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Estudo baseado

Danças contemporâneas: articulando concepções e práticas de


ensino.
Mestrado em dança, UFBA, 2014.
Flor Murta
Ainda hoje discutimos conceitos sobre a Dança
contemporânea e como esta se apresenta no universo da
dança.
Alguns autores muito já falaram sobre tal assunto e para
iniciarmos esse pensar trago as palavras desses autores.
Tomazzoni afirma que:
“A dança contemporânea reafirma a especificidade da
arte da dança. Dança não é teatro, nem cinema, literatura
ou música. Apesar de poder ganhar muito com a
cooperação dessas artes. A dança não precisa de
mensagem, de história e mesmo de trilha sonora. O
corpo em movimento estabelece sua própria dramaturgia,
sua musicalidade, suas histórias, num outro tipo de
vocabulário e sintaxe”.(TOMAZZONI, 2006)

Airton Tomazzoni
“Fora do corpo que dança a dança não mais existe. É isso que
possibilita os vários discursos que apontam a dança como uma
“arte efêmera”. Todo o agenciamento é in-carnado, só existe em
corpo (...). A dança não é uma imagem do corpo como é, por
exemplo, a representação anatômica; a dança é corpo.” (GADELHA,
2010, p. 42)
Tomazzoni apresenta alguns fatos que considera fundamentais para a
compreensão da dança contemporânea.
Fato 1: “A dança contemporânea não é uma escola, tipo de aula ou
dança específica, mas sim um jeito de pensar a dança”.
Fato2: Não há modelo/padrão de corpo ou movimento.
Fato 3: “A dança contemporânea reafirma a especificidade da arte
da dança”. Fato 4: “Pensamento e corpo [...] não são entendidos
como lugares estranhos um ao outro” (TOMAZZONI, 2006, p. 2).

Rosa Cristina Gadelha


Uma das definições encontradas acerca da dança
contemporânea relaciona-se o entendimento de contemporâneo
tal qual sugerido em uma das definições do termo pelo
dicionário Aulete (s.d.): “aquilo que é do tempo atual”.

Então todas as danças que são feitas hoje podem ser nomeadas
como dança contemporânea?

Apontando outro caminho do pensamento, Assumpção (2002,


p. 7) sugere a diferenciação entre danças da
contemporaneidade e dança contemporânea e afirma que “[...]
todas as danças realizadas atualmente por artistas e não
artistas pertencem à contemporaneidade, porém não são
necessariamente dança contemporânea.”
Com tudo isso, como seriam práticas de ensino pautadas
nesse pensamento?
Teriam os processos criativos como condição? Tratariam de
reconhecer, experienciar e/ou elaborar princípios
organizativos?
A princípio, poderiam se pautar em qualquer técnica do corpo
(e não só em técnicas de dança)?

O que distingue um espetáculo de dança contemporânea é a


pergunta que ele faz. [...] é preciso existir uma pergunta, mesmo
que quem assista ao espetáculo não a identifique de imediato.
Se, de fato, acontecer assim, essa tal pergunta pode ser tomada
como um divisor de águas: a dança que indaga cabe dentro da
nomeação de contemporânea, e a dança que não interroga seu
público pertence a outra espécie (KATZ, 2004, p. 4).

Helena Katz
A dança contemporânea sob uma condição conceitual abarca
práticas híbridas e heterogêneas, visita outros campos e
permeabiliza fronteiras em suas pesquisas extradisciplinares.
Na interseção com o conceitualismo, a dança compromete-se
na revisão de sua própria natureza, rejeitando conceitos e
modelos pré concebidos, originando conceitos expandidos de
dança (MULLER, 2012, p. 78).

De maneira similar, para Setenta (2007, p. 142) “a dança


contemporânea lida com questões que se distanciam daquelas
já padronizadas e aceitas” e que, implicado no seu fazer está o
desenvolvimento de uma reflexão crítica

Jussara Setenta
Jussara Muller
Uma das questões principais para o questionamento
“isto é dança?” é o não reconhecimento, muitas vezes, do
que se espera como movimentos de dança.
Nesse sentido, Fabião aponta: [...] a dança
contemporânea propõe uma revisão radical da definição
tradicional de dança - mover-se ritmicamente
acompanhando uma música e, em geral, seguindo uma
sequência de passos.
Em muita dança contemporânea não se encontrará
passos, nem música e, talvez, sequer movimento (se
compreendido exclusivamente como deslocamento no
espaço) (FABIÃO, 2009, p. 3).

