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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO – UFRPE

Professor: Edivan Rodrigues de Souza


Semestre: 2017.1
Turma: EA3

Unidade de Representação dos Solos

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Pedon: Corpo tridimensional de solo com dimensões
laterais grandes o suficiente para permitir o estudo das
formas e relações dos horizontes;

Polipedon: Unidade de cartografia de solos, sendo


constituída por agrupamento contíguo de pedons
similares;

Perfil do solo: É o conjunto de todos os horizontes


e/ou camadas, acrescidas do material mineral
subjacente pouco ou nada transformado e do manto
superficial de resíduos orgânicos (Santos & Lemos
2005).

Perfil # Trincheira
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Representação de trincheira preparada para a descrição de perfil.
Parte do material de campo usado para exame e coleta do perfil do solo. 1)
martelo pedológico; 2) trado de rosca; 3) trado holandês; 4) trado de caneco;
5) enxadão; 6) pá quadrada; 7) pá reta e 8) faca. 6
Dimensões da trincheira

Recomenda-se sempre que possível, que atinja 2,0 m


de profundidade para descrição de perfil de solos profundos.
Dimensões de trincheiras de 1,5 m de comprimento por
1,2 m de largura e 2,0 m de profundidade são
amplamente utilizadas nos trabalhos de levantamentos de
solos.

Exames preliminares de perfis de solos podem ser


feitos nos cortes de estrada e voçorocas de sulcos de
erosão, onde se procura separar os horizontes do perfil e
demais características necessárias à classificação do solo

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Em áreas onde não existam cortes, pode-se avaliar o
perfil por meio de sondagens (tradagens) feitas com o uso
do trado de caneco, ou holandês, de preferência.

SELEÇÃO DO LOCAL PARA DESCRIÇÃO DO


PERFIL

A escolha do local onde vai se examinar e descrever


perfis de solos varia de acordo com as finalidades, que
podem ser diversas: identificação e caracterização de
unidades de mapeamento, estudo de gênese do solo ou de
problemas específicos em determinadas áreas (manejo,
fertilidade, projeto de irrigação, trabalhos de engenharia e
poluição ambiental, dentre outros)

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SEQUÊNCIA PARA EXAME MORFOLÓGICO DO
PERFIL
Aberta a trincheira ou preparado o corte de estrada,
inicia-se o exame do perfil pela separação dos horizontes e,
ou, camadas, que são diferenciadas basicamente pela variação
perceptível das CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

O uso de faca e, ou, do martelo pedológico facilita a


percepção das alterações de consistência, estrutura e textura
ao longo do perfil.

A observação visual permite a diferenciação da cor, a


transição entre horizontes, tamanho e forma da estrutura. O
manuseio do material permite a caracterização da consistência,
o grau de desenvolvimento da estrutura.

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Separados os horizontes tomam-se suas
profundidades e as propriedades morfológicas;

Toda e qualquer informação relevante constatada


por ocasião da descrição do perfil deve acompanhar a
descrição: distribuição de raízes, atividade biológica,
presença de linha de pedra (“stone line”), de concreções
ou nódulos, acúmulo de sais, compactação, local de
descrição

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ESPESSURA E ARRANJAMENTO DOS HORIZONTES

Uma vez feita a separação dos horizontes ou


camadas, mede-se a profundidade e a espessura de cada
horizonte ou camada, procurando-se fazer coincidir com o
zero (0) da fita métrica com o topo do horizonte superficial.

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Exemplo de tomada de profundidades e espessuras para solos
com transição plana e ondulada 12
TRANSIÇÃO ENTRE OS HORIZONTES

Descreve-se como transição entre horizontes ou


camadas, a faixa de separação entre os mesmos, defi
nida em função da sua nitidez ou contraste, espessura e
topografia

Quanto à nitidez ou contraste e espessura, a transição é


classificada como:

Abrupta - quanto a faixa de separação é menor que 2,5cm;


Clara - quando a faixa de separação varia entre 2,5 e 7,5cm;
Gradual - quando a faixa de separação varia entre 7,5 e
12,5cm; e
Difusa - quando a faixa de separação é maior que 12,5cm.

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Quanto à topografia a transição é classificada como:

Plana ou horizontal - quando a faixa de separação dos


horizontes é praticamente horizontal, paralela à superfície do
solo;
Ondulada ou sinuosa - quando a faixa de separação é sinuosa,
sendo os desníveis, em relação a um plano horizontal, mais
largos que profundos;
Irregular - quando a faixa de separação dos horizontes
apresenta, em relação a um plano horizontal, desníveis mais
profundos que largos; e
Quebrada ou descontínua - quando a separação entre os
horizontes não é contínua. Neste caso, partes de um horizonte
estão parcial ou completamente desconectadas
de outras partes desse mesmo horizonte.

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TIPOS DE TRANSIÇÃO

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PLANA E ONDULADA

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ONDULADA OU IRREGULAR

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DESCONTÍNUA OU QUEBRADA

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HORIZONTES: São partes de um perfil do solo, mais
ou menos paralelas à superfície do terreno, resultante
da atuação dos processos pedogenéticos - adição,
perda, transformação e translocação (Santos & Lemos
2005);

CAMADAS: São partes de um perfil do solo, mais ou


menos paralelas à superfície do terreno, pouco ou
nada afetados pelos processos pedogenéticos.

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Os horizontes morfológicos são utilizados para descrição do
solo no campo, fornecendo elementos muito valiosos para a
classificação desse solo;
SÓLUM: Parte superior e pressupostamente mais intemperizada
do perfil do solo compreendendo os horizontes A e B;

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Portanto, horizontes genéticos (pedogênicos), nem
sempre são diagnósticos de classes de solos. No SiBCS, para
boa parte deles são estabelecidas condições, quase sempre de
espessura, para que sejam diagnósticos de classes em alguns
de seus níveis categóricos.

Por camada deve-se entender uma seção de constituição


mineral ou orgânica, à superfície do terreno ou
aproximadamente paralela a esta, parcialmente exposta no perfi l
do solo e possuindo conjunto de propriedades não resultantes
ou pouco influenciadas pela atuação dos processos
pedogenéticos.

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HORIZONTES PRINCIPAIS

O – Horizonte ou camada orgânica superficial,


formada em condições de drenagem desimpedida –
sem estagnação de água – constituindo recobrimento
detrítico de material essencialmente vegetal,
depositado na superfície de solos minerais;

H – Horizonte ou camada orgânica, superficial ou não,


composta de resíduos orgânicos acumulados ou em
acumulação sob condições de prolongada
estagnação de água. Esse horizonte é comum nas
planícies aluviais.

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A – Horizonte mineral, superficial ou em sequência ao
horizonte O ou H, resultante de atividade biológica e
incorporação de matéria orgânica bastante
mineralizada, intimamente associada a matéria
mineral.
-Temperatura, umidade e composição gasosa mais
variável;
- Maior interesse para preparo de cultivos;
- Ação intensa de macro e micro flora e fauna

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E – HORIZONTE MINERAL resultante da perda de
minerais de argila, compostos de ferro, de alumínio
ou matéria orgânica, separadamente ou em
combinações. Comumente, situa-se abaixo do
horizonte A. Cor clara e baixos teores de argila e/ou
matéria orgânica.
B – HORIZONTE MINERAL subjacente a horizonte A, E
ou H, originado por transformações relativamente
acentuadas do material originário e/ou ganho de
constituintes minerais ou orgânicos migrados de
horizontes subjacentes.

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Horizonte B

- Enriquecimento iluvial de argilas silicatadas, óxidos


e matéria orgânica associados ou não;

- Estrutura em blocos, prismática, colunar ou


granular;

- Horizonte de maior valor diagnóstico para


diferenciação de classes de solos devido a
propriedades pedológicas constantes.

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C – HORIZONTE OU CAMADA mineral sob o solum
(solum é a parte superior e pressupostamente mais
intemperizada do perfil do solo, compreendendo os
horizontes A e B), relativamente pouco afetado pelos
processos pedogenéticos, constituindo seção na
qual grande parte dos seus atributos manifestam-se
segundo características litológicas (rochas);

F – HORIZONTE OU CAMADA mineral consolidado


sob os horizontes A, E ou B, rico em óxidos de ferro
e/ou alumínio e pobre em matéria orgânica, formado
por endurecimento irreversível que se verifica em
conexão com enriquecimento de óxidos dos
elementos citados (agentes cimentantes).
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R – rocha (material de origem). Camada mineral de
material consolidado, de tal sorte coeso que, quando
úmido, não pode ser cortado com uma pá e
constituindo substrato rochoso contínuo ou
praticamente contínuo, a não ser pelas poucas e
estreitas fendas que pode apresentar.

A rigor esta camada não faz parte do solo, pois


constitui o substrato rochoso praticamente não
intemperizado.

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HORIZONTES TRANSICIONAIS: São horizontes
miscigenados, nos quais, propriedades de dois horizontes
principais se associam conjuntamente em fusão,
evidenciando coexistência de propriedades comuns a
ambos, de tal modo que não há individualização de partes
distintas de um e de outro. Ex.: AO, AB, BA, EB, BE,...

