
dos tipos usados por Aldus Manutius, de
1455, são ainda hoje um referencial
tipográfico forte, influenciando diversas
interpretações em famílias de letras
contemporâneas.
A versão mais próxima da tipografia em
estilo Garamond é a Granjon, de George
William Jones, feita entre 1928 e 1931,
possuindo este nome para evitar
confusões com aquelas que se
pretendem “originais”.

Principal família: Garamond


TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen Baskerville

John Baskerville nasceu em 1706 em Sion Hill,


Worcester. Por volta de 1723, o hábil pen-man já
trabalhava como professor de caligrafia e gravador
de lápides. No ano de 1740 iniciou em Birmingham
um negócio de lacas e vernizes — empresa que o
tornou abastado.
Mas foi só em 1750 que começou a fazer
experiências com a fabricação de papel, a
elaboração de tintas, a fundição de tipos e a
impressão – uma espécie de hobby, que cada vez
mais o fascinava (e mais lhe pesava no bolso).
Em 1754, John Baskerville, já com uns avançados
48 anos de idade, desenhou o seu primeiro tipo,
sendo as punções gravadas por John Handy,
artesão com o qual trabalhou 28 anos.

Principal família: Baskerville


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Geraldo Jantzen Bodoni

Giambattista Bodoni (16 de Fevereiro de 1740


em Saluzzo – 29 de Novembro de 1813 em Parma)
foi um tipógrafo e impressor italiano.
O seu pai era impressor e foi responsável pela
transmissão de conhecimentos e paixão nesse
ofício. A sua filosofia sobre a beleza dos tipos
sustentava-se em princípios simples: uniformidade
de desenho, elegância e nitidez, bom gosto,
“charme” e beleza.
Foi grande admirador de John Baskerville e
correspondeu-se com Benjamin Franklin,
comentando, entre si, assuntos relacionados com
as artes tipográficas.

Principal Família: Bodoni


TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen Koch

Rudolf Koch (1876-1934)


A este excelente calígrafo devem-se um sem número
de desenhos de caracteres; não só os de cariz
tradicional e os de letra Fraktur, mas também os dois
orientados para o Modernismo dos anos 20 e 30: a
fonte Kabel e a Neuland.
A carreira do calígrafo e gravador de punções alemão
Rudolf Koch decorreu na penumbra; trabalhou quase a
vida inteira como empregado da pequena, mas muito
ativa fundição dos irmãos Klingspor em Offenbach,
perto da metrópole Frankfurt.

Principal família:Kabel
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Geraldo Jantzen Frutiger

Adrian Frutiger (Suiça, 24 de Maio de 1928).


Filho de um tecelão, Frutiger sempre foi apaixonado
por escultura. Seu pai era contra a incursão de seu
filho no mundo das artes e Adrian, numa espécie de
ato rebelde, criava tipos de letras diferentes indo
contra a escrita tradicional européia daquele tempo.
Por conta de seu grande talento, foi incentivado a
estudar artes gráficas por seus professores.
Seu amor pela escultura influenciou muitas de suas
fontes. Frutiger tem uma carreira que passa desde o
desenvolvimento dos tipos em metais quentes até a
era do desenho digital. É dele o projeto de sinalização
do Aeroporto Internacional Charles de Gaulle, um
dos mais bem sinalizados do mundo, de acordo com
revistas de design internacionais, onde é utilizada a
fonte que inicialmente seria chamada de Roissy, local
onde está construído o aeroporto já citado, tendo,
depois, seu nome sido mudado para o próprio nome do
autor, Frutiger.
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Geraldo Jantzen Lange

Günter Gerhard Lange


O mestre artesão de renome nasceu em 12 de
abril de 1921, em Frankfurt, na Alemanha. Ele
começou o serviço militar com 18, mas ficou
gravemente ferido na França apenas um ano
após a eclosão da Segunda Guerra Mundial,
levando a sua alta médica do exército alemão.
Após a sua graduação em 1945, Lange serviu
como assistente de professor Walter Tiemann
do Instituto de Leipzig, e trabalhou como
artista gráfico freelancer e pintor. Em 1949
mudou-se para Berlim.

