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Inspeção por Líquidos Penetrantes

APRESENTAÇÃO
O líquido penetrante tem como função
detectar descontinuidade nas superfícies
de materiais fundidos, forjados,
laminados e soldados.

Sendo assim, este material apresentará


os diferentes métodos de aplicação do
líquido e os equipamentos utilizados na
realização dos ensaios, considerando as
condições de temperatura e iluminação
do ambiente.

Estas informações contribuirão na


qualificação do técnico junto a ABENDE.
LÍQUIDO PENETRANTE
 O END por líquido penetrante é capaz de indicar
descontinuidades na superfície de materiais, tais como
TRINCAS e POROSIDADES em soldas, DOBRAS em
forjados, etc.
 Usa-se, com freqüência, o END por líquido penetrante em
alumínio, ferro fundido, cobre, aço-carbono (aço comum) e
aço inoxidável. Pode ainda ser usado em outros materiais,
desde que não sejam porosos.
 É necessário, no entanto, tomar certas precauções quanto
aos produtos que compõem o líquido penetrante, pois
alguns tipos de aço e outros materiais como, por exemplo,
o níquel podem ser afetados por certas substâncias
existentes no líquido.
 Além do líquido penetrante, existem outros materiais
fundamentais no exame. O conhecimento das propriedades
e da correta utilização desses materiais é, portanto, da
maior importância para o Inspetor.
MATERIAIS PENETRANTES
 Para que se compreenda um Exame Não Destrutivo por
líquido penetrante, será necessário conhecer os
MATERIAIS PENETRANTES.

 MATERIAIS PENETRANTES - São todos os produtos


utilizados no processo de Exame por líquidos penetrantes,
para detectar descontinuidades.
Existem vários tipos de materiais
penetrantes:
  SOLVENTE
Produto utilizado na limpeza inicial da superfície
da peça.
  LÍQUIDO PENETRANTE
Produto utilizado sobre a superfície da peça, para
penetrar nas descontinuidades.
  REMOVEDOR
Produto utilizado na remoção do excesso de
líquido penetrante.
  EMULSIFICADOR
Produto utilizado para facilitar a remoção do
excesso de alguns líquidos penetrantes.
  REVELADOR
Produto utilizado para indicar as
descontinuidades.
LÍQUIDOS PENETRANTES
 Liquido com alto poder de
penetração em pequenas
aberturas, utilizado na
detecção de
descontinuidades.

Existem dois tipos de propriedades:


 PROPRIEDADES
FUNDAMENTAIS

 PROPRIEDADES
COMPLEMENTARES
PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS
 São as responsáveis por dar ao líquido a capacidade de penetrar
em pequenas aberturas. Essa capacidade de penetração em
pequenas aberturas é denominada CAPILARIDADE.
São elas:
 Tensão Superficial
 Molhabilidade
PROPRIEDADES COMPLEMENTARES
 Estas propriedades não são as responsáveis pela determinação
de que um líquido é bom Penetrante ou não. Porém, elas se
caracterizam por definir a qualidade do exame, garantindo, por
exemplo, que a peça por examinar não será danificada pela
composição química dos produtos utilizados (Líquidos
Penetrantes).

 SÃO SETE AS PROPRIEDADES COMPLEMENTARES


 viscosidade
 volatilidade
 inércia química
 habilidade de dissolução
 emulsificabilidade
 ponto de fulgor
 toxidez
CLASSIFICAÇÃO DOS LIQUIDOS
PENETRANTES
O END por líquido penetrante pode
ser realizado por dois métodos,
de acordo com a CLASSIFICAÇÃO
dada pela norma ASME Seção V
(a mais conhecida e aceita pela
indústria nacional).

 TIPO I - que se relaciona com os


Penetrantes Fluorescentes e deve
ser realizado em ambientes
escuros.

 TIPO II - que se relaciona com


Penetrantes Coloridos e deve ser
realizado em ambientes com boa
iluminação.
Esses métodos subdividem-se, ainda, em
três tipos, assim classificados:

 Técnica A - removíveis com água, denominado


procedimento I-A e II-A.
 Técnica B - pós-emulsificáveis lipofílicos, denominado
procedimento I-B.
 Técnica C - removíveis com solvente, denominado
procedimento I-C e II-C.
 Técnica D - pós-emulsificáveis hidrofílicos, denominado
procedimento I-D.
Tipo I PENETRANTES
FLUORESCENTES
 Primeiro é necessário compreendermos o
conceito de MATERIAIS
FLUORESCENTES.

 MATERIAIS FLUORESCENTES  são


aqueles que exibem FLUORESCÊNCIA
quando incide sobre eles um determinado
tipo de luz (luz negra).

 FLUORESCÊNCIA  é a propriedade que


certos materiais têm de transformar uma
luz não perceptível ao olho humano em luz
visível. Neste caso, a luz não perceptível é
a LUZ NEGRA, e a que é reemitida é uma
luz amarelo-esverdeada, de grande brilho,
que chama a atenção. Este fenômeno só é
percebido em ambientes escuros.

 PENETRANTES FLUORESCENTES  São


aqueles que são ministrados a corantes
fluorescentes.
Procedimento I-A PENETRANTE
FLUORESCENTE REMOVÍVEL COM ÁGUA
 Este tipo de Penetrante baseia-se no
fato de que o excesso de Penetrante,
após o tempo necessário para a
penetração, é removido com água.

 Esses Penetrantes são removíveis com


água porque já contêm o Emulsificador
em sua fórmula, porém em proporções
bastante controladas, de forma que não
se altere sua qualidade.
Procedimento I-A PENETRANTE FLUORESCENTE
REMOVÍVEL COM ÁGUA

APLICAÇÕES

 Empregado somente em áreas escurecidas, porque o efeito de


fluorescência só é percebido no escuro.