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HORIZONTES INTERMEDIÁRIOS: São horizontes
miscigenados que podem ser transicionais ou não, nos
quais, porções de um horizonte principal são envolvidas por
material de outro horizonte principal, sendo as distintas
partes identificáveis como pertencentes aos respectivos
horizontes em causa. Ex.: A/B, A/C, E/B, B/C, B/C/R.

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DESCONTINUIDADE LITOLÓGICA: De uma maneira
geral, são discordâncias de materiais originários
entre os horizontes e/ou camadas. Nestes casos,
números arábicos são usados como prefixos e
precedem H, A, E, B, C, R.: A – Bt – 2Cr; A-2C1-3C2-
4C3.

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Designação e características dos horizontes e
camadas subordinadas

Para designar características específicas


decorrentes de processos pedogenéticos ou ações
antrópicas de horizontes e camadas principais (O, H,
A, E, B, C e F), excluindo horizontes transicionais e
intermediários, usam-se como sufixos letras
minúsculas.

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a – Propriedades ândicas
É usado com A, B, C para designar constituição
dominada por material com baixo grau de cristalização
(amorfo), de natureza mineral, oriundo de tranformações
de materiais de origem vulcanoclástica.

d – Acentuada decomposição de matéria orgânica


É usado com O e H para designar muito intensa ou
avançada decomposição do material orgânico, onde
pouco ou nada resta de reconhecível da estrutura dos
tecidos vegetais.

h – acumulação iluvial de matéria orgânica


É utilizado exclusivamente com B para indicar
acumulação iluvial de complexos de matéria orgânica,
apresentando pouca ou nenhuma evidência de ferro
iluvial.
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t - acumulação de argila
É empregado exclusivamente com B para designar
relevante acumulação ou concentração de argila (fração
granulométrica < 0,002mm), que tanto pode ter sido
translocada por iluviação, como ter sido formada no próprio
horizonte, ou por concentração relativa, devido à destruição
por intemperização.

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m – Extremamente cimentado
É usado com B e C para designar cimentação
pedogenética extraordinária e irreversível (mesmo sob
prolongada imersão em água), contínua ou quase contínua,
em mais de 90% o material observado, embora possa
apresentar fendas ou cavidades.

n – Acumulação de sódio trocável


É empregado com H, A, B e C para designar
acumulação de sódio. A percentagem de saturação por
sódio (PST) é superior ou igual a 6%.

o – material orgânico mal ou não decomposto


É utilizado com H e O para designar incipiente ou
nula decomposição do material orgânico, no qual ainda
resta muito de reconhecível do tecido vegetal.

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Súmula de sufixos aplicados aos símbolos de
horizontes e camadas superficiais
a – propriedades ândicas
b – horizonte enterrado
c – concreções ou nódulos endurecidos
d – acentuada decomposição de material orgânico
e – escurecimento da parte externa dos agregados por
matéria orgânica não associada a sesquióxidos
f – material plíntico
g – gleização (cores cinzas e neutras)
h – acumulação iluvial de matéria orgânica
i – incipiente desenvolvimento do horizonte B
j – tiomorfismo
k – presença de carbonatos
m – extremamente cimentado
n – acumulação de sódio trocável
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o – material orgânico mal ou não decomposto
p – alteração superficial por mecanização (aração etc.)
q – acumulação de sílica
r – rocha branca ou saprolito
s – acumulação iluvial de sesquióxidos
t – acumulação de argila
u – modificações antropogênicas
v – características vérticas
w – intensa alteração, com ou sem concentração de
sesquióxidos
y – acumulação de sulfato de cálcio
z – acumulação de sais solúveis em água mais fria que
sulfato de cálcio

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Sufixos usados nos horizontes
O..........d, o, p
H..........d, j, n. o, p, u, z
A..........a, b, c, e, f, g, k, n, p, u, z
E..........b, c, g, x
B..........a, b, c, e, f, g, j, k, m, n, q, v, x, y, z, h, i, s, t, w
C..........a, c, f, g, j, k, m, n, q, v, x, y, r
F..........b

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De posse dos resultados analíticos,
procede-se à correção ou confirmação dos
nomes dados aos horizontes e seus
respectivos sufixos, para finalmente
classificar o solo em estudo.

PRÓXIMA AULA VEREMOS AS PROPRIEDADES


MORFOLÓGICAS QUE DEVEM SER DESCRITAS EM
CAMPO PARA TODOS OS HORIZONTES E, OU, CAMADAS

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