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TRANSMISSÃO DE CALOR (TE0158)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
1
SEMESTRE: 2017.1
DOCENTE: MARIA ALEXSANDRA DE SOUSA RIOS
Sumário

Equação da difusão do calor


Parede plana
Resistência térmica
Sistemas radiais unidimensionais
Exemplos

2
Solução de problemas de transferência de calor

Problema de transferência de calor



Formulação matemática
(equação diferencial e condições de contorno)

Solução geral da equação diferencial

Aplicação das condições de contorno

Solução do problema

3
Condução de calor permanente em paredes planas

4
Sob condições permanentes
A temperatura varia linearmente com x
1. Equação da difusão de calor

Análise

Os gases quentes da combustão em uma fornalha são separados do ar


ambiente e de sua vizinhança, por uma parede de tijolos de espessura L.
Em condições de regime estacionário, a superfície externa encontra-se a
T2. Como ficaria o balanço de energia?

Tviz vizinhança Ee  E s  E g  E ac


''
'' qrad
T1
qcond
Ee  E s  0
fluido
Gases de
combustão q ''
conv
u T
''
qcond  (qconv
''
 qrad
''
)0
T2
''
qcond  (qconv
''
 qrad
''
) 5
T
L
1. Equação da difusão de calor

Análise de um problema

Uma longa barra de cobre com seção transversal retangular, cuja largura w é muito
maior do que a sua espessura L, é mantida em contato com um sumidouro de calor
em sua superfície inferior, e a temperatura ao longo da barra é aproximadamente igual
à do sumidouro, Ti. De repente, uma corrente elétrica é passada através da barra e
uma corrente de ar, com temperatura T, é passada sobre a superfície superior,
enquanto a superfície inferior continua mantida a Ti. Obtenha a equação diferencial e
as condições inicial e de contorno que podem ser usadas para determinar a
Temperatura em função da posição e do tempo na barra.
Considerações
1. Condução unidimensional na
direção x, pois w >>> L e os
efeitos das pontas e laterais são
considerados desprezíveis

2. Propriedades constantes
6
3. Taxa volumétrica de geração de
calor uniforme, qvolumetrica
1. Equação da difusão de calor

Análise de um problema

A distribuição de Temperaturas é governada pela equação da difusão do calor,


em coordenadas cartesianas,
 T  T  T T
(k )  (k )  (k )  q  CP
x x y y z z t
Em condições unidimensionais e de propriedades constantes a equação se
reduz a,
 T q CP T
( ) 
x x k k t
Observa-se que a Temperatura é uma função da posição e do tempo T(x, t).
Para resolver a equação deve-se considerar duas condições de contorno na
direção x (espacial) e uma condição inicial, para o tempo.
7
A condição de contorno para a superfície inferior corresponde ao caso 1.
Condição de Primeira Espécie.
1. Equação da difusão de calor

Análise de um problema

Logo, como a Temperatura nessa superfície é mantida a um valor Ti, tem-se: T(0, t) =
Ti
Para a condição de transferência de calor na superfície superior, pode-se utilizar a
Condição de Terceira Espécie.
T
k  h[T ( L, t ) T ]
x xL
A condição inicial é inferida a partir do reconhecimento de que, antes da mudança nas
condições, a barra encontrava-se a uma temperatura uniforme Ti. Assim, T (x, 0) = Ti.
Obs 1!!!!
Se Ti, T, qvolumétrica e h forem conhecidos, as equações podem ser resolvidas para se
obter a distribuição da T(x, t) em função do tempo, após a imposição da corrente
elétrica.

Obs 2 !!!! 8
O sumidouro de calor em x = 0 poderia ser mantido pela exposição desta superfície a
um banho de gelo ou pelo contato com uma placa fria.
Conceito de resistência térmica

dT
qcond , parede  kA
dx

T1  T2
qcond , parede  kA
L

T1  T2
qcond , parede 
Rparede

L K
R parede   
kA W 
9
Representa a resistência térmica da parede a condução de calor, ou
simplesmente resistência de condução da parede.
Conceito de resistência térmica

Considerar a transferência de calor por convecção a partir de uma


superfície sólida

Newton’s law of cooling

Resistência de convecção

10
Conceito de resistência térmica

Quando h for muito grande


(h) a resistência térmica de
convecção se torna nula e
Ts  T.

condensação

11

ebulição
Conceito de resistência térmica

12
Conceito de resistência térmica

Quando Tviz  T

O efeito da radiação
pode ser contabilizado
substituindo h na lei de
resfriamento de Newton
por hcombinado.

13
Conceito de resistência térmica

14
2. Parede plana

Parede plana

Na condução de calor unidimensional em uma parede plana sob condições de regime


permanente, T é uma função da coordenada x.

Metodologia

1ª determinar a distribuição de Temperatura


2ª obter a taxa de transferência de calor
 T  T  T T
(k )  (k )  (k )  q  CP
x x y y z z t

Hipóteses

a. Condição em regime permanente


b. Condução unidimensional
c. Propriedades constantes
d. Sem geração de energia
15
Uma parede plana separa dois fluidos em temperaturas d dT
diferentes. (k )0
dx dx
2. Parede plana

Parede plana
Para a condução unidimensional em uma parede plana, sem geração de energia, o
fluxo térmico é uma constante, independe de x.

Solução geral: T ( x)  C1x C 2


Para obtermos as constantes de integração C1 e C2, devemos utilizar as condições de
contorno de PRIMEIRA ESPÉCIE em x = 0 e em x = L.

Para T(0) = Ts,1 e para T(L) = Ts,2


Em x = 0, a solução geral retornará o valor de C2 = Ts,1

Ts,2  Ts,1
Em x = L, a solução geral retornará o valor de C1 
L
x
Substituindo na solução geral, a distribuição de Temperatura será: T ( x)  (Ts,2  Ts,1)  Ts ,1
L
16
Desse resultado é evidente que, para condução unidimensional em regime
permanente em uma parede plana, sem geração de energia e com condutividade
térmica constante, a Temperatura varia linearmente com x.
2. Parede plana

Parede plana
Agora para obtermos a taxa de transferência de calor, devemos utilizar a Lei de
Fourier:
dT d x
q x''  k  k [(Ts ,2  Ts ,1 )  Ts ,1] 
dx dx L
(Ts ,2  Ts ,1 )
q x''  k 
L
dT d x
qx  kA  kA [(Ts ,2  Ts ,1 )  Ts ,1 ]
dx dx L
k
qx   A(Ts ,2  Ts ,1)
L
Também podemos obter a equação por integração, conhecendo-se os limites:
xL Ts , 2

qx 
 dx  kA  dT 
x 0 Ts ,1
k 17
qx   A(Ts,2  Ts,1)
L
3. Resistência térmica

Parede plana
Razão entre o potencial motriz e a correspondente taxa de transferência de calor. A
resistência térmica na condução em uma parede plana será:
Ts ,1  Ts ,2 L
Rt ,cond  
qx kA

Uma resistência térmica também pode ser associada à transferência de calor por
convecção em uma superfície. Da lei do resfriamento de Newton, q  hA(Ts  T )

Ts  T 1
A resistência térmica na convecção será, Rt ,conv  
q hA

18
3. Resistência térmica

Circuito térmico
O circuito térmico equivalente para uma parede plana com condições de convecção na
superfície é mostrado.

O circuito é composto de elementos resistivos e nós que representam as temperaturas


19
da superfície ou dos fluidos.
T,1  Ts ,1 Ts ,1  Ts , 2 Ts ,2  T, 2
Como qx é constante ao longo da malha, tem-se: qx   
1 / h1A L / kA 1 / h2 A
3. Resistência térmica

Resistência térmica para radiação


Em termos da diferença de temperatura global, T,1 - T,2, e da resistência térmica
total, Rtot, a taxa de transferência de calor também pode ser expressa por:

T ,1  T , 2
qx 
Rtot

1 L 1
A resistência térmica total será: Rtot  Rt ,conv,1  Rt ,cond  Rt ,conv,2   
h1 A kA h2 A

Quando a troca de calor por radiação for significativa, a resistência térmica para a
radiação pode ser determinada por:
Tsup  Tviz 1
Rt ,rad  
qrad hrad A
20

hrad , é o coeficiente de radiação.


3. Resistência térmica

Parede composta
Essas paredes podem envolver várias resistências térmicas em série e em paralelo, em
decorrência das camadas de diferentes materiais.

Rconvectiva Rcondutiva Rconvectiva


21
3. Resistência térmica

A queda de T através
de uma camada é
proporcional à sua
resistência térmica.