 Método mais indicado para a inspeção de peças que possuam


superfície rugosa, porque, sendo a superfície lavável, torna a
remoção do excesso de Penetrantes mais eficiente e rápida.

 Método mais indicado para peças de fôrmas como, por exemplo,


superfícies roscadas, pelo mesmo motivo anterior.

 Detecta quase todos os tipos de descontinuidades superficiais.


Procedimento I-A PENETRANTE
FLUORESCENTE REMOVÍVEL COM ÁGUA

RESTRIÇÕES

 Não é confiável para detectar descontinuidades muito


rasas, pois durante a remoção do excesso (lavagem
com água) o Penetrante pode ser retirado.

 É recomendado somente para um exame. Reexames


não são confiáveis, uma vez que, em virtude da sua
composição química, o Líquido Penetrante pode ficar
retido na descontinuidade, secando no seu interior.
Procedimento I-B e I-D PENETRANTE
FLUORESCENTE PÓS-EMULSIFICÁVEL
 Este método consiste em aplicar sobre a
camada de Penetrante um Emulsificador,
que tornará o excesso de Penetrante
removível com água.
 O Emulsificador é aplicado após o tempo
de penetração e, tal como o Penetrante,
exige um tempo de permanência sobre a
superfície.
 Esse tempo é denominado tempo de
emulsificação.
Procedimento I-B e I-D PENETRANTE
FLUORESCENTE PÓS-EMULSIFICÁVEL
 APLICAÇÕES

 Método mais indicado quando se necessita de grande


sensibilidade, detectando descontinuidades muito pequenas.
Quando bem aplicado, pode indicar até riscos de ferramentas na
superfície. O que garante sensibilidade é a emulsificação, pois o
Penetrante não Emulsificado não é retirado, porque não combina
com a água.

 Detecta descontinuidades muito abertas e rasas. O controle do


tempo de emulsificação irá garantir a detectabilidade desses tipos
de descontinuidades.

 Não há muito perigo de haver remoção excessiva do Líquido


Penetrante.

 As peças podem ser reinspecionadas, sem perigo de perda da


detectabilidade.
Procedimento I-B e I-D PENETRANTE
FLUORESCENTE PÓS-EMULSIFICÁVEL
 RESTRIÇÕES

 Sendo a emulsificação uma etapa a mais no exame, o


tempo para a realização do exame aumenta.

 Método mais caro que os demais.

 Difícil remoção do excesso de Penetrante em superfície


rugosas e roscadas
Procedimento I-C PENETRANTE
FLUORESCENTE REMOVÍVEL COM SOLVENTE
 Este método consiste em remover
com solventes o excesso de Líquido
Penetrante existente, após decorrido
o tempo de penetração.
 A remoção é efetuada com um pano
levemente umedecido com um
solvente, que se passa sobre a
superfície do material.
Procedimento I-C PENETRANTE
FLUORESCENTE REMOVÍVEL COM SOLVENTE
 APLICAÇÕES

 Empregado somente em áreas escurecidas.

 Obtêm-se resultados intermediários, se comparados com os


procedimentos I-A e I-B e I-D, sendo, portanto, de uso
geral.
Procedimento I-C PENETRANTE
FLUORESCENTE REMOVÍVEL COM SOLVENTE
 RESTRIÇÕES

 Não é muito recomendado para descontinuidades rasas,


pois corre-se o risco de o líquido ser retirado da
descontinuidade durante a remoção do excesso.

 Não é recomendável para mais de um exame na mesma


peça.

 É de difícil remoção, não sendo indicado, portanto, para


superfícies rugosas.
Tipo II PENETRANTES COLORIDOS

 Os Penetrantes Coloridos, também


chamados Penetrantes Visíveis,
caracterizam-se por possuir coloração
visível sob luz normal, de cor vermelha,
em geral, por causa do corante utilizado.
Procedimento II-A PENETRANTE
COLORIDO REMOVÍVEL COM ÁGUA
 Este tipo baseia-se na propriedade que
tem o Líquido Penetrante de remover com
água o excesso de líquido, após um
período de penetração.

 Esse procedimento assemelha-se com o


Tipo I, Técnica A. A diferença básica entre
eles é que no Tipo II não se utiliza a luz
negra, mas sim, uma boa iluminação com
luz normal.
Procedimento II-A PENETRANTE
COLORIDO REMOVÍVEL COM ÁGUA
 Um aspecto positivo na utilização do Processo Colorido
Removível com Água é que a peça pode ser examinada
mais de uma vez com esse procedimento, uma vez que a
possibilidade de obstrução das descontinuidades é menor
que no caso de Penetrantes Fluorescentes (Tipo I).

 OBSERVAÇÃO

 O Líquido Penetrante Colorido Removível com Água é um


dos mais utilizados na indústria.
Procedimento II-C PENETRANTE
COLORIDO REMOVÍVEL COM SOLVENTE
 Este procedimento é semelhante ao caso
de Penetrante Fluorescente Removível com
Solvente (I-C), até mesmo quanto à sua
aplicação e restrições. Não necessita de luz
negra e permite que a peça seja
reexaminada sem perigo de perda da
detectabilidade.

 O tipo II-C também é um dos mais


utilizados na indústria.
CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE OS
LÍQUIDOS PENETRANTES
 Ao se escolher um método para um END por LP, deve-se considerar
vários fatores, para que seja feita a opção mais adequada a cada caso.

 Não é certo estabelecer o princípio de que todas as descontinuidades


devem ser detectadas, pois corre-se o risco de se escolher um método
mais caro do que o necessário.