Eleonora Batista Fabião


Lepecki (2006) sugere um esgotamento na necessidade de
relacionar dança e movimento.
Entretanto, Hercoles (2011) defende que o movimento não
deixou de ser condição da dança, mesmo nas propostas mais
atuais da dança contemporânea, às quais Lepecki se refere nas
suas reflexões.
O que precisa ser revisto são os parâmetros que orientam os
entendimentos sobre o que é movimento de/na dança. Nesse
sentido, ressalta: Embora o movimento em fluxo continue tendo
seu lugar na contemporaneidade, a exemplo das coreógrafas
Maguy Marin, Anne Teresa De Keersmaeker, Trisha Brown, entre
outros, temos também artistas da dança que estão pensando a
relação movimento/dança de modo distinto, a exemplo de
Jérome Bel, Xavier Le Roy, Boris 47 Charmatz; no Brasil,
Cristian Duarte, Marta Soares, Lia Rodrigues, entre outros
(HERCOLES, 2011, p. 202). D

Rosa Maria Hercoles


André Lepecki
A mudança acerca do que é, como é, e como se constitui um
movimento de/na dança pode ser levada de várias formas para
as práticas de ensino em dança contemporânea. Certamente, a
indagação “isto é dança?” reverbera em várias salas de aula:
“isto é aula de dança?”

Para chegar ao fim dessa lista (por ora) infinita, recorro a


Sanches. Ele nos lembra que, [...] como toda arte
contemporânea, a dança [contemporânea] encontra-se em
pleno desenvolvimento [...]. Todavia, é possível contar com
algumas pistas que vão funcionando mais ou menos como
peças de um quebra-cabeça na construção de um pensamento
(SANCHES, 2005, p. 56).

Antrifo Sanches
È extremamente complexo articular dança contemporânea e
prática de ensino, pois a dança contemporânea é complexa e
não há normatização única do seu fazer, não há nem mesmo um
só modo de compreendê-la.
E não havendo consenso do que seja a dança contemporânea,
não havendo a sua verdade última, e ainda, estando a mesma
em pleno processo em que coexistem modos de operar
distintos, não há e nem poderia haver uma normatização
unívoca para seu ensino; e se houvesse, esse seria arbitrário,
inevitavelmente.
Assim, o levantamento de múltiplas concepções acerca de
dança contemporânea se torna relevante para a articulação
desta com a noção de prática de ensino porque presumo que as
realidades da dança (contemporânea), em situações de
mediações educacionais também sejam múltiplas
Dessa forma, o trabalho de campo não pressupõe que, dado um
entendimento hermético do que seja a dança contemporânea eu
averigue se os sujeitos compreenderam o que é e meça assim a
eficiência em suas transposições didáticas.

Tecer uma dialogia entre suas concepções de dança


contemporânea com sua prática docente, assim como com as
dos autores da literatura consultada. Vale 55 lembrar que, como
constituintes e constituidores da dança contemporânea, os
artistas-professores também são produtores de significados
sobre ela.

Flor Murta
Questionamentos

Porque é tão raro vêr-mos escolas de dança


contemporânea? Ou este estilo sendo oferecido como
modalidade nas escolas de Dança?

Porque apesar das poucas escolas é crescente o numero


de grupos de Dança no Brasil e no Mundo?
Bibliografia consultada

TOMAZZONI, Airton. Esta tal de dança contemporânea. Idanca.net. 2006.


Disponível em: http://idanca.net/estatal-de-danca-contemporanea.
Acesso em: 28 ago. 2015.
GADELHA, Rosa Cristina Primo. Corpografias em Dança Contemporânea.
Tese (Doutorado) Universidde Federal do Ceará, Fortaleza – 2010.
Duarte , Nicole Blach. Perspectivas Significativas em Dança
Contemporânea: Arte e Criação de Tuca Pinheiro .Universidade Estadual
de Campinas – UNICAMP.
Murta, Flor. Danças contemporâneas: articulando concepções e práticas de
ensino. Dissertação( Mestrado) Universidade Federal da Bahia. Escola
de Dança, Salvador, 2014.
Gratidão

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