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Obesidade Infantil

◦ Doença nutricional mais prevalente a nível mundial


(OMS, 2004)
Pandemia do século XXI
◦ Doença das sociedades emergentes (em transição
nutricional)
Globesidade
◦ Doença crónica não comunicável (OMS, 2002)
Prevalência da Obesidade Infantil
A prevalência da obesidade (Ob) tem vindo a aumentar assim
como a sua severidade, acompanhada de um aumento da
morbilidade e da mortalidade ;

International Obesity Task Force 1 em cada 10 crianças (155


milhões, incluindo os cerca de 30-45 milhões obesos) em
idade escolar (5-17 anos), têm excesso de peso (ExP) no
mundo;

Estima-se que a prevalência de ExP em crianças dos 7 aos 11


anos, nos países do norte da Europa varia entre 10 a 20%, e
que nos países do sul a prevalência é ainda maior atingindo os
20 a 40%.
Prevalência da Obesidade Infantil
 Portugal segundo um estudo realizado em crianças dos 7 aos 9 anos,
apresenta uma prevalência de ExP e Ob de 31,5% (dos quais 11,3% refere-
se à Ob);

•Entre os 9 e os 11 anos
a prevalência de
obesidade é de 33 %.
•Entre os 11 e os 16
anos a prevalência de
obesidade é de 17,9%.
Prevalência da Obesidade Infantil
Na População escolar de Ermesinde foi
efectuado pelo Serviço de Nutrição em 2004
um levantamento da prevalência de EXP/OB
em 5 escolas Ensino Básico do Concelho.
Foram avaliadas 365 crianças (178 rapazes e
184 raparigas).

A prevalência de obesidade encontrada foi de


19,7% e de excesso ponderal 18%. EXP+OB =
37,7%.

Total =365

250

200
Nº Crianças

227
150

100

50 72 66
0
OBESAS SOBREPESO PESO < P85
Prevalência da Obesidade Infantil
Definição
A obesidade pode ser definida
como uma condição na qual
existe excesso de gordura
corporal;

Surge como consequência da


forma como o corpo regula a
ingestão energética, o gasto Factores
energético e o balanço genéticos
energético. O aumento da Ob
reflecte um estado de balanço
energético positivo.
Factores Comportamentais
Metabólicos
Fórmulas de classificação de
obesidade
Nos E.U.A utilizam-se as curvas produzidas pelo Center of Disease Control em 2000
(CDC 2000), também usada no Canadá e na Austrália. A Inglaterra desenvolveu curvas
(UK90);

A IOTF recomendada pela OMS, adotou uma definição da Ob em crianças e


adolescentes devia ser consistente com a definição da Ob no adulto, e idealmente,
devia usar dados representativos da população mundial. Subsequentemente,
recolheram-se dados de 6 países entre 1963 e 1993, e desenvolveram-se curvas de
percentil (com pontes de corte específicos para a idade e sexo) que passavam nos
valores de IMC de 25 kg/m2 e 30 kg/m2 na idade dos 18 (refletindo as definições
recomendadas pela OMS para a Ob e ExP no adulto).
Cuvas de crescimento da OMS
IMC de Quetelet
[peso (kg) / altura2 (m)]

 Recomendado pela OMS, IOTF, ECOG como marcador para rastreio de excesso
de peso / obesidade.
 Correlaciona-se com a gordura corporal total sendo pois um bom preditor de
adiposidade em populações pediátricas saudáveis, pelo que é largamente
utilizado como um índice relativo de adiposidade.
 Não constitui uma medida direta de adiposidade.
(sobrestima a gordura em crianças com baia estatura ou atletas)
 O seu valor varia com a idade o sexo e em menor grau com o estadio
pubertário e a etnicidade.
(prudência na interpretação da definição de obesidade)
IMC para a idade e sexo e percentis
Critérios de classificação usando os pontos
de corte do IMC
Muito embora as limitações, o IMC é o parâmetro recomendado para
definir excesso de peso e obesidade.