 Deve-se ter em mente que a peça precisa estar isenta de


descontinuidades que interfiram na operação do equipamento.

 Após as observações apresentadas anteriormente, deve-se escolher o


método mais simples e menos oneroso, considerando-se,
primordialmente, a sensibilidade adequada. Quanto mais complexo o
método, maior a probabilidade de erros.

 Os Penetrantes Fluorescentes (Tipo I ) dão maior segurança ao exame.

 Os Penetrantes Coloridos são mais simples e portáteis, e seu grau de


segurança é suficiente para grande parte das aplicações.
SOLVENTES

 SOLVENTES
 São produtos, normalmente líquidos, que têm a propriedade de
dissolver outros produtos.
 EXEMPLOS
 A remoção de graxa ou óleo de uma superfície é obtida utilizando-
se um solvente, que, no caso, é um LIMPADOR, pois foi utilizado
para a limpeza inicial.
REMOVEDOR

 São produtos que têm a propriedade de remover outros


produtos. Num Exame por Líquidos Penetrantes, o termo
REMOVEDOR deve ser usado apenas para caracterizar
produtos utilizados na remoção do excesso de Líquido
Penetrante.

OBSERVAÇÃO
 O solvente é um removedor, quando empregado na
remoção do excesso de Líquido Penetrante removível com
solvente.
SOLVENTE X REMOVEDOR

 A diferença fundamental entre SOLVENTE e REMOVEDOR você poderá


concluir, após verificarmos que propriedades esses produtos devem
possuir, quando indicados para uso no Exame Não Destrutivo por Líquido
Penetrante.

 Para o SOLVENTE podemos dizer que:


 deve possuir HABILIDADE DE DISSOLUÇÃO;
 deve ter alta CAPILARIDADE.

 O REMOVEDOR não deve ter alta CAPILARIDADE, pelo fato de ser


empregado na remoção do excesso de penetrante, para que não entre nas
descontinuidades, retirando o líquido de dentro das mesmas.

 Podemos concluir que a diferença básica entre um SOLVENTE e um


REMOVEDOR é que o SOLVENTE pode ser sempre um REMOVEDOR, e
um REMOVEDOR nem sempre pode ser um SOLVENTE.
EMULSIFICADOR
 É o produto utilizado para se combinar com o excesso de Líquido
Penetrante existente sobre a superfície da peça, formando outro
produto (Líquido Penetrante + Emulsificador), lavável (removível) com
água.

 PROPRIEDADES
 Capacidade de Mistura;
 Viscosidade;
 Ponto de Fulgor;
 Toxidez.
INFLUÊNCIA DA CAPACIDADE DE
MISTURA
 A atuação do Emulsificador está diretamente relacionada com a
capacidade que tem de se combinar com o Líquido Penetrante.
 Essa capacidade permite a obtenção de um produto removível
com água.

 É importante observar que:


 Se o Emulsificador não conseguir combinar com o Líquido
Penetrante, não será possível remover o excesso com água.
 Para que ocorra a combinação entre o Emulsificador e o
Líquido Penetrante, é necessário algum tempo. Esse tempo
é chamado TEMPO DE EMULSIFICAÇÃO.
 Podemos dizer, ainda, que:

 O TEMPO DE EMULSIFICAÇÃO depende da velocidade


com que o emulsificador combina com o Líquido
Penetrante.

 Essa velocidade é chamada VELOCIDADE DE MISTURA.

 Se a VELOCIDADE DE MISTURA for muito grande, a


Emulsificação será muito rápida. Neste caso, corre-se o
risco de até mesmo se atingir o Líquido Penetrante retido
nas descontinuidades, antes da remoção por ação da água.

 Se, ao contrário, a VELOCIDADE DE MISTURA for muito


baixa, o tempo de Emulsificação será muito grande e
tornará a inspeção muito demorada.
INFLUÊNCIA DA VISCOSIDADE
 No caso dos EMULSIFICADORES, quanto maior a Viscosidade,
menor a velocidade com que se misturam ao Líquido Penetrante.
Assim, os EMULSIFICADORES de alta viscosidade necessitam de
maior TEMPO DE EMULSIFICAÇÃO, tornando o exame mais
demorado.

 Um bom EMULSIFICADOR deve ter VISCOSIDADE tal, que


conduza a um bom valor de TEMPO DE EMULSIFICAÇÃO.
INFLUÊNCIA DO PONTO DE FULGOR E
TOXIDEZ
 Como no caso dos Líquidos Penetrantes, os Emulsificadores
também devem atender à exigência de Ponto de Fulgor superior a
60º C.

Os Emulsificadores não devem ser tóxicos, não devem possuir odor


exagerado, nem causar irritação à pele.
REVELADORES
 Os Reveladores são produtos utilizados nos Exames por Líquido
Penetrante, apresentados em forma de pó, ou de pó misturado
com líquido, de modo que possam ser aplicados à superfície,
formando uma camada uniforme.

 São aplicados na superfície da peça após a remoção do excesso


de penetrante, e devem ser capazes de absorver o penetrante do
interior das descontinuidades, espalhando-o (como um mata-
borrão).