Principal família: Walbaum

* É autor de redesenhos da Garamod, Caslon e


Baskerville.
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Geraldo Jantzen Morison

Stanley Morison (1889-1967)


Foi um tipógrafo, historiador da imprensa
e designer gráfico inglês. Foi responsável
pelo redesign do jornal The Times of
London em 1932 e pela criação da fonte
Times New Roman.
Quando a Times New Roman foi usada
pela primeira vez para compôr o jornal
THE TIMES, esse dia 3 de Outubro de
1932 marcou o culminar de um
complicado processo de implementação
de uma nova família de fontes.
Na supervisão desta tarefa, que durou
quase quatro anos, esteve o jovem
Stanley Morison. A fonte Times New
Roman ficaria para sempre associada ao
seu nome.
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Geraldo Jantzen Renner

Paul Renner (9 de Agosto de 1878 -


25 de Abril de 1956), criador da fonte
tipográfica Futura, espelho do estilo da
Bauhaus.
Paul Renner foi um importante teórico
da época, seguindo a máxima "a forma
segue a função", apesar de nunca ter
sido afiliado diretamente com o
movimento. Foi diretor da Escola de
Impressão de Munique.
Perseguído pelos nazistas (os seus
estudos tipográficos e criações
funcionalistas foram considerados
subversivos e Renner foi tachado de
"Bolchevique Cultural") foi condenado a
nunca mais conseguir um emprego
regulamentado na Alemanha. Apesar
disso, não deixou o país até sua morte
em 1956.

Principal família: Futura


TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen Spiekermann

Erik Spiekermann (30 de maio de


1947) é um tipógrafo e designer
gráfico alemão. Arquiteto da
informação, typedesigner e autor de
vários livros e artigos sobre tipografia,
Erik Spiekermann é
internacionalmente reconhecido por
seu trabalho.
Desde pequeno já levava jeito para
artes tipográficas.
Durante a faculdade de História da
Arte, em Berlin, ele pagava seus
estudos trabalhando como typesetter.
Depois de formado passou vários anos
em Londres, trabalhou como designer
gráfico freelancer para o estúdio de
Wlf Olins e para Herion Design
Associates e lecionou na London
College of Printing.

Principal família: Officina


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Geraldo Jantzen Tschichold

Jan Tschichold (nasceu em 2 de Abril de 1902 em


Leipzig, Alemanha – morreu em 11 de adosto de 1974,
em Locarno, Suiça) foi tipógrafo, designer gráfico,
professor e escritor.
Em seu livro "Die neue Typographie" (1928),
Tschichold define as bases teóricas para o racionalismo
da moderna tipografia, valorizando a composição
assimétrica na diagramação e o uso de tipos sem-
serifa.
O cânone de Van de Graaf usado em design de
livros para dividir a páginas em proporções
agradáveis, foi popularizado por Jan Tschichold em seu
livro The Form of the Book.
A partir 1932, Tschichold abandona seu radicalismo
modernista e passa a defender muitos dos cânones
clássicos que repudiara.
Após a Segunda Guerra Mundial, trabalhou para a
editora Penguin Books, na Inglaterra, fugindo no
regime nazista. O redesign dos livros de bolso da
Penguin, realizado por Tschichold, é um marco da
história do design editorial inglês.

Principal família: Diotima


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Geraldo Jantzen Zapf

Hermann Zapf (1918)

Typeface designer e calígrafo alemão.


Zapf foi o criador de uma série de fontes conhecidas
mundialmente, como as famílias Optima, Palatino,
Michelangelo e Sistina.
Contudo, a criatividade de Zapf não é propriamente
brilhante; muitas das suas fontes têm um aspecto
algo torpe e ultrapassado.
As suas melhores criações são as letras de inspiração
caligráfica — como a Zapfino, por exemplo.

Optima é uma família de fontes sem-serifa


desenhadas por Hermann Zapf entre 1952 e 1955.

Principais familias: Optima e Zapfino


O TIPO
AULA 2
O tipo é o material básico de qualquer página impressa.
Falando de design gráfico, acho que a alma do design é
a tipografia e a competência no seu manejo. Ela é o ator
principal da comunicação gráfica, sendo até a única
ferramenta específica do designer, enquanto todas as
imagens constituem uma forma de apropriação. A
tipografia é instrumento e veículo de informação é o
elemento fundamental na constituição do caráter do
projeto gráfico. A letra não é só signo, mas também
símbolo. É uma forma que sofre todas as influências da
estética de seu tempo e as expressa sendo reflexo não
só da mensagem textual, mas da carga expressiva e
cultural da mensagem. A letra tem uma fala própria,
uma voz que vai além do sinal propriamente fonético.

Vitor Burtton
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Geraldo Jantzen
Espécies de caracteres

Há 12 principais espécies de caractere no alfabeto latino:

Maiúsculas
Também chamadas de caixa alta por razões históricas: elas tradicionalmente
eram guardadas na parte superior da gaveta (ou caixa) onde os compositores
dispunham os tipos de metal.

