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PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

DIREITO CIVIL II – PARTE GERAL


Em regra, o exercício de um direito não pode
ficar pendente de forma indefinida no tempo.

O titular deve exercê-lo dentro de um


determinado prazo, pois o Direito não socorre
aqueles que dormem.
A prescrição é a perda da pretensão de reparação do direito violado,
em virtude da inércia do seu titular, no prazo previsto pela lei.

Se o titular do direito permanecer inerte, tem como


pena a perda da pretensão que teria por via judicial.

O direito em si permanece intacto,


só que sem proteção jurídica para solucioná-lo.

Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a


pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos
a que aludem os arts. 205 e 206.
PRETENSÃO = poder de exigir de outrem coercitivamente o
cumprimento de um dever jurídico.

É o poder de exigir a submissão de um interesse do devedor da


prestação a um interesse do credor da prestação amparado pelo
ordenamento jurídico.

A prescrição atinge a pretensão,


e não o direito de ação em si.

REQUISITOS DA PRESCRIÇÃO
a) a violação do direito, com o nascimento da pretensão;
b) a inércia do titular;
c) o decurso do tempo fixado em lei.
Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e
só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a
prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de
fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.
(Como no caso de pagamento de dívida inexigível).

Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por


acordo das partes.

Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de


jurisdição, pela parte a quem aproveita.

Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação


contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa
à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.

Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr


contra o seu sucessor.
Art. 197. Não corre a prescrição:
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores,
durante a tutela ou curatela.

Art. 198. Também não corre a prescrição:


I - contra os incapazes de que trata o art. 3º (absolutamente incapaz);
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos
Estados ou dos Municípios;
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas,
em tempo de guerra.
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:
I - pendendo condição suspensiva;
II - não estando vencido o prazo;
III - pendendo ação de evicção.

Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no
juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva
sentença definitiva.

Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores


solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível.
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma
vez, dar-se-á:
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação,
se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;
II - por protesto, nas condições do inciso antecedente;
III - por protesto cambial;
IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em
concurso de credores;
V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe
reconhecimento do direito pelo devedor.
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do
ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.
Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.

Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos


outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor,
ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados.

§ 1o A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros;


assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve
os demais e seus herdeiros.

§ 2o A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor


solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão quando
se trate de obrigações e direitos indivisíveis.

§ 3o A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o


fiador.
REGRA GERAL = 10 ANOS = Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei
não lhe haja fixado prazo menor.

Art. 206. Prescreve:

§ 1o Em um ano:

II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra


aquele, contado o prazo:

§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a


partir da data em que se vencerem.

§ 3o Em três anos:
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;
V - a pretensão de reparação civil;
IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro
prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório.
§ 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da
data da aprovação das contas.
§ 5o Em cinco anos:
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de
instrumento público ou particular;
II - a pretensão dos profissionais liberais em geral,
procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus
honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da
cessação dos respectivos contratos ou mandato;
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que
despendeu em juízo.
Decadência é o perecimento de direito pelo decurso do prazo fixado
para seu exercício, sem que o titular o tivesse exercido.

A prescrição atinge a pretensão e por via oblíqua atinge o direito;


a decadência atinge diretamente o direito e por via reflexa,
extingue a ação.

DECADÊNCIA LEGAL x DECADÊNCIA CONVENCIONAL


Art. 26. O direito de reclamar Garantia de 12 meses
pelos vícios aparentes ou de fornecida pelo fabricante ou
fácil constatação caduca em: vendedor quando se tratar de
I - trinta dias, tratando-se de produtos duráveis.
fornecimento de serviço e de
produtos não duráveis;
II - noventa dias, tratando-se
de fornecimento de serviço e
de produtos duráveis.
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à
decadência as normas que impedem, suspendem ou
interrompem a prescrição.
Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198,
inciso I. (não corre a decadência contra incapazes)
Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei.
Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência,
quando estabelecida por lei.
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem
aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o
juiz não pode suprir a alegação. (não pode reconhecer de ofício)
Os prazos decadenciais são criados pela lei (espalhados pelo
Código Civi) ou pela convenção das partes.

Art. 550. A doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice pode ser anulada pelo outro
cônjuge, ou por seus herdeiros necessários, até dois anos depois de dissolvida a
sociedade conjugal.
Art. 1.122. Até noventa dias após publicados os atos relativos à incorporação, fusão
ou cisão, o credor anterior, por ela prejudicado, poderá promover judicialmente a
anulação deles.
Art. 1.302. O proprietário pode, no lapso de ano e dia após a conclusão da obra,
exigir que se desfaça janela, sacada, terraço ou goteira sobre o seu prédio; escoado
o prazo, não poderá, por sua vez, edificar sem atender ao disposto no artigo
antecedente, nem impedir, ou dificultar, o escoamento das águas da goteira, com
prejuízo para o prédio vizinho.
Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da
data da celebração, é de: (...)
• Associa-se a prescrição às ações condenatórias. Nesse contexto, a
prescrição mantém relação com deveres, com obrigações e com a
responsabilidade decorrente da inobservância das regras ditadas
pelas partes ou pela ordem jurídica.

• Decadência está associada a ações constitutivas, sejam elas


positivas ou negativas. As ações anulatórias de atos e negócios
jurídicos têm essa última natureza.

• Ações declaratórias, como aquelas que buscam a nulidade absoluta


de um negócio, são imprescritíveis, ou melhor, tecnicamente, não
estão sujeitas à prescrição ou à decadência. A nulidade absoluta
envolve ordem pública, não convalescendo pelo decurso do tempo
(art. 169).
CDC - Dos Bancos de Dados e Cadastros de Consumidores

Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às
informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e
de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas
fontes.

§1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros,


verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter
informações negativas referentes a período superior a cinco anos.

NÃO QUER DIZER QUE ESTÁ PRESCRITA, NEM IMPEDE A COBRANÇA.


(PODEM TER CAUSAS DE SUSPENSÃO OU INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO)
SOMENTE O CADASTRO SERÁ LIBERADO.
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DA PROVA
DIREITO CIVIL II – PARTE GERAL
Prova é o meio utilizado para demonstrar a existência do
ato ou negócio jurídico.

Não basta alegar: é preciso provar.

O objeto da prova são os fatos controversos, não o direito a


aplicar, pois é atribuição do juiz conhecer e aplicar o direito.

Regra geral, o ônus da prova incumbe a quem alega o fato e


não a quem o contesta, mas é possível a distribuição dinâmica
do ônus da prova pelo juiz, bem como, a inversão do ônus da
prova em determinados casos.

A regulamentação referente à prova é encontrada no


Código Civil e no Código de Processo Civil.
• Provas típicas e atípicas.
• Rol exemplificativo.

Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o


fato jurídico pode ser provado mediante:
I - confissão;
II - documento;
III - testemunha;
IV - presunção;
V - perícia.
• Ocorre a confissão quando a parte admite a verdade de um fato,
contrário ao seu interesse e favorável ao adversário.
• Pode ser judicial ou extrajudicial, espontânea ou provocada, expressa
ou presumida (ou ficta) pela revelia.
• Tem, como elementos essenciais, a capacidade da parte, a declaração
de vontade e o objeto possível.
• Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz de dispor
do direito a que se referem os fatos confessados. (CC, art. 213).
• Se feita a confissão por um representante, somente é eficaz nos limites
em que este pode vincular o representado (ex: advogado sem poderes
especiais).
• A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de
fato ou de coação (214).
• Indivisibilidade da confissão
• Escrito representativo de um determinado fato jurídico.
• O documento pode ser público ou particular. Públicos são os
documentos elaborados por autoridade pública. Particulares quando
elaborados por particulares.
• A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento dotado
de fé pública, fazendo prova plena (art. 215) – Requisitos (§1º).
• Em princípio, o instrumento deve ser exibido no original. Os arts. 216 e
217, porém, definem os documentos que farão prova como os originais.
• Certidão é a reprodução do que se encontra transcrito em determinado
livro ou documento. Traslado é cópia do que se encontra lançado em
um livro ou em autos. A admissibilidade das diversas formas de
reprodução mecânica de documentos hoje existentes, bem como os
seus efeitos, está regulamentada no Código de Processo Civil, na seção
que trata da força probante dos documentos.
Art. 219. As declarações constantes de documentos assinados presumem-
se verdadeiras em relação aos signatários.
Art. 221. O instrumento particular, feito e assinado, ou somente assinado
por quem esteja na livre disposição e administração de seus bens, prova
as obrigações convencionais de qualquer valor; mas os seus efeitos, bem
como os da cessão, não se operam, a respeito de terceiros, antes de
registrado no registro público.
Art. 223. A cópia fotográfica de documento, conferida por tabelião de
notas, valerá como prova de declaração da vontade, mas, impugnada sua
autenticidade, deverá ser exibido o original.
Art. 224. Os documentos redigidos em língua estrangeira serão
traduzidos para o português para ter efeitos legais no País.
Art. 225. As reproduções fotográficas, cinematográficas, os registros
fonográficos e, em geral, quaisquer outras reproduções mecânicas ou
eletrônicas de fatos ou de coisas fazem prova plena destes, se a parte,
contra quem forem exibidos, não lhes impugnar a exatidão.
• As testemunhas podem ser instrumentárias ou judiciárias. Ou ambas.
• Qualquer que seja o valor do negócio jurídico, a prova testemunhal é
admissível como subsidiária ou complementar da prova por escrito (art.
227, par. único).
• Alto grau de subjetividade. Algumas pessoas não podem ser admitidas
como testemunhas (art. 228):
- menores de dezesseis anos;
- o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes;
- os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o
terceiro grau de alguma das partes, por consanguinidade, ou afinidade.
• No entanto, para a prova de fatos que só elas conheçam, pode o juiz
admitir o depoimento das referidas pessoas (art. 228, §1º).
• A pessoa com deficiência poderá testemunhar em igualdade de condições
com as demais pessoas, sendo-lhe assegurados todos os recursos de
tecnologia assistiva (§2º).
Art. 228. Não podem ser admitidos como testemunhas:
I - os menores de dezesseis anos;
II - aqueles que, por enfermidade ou retardamento mental, não tiverem discernimento
para a prática dos atos da vida civil;
III - os cegos e surdos, quando a ciência do fato que se quer provar dependa dos sentidos
que lhes faltam;
IV - o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes;
V - os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o terceiro grau de
alguma das partes, por consangüinidade, ou afinidade.
§ 1o Para a prova de fatos que só elas conheçam, pode o juiz admitir o depoimento das
pessoas a que se refere este artigo.
§ 2o A pessoa com deficiência poderá testemunhar em igualdade de condições com as
demais pessoas, sendo-lhe assegurados todos os recursos de tecnologia assistiva.

Art. 447. Podem depor como testemunhas todas as pessoas,


exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas.
§ 4º Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das
testemunhas menores, impedidas ou suspeitas.
§ 5º Os depoimentos referidos no § 4º serão prestados
independentemente de compromisso, e o juiz lhes atribuirá o
valor que possam merecer.
• Presunção é a conclusão que se extrai de um fato conhecido, para se
chegar a um desconhecido, admitido como verdadeiro.
• As presunções podem ser legais (juris) ou comuns (hominis).
• Legais: decorrem da lei. Ex: presume ser pai do filho nascido de sua
mulher, na constância do casamento.
• Comuns ou hominis são as que se baseiam no que ordinariamente
acontece, na experiência da vida.
• As presunções legais dividem-se em absolutas (juris et de jure) e relativas
(juris tantum). Absolutas são as que não admitem prova em contrário.
Relativas são as que admitem prova em contrário.
• Por exemplo, a presunção de paternidade atribuída ao marido, em relação
ao filho de sua mulher nascido na constância do casamento, pode ser
elidida por meio da ação negatória de paternidade (CC, art. 1.601).
• O Código de Processo Civil denomina prova pericial o exame, a
vistoria ou avaliação (art. 464).

• Exame é a apreciação de alguma coisa, por peritos, para auxiliar


o juiz a formar a sua convicção. (grafotécnico, DNA).

• Vistoria é perícia restrita à inspeção ocular.

• Avaliação é a atribuição ao bem do seu valor de mercado.

• Aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessário


não poderá aproveitar-se de sua recusa (art. 231).

• A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá suprir a


prova que se pretendia obter com o exame (art. 232).
Art 5º, LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e
aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

Art 5º, LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por


meios ilícitos;

Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais,


bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados
neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o
pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

*interesse preponderante no caso concreto.

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