Classificação do estado Percentil de IMC


nutricional
Baixo peso Igual ou inferior ao percentil 5
Peso normal Entre o percentil 5 e o
percentil 85
Excesso de peso Igual ou superior ao Pc 85
Pré- obesidade Igual ou superior ao Pc 85 e
inferior ao Pc 95
Obesidade Igual ou superior ao percentil
95
Circunferência da cintura e razão
cintura / anca
 É uma medição indireta da adiposidade
central.
 A adiposidade central regista uma forte
correlação com o risco cardiometabólico
já em idade pediátrica.
Tipo de obesidade
Imagem corporal
Imagem corporal
Etiologia
Baixo nível
sócio-
económico

Rápido
ganho de
Obesidade
peso
dos pais
durante a
infância
Obesidade
Infantil

Ganho
ponderal da
Diabetes
mãe
gestacional
durante a
gravidez
Ciclo vicioso da Obesidade
Co - Morbilidades
. Hiperinsulinemia e diabetes tipo 2;

. Apneia do Sono;

. Problemas Ortopédicos;

. Hipertensão e doenças cardio-vasculares;

. Dislipidemia e aterosclorese precose;

. Baixa auto-estima.
Prevenção/Tratamento

As estratégias propostas incluem aquelas que envolvem


a escola, a comunidade, mudança de comportamento
dos pais, cuidados primários e modelos médicos
baseados em subespecialidades.

Isganaitis E, Levitsky LL. Preventing childhood obesity: can we do it? Curr Opin Endocrinol Diabetes Obes. 2008; 15(1):1-8.
Pequeno – almoço
 Foi perguntado aos jovens com que frequência tomavam o pequeno almoço nos
dias em que tinham escola e aos fins de semana. Os resultados apresentados
apenas se refere aqueles que afirmam tomar o pequeno almoço nos dias em que
têm escola.
Consumo de fruta
Consumo de bebidas açucaradas
 Foi perguntado aos jovens com que frequência bebiam bebidas
açucaradas. Os resultados apresentados referem-se àqueles que
admitiram consumir bebidas açucaradas pelo menos uma vez por dia.
Atividade Física
 Foi perguntado aos jovens, na semana anterior quantas vezes tinham
feito atividade física pelo menos durante 60 minutos diários.
Actividades Sedentárias
 Foi perguntado aos jovens quantas horas por dia passavam a ver televisão (incluindo
videojogos e DVDs) no tempo livre à semana e ao fim de semana. Os resultados
apresentados representam aqueles que afirmam ver televisão 2 ou mais horas todos os dias.
Sono
Idade Nº aproximado de horas de
sono

1 Ano 15 horas

2 Anos 13 – 14 horas

4 Anos 12 horas

10 anos 8 – 10 horas

Adolescência 8 horas

Adultos 7 – 6 horas

Idosos 5 – 7 horas
Consulta de Nutrição
 Anamnese (recolha informações da criança e
pais);

 Avaliação Nutricional (antropométrica,


bioquímica, avaliação das 24 horas anteriores,
frequência alimentar, preferências e
intolerâncias alimentares);

 Estilos de vida (atividade


física / sedentárias semanal).
Intervenção Nutricional
 Food and Nutrition Board, 2002

 Plano alimentar com restrição calórica


moderada,

 Aconselhamento Alimentar:
Dieta do Semáforo.
Prevenção/Tratamento
O tratamento deve assentar numa intervenção não-farmacológica:

- restrição dietética modesta;


- aumento da prática de AF (é recomendado a prática de AF nas horas extra-escolares e aos fins-
de-semana),
- redução de atividades sedentárias (a composição nutricional dos alimentos publicitados na TV
é de baixa qualidade em termos de tipo de gordura, e do conteúdo em sódio e fibras; o
contributo negativo da TV para o desenvolvimento da Ob foi reconhecido a muito tempo, pela
sua provável capacidade de reduzir o gasto energético),
- mudança de comportamento (sono,…).

Estes aspetos também devem ser adotados pelos pais.