 Os Reveladores indicam a presença de descontinuidade por


meio do manchamento do pó pelo Penetrante.
PROPRIEDADES DOS
REVELADORES
 Para que os Reveladores contribuam para a boa qualidade
do exame, devem atender às seguintes propriedades:
 Absorção
 Granulometria

 ABSORÇÃO
 É a propriedade que certos materiais têm de absorver
(sugar) líquidos, com uma certa rapidez.
 EXEMPLO
 Podemos comparar o revelador com a atuação do mata-
borrão, quando absorve a tinta.
 Nos Exames por Líquidos Penetrantes, o Revelador absorve
o Líquido Penetrante contido nas descontinuidades.
 GRANULOMETRIA

 Em um material em forma de grãos normalmente são encontrados


grãos de vários tamanhos. Se dissermos que um determinado
material tem granulometria 5, por exemplo, isto significa que o
tamanho máximo de grão permitido nesse material é o tamanho
5, ou seja, todos os seus grãos têm tamanho igual ou inferior a 5.

 Quanto menor a granulometria, menor é o tamanho dos grãos do


material.

 Observações importantes sobre a GRANULOMETRIA.

 No Exame por Líquidos Penetrantes, o Revelador deve ser de


pequena granulometria, ou seja, deve possuir granulação bem
fina (grãos pequenos), para que possa espalhar-se sobre a
superfície a que é aplicado, formando uma camada fina e
uniforme.

 O revelador é o material por onde o Líquido Penetrante retido nas


descontinuidades se espalhará, causando o manchamento. Se a
granulação não for fina, a absorção ficará prejudicada.
TIPOS DE SOLVENTES
 SOLVENTES INFLAMÁVEIS
 SOLVENTES NÃO-INFLAMÁVEIS
São exemplos de Solventes inflamáveis: “Thinner” comercial,
álcool e acetona.
São exemplos de Solventes não inflamáveis: Tetracloroetileno e
Cloretene.

 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

 Os Solventes não-inflamáveis, normalmente, são muito tóxicos.

 Um dos componentes do "Thinner", o benzeno, é um produto


químico prejudicial à saúde. A Portaria nº 3 do Ministério da
Saúde limita a utilização do benzeno em 1%, em volume, na
composição do “Thinner”.

 Solventes tais como gasolina e querosene não podem ser


utilizados no exame porque contêm frações pesadas (pequenas
quantidades de óleo) do petróleo, que podem permanecer no
interior de uma descontinuidade, obstruindo-a.
TIPOS DE REMOVEDORES
 O tipo de removedor está sempre associado ao tipo de Líquido
Penetrante utilizado. Podemos dizer que o removedor será água
ou solvente, dependendo do tipo de Penetrante.
TIPOS DE EMULSIFICADORES
 O Emulsificador é um líquido de coloração normalmente
alaranjada, para contrastar com a coloração do Líquido
Penetrante. Podem ser de dois tipos diferentes, conforme a sua
composição:

Emulsificador à base de óleo ou Lipofílico


É utilizado na forma como é fornecido, não precisando ser
misturado com água ou outro produto.
Age logo que entra em contato com o Líquido Penetrante.
O processo de emulsificação cessa, quando a água é aplicada.

Emulsificador à base de água ou Hidrofílico


É mais freqüentemente utilizado diluído em água e aplicado
sob pressão, de modo que complete a camada de Líquido
Penetrante.
Pode também ser utilizado de maneira idêntica à do
Emulsificador à base de óleo, isto é, da forma como é
fornecido.
TIPOS DE REVELADORES
 Os reveladores podem ser classificados, quanto ao tipo,
em:

 Reveladores Secos

 Reveladores Úmidos
REVELADORES SECOS
São apresentados em forma de pós absorventes, que devem
ser aplicados uniformemente, sobre toda a superfície a ser
examinada.

É importante observar que a superfície deverá estar sempre


seca para a aplicação do revelador seco.
REVELADORES ÚMIDOS
 São reveladores que usam um pó seco (Revelador Seco)
misturado a um líquido.

 Os reveladores úmidos podem ainda ser classificados


quanto ao tipo de líquido:

 Reveladores Úmidos Aquosos


 Reveladores Úmidos Não-Aquosos
REVELADORES ÚMIDOS
AQUOSOS
 Os reveladores úmidos aquosos, ou simplesmente
reveladores aquosos, funcionam semelhante aos
Reveladores Secos, exceto pelo fato de que os
reveladores aquosos podem ser aplicados sem a
secagem da superfície a ser examinada.

 Os Reveladores Aquosos podem ser classificados ainda,


quanto ao tipo de mistura, em:
 Reveladores em Suspensão Aquosa
 Reveladores em Solução Aquosa
 REVELADORES EM SUSPENSÃO AQUOSA

 Esses reveladores têm a característica de o pó não se dissolver na


água, depositando-se com facilidade. Necessitam ser
constantemente agitados durante o seu uso, para manter a
homogeneidade da mistura.

 REVELADORES EM SOLUÇÃO AQUOSA

 Esses reveladores têm a característica de o pó estar dissolvido na


água, formando uma mistura homogênea, ou seja, uma solução.
Neste caso, o pó não se deposita, e não é necessário que se agite
a mistura.
REVELADORES ÚMIDOS NÃO-
AQUOSOS
 São suspensões de pó de revelador em um solvente
(normalmente álcool ou solvente clorado) de secagem
rápida. O uso desse revelador é o meio mais efetivo de se
obter película fina e aderente, que permite um controle
preciso da aplicação. A secagem rápida permite sua
aplicação em superfícies nas posições vertical e
sobrecabeça, sem o perigo de escorrimento.

 Além da secagem rápida, o solvente causa uma pequena


dissolução do Penetrante retido nas descontinuidades,
aumentando a velocidade com que esse Penetrante é
sugado pelo revelador e fazendo com que as indicações das
descontinuidades comecem a aparecer logo após a
secagem do revelador.