Minúsculas
Ou caixa baixa, surgidas, na Idade Média, através de uma lenta modificação
E transformação das maiúsculas.

Versaletes
São caixas altas com altura semelhante à altura de X, para serem compostas
como caixas baixas, que raramente são disponíveis em fontes digitais.

Ligaduras
São minúsculas unidas, em geral por suas ascendentes (ff, fi, tt) e que também
raramente são incluídas em fontes digitais.
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Geraldo Jantzen

Ditongos
São maiúsculas ou minúsculas unidas em geral, por suas hastes e que,
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Geraldo Jantzen
Divisão das letras

Divisão das letras segundo os seus traços dominantes


TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen Anatomia tipográfica
TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen
TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen
TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen Variações estruturais do tipo

Quanto ao tamanho
Está relacionada ao corpo do tipo – Isto é, à sua altura.
TIPOGRAFIA Quanto à forma
Geraldo Jantzen
Está relacionada às diferenças no desenho de uma letra
nas suas versões em caixa alta e baixa.
TIPOGRAFIA Quanto ao peso
Geraldo Jantzen
Relaciona-se à espessura dos traços em um mesmo
corpo de um tipo de uma mesma família.
TIPOGRAFIA Quanto ao contraste
Geraldo Jantzen

De angulação

De espessura dos traços


TIPOGRAFIA Quanto à estrutura
Geraldo Jantzen
Está relacionada à família em que o tipo é classificado.
TIPOGRAFIA Quanto à inclinação
Geraldo Jantzen
TIPOGRAFIA Quanto à largura do tipo
Geraldo Jantzen
TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen Sistema de medidas tipográficas

Pontos de Paica
(sistema tipométrico anglo-americano e post-script)
1pt (ponto) = 0,351mm
12pt = 1p (paica)
72pt = 6p = 1 in (polegada) = 25,4mm

Pontos de Cíceros
(sistema tipométrico baseado em Didot / francês)
1pt (ponto) = 0,376mm
12pt = 1 cícero = 4,512mm
1 cícero = 1,07p (paicas)

A primeira padronização de medidas tipográficas foi feita pelo


tipógrafo francês Pierre Simon Fournier publicada em 1737.
Posteriormente Françoise Ambroise Didot (1785), também
francês, adaptou o sistema de Founier, alterando para o padrão
métrico do ponto e mudando a nomenclatura das fontes para
padrões numéricos (oito pontos, doze pontos, etc.).
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Geraldo Jantzen
Famílias tipográficas

Uma família tipográfica é um conjunto de


caracteres que guardam as mesmas
características essenciais de seu desenho,
independente do peso, da inclinação e do corpo.
A família é identificada por um nome, atribuído
por seu autor, casa tipográfica ou distribuidora de
fontes.
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Geraldo Jantzen
Classificação das famílias

Classificação Vox/ATypI
A classificação adotada pela Association Typographique
Internationale (ATypI) é conhecida como Classificação
Tipográfica Vox/ATypI. Ela leva este nome por ter se
baseado na classificação feita originalmente por Maximilien
Vox, em 1954. A Vox/ATypI divide os tipos em sete
grandes classes, por sua vez divididas em subclasses. As
classes são:
1. Romanos
Divididos em cinco subclasses: humanistas (ou venezianos),
garaldos, transicionais (ou barrocos), didones (ou modernos) e
mecanizados.

2. Lineares (ou Sem serifa)


Divididos em quatro subclasses: grotescos, geométricos,
neogrotescos e humanísticos.

