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Este documento discute metástases na coluna vertebral, seu diagnóstico e tratamentos cirúrgicos. As metástases são mais comuns na coluna torácica e causam dor. Exames de imagem como TC e ressonância magnética são usados para diagnóstico. Cirurgias incluem vertebroplastia e cirurgia descompressiva com reconstrução óssea. O retalho grande dorsal reverso é usado para tratamento de defeitos na linha média posterior.
Este documento discute metástases na coluna vertebral, seu diagnóstico e tratamentos cirúrgicos. As metástases são mais comuns na coluna torácica e causam dor. Exames de imagem como TC e ressonância magnética são usados para diagnóstico. Cirurgias incluem vertebroplastia e cirurgia descompressiva com reconstrução óssea. O retalho grande dorsal reverso é usado para tratamento de defeitos na linha média posterior.
Este documento discute metástases na coluna vertebral, seu diagnóstico e tratamentos cirúrgicos. As metástases são mais comuns na coluna torácica e causam dor. Exames de imagem como TC e ressonância magnética são usados para diagnóstico. Cirurgias incluem vertebroplastia e cirurgia descompressiva com reconstrução óssea. O retalho grande dorsal reverso é usado para tratamento de defeitos na linha média posterior.
A ocorrência de metástases ósseas é uma condição frequente em pacientes acometidos por câncer. Nos Estados Unidos a incidência anual de metástases da coluna vertebral é de 180.000 novos casos. As metástases toracolombares são usualmente originadas do tumor primário de localização na mama, próstata e pulmão evidenciando a predisposição dessas neoplasias de promover metástase para o esqueleto, no entanto outras neoplasias sólidas que promovem implantes no sistema esquelético com frequência são o carcinoma renal, carcinoma gastrointestinal e carcinoma de tireoide. Fisiopatogenia • As metástases na coluna vertebral ocorrem usualmente por meio de disseminação hematogênica, linfática, liquórica (rara) ou invasão direta por proximidade. As lesões sintomáticas são localizadas em 70% dos casos na coluna torácica, 20% na região lombossacra, 10% na região cervical e são múltiplas em 17 a 30% dos pacientes. • A via hematogênica é a principal forma de disseminação das células neoplásicas e, geralmente ocorre através do plexo venoso vertebral de Batson.
Este plexo recebe a drenagem venosa das vísceras torácicas,
abdominais e pélvicas e em decorrência do aumento da pressão intracavitária devido a presença da neoplasia, ocorre fluxo retrogrado as veias desprovidas de valvas e disseminação neoplásica para a coluna vertebral. • As metástases são classificadas baseando-se na localização anatômica em três grupos: extradural, intradural extramedular e intramedular.
• Classicamente os implantes das metástases são mais frequentes na
região póstero-lateral do corpo vertebral. A explicação decorre do maior suprimento sanguíneo e massa óssea desta região em relação aos elementos posteriores da vertebra e em virtude do suprimento vascular situar-se na região posterior e lateral do corpo vertebral. Manifestações clínicas • O sintoma inicial mais frequente nos pacientes com doença metastática da coluna vertebral é a dor, presente em aproximadamente 90% dos casos, desta forma, dor em paciente oncológico corresponde à metástase até que se prove o contrário.
• O quadro patológico pode ser dividido em três categorias: dor local,
dor mecânica e/ou dor radicular. Normalmente o quadro doloroso secundário a metástase não é aliviado pelo repouso, persiste no período noturno, possui duração superior a 6 semanas, pode ser acompanhado de inapetência e febre. Outros sintomas associados são diminuição da força muscular nos membros, alteração da sensibilidade e perda do controle esfincteriano. Diagnostico • Paciente com suspeita de metástase em coluna vertebral deve ser avaliado por um exame físico cuidadoso, avaliando o inicio dos sintomas, presença de envolvimento sistêmico, antecedentes de tabagismo, exposição ocupacional e historia familiar de neoplasia.
• A avaliação neurológica é fundamental para auxilio na definição do
tratamento, especialmente em pacientes com doença em múltiplos níveis, inclui testes de função muscular dos membros superiores e inferiores e um exame de sensibilidade superficial é essencial na definição do nível medular acometido. Diagnostico por imagem • A radiografia simples da coluna vertebral é o exame inicial a ser solicitado na suspeita de metástase. No entanto as lesões precoces são difíceis de detectar pois 30% a 50% do osso esponjoso precisa ser destruído antes que a radiografia mostre alterações, mas é útil para avaliar alterações quantitativas nas vertebras, local anatômico comprometido e a integridade estrutural da coluna vertebral. O primeiro sinal radiológico de lesão metastática da vertebra é a ausência do pedículo • A tomografia computadorizada (TC) permite a avaliação da arquitetura óssea, portanto, determinação precisa do osso residual viável, auxiliando na definição da melhor proposta cirúrgica.
• A ressonância magnética (RM) é importante na demonstração do
complexo musculo-ligamentar, medula espinhal e extensão da neoplasia. Tratamento cirúrgico • A escolha do acesso neurocirúrgico dependera de vários fatores dentre eles: expectativa de vida do paciente (Escala de Tokuhashi e Escala de Tomita), da condição clinica, do segmento vertebral acometido, do grau de instabilidade da coluna e do grau de comprometimento da coluna. Pacientes que não possuem evidência de compressão nas estruturas ósseas
• Vertebroplastia consiste na injeção percutânea, normalmente através
do pedículo vertebral, no interior do corpo vertebral.
• Cifoplastia, diferentemente da vertebroplastia, realiza-se dilatação
previa do corpo vertebral colapsado através de balão apropriado, com formação de uma cavidade permitindo injeção da referida substância com pressão gradual. Pacientes com compressão significativa de elementos nervosos associada à instabilidade da coluna vertebral • Faz-se necessário à descompressão da medula espinhal, reconstrução do corpo vertebral com implantes de titânio e estabilização da coluna vertebral, visando à manutenção das propriedades anatômicas e biomecânicas da coluna e preservação da função neurológica.
• A cirurgia da coluna vertebral realizada na paciente CFM teve
complicações quanto a cicatrização e por isso os médicos indicaram a oxigenoterapia hiperbárica Oxigenoterapia hiperbárica • A oxigenoterapia hiperbárica (OHB) é uma modalidade terapêutica que consiste na oferta de oxigênio puro em um ambiente pressurizado a um nível acima da pressão atmosférica, habitualmente entre duas e três atmosferas. A OHB pode ser aplicada em câmaras com capacidade para um paciente (câmara monopaciente ou monoplace) ou para diversos pacientes (câmara multipaciente ou multiplace). A OHB consiste em uma modalidade segura apresentando poucas contraindicações. Os efeitos colaterais da OHB estão relacionados à variação da pressão e/ou toxicidade do oxigênio. A toxicidade do oxigênio está relacionada à dose oferecida e ao tempo de exposição ao tratamento hiperbárico.
A oxigenoterapia hiperbárica não foi eficiente na cicatrização e por conta disso a
paciente CFM foi submetida a uma cirurgia plástica (retalho grande dorsal reverso em cambalhota). Retalho grande dorsal reverso em cambalhota • O tratamento de defeitos adquiridos da linha média posterior é um grande desafio ao cirurgião plástico. Estes defeitos geralmente são decorrentes de complicações de cirurgias na coluna. São lesões complexas, profundas, com exposição de tecidos nobres e muitas vezes acompanhadas de infecção. A sequencia do tratamento inclui desbridamento (retirada de tecido desvitalizado) e a cobertura da área com tecido bem vascularizado, o que nesta região torna-se difícil devido as poucas opções de retalhos musculares. As feridas simples podem ser tratadas com retalhos locais fasciocutâneos ou com retalhos musculares. As feridas complexas só melhor tratadas com retalhos musculares. Bibliografia • Araújo JLV, Veiga JCE, Figueiredo EG, Barboza VR, Daniel JW, Papadopoulos AT. Manejo das neoplasias metastáticas da coluna vertebral – uma atualização. Uso de painel de artigos científicos no ensino da cirurgia ambulatorial. Rev Col Bras Cir. • Oliveira RJN, Jeziorowski A, Kaimoto, CL, Tubone TQ, Mateus, FN, Bittencourt RC. Uso do retalho grande dorsal reverso em cambalhota para tratamento de defeitos adquiridos na linha media posterior. Arquivos Catarinenses de Medicina - Volume 41 - Suplemento 01 - 2012 • MINISTERIO DA SAUDE. Oxigenoterapia hiperbárica. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, 2017.