 Nos Reveladores Úmidos Não-Aquosos, o pó também fica


em suspensão no veículo (Solvente), sendo, por isso,
necessário agitar constantemente a suspensão antes e
durante a aplicação.
APLICAÇÃO DO LÍQUIDO
PENETRANTE
A aplicação do Líquido Penetrante consiste em espalhar uma
camada contínua e uniforme do líquido sobre toda a
superfície que se deseja examinar.
Ao ser aplicado um Líquido Penetrante, devem ser observados
os seguintes pontos:

 A aplicação do Líquido Penetrante só deve ser feita sobre


uma superfície que já tenha sido preparada, limpa e seca.

 Camadas muito finas podem dificultar a penetração do


liquido em todas as descontinuidades abertas na superfície.

 Camadas muito espessas implicam desperdício de


Penetrante.

 Tanto a peça como o Líquido Penetrante devem ter


temperatura com valor conveniente.
TEMPERATURA DO LÍQUIDO
PENETRANTE
 Quando se aplica o Líquido Penetrante a uma superfície, é
necessário verificar a temperatura do líquido e a da
superfície.
 Essa precaução é necessária, pois os Líquidos Penetrantes
apresentam suas propriedades físicas ideais quando usados
dentro de uma determinada faixa de temperatura, que é
estabelecida pelo fabricante.
 O aquecimento ou esfriamento excessivo do Líquido
Penetrante produz inconvenientes que prejudicam o
resultado do exame.
 Vamos ver quais são esses inconvenientes:
TEMPERATURA MUITO
ELEVADA
 O aquecimento acelera a evaporação dos componentes
voláteis do Líquido Penetrante, tanto sobre a superfície
quanto nas descontinuidades superficiais, diminuindo o seu
volume e prejudicando o resultado do exame.

 Se a evaporação dos componentes voláteis for muito


acentuada, pode ocorrer o ressecamento do líquido
existente na superfície e nas descontinuidades, o que, além
de dificultar a remoção do excesso do referido líquido,
prejudica o resultado do exame.
TEMPERATURA MUITO BAIXA
 A temperatura muito baixa torna o líquido menos fluido, o
que dificulta, chegando às vezes a impedir a sua
penetração nas descontinuidades superficiais, prejudicando,
consequentemente, também o resultado.
 O valor da temperatura do Líquido Penetrante depende de
dois fatores, isto é:
 da temperatura do próprio líquido.
 da temperatura da superfície sobre a qual é aplicado o
líquido.
 Do exposto, torna-se evidente que, ao se realizar um
exame por Líquido Penetrante, é necessário controlar tanto
a temperatura do líquido como a da superfície. É
compreensível que exames executados em superfícies
expostas ao sol possam fornecer resultados incorretos.
Na execução de um Exame por Líquido Penetrante, é necessário que
o valor da temperatura tanto da superfície quanto dos Líquidos
Penetrantes esteja compreendido dentro da faixa definida em
PROCEDIMENTOS QUALIFICADOS DE EXECUÇÃO DO EXAME.

Os fabricantes de Líquidos Penetrantes sempre informam a faixa de


temperatura, adequada para seus produtos. Em função disso,
torna-se necessário fazer sempre a verificação da temperatura,
não só do líquido, como também da superfície a que esse líquido
será aplicado.

O Líquido Penetrante normalmente está na temperatura ambiente, o


que torna a verificação de sua temperatura bastante simples,
bastando consultar-se um termômetro de parede.

Já com a temperatura da superfície, não ocorre o mesmo, pois a


peça pode estar saindo de um processo de fabricação a quente,
onde a temperatura da superfície é diferente da ambiente. Nesses
casos, torna-se necessário medir a temperatura, e para tal se
utilizam instrumentos denominados PIRÔMETROS DE
CONTATO.
PIRÔMETRO DE CONTATO
MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS
LÍQUIDOS PENETRANTES
 A aplicação deve permitir que:

O LÍQUIDO PENETRANTE SE ESPALHE EM TODA A


SUPERFÍCIE QUE SERÁ EXAMINADA, FORMANDO UMA
CAMADA DE ESPESSURA CONVENIENTE.

 Existem basicamente três métodos de aplicação do Líquido


Penetrante. São eles:

 aplicação por imersão;


 aplicação por pincel;
 aplicação por pulverização.
COMO ESCOLHER O MÉTODO DE
APLICAÇÃO DO LÍQUIDO PENETRANTE
A escolha do método de aplicação do Líquido Penetrante
que será utilizado em cada caso depende dos fatores
indicados a seguir:

 instalações e equipamentos disponíveis;


 tamanho da superfície que será examinada;
 localização da superfície na peça;
 quantidade de peças que serão examinadas;
 facilidade de manuseio das peças;
 economia.
APLICAÇÃO POR IMERSÃO
 A aplicação de Líquido
Penetrante por imersão é feita
mergulhando-se a peça no
recipiente que contém o referido
líquido, de modo que este atinja
toda a superfície da peça
imersa.
QUANDO USAR ESSE MÉTODO

 Esse método é utilizado, em geral, quando o exame deve


ser feito em toda a superfície da peça, seja esta de
pequeno ou de médio porte. Sua utilização é
indiscutivelmente conveniente para peças pequenas,
principalmente no caso de fabricação em série, onde a
rapidez e o custo de execução são fatores importantes.
 Para peças grandes, a utilização desse método não é muito
prática.

COMO USAR ESSE MÉTODO

 Como já foi dito, esse método consiste em mergulhar a


peça ou as peças em um recipiente que contém o Líquido
Penetrante (banho).
 Terminada a fase de aplicação do líquido, a peça é retirada
do banho. Nessa ocasião, é necessário recuperar o líquido
que escorre da peça, para posterior utilização.
APLICAÇÃO POR IMERSÃO EM PEÇAS PEQUENAS

 As peças pequenas podem ser colocadas no banho, uma de


cada vez, ou então colocadas, em grupos, num cesto
especial que, por sua vez, é mergulhado no banho.