3. Incisos

4. Manuais
Divididos em duas subclasses: decorativos (ou dysplay ou
fantasia) e brush.

5. Manuscritos

6. Góticos
Divididos em quatro subclasses: texturados, rotundos, fraktur e
variantes de fraktur.

7. Não latinos
1. Romanos
humanistas
São chamados também de venezianos, por descenderem de tipos
criados a partir das minúsculas do século XV. São originados das
romanas pioneiras que apareceram na região que hoje
corresponde ao norte da Itália, com os primeiros impressos, por
volta de 1465. Eles foram baseados, assim, no desenho dos
caracteres – com minúsculas carolíngeas – presentes em
manuscritos humanistas, especialmente os originários de Florença.
Esta é razão de sua denominação.
O desenho dos caracteres tem sua origem no uso da pena
empunhada de modo oblíquo. Por isso a inclinação do eixo para a
esquerda, clara no O, no b e na barra do e. Não há grandes
contrastes entre as hastes grossas e finas e as serifas são
triangulares, ligadas às hastes por curvas. Nas caixas baixas, as
serifas apresentam curvatura pronunciada. Exemplos: Centaur,
Italian Old Style, Verona, Venetian Old Style.
Venetian Old Style
1. Romanos
Garaldos
A denominação vem da junção dos nomes de Garamond e Aldus
Manutius, cujas famílias tipográficas homônimas são as mais
representativas deste grupo. Aldus atuou em Veneza, e seus
caracteres romanos foram uma das bases dos que viriam a ser
criados por Garamond. Os tipos garaldos dominaram a tipografia
por dois séculos.
Como os humanistas, os garaldos têm eixos inclinados para a
esquerda e suas serifas são triangulares (nas caixas baixas,
oblíquas). No entanto, diferentemente daqueles, há um maior
contraste das hastes e a barra do e tende a ser horizontal.
Exemplos: Benguiat, Bembo, Caslon, Dante, Garaldus, Garamond,
Palatino, Sabon, Souvenir.
Garamond
1. Romanos
Transicionais
Têm origem no Roman du Roi, alfabeto criado para a Impresa Real
por determinação de Luís XIV e que foi projetado por regras
matemáticas rígidas. A sucedânia dessa família é a Baskerville, a
mais representativa dessa classe – uma variação romana com
grande contraste das hastes e serifas mais pontiagudas.
Assim, os tipos transicionais têm maior variação na espessura das
hastes do que os garaldos, suas serifas são mais planas (porém,
ainda trangulares) e seu eixo é vertical ou apenas levemente
inclinado. Exemplos: Baskerville, Caledonia, Janson, Pertetua,
Times.
Baskerville
1. Romanos
Didones
O termo vem da junção dos nomes do francês Didot e do italiano
Bodoni. São tipos cuja origem está no Neoclássico da segunda
metade do século XVIII e início do século XIX. Eles seguem a
senda aberta pelos transicionais, também baseando-se em rígidas
proporções matemáticas e radicalizando as inovações daqueles.
O contraste verificado entre as hastes dos tipos se torna bem mais
acentuado e o eixo é definitivamente vertical. As serifas se tornam
lineares, e especialmente nas maiúsculas elas são visivelmente
finas e perpendiculares às hastes, unidas a essas sem quaisquer
curvaturas. Os desenhos tendem a ter uma configuração
geométrica. Exemplos: Bodoni, Didot, Fenice, Walbaum.
Bodoni
1. Romanos
Mecanizados
Esta configuração de tipos tem origem na Revolução Industrial e
no mercado publicitário que surge a partir daí: eles foram
originalmente desenhados para serem vistos de longe e em meio a
outros impressos concorrentes – e não mais para serem lidos de
perto e mediante concentração do leitor, como nos livros e jornais.
Por isso tendem a ser mais pesados e têm destaque nas serifas.
As serifas são marcantes, sólidas, formando um ângulo reto com a
linha de base (ou com a das ascendentes ou a das descendentes).
Essa perpendicularidade pode ser enfatizada pela ligação às
hastes por outro ângulo reto (a chamada serifa retangular, como
na Memphis) ou contrastada com o uso de curvas discretas para
essas mesmas ligações (a serifa inglesa, como a da Claredon).
Beton, Claredon, Clareface, Courier, Memphis.
Memphis
2. Lineares

São tipos sem serifa. Algumas das famílias que integram esta
classe são referidas nos EUA como gothic ou grotesque, na
Alemanha como grotesk e na França como antique. Também
têm origem no mercado de impressos advindo da Revolução
Industrial.
2. Lineares
Grotescos
Um padrão originário do século XIX, gravemente pesado mas com
algum contraste na espessura das hastes. Os caracteres são
reduzidos à sua estrutura, conservando-se as formas mais
essenciais. As curvas tendem a ser discretas, com terminações
horizontalizadas das hastes curvas. Exemplos: Alternate Gothic,
Grotesca, Grotesque, Frankilin Gothic.
Franklin Gothic
2. Lineares
Geométricos
Têm origem no movimento modernista, com inspiração geométrica
e racionalista, e começaram a ser difundidos na década de 1930.
São monolineares (ou seja, não há contraste entre as hastes) e
tendem a partir de configurações básicas para a construção de
grupos de caracteres com estrutura semelhante. São bem menos
pesados do que os grotescos, dos quais derivam. Em geral, o a
apresenta-se sem gancho superior. Exemplos: Avant-Garde Gothic,
Eurostyle, Futura.
Futura
2. Lineares
Neogrotescos
Como os geométricos, derivam dos grotescos, com menor
contraste entre as hastes do que aqueles, mas não são
monolineares como os geométricos. Difundidos a partir de meados
da década de 1950, têm desenho cuidadoso, com forte
preocupação com a legibilidade tanto para corpos grandes quanto
para pequenos. As hastes tendem a terminar de forma oblíqua.
Exemplos: Folio, Univers, Helvética.
Helvetica
2. Lineares
Humanísticos
Embora sem serifa, estão menos ligados aos grotescos e mais nas
inscrições das maiúsculas lapidárias romanas e nas minúsculas
humanistas ou garaldas. Por isso, tendem a ser mais delicados do
que as três subclasses anteriores, com contrastes entre as hastes.
O a possui gancho superior. Exemplo: Frutiger, Gill Sans, Myriad,
Optima.
Optima
3. Incisos

São tipos que possuem semiserifa, baseados nas romanas


gravadas em pedra. Suas formas se assemelham mais aos
originais esculpidos do que a letras caligráficas. Exemplos:
Albertus, Augustea, Friz Quadrata, Hadriano, Meridien.
Friz Quadrata
4. Manuais
Decorativos
São tipos que parecem mais desenhados do que propriamente
escritos. Comumente utilizados em logotipos, displays, cartazes,
anúncios publicitários. Não se destinam a texto corrido. Exemplo:
Arnold Boecklin, Benguiat Gothic, Biffo.
Arnold Boecklin
4. Manuais
Brush
Estes tipos têm inspiração na letra cursiva – por isso o eixo
claramente inclinado, as linhas geralmente leves e arredondadas.
No entanto, é nítido que são desenhados e que não têm como
objetivo imitar a escrita cursiva, apesar de se inspirarem nela. Por
isso se diferenciam dos manuscritos. Exemplos: Brush Script, Dom
Casual, Tekton.
Brush Script
5. Manuscritos

São os tipos que imitam a cursiva comum ou formal (ligados entre


si). Distinguem-se das mamuais por imitarem claramente a escrita
caligráfica. Exemplos: Snell, Mistral, Virtuosa.
Snell
6. Góticos
Texturados
Foram os tipos usados na Bíblia de Gutenberg: pontiagudos, com
hastes terminando em losango. Exemplo: Cloister, Klingspor.
Cloister
6. Góticos
Rotundos
As terminações são retangulares, mas as estruturas incluem
curvas marcantes, com linhas angulosas. Têm origem na Espanha
e na Itália. Exemplos: Schwaben Alt, Wallau.
Wallau
6. Góticos
Bastardos
O gótico mais popular. É bastante enfeitado, com o o caixa baixa
pontiagudo. As maiúsculas são mais dinâmicas do que as dos tipos
texturados e rotundos. Exemplos: Old Schwabacher, Renata.
Old Schwabacher
6. Góticos
Fraktur
Foi muito difundido na Renascença e é hoje o tipo gótico mais
utilizado na Alemanha. Tem formas mais sofisticadas que os
bastardos, com curvas e ângulos que se alternam e maiúsculas
com hastes curvas. As ascendentes têm serifas que se bifurcam.
Exemplos: Fraktur, Fette Gotich.
Fraktur
6. Góticos
Variantes de Fraktur
Esta subclasse envolve todas aquelas famílias que não se
enquadram as demais. Exemplos: Claudius, Kursiv.
Claudius
TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen
Fontes digitais
TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen
Legibilidade

Legibilidade é aquilo que


estamos acostumados a ver.
Eric Gill
TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen

Em inglês o termo legibilidade tem duas versões: legility


(legibilidade) se refere às qualidades inerentes aos tipos em
si, que os fazem reconhecíveis e claros para serem lidos;
readability (leiturabilidade) diz respeito à qualidade do
conforto visual, à facilidade de compreensão dos textos, ao
que torna aprazível sua leitura. Na prática profissional, é de
se esperar que o texto seja legility e readability.
TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen Forma dos tipos
TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen

Tipo: YOU CAN READ ME 1991, de Phil Baines


TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen De aorcdo com uma pqsieusa de
uma uinrvesriddae ignlsea, não
ipomtra em qaul odrem as lrteas
de uma plravaa etãso, a úncia
csioa iprotmatne é que a piremria
e útmlia lrteas etejasm no lgaur
crteo.
O rseto pdoe ser uma ttaol
bçguana que vcoê pdoe anida ler
sem pobrlmea.
Itso é poqrue nós não lmeos cdaa
lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo
um tdoo.
TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen
Espacejamento entre
caracteres
TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen
TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen Alinhamento
TIPOGRAFIA
Geraldo Jantzen Entrelinha

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