Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS

Departamento de Tecnologia – DTEC

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental
Docente: Prof. Dr. Eduardo Cohim
Discente: Tamires Cordeiro

Ingestão adequada de água potável

17 DE ABRIL DE 2019, FEIRA DE SANTANA - BA

 Introdução
 A água constitui a maior parte do peso do corpo, podendo variar de
45 a 75% deste peso, a depender da idade e sexo, sendo
considerado em média 60% para adultos (ARANCETA, 2015).

 Segundo a ONU em 2015, três em cada 10 pessoas (2,1 bilhões) não

tem acesso a água potável e 4,5 bilhões de pessoas, ou seis em dez
não tem instalações de saneamento com segurança.

 Os primeiros trabalhos sobre consumo de água, desidratação e

sobrevivência foram conduzidos durante a década de 1940, quando
Adolph publicou uma série de experimentos demonstrando que “a
vida e a eficiência em um clima quente dependem do grau de
desidratação, que é o fator primordial” (LEMETAIS, 2017).
 Introdução
 As Nações Unidas sugerem que uma pessoa precisa de 20 a 50 litros de água
por dia para necessidades básicas, como beber, cozinhar e limpar. No
entanto, as taxas de consumo interno de muitos países excedem em muito
essa quantia - especialmente países como os Estados Unidos (que tem uma
taxa de consumo interno per capita de 370 litros por dia), Canadá, Austrália e
regiões do Oriente Médio (Unidade Pesquisa Geológica dos Estados, 2009).

 Em média, um adulto sedentário deve beber 1,5 l de água por dia, já que a
água é o único nutriente líquido que é realmente essencial para a hidratação
do corpo. (JÉQUIER, 2010). Já A OMS, determina que o adulto masculino
deva ingerir 2l, enquanto que o adulto do sexo feminino deverá consumir
0,6l a menos em relação aos homens.

A tabela 1 apresenta a Ingestão diária total de líquidos (mL / dia) per capita
por país e sexo.
 Tabela 1: Ingestão diária total de líquidos (mL / dia) per capita por país e sexo.
PAÍS SEXO IDADE mL/dia REFERÊNCIA
México Homem ≥18 1762
Mulher 1748
Brasil Homem ≥18 1968
Mulher 1693 MARTINEZ, 2018
Argentina Homem ≥18 2210
Mulher 2318
Uruguai Homem ≥18 1979
Mulher 2018
Homem 9 - 13 1729
Grécia Mulher KAVOURAS, 2017
9 -13 1550
França Homem ≥19 1923
Mulher 1796
GUELINCKX, 2016
Reino Unido Homem ≥19 2386
Mulher 2050
Homem
Japão, pós-terremoto Mulher Não informa 3000 TANAKA, 2016
Criança
Homem 16 – 18 2200
Mulher 16 – 18 2100
Indonésia BARDOSONO, 2015
Homem 19 – 64 2600
Mulher 19 – 64 2300
Homem
3460
Eua ≥20 IOM, 2004
Mulher 2750
Homem
2000

WHO Mulher 1400 IPCS, 1994

Não informa
Criança 1000
Considerações
 A tabela 1 demonstra a variabilidade em que cada país apresenta com a
determinação da ingestão diária total de água per capita. Os países em
desenvolvimento apresentaram valores menores de consumo em relação
aos países desenvolvidos. Em comparação com a Organização Mundial da
Saúde, o país que esteve mais próximo do recomendado foi o Uruguai. No
Japão foi feito um estudo pós um acontecimento de desastre natural, em
que foi recomendado a ingestão de 3 litros por pessoa por dia,
independente da idade, ou seja, mesmo após um desastre natural, onde o
acesso á água é reduzido, recomenda-se ingerir um valor alto de água se
comparado aos outros países apresentados na tabela. Ressalta-se que os
valores expostos, são determinados a partir da literatura, que é levado em
consideração, massa corporal, hábitos, clima, sedentarismo entre outros, ou
seja, a comparação entre os países ocorre de forma indireta.

 Mais dados sobre a ingestão diária são necessários para desenvolver

recomendações mais robustas em relação a ingestão de líquidos para o
público em geral.
Referências
 ARANCETA-Bartrina J, Gil A, Marcos A et al. Conclusions of the II International and IV Spanish
Hydration Congress. Toledo, Spain, 2nd-4thDecember, 2015. Nutr Hosp 2016; 33 Suppl 3:308.
 BARDOSONO, Saptawati et al. Total fluid intake assessed with a 7-day fluid record versus a 24-
h dietary recall: a crossover study in Indonesian adolescents and adults. European journal of
nutrition, v. 54, n. 2, p. 17-25, 2015.
 CHEUVRONT, Samuel N.; KENEFICK, Robert W. Am I drinking enough? Yes, no, and maybe.
Journal of the American College of Nutrition, v. 35, n. 2, p. 185-192, 2016.
 Fewtrell L and Bartram J (Eds) Water Quality: Guidelines, Standards and Health, World Health
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 GADGIL, Ashok. Drinking water in developing countries. Annual review of energy and the
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 GANDY, Joan. Water intake: validity of population assessment and
recommendations. European journal of nutrition, v. 54, n. 2, p. 11-16, 2015.
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 GUELINCKX, Isabelle et al. Contribution of water from food and fluids to total water intake:
analysis of a French and UK population surveys. Nutrients, v. 8, n. 10, p. 630, 2016.
 Holliday MA, Segar WE: The maintenance need for water in parenteral fluid therapy.
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Referências
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Canziani O, Palutikof J, van der Linden P, Hanson C, editors. Climate change 2007:
impacts, adaptation and vulnerability. Contribution of working group II to the fourth
assessment report of the intergovernmental panel on climate change. Cambridge:
Cambridge University Press; p. 469–506.
JÉQUIER, Eric; CONSTANT, Florence. Water as an essential nutrient: the physiological
basis of hydration. European journal of clinical nutrition, v. 64, n. 2, p. 115, 2010.
KAVOURAS, S. A. et al. Water intake and urinary hydration biomarkers in children.
European journal of clinical nutrition, v. 71, n. 4, p. 530, 2017.
KLEINER S M, 1999, Water: an essential but overlooked nutrient. Journal of the
American Dietetic Association, 99 (2); 200-206.
LEMETAIS G, Melander O, Vecchio M, Bottin JH, Enhorning S, Perrier ET (2017) Effect of
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MARTINEZ, H. et al. Fluid intake of Latin American adults: results of four 2016 Liq. In 7
national cross-sectional surveys. European journal of nutrition, v. 57, n. 3, p. 65-75,
2018.
National Center Health Statistics. National Health and Nutrition Examination Survey,
2013–2014: overview. http://www.cdc.gov/nchs/data/nhanes/nhanes_13_14/2013-
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NISSENSOHN, Mariela et al. Beverage consumption habits and association with total
water and energy intakes in the Spanish population: findings of the ANIBES study.
Nutrients, v. 8, n. 4, p. 232, 2016.