Moya M. An update in prevention and treatment of pediatric obesity. World J Pediatr. 2008; 4(3):173-85
Avaliação da Eficácia
da Consulta de
Nutrição na Obesidade
Infantil
Avaliação da Eficácia da Consulta de
Nutrição na Obesidade Infantil
Este estudo teve os seguintes objectivos:
 avaliar a eficácia da consulta de nutrição:
- dados antropométricos;
- estilo de vida (alimentação;
- prática de actividade física, tempo de televisão/computador/jogos
electrónicos);
 analisar as características das crianças que desistiram após a P1 (1ª
consulta), comparando-as com as que não desistiram;
 procurar associações entre as variáveis em estudo (idade e sexo das
crianças, tempo de gestação, tempo de amamentação, peso e
comprimento ao nascer, idade e escolaridade dos pais, número de
consultas com as variáveis antropométricas e de estilo de vida);
 Determinar a prevalência de Ob e ExP das crianças tendo em conta o IMC
e a %MG.
Material e métodos
Tipo de Estudo
 Estudo longitudinal retrospetivo
Seleção da amostra
Material e métodos
 Recolha de dados:
 Processos clínicos das crianças;
 Recolheram-se os dados referentes à P1, e após 6 meses de
 seguimento (dados finais).

 Avaliação da ingestão alimentar:


 Recordação das 24horas anteriores;
 Quantificou-se o consumo (dose) de lacticínios, fruta e
produtos hortícolas
 (ingestão de sopa, legumes e hortaliças no prato);
 Os produtos doces e salgados, segundo o número destes
alimentos
 consumidos diariamente e as bebidas açucaradas pelo
número de copos.
Material e métodos
 Intervenção (Consulta de Nutrição):

 Dados pessoais da criança e dos pais, história clínica,


avaliação da ingestão alimentar, e dados relativos aos estilos
de vida
 Avaliação antropométrica (peso, estatura, IMC, composição
corporal)
 A composição corporal era avaliada usando uma Tanita®
Modelo TFG – 300
 O cálculo das necessidades energéticas efectuou-se através
das fórmulas do
 Food and Nutrition Board
 Plano alimentar, aconselhamento sobre ingestão de água e
prática de actividade física
Material e métodos
Análise Estatística:
 Programa SPSS® (Statistical Package for the Social Sciences) versão 16.0

 Cálculo da média e desvio padrão para as variáveis cardinais e na

 apresentação de frequências para as variáveis nominais.

 Teste de Kolmogorov-Smirnov (normalidade da distribuição das variáveis)

 Teste t-Student (comparar médias independentes e emparelhadas)

 Teste de Wilcoxon (amostras emparelhadas) e o teste de Mann-Whitney

 (amostras independentes)

 Coeficiente de correlação de Pearson (correlações paramétricas) e o

 coeficiente de correlação de Spearman (correlações não paramétricas)

 Foi considerado o nível de significância p < 0,05 para todos os testes


Resultados
•Caracterização da amostra

 Caraterização da amostra
Resultados
 Distribuição da amostra pelo IMC antes da intervenção
Resultados
 Efeitos da intervenção

Alterações antropométricas nas crianças


Resultados
Distribuição da amostra pelo IMC após a intervenção:

IOTF = 9,3%

Cruzamento entre classificação inicial e final das crianças, segundo os critérios do IOTF.

CDC = 7%

Cruzamento entre classificação inicial e final das crianças, segundo os critérios do IOTF.
Resultados
Efeitos no estilo de vida:
Resultados
 Comparação entre os desistentes e os não desistentes
Conclusão
 Do presente estudo concluiu-se que a CN é uma abordagem eficaz, uma vez que
permitiu a redução do IMC e levou à aquisição de hábitos de EV saudáveis por parte
das crianças.

 Mostrou a necessidade de se criar uma referência consensual e universal para


definir a Obesidade infantil.

 Deu a conhecer características específicas das crianças que desistem da CN.

 É bastante pertinente e urgente, os investigadores debruçarem-se sobre estudos


com o objetivo de determinar os mediadores e os moderadores da eficácia das
diferentes abordagens, e a extensão da intensidade necessária para que os bons
resultados destas intervenções possam perdurar no futuro.
OBRIGADA PELA ATENÇÃO!

“Podemos ser mais bem sucedidos em lidar


com a Obesidade em crianças e adolescentes do
que em lidar com a obesidade no adulto”
(James O. Hill and Frederick L.Trowbridge

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