OBSERVAÇÃO

 As peças, uma vez mergulhadas no banho, devem ser


reviradas e/ou agitadas. Essa operação tem por finalidade
provocar o desprendimento das bolhas de ar que possam
ter ficado retidas na superfície ou nas cavidades da peça,
permitindo, assim, que o Líquido Penetrante entre em
contato com toda a superfície da peça.
 Após a permanência das peças no banho, pelo tempo
necessário para garantir que toda a sua superfície esteja
em contato com o liquido, elas serão retiradas, e o liquido
que escorre é recuperado.
APLICAÇÃO POR IMERSÃO EM PEÇAS GRANDES
 O método de aplicação do Líquido Penetrante por imersão
pode também ser aplicado a peças grandes, que,
evidentemente, são mergulhadas uma de cada vez no
banho de Líquido Penetrante. A utilização do método, nesse
caso, pode ser dificultada pelas dimensões da peça e pela
necessidade de equipamento auxiliar de apoio.

OBSERVAÇÃO

 A aplicação desse método requer:


 tanques com dimensões condizentes com as peças;
 equipamento necessário para movimentar a peça.
APLICAÇÃO POR PINCEL
 Na aplicação por pincel, a superfície é coberta por Líquido
Penetrante, utilizando-se um pincel ou uma broxa do tipo
empregado para pintura comum.

QUANDO USAR ESSE MÉTODO


Esse método é normalmente utilizado para aplicar Líquido
Penetrante nos seguintes casos:
 para cobrir superfície de área pequena em peças de grande
porte, como, por exemplo, solda de equipamento;
 para cobrir a superfície de uma ou umas poucas peças pequenas
que sejam examinadas individualmente.

COMO USAR ESSE MÉTODO


 A aplicação por pincel permite dosar-se a quantidade de Líquido
Penetrante aplicado à superfície que será examinada. Assim,
haverá pequena quantidade de líquido que escorre após a
aplicação, não sendo necessária sua recuperação. Esse método é
bastante econômico, sendo recomendado para aplicações
localizadas.
APLICAÇÃO POR
PULVERIZAÇÃO
 Na aplicação por pulverização, o Líquido
Penetrante é colocado sobre a superfície
por um dispositivo capaz de pulverizá-lo
e impulsioná-lo.

 Para essa operação, utilizam-se


dispositivos semelhantes aos utilizados
para pintura, isto é:

 pistola de ar comprimido;
 embalagens pressurizadas tipo aerossol
(“spray”).
 QUANDO USAR ESSE MÉTODO

 Esse método é normalmente utilizado para se aplicar


Líquido Penetrante nos seguintes casos:
 em superfície de área pequena, pertencente a peças de
grande porte, como, por exemplo, numa solda em um
casco de navio;
 em superfície de área grande, sendo aí a aplicação feita por
partes;
 em peças pequenas que sejam examinadas
individualmente;
 em superfície de área pequena localizada em pontos de
difícil acesso, sendo por isso impraticável a aplicação de
outro método.
COMO USAR ESSE MÉTODO
 A aplicação do Líquido Penetrante é realizada dirigindo-se o jato
de líquido pulverizado sobre a superfície, até obter-se a camada
de Líquido Penetrante com a espessura necessária.
 Para se conseguir uma camada homogênea de Líquido Penetrante
sobre a superfície, é necessário que a distância entre esta e o
pulverizador seja, aproximadamente, de 300mm.

 OBSERVAÇÃO

 Se a distância entre o pulverizador e a superfície for menor que a


sugerida, haverá acúmulo exagerado de líquido em determinados
pontos. A camada do líquido não será homogênea, e haverá
corrimento dele.
 Se a distância entre o pulverizador e a superfície for maior que a
sugerida, o jato de líquido se espalhará exageradamente, e uma
parte dele não alcançará a superfície, perdendo-se.
 Se a aplicação do Líquido Penetrante for feita criteriosamente, a
quantidade dele que escorrerá da peça será pequena, não sendo
conveniente sua recuperação.
VANTAGENS E DESVANTAGENS

 Esse método, quando comparado com o de aplicação a


pincel, apresenta a vantagem de ser mais rápido. É,
entretanto, mais oneroso, em razão do custo do
equipamento, isto é, pistola e sistema de ar comprimido, ou
embalagem pressurizada.

OBSERVAÇÕES
 Sendo hermeticamente fechada, a embalagem pressurizada
apresenta a vantagem de o Líquido Penetrante nela contido
conservar sua concentração e não sofrer contaminação.
 Em algumas embalagens pressurizadas, o gás propelente é
inflamável; por isso, esse método não deve ser usado nas
proximidades de fogo ou de equipamento que produz
faíscas.
SEGURANÇA
 Quando se aplica o Líquido Penetrante às superfícies que devem
ser examinadas, é preciso observar alguns aspectos relativos à
segurança pessoal. Os mais importantes são:

Ventilação
 Se a aplicação do Líquido Penetrante é feita em local fechado, é
preciso providenciar renovação de ar, a fim de evitar risco de
intoxicação pelos vapores exalados do líquido.
Protetores da pele
 Os Líquidos Penetrantes normalmente têm efeito
desengordurante. Por isso, um prolongado contato deles com a
pele pode causar irritações. Essas irritações são aceleradas e
ampliadas pelo uso constante dos saponáceos que são utilizados
para lavar as partes afetadas.
Para se diminuir o risco de irritações na pele das mãos, é
conveniente o uso de luvas protetoras e cremes resistentes à ação
do Líquido Penetrante.
Proteção contra fogo
 Os Líquidos Penetrantes em embalagens pressurizadas devem ser
aplicados longe de chamas ou de equipamento que produz faísca.
Isso porque, em alguns casos, o gás sob pressão neles contido é
inflamável.
TEMPO DE PENETRAÇÃO
 TEMPO NECESSÁRIO PARA QUE O LÍQUIDO
PETRANTE SE INFILTRE NAS DESCONTINUIDADES
SUPERFICIAIS.