22
3. Resistência térmica

Em sistemas compostos, é conveniente trabalharmos com um coeficiente global de


transferência de calor, U, que é definido por uma expressão análoga à lei de
resfriamento de Newton.
23
qx  UAT
∆T = diferença de temperatura global.
3. Resistência térmica

O coeficiente global de transferência de calor está relacionado à resistência


térmica total.

T 1 1
Rtot   Rt   ,UA  ,
q UA Rtot
1 1
U 
Rtot A  1 LA LB 1 
h  k  k  h 
 1 A B 3

24
3. Resistência térmica

Resistência térmica de contato


Em sistemas compostos, a queda de temperatura através da interface entre os
materiais pode ser apreciável. Essa variação de temperatura é atribuída ao que
é conhecido como resistência térmica de contato, Rt,c.

TA  TB
Rt'',c 
q x''

25
3. Resistência térmica

Resistência térmica de contato

26
4. Sistemas radiais unidimensionais

Sistemas radiais unidimensionais


Sistemas cilíndricos e esféricos apresentam frequentemente gradientes de
temperatura preferencialmente na direção radial, e podem assim ser tratados como
unidimensionais.

Cilindro

27
4. Sistemas radiais unidimensionais

Cilindro

1  T 1  T  T T
(kr )  2 (k )  (k )  q  C P

r r r r   z z t
Hipóteses
1. Regime permanente
2. Sem geração de energia
3. Transmissão de calor na direção radial

1  T T
(kr )  0  (kr )  c
r r r r
dT  c  1 1 1 dr
    C1  dT  C1  dr   dT  C1 
dr  k  r r r r 28

T (r )  C1  ln r  C2
4. Sistemas radiais unidimensionais

Cilindro
Para obter as constantes de integração C1 e C2, introduz-se as condições de
contorno.
Em r1 , T = Ts,1
T(r1) = C1 ∙ lnr1 + C2

Em r2 , T = Ts,2
T(r2) = C1 ∙ lnr2 + C2

Ts ,1  Ts , 2
r 
T (r )  ln    Ts , 2
 r1   r2 
ln  
 r2 
Distribuição de T em coordenadas cilíndricas 29
4. Sistemas radiais unidimensionais

Cilindro
Fórmula apropriada da lei de Fourier para o sistema de coordenadas radiais
(cilíndricas).
dT dT
qr  kAr  k (2rL)
dr dr
Resolvendo, a taxa de transferência de calor será:

qr 

(2kL) Ts ,1 T s ,2 
r2
ln
r1
A resistência térmica em uma parede cilíndrica será:

ln( r2 / r1) 30
(2kL)
4. Sistemas radiais unidimensionais

Sistema cilindro composto

A taxa de transferência de calor:


T,1  T,3
qr  31
1 ln( r2 / r1 ) ln( r3 / r2 ) 1
  
2r1Lh1 2Lk A 2LkB 2r3 Lh3
4. Sistemas radiais unidimensionais

Sistema cilindro composto


Em termos de coeficiente global de transferência de calor:

T,1  T,3
qr   UA(T,1  T,3 )
Rtot
Definindo U em termos de A1 = 2r1L, tem-se

1
U1 
1 r1 r2 r1 r3 r1 1
 ln  ln 
h1 k A r1 k B r2 r3 h3

Essa definição é arbitrária, e o coeficiente global também pode ser definido


em termos de A3 ou qualquer uma das áreas intermediárias.
32
1
U1 A1  U 2 A2  U 3 A3 
Rtot
4. Sistemas radiais unidimensionais

Sistema cilindro composto

33
4. Sistemas radiais unidimensionais

Esfera

Casca esférica com temperaturas 34


especificadas nas superfícies interna e
externa T1 e T2.
4. Sistemas radiais unidimensionais

Esfera
Considere a casca esférica, cujas superfícies interna e externa são mantidas a
Ts,1 e Ts,2.
1  2 T 1  T 1  T T
( kr )  ( k )  ( ksen )  
q  C
r 2 r r r 2 sen 2   r 2 sen   t
P

Hipóteses

1. Regime permanente
2. Sem geração de energia
3. Transmissão de calor na direção radial

1  2 T 2 T
( kr )  0  kr c
r r
2
r r
dT  c  dr
r2     C1   dT  C1   2
dr  k  r 35
C1
T ( r )    C2
r
4. Sistemas radiais unidimensionais

Esfera
Resolvendo, tem-se a seguinte distribuição de temperatura para uma casca
esférica.  
r 
1  1  
T ( r )  Ts ,1  T   r  , T  T
 s , 2  Ts ,1
 r1  
1  
 
 

  2 
r 
Utilizando-se a forma apropriada da Lei de Fourier, tem-se:

dT 2 dT
qr  kAr  k (4r )
dr dr
Aplicando um balanço de energia à superfície de controle esférica em um raio
qualquer, encontramos que a taxa de transferência de calor por condução é constante
na direção radial.
4k (Ts,1  Ts,2 ) 36
qr 
1 1
    
 r1   r2 
4. Sistemas radiais unidimensionais

Esfera
Para a condução radial, a resistência térmica em uma parede esférica será:

1 1 
  
Rt ,cond   r1 r2 
4k

37
4. Sistemas radiais unidimensionais

Resumo

38
T  Ts,1  Ts, 2
Exercício 01

(Petrobras, 2008): Em uma parede de 2 m de espessura e 10 m2 de área, está


presente uma geração de calor de 2.000 W/m3. O material da parede possui as
seguintes propriedades:  = 1.600 kg/m3; k = 40 W/(m∙K) e cp = 4 kJ/(kg∙K).
A distribuição de temperatura ao longo da parede, em certo instante do
tempo, é dada por T(x) = 900(°C) – 300(°C/m)x, em que T é a temperatura,
em graus Celsius, e x é a espessura da parede, em metros. Nessa situação, a
taxa de variação de energia acumulada na referida parede, em kW, é igual a:
dT W d
qent  q x (0)  kA  40  10m 2  (900  300 x) 
(A) 10. dx x 0 mK dx

(B) 20. E e E s qent  120kW


E g qsai  qx ( L)  kA
dT
 40
W d
 10m 2  (900  300 x) 
(C) 30. dx xL mK dx
qsai  120kW
(D) 40.
W
qgerada  2000 (10m 2  2m)  40kW
(E) 50. X=0 X=2m m 3

39
Item (D)
Exercício 02

Considere um cilindro oco que possui raio interno ri e raio externo ro


com as temperaturas de superfície correspondentes Ti e To. Se a
condutividade térmica varia com a temperatura de forma que a
expressão linear k = ko (1 + T) representa essa variação, encontre a
expressão para o cálculo da perda de calor na direção radial
considerando estado estacionário.
k  ko (1  T )
 2ko L   To2 Ti 2 
A  2rL qr  (To  Ti )      
 ro    2 2 
qr  kA
dT
 [ko (1  T )]  (2rL )
dT ln  
dr dr  ri 
ro oT

 2ko L  1  T dT 
dr
qr 
ri
r Ti

To To
  T T2
To

qr (ln r ) r  2ko L   dT    TdT   2ko L T T   
ro o

i
 Ti Ti   i
2 Ti 
40
 2ko L   To2 Ti 2 
qr  (To  Ti )      
r   2 2 
ln  o  
 ri 
Exercício 03

Um equipamento condicionador de ar deve manter uma sala, de 15 m de


comprimento, 6 m de largura e 3 m de altura a 22 °C. As paredes da sala, de
25 cm de espessura, são feitas de tijolos com condutividade térmica de 0,14
kcal/h∙m∙°C e a área das janelas podem ser consideradas desprezíveis. A face
externa das paredes pode estar até a 40 °C em um dia de verão. Desprezando
a troca de calor pelo piso e pelo teto, que estão bem isolados, pede-se o calor
a ser extraído da sala pelo condicionador (em HP).

1 HP = 641,2 kcal/h

41
Exercício 03 - solução

Para o cálculo da área de transferência de calor desprezamos as áreas do teto


e piso, onde a transferência de calor é desprezível. Desconsiderando a
influência das janelas, a área das paredes da sala é :

A  2 x(6 x3)  2 x(15 x3)  126m 2 42


Exercício 03 - solução

Considerando que a área das quinas das paredes, onde deve ser levada em
conta a transferência de calor bidimensional, é pequena em relação ao resto,
tem-se:
 kcal 
  126m
2
0,14
kA  h  m  C  kcal
q  T1  T2   (40  22)C  1270
L 0,25m h
kcal 1HP
q  1270   1,979 HP
h 641,2 kcal
h
Portanto a potência requerida para o condicionador de ar manter a sala
43
refrigerada é : q ≈ 2 HP

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