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ENGENHARIA MECÂNICA
ELEMENTOS
DE
MÁQUINAS I
JUNÇÕES ENTRE
EIXO E CUBO
7/24/19 Prof. Julio Rezende julio.rezende@faesa.br
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JUNÇÕES DE EIXO www.faesa.br
Elementos de Máquinas
JUNÇÕES EIXO-CUBO
a b c d e
JUNÇÕES EIXO-CUBO
Junções por atrito
Ajustes com interferência
JUNÇÕES EIXO-CUBO
a- Pino transversal; b- Chaveta meia lua (woodruff); c- Chaveta plana (DIN 6885); d-
Chaveta de deslizamento (Lingüeta); e- Eixo ranhurado; f- Eixo dentado; g- Perfil “K”
JUNÇÕES EIXO-CUBO
a- Pino cônico (tangencial); b- Chaveta meia lua (woodruff); c- Chaveta inclinada; d- Chaveta
inclinada com cabeça e- Chavetas tangenciais
l x . Mt
3 S ' y' . 3 M t
JUNÇÕES EIXO-CUBO
Junções por atrito
Para todos os ajustes por atrito, a força de retenção Fr (resistência contra a rotação e o
deslocamento do cubo) é igual à soma das forças de atrito ΣP x μ . E deve ser maior que a
força tangencial Ft, que age no cubo.
2.M t
Fr P. Ft
d
Para uma pressão uniformemente distribuída sobre todo a superfície do cubo (pressão
específica), temos:
JUNÇÕES EIXO-CUBO
Junções por atrito
. d 3
Considerando-se que: M t e t . Wt Wt
16
Para eixos maciços, obtém-se a seguinte relação:
L 1 t
D 8. p
A força de expansão de ruptura Ps do cubo (força de tração), será:
Ft 2.M t
Ps d .L. p
. .d .
Ps
E a tensão tangencial média de tração no cubo, será: m1
As
As D d . l
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JUNÇÕES DE EIXO www.faesa.br
JUNÇÕES EIXO-CUBO
Junções por atrito
JUNÇÕES EIXO-CUBO
Junções por atrito
p
E. d O2 d 2 . d 2 d i2
3
2.d dO di
2 2
min d min Dmáx.
r d eixo d cubo
máx d máx Dmín.
Onde:
E0, Ei = Módulos de Elasticidade do cubo (o), do eixo (i)
[MPa]
JUNÇÕES EIXO-CUBO
Junções por atrito – Ajustes com
interferênciaAs forças de atrito atuantes entre o eixo e o cubo, serão calculadas como:
F f d .N d . p. A d . p.2. d / 2 .l . d . p.l.d
As tensões atuantes no eixo e o cubo, serão:
r ri
2 2 rO2 r 2
eixo p. 2 cubo p. 2
r ri 2 rO r 2
O torque que poderá transmitido entre o eixo e o cubo, será:
Mt . d . p.l.d 2
2
Deve-se utilizar o valor da interferência mínima para calcular a
pressão específica, que estabelecerá o valor do máximo torque
que poderá ser transmitido, sem que haja deslizamento do cubo
no eixo.
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JUNÇÕES DE EIXO www.faesa.br
JUNÇÕES EIXO-CUBO
JUNÇÕES EIXO-CUBO
Chaveta
É um corpo prismático que pode ter
faces paralelas ou inclinadas, em
função da grandeza do esforço e
tipo de movimento que deve
transmitir.
É elemento mecânico fabricado em
aço SAE 1045 ou similar (CK 45).
A união por chaveta é um tipo de
união desmontável, que permite
às
árvores transmitirem seus
movimentos a outros elementos, tais
como engrenagens e polias.
JUNÇÕES EIXO-CUBO
O principal objetivo das chavetas é o de evitar a rotação do
cubo do elemento de máquina acionado, em relação ao eixo de
acionamento, através do qual o torque será transmitido. A
chaveta é utilizada para transmitir o torque máximo do
acionamento.
As chavetas são calculadas para resistir à compressão e ao
cisalhamento. As tensões admissíveis à compressão e ao
cisalhamento devem ser definidas com fatores de segurança, em
termos de uma porcentagem da tensão máxima de resistência à
tração do material.
JUNÇÕES EIXO-CUBO
As chavetas “Wooddruff” são usadas para aplicações leves, devido ao fato de o rebaixo
para a sua montagem e muito profundo e pode reduzir, consideravelmente, a resistência
mecânica do eixo.
JUNÇÕES EIXO-CUBO
CHAVETAS- TIPOS
DIN 6887
PARALELAS DIN
DIN 6886
6885
JUNÇÕES EIXO-CUBO
CHAVETAS- TIPOS
JUNÇÕES EIXO-CUBO
CHAVETAS-
TOLERÂNCIAS
h11
h9
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JUNÇÕES DE EIXO www.faesa.br
Os rasgos de chaveta são concentradores de tensão nos eixos. O gráfico abaixo representa
os resultados de vários ensaios de medição de concentração de tensões. O valor do fator de
concentração de tensões depende do diâmetro do eixo, do raio de concordância do fundo
do rasgo, das tolerâncias de fabricação e da geometria da chaveta.
Aplicações de Ajustes
2) Ajustes para Chavetas: DIN 6885
JUNÇÕES EIXO-CUBO
Chavetas - Cálculo
Área resistente ao cisalhamento:
Acis b . l
JUNÇÕES EIXO-CUBO
Chavetas - Cálculo
Área resistente à compressão:
Acomp t1 . l
JUNÇÕES EIXO-CUBO
Chavetas – Exemplo de Cálculo
Um eixo com 25 mm de diâmetro está montado em um cubo, sendo ambos fabricados em
aço de alta resistência. Verificar a utilização e o comprimento mínimo de uma chaveta
normalizada conforme DIN 6885, para que o equipamento seja capaz de transmitir um
torque de 500 N.m.
JUNÇÕES EIXO-CUBO
Junções por atrito
Assento cônico
Força Axial:
Pressão específica:
2.M t tg
A .
d
2.M t
p
. . d 2 .L
Diâmetro maior e diâmetro menor:
d a d L . tg
d i d L . tg
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JUNÇÕES EIXO-CUBO
Junções por atrito
Assento cônico
Onde:
d – Diâmetro médio do eixo
[mm] A – Força axial de
montagem [N]
μ – coeficiente de atrito
t – espessura da chaveta
[mm] Mt – Momento de torção
[N.m] p – pressão específica
[MPa]
- ângulo de inclinação do
cone [°]
JUNÇÕES EIXO-CUBO
Junções por atrito
Assento cônico
Conicidade é a relação entre: D d :l
Montagem
Desmontagem
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FACULDADE CENTRO LESTE
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www.ucl.br
Elementos de Máquinas
JUNÇÕES EIXO-CUBO
JUNÇÕES EIXO-CUBO
JUNÇÕES EIXO-CUBO
Junções por adaptação de forma
Eixo ranhurado
A transmissão de momentos de torção elevados pode exigir um comprimento de chaveta
muito grande.
Podemos resolver este problema com o uso de duas ou mais chavetas o que com certeza
enfraqueceria o eixo.
A solução então é fresar várias chavetas eqüidistantes, diretamente no eixo.
Desta forma, um eixo estriado é, na realidade, um eixo de chavetas múltiplas, com as
chavetas nela incorporadas.
Amplamente utilizados na indústria automobilística, as ranhuras apresentam como principais
vantagens:
JUNÇÕES EIXO-CUBO
Junções por adaptação de forma
Eixo ranhurado
-Eixo ranhurado com dentes retos e paralelos ao eixo de simetria:
Esse tipo de perfil apresenta uma série de ranhuras longitudinais em torno de sua
circunferência. Essas ranhuras engrenam-se com os sulcos correspondentes de peças que
serão montadas no eixo. Este tipo de estria é utilizada para transmitir grande força.
JUNÇÕES EIXO-CUBO
Junções por adaptação de forma
Eixo ranhurado
- Eixo ranhurado com perfil evolvente:
Estas estrias apresentam vantagens sobre as
anteriores, podendo-se citar como as principais, as
seguintes:
maior capacidade de carga;
concentração de tensões bem mais reduzidas;
centragem mais perfeita;
tendência de auto-alinhamento resultante da forma
de construção;
possibilidade de execução em máquinas de
grande
produção e alta precisão.
A Figura ao lado apresenta o perfil típico,
mostrando também as três possibilidades de
centragem normalmente utilizadas:
JUNÇÕES EIXO-CUBO
Junções por adaptação de forma
Eixo ranhurado- DIN 5480
JUNÇÕES EIXO-CUBO
Junções por adaptação de forma
Eixo ranhurado- SAE
O comprimento da parte ranhurada, será:
d i4
1 4
3 di
L dr .
d p2
A área submetida ao cisalhamento, será:
.d p .L
Acis
2
A tensão de cisalhamento na ranhura,
será:
4.Ft 4.M t 8.M t 16.M t
cis
Acis rp . Acis d p . Acis .d p2 .L
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JUNÇÕES EIXO-CUBO
Junções por adaptação de forma
Eixo ranhurado- SAE
Onde:
di – Diametro interno (se for eixo vazado) [mm]
dr – Diametro da base [mm]
d0- Diametro externo do eixo [mm]
dp – Diâmetro primitivo [mm]
L – Comprimento das ranhuras [mm] T –
Momento de torção [N.m]
cis – Tensão de cisalhamento [MPa]
JUNÇÕES EIXO-CUBO
Junções por adaptação de forma
Eixo ranhurado- DIN
Torque considerando a compressão dos
dentes:
JUNÇÕES EIXO-CUBO
Junções por adaptação de forma
Chavetas Tangenciais – DIN 271
Momento de torção (Torque):
d
M t t. . p.L
2
Onde:
d – Diâmetro do eixo [mm]
L – Comprimento do cubo
[mm] t – espessura da chaveta
[mm]
Mt – Momento de torção [N.m]
p – pressão específica [MPa]
de 100 N/mm2.
Valor recomendado para
a pressão específica é
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JUNÇÕES DE EIXO www.faesa.br
ACOPLAMENTOS
É um conjunto mecânico que transmite movimento entre duas
peças.
Acoplamentos fixos
Os acoplamentos fixos servem
para unir árvores de tal maneira
que funcionem como se fossem
uma única peça, alinhando aos
eixos de forma precisa.
ACOPLAMENTOS
Acoplamentos flexíveis
Esses elementos tornam mais suave a
transmissão do movimento em eixos
que tenham movimentos bruscos, e
permitem o funcionamento do conjunto
com desalinhamento paralelo, angular e
axial entre os eixos.
ACOPLAMENTOS FLEXÍVEIS
SELEÇÃO
ACOPLAMENTOS
EXEMPLO DE
APLICAÇÃO
ACOPLAMENTOS
DIMENSIONAMENTO
Cálculo do Momento de
Torção:
N Tn M t
M t 9550. .FS FS F1 .F2 .F3 .F4
n
Onde:
Mt = Momento de Torção
[N.m] N = Potência [W]
n = Rotação [rpm]
Fs = Fator de Serviço
[adimensional]
F1 = Fator de Serviço
conforme a aplicação
[adimensional]
F2 = Fator de Serviço
conforme o tempo de
funcionamento [adimensional]
F3 = Fator de Serviço conformeProf.
7/24/19 a temperatura de julio.rezende@faesa.br
Julio Rezende funcionamento
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JUNÇÕES DE EIXO www.faesa.br
ACOPLAMENTOS
ACOPLAMENTOS
OUTROS ACOPLAMENTOS
FLEXÍVEIS
OUTROS ACOPLAMENTOS
FLEXÍVEIS
ACOPLAMENTOS MÓVEIS
ACOPLAMENTOS HIDRÁULICOS
Os espaços entre as pás são preenchidos com óleo, que circula nas
pás quando a árvore motora gira.
A roda na árvore motora atua como uma bomba, e a roda na árvore
movida atua como uma turbina, de forma que a potência é
transmitida, havendo sempre uma perda de velocidade devido ao
escorregamento.
ACOPLAMENTOS HIDRÁULICOS
O acoplamento hidráulico funciona como um sistema de bomba- turbina.O
lado motor bombeia o fluido hidráulico contra o lado turbina,
impulsionando-o. O motor parte sem carga atingindo rapidamente 85% de
sua velocidade nominal. momento, o lado acionado começa a acelerar
suavemente,sem
sobrecarregar o motor.'
ACOPLAMENTOS HIDRÁULICOS
ACOPLAMENTOS HIDRÁULICOS
ACOPLAMENTOS HIDRÁULICOS
ACOPLAMENTOS HIDRÁULICOS
CONVERSOR DE TORQUE
ACOPLAMENTOS HIDRÁULICOS
EMBREAGENS A DISCO
A figura abaixo mostra uma embreagem a disco esquemática com as
superfícies motriz e movida. O atrito de acionamento entre as duas
superfícies se desenvolve quando elas são forçadas uma contra a outra.
EMBREAGEM
A embreagem funciona devido ao atrito
entre o platô de embreagem, por meio da
sua placa de pressão, e o volante do
motor. Quando o pedal da embreagem é
pressionado, as alavancas puxam os
discos, placa de pressão e platô,
afastando-os do volante do motor, e
pressionam as molas. Quando se libera a
embreagem, as molas empurram a placa
de pressão contra o disco de embreagem,
que por sua vez é pressionado contra o
volante. Isso liga o motor à árvore de
entrada (árvore-piloto) do câmbio, levando-
os a girar na mesma velocidade. A
quantidade de força que a embreagem
pode suportar depende do atrito entre o
disco de embreagem e o volante, e da
força que a mola aplica à placa de
pressão.
06 interfaces de atrito
EMBREAGENS A DISCO
dT ( 2 r dr ) p f r
ro 2
T 2 p f r 2 dr p f ( ro3 ri3 )
ri 3
2 2 F f ( ro3 ri3 )
T p f ( ro3 ri3 ) n T n
3 3( ro ri )
2 2
EMBREAGENS A DISCO
2 – Taxa de desgaste uniforme na interface das superfícies:
Considerando o coeficiente de atrito constante, a taxa de desgaste é
proporcional ao produto da pressão pela velocidade de deslizamento.
p = pressão uniforme na interface.
p r C pmax ri
F = força normal atuante
ro
T = torque gerado pelo atrito F 2 pmáx ri dr pmáx ri ( ro2 ri 2 )
n = Quantidade de interfaces ri
(Deverá ser sempre um número ro
inteiro e par) T ri
2 pmáx ri f r dr n pmáx ri f ( ro2 ri 2 ) n
r r
T Ff 0 i n
2
Normalmente:
ri ( 0 ,45 a 0 ,80 ) ro
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JUNÇÕES DE EIXO www.faesa.br
EXEMPLO:
Uma embreagem de múltiplos discos deve ser projetada para transmitir um torque
de 85 N.m. As restrições de espaço limitam o diâmetro externo em 100 mm. O
coeficiente de atrito entre os discos é de 0,06 (a banho de óleo) e a pressão
máxima admissível é de 1400 kPa. Determine os valores do diâmetro interno do
disco, número total de discos e a força de acoplamento.
2 p f r 2 dr
dT dN f r
sen
2 p f ( ro3 ri3 )
T
3 sen
pmáxri f ( ro2 ri 2 )
T
sen
ro2 ri 2
F f
2
T
sen
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JUNÇÕES DE EIXO www.faesa.br
EMBREAGEM DE DISCOS
EMBREAGEM DE DISCOS
EMBREAGEM UNIDIRECIONAL
EMBREAGEM UNIDIRECIONAL
EMBREAGEM UNIDIRECIONAL
Contra-recuo
EMBREAGEM UNIDIRECIONAL
EMBREAGEM UNIDIRECIONAL
T F b FS