 O TEMPO DE PENETRAÇÃO DEVE SER DEFINIDO PELO


PROCEDIMENTO QUALIFICADO DE EXECUÇÃO DO
EXAME .
TEMPO DE PENETRAÇÃO MENOR QUE O
RECOMENDADO
 Haverá pouca penetração de líquidos nas descontinuidades
e, consequentemente, deficiência das indicações na etapa
de revelação.

TEMPO DE PENETRAÇÃO MAIOR QUE O


RECOMENDADO
 Haverá evaporação do líquido e alteração de suas
características físicas, o que prejudica as indicações na
etapa de revelação.
REMOÇÃO DO EXCESSO DO
PENETRANTE
É a retirada do Líquido Penetrante que permanece na
superfície da peça após a fase de penetração.

Esse líquido é removido porque sua presença na superfície


prejudicará a ação do revelador, mascarando totalmente os
resultados do exame.

A remoção do excesso de Penetrante é realizada em duas


partes:

 remoção do excesso, propriamente dita;


 secagem da superfície.
REMOÇÃO DO EXCESSO
PROPRIAMENTE DITA
 Líquidos Penetrantes removíveis com
água (tipos I-A e II-A)
Consiste na retirada do Líquido
Penetrante (I-A ou II-A) existente na
superfície da peça, por meio de um jato
de água, após o tempo de penetração.

Devemos observar os seguintes


aspectos para a aplicação do jato de
água na remoção do excesso de
Penetrante.
  tipo de água;
  tipo de jato de água;
  inclinação do jato de água;
  pressão do jato de água; e
  tipo de luz.
TIPO DE ÁGUA
 A água que será utilizada deve ser limpa, isto é, sem impurezas
em suspensão, principalmente se for aplicada em aço inoxidável
austenítico, níquel e suas ligas ou titânio.

TIPO DE JATO DE ÁGUA


 O jato de água deve apresentar gotas grossas. Obtém-se jato de
água com gotas grossas, utilizando-se um dispositivo chamado
bico pulverizador, colocado na extremidade de uma mangueira.
 A água, ao sair do bico pulverizador, se expande, transformando-
se em inúmeras gotas, formando o jato adequado para a remoção
do excesso de Líquido Penetrante.

Devemos evitar:
 O uso de jato de água muito concentrado, porque sua elevada
massa poderá provocar a retirada do Líquido Penetrante infiltrado
nas descontinuidades da peça, prejudicando o resultado do
exame.
 O uso de jato de água muito pulverizado (jato muito fino), pois
dificulta a remoção do excesso de líquido, aumentando, assim, o
tempo para essa remoção.
 INCLINAÇÃO DO JATO DE
ÁGUA

 O jato de água deve incidir na


superfície da peça com a
inclinação de
aproximadamente 45º.

 Observando a figura ao lado,


você pode constatar que, se a
inclinação do jato de água for
superior a 45º, a água incidirá
sobre as descontinuidades,
podendo provocar a remoção
do Penetrante infiltrado.
PRESSÃO DO JATO DE ÁGUA

 A pressão do jato não deve ultrapassar a 280 Kpa


 (Aproximadamente 40 psi).
 Se o valor da pressão da água for superior ao indicado,
pode provocar a retirada do Penetrante das
descontinuidades superficiais, prejudicando o exame.

TEMPERATURA DA ÁGUA

 A água deve estar na temperatura ambiente, isto é, na


mesma temperatura em que está sendo feito o exame.
 Se a água for aquecida (quente), poderá provocar a
retirada do Penetrante das descontinuidades, prejudicando
o exame.
 A temperatura da água deve estar entre 10 e 38 ºC.
TIPO DE LUZ
 São dois: os tipos de luz que podemos utilizar no exame
por Líquido Penetrante:
 LUZ NEGRA-------- Para líquido fluorescente removível
com água (I-A)
 LUZ COMUM------- Para líquido colorido removível com
água (II-A).

 No caso do líquido fluorescente removível com água, a


remoção deve ser efetuada sob luz negra, de maneira que
seja possível verificar se todo o excesso de Penetrante foi
removido da superfície. Enquanto houver Penetrante na
superfície, haverá o brilho fluorescente característico, sob a
luz negra.

 Para o líquido penetrante colorido, o controle da remoção


do excesso é realizado sob luz comum, e, para isso, deve
haver sobre a superfície da peça uma intensidade luminosa
de valor mínimo de 1000 lux.
LÍQUIDO PENETRANTE REMOVÍVEL
COM ÁGUA APÓS EMULSIFICAÇÃO
(TIPOS I-B E I-D)
 Aplicação do Emulsificador
 Para remover o excesso de Líquidos Penetrantes tipos I-B e
I-D, é necessária a aplicação de uma substância chamada
EMULSIFICADOR.

 Isto é necessário por que o Penetrante adere à superfície e


somente é removível (torna-se lavável) com água, após sua
emulsificação.
 Ao ser aplicado sobre a superfície, este Emulsificador se
mistura com o excesso de Penetrante e esta mistura é
então removida com água, restando na peça apenas o
Penetrante que entrou nas descontinuidades superficiais.
 O exame com Líquidos Penetrantes I-B e I-D é capaz de
detectar descontinuidades bem pequenas, menores mesmo
que as descontinuidades detectadas com os outros Líquidos
Penetrantes. No entanto, para que seja possível ter esta
grande sensibilidade, é necessário, que a etapa de
emulsificação do excesso de Penetrante retido nas
descontinuidades seja bem controlada. Um tempo muito
grande pode remover inclusive o penetrante de dentro da
descontinuidade o que elimina as características de alta
sensibilidade.

FASES DE APLICAÇÃO DO EMULSIFICADOR


A aplicação do Emulsificador é constituída de duas fases:

 APLICAÇÃO DO EMULSIFICADOR PROPRIAMENTE


DITA
 TEMPO DE EMULSIFICAÇÃO
APLICAÇÃO PROPRIAMENTE DITA DO
EMULSIFICADOR
 Esta aplicação consiste em espalhar uma camada
contínua de Emulsificador sobre o excesso do Líquido
Penetrante I-B ou I-D que esteja sobre a superfície da
peça.

ATENÇÃO
 O Emulsificador só deve ser aplicado após o TEMPO DE
PENETRAÇÃO necessário para que o Penetrante entre
nas descontinuidades.
 A temperatura do Emulsificador deve seguir a
recomendada no procedimento qualificado no exame.
 Na falta deste procedimento, utilizar a faixa indicada no
Líquido Penetrante ou na temperatura ambiente (10 ºC
a 52 ºC).
 A aplicação do Emulsificador normalmente pode ser
efetuada de duas maneiras:

 por imersão
 por pulverização
 A escolha do método de aplicação do Emulsificador
depende fundamentalmente do tamanho da superfície
que esteja sendo examinada.
APLICAÇÃO POR IMERSÃO

 A aplicação do Emulsificador por imersão é semelhante à


aplicação do Penetrante por imersão, ou seja, a peça é
mergulhada em um recipiente com Emulsificador, de modo
que este atinja toda a superfície da peça praticamente ao
mesmo tempo.

 Da mesma forma que na aplicação do Penetrante, as peças


pequenas também podem ser colocadas em cestos e
mergulhadas em um recipiente com Emulsificador.

ATENÇÃO
 A peça deve ficar mergulhada apenas o tempo suficiente
para que o Emulsificador atinja toda a sua superfície.
APLICAÇÃO POR PULVERIZAÇÃO

 A aplicação do Emulsificador por pulverização é realizada da


mesma maneira que a aplicação do Penetrante, ou seja, usando
uma pistola de ar comprimido pressurizadas.

 Este método normalmente é utilizado para aplicação em áreas de


peças grandes, como no caso de soldas em tanques de
armazenamento de petróleo, ou nos casos em que não seja
prático utilizar a imersão.
TEMPO DE EMULSIFICAÇÃO

 Após a aplicação propriamente dita do Emulsificador é


necessário que se dê tempo para que ele consiga se
misturar com o excesso de Penetrante, conforme você pode
ver na seqüência a seguir:

 O tempo necessário para que esta mistura (emulsificação)


ocorra é chamado de tempo de emulsificação.

OBSERVAÇÃO
 O tempo de emulsificação adequado para cada caso é
obtido pela experiência.

 Normalmente os fabricantes dos Emulsificadores indicam


qual o tempo de emulsificação mais adequado para as
diversas aplicações.
REMOÇÃO DO EXCESSO

 Remoção do excesso da mistura de Líquido


Penetrante tipos I-B ou I-D com
emulsificador é executada da mesma
forma que a remoção do excesso de
Penetrantes tipos I-A ou II-A: utiliza-se
um jato d’água na superfície da peça com
pressão e temperatura controlados.

 A remoção do excesso de Penetrante tem


que ser rápida, pois se houver demora na
remoção do excesso em alguma parte da
superfície, o tempo de emulsificação nessa
parte pode ficar muito longo e prejudicar o
resultado do exame. Tempos muito longos
podem fazer com que o Emulsificador
atinja também o Penetrante retido nas
descontinuidades.
 Após a remoção do excesso, a secagem da superfície, se
necessário, deve ser efetuada também na mesma forma
que no caso de Penetrantes tipos I-A e II-A. Os tipos de
secagem que podem ser utilizados são:

 secagem por evaporação natural

 secagem com panos

 secagem por evaporação forçada:


sopragem com ar frio
sopragem com ar quente
estufa
LÍQUIDOS PENETRANTES REMOVÍVEIS COM
SOLVENTE (TIPOS I-C E II-C):
Na remoção do excesso de penetrantes tipos I-C e II-C,
você deve considerar os aspectos:

 materiais utilizados na Remoção do Excesso;


 iluminação local do exame;
 aspectos adicionais de segurança.
MATERIAIS UTILIZADOS NA REMOÇÃO DO
EXCESSO
Solvente

 Deve ser do tipo recomendado no PROCEDIMENTO DE


INSPEÇÃO QUALIFICADO, ou o indicado pelo fabricante
do Líquido Penetrante.
 A temperatura do solvente deve estar compreendida entre
10 e 52º C.

 PANOS OU TRAPOS LIMPOS

 A remoção deve ser feita usando-se panos ou trapos


limpos, ou até mesmo papéis absorventes, no caso de
superfícies lisas.
 Esses materiais utilizados na remoção do Líquido
Penetrante não devem soltar fiapos, como a estopa e a
flanela.
ILUMINAÇÃO LOCAL DE EXAME

A remoção do excesso do
líquido penetrante tipo I-C
(FLUORESCENTE) deve ser
efetuada usando-se a luz
negra com intensidade de
no mínimo 1000w/cm2, e
com luz branca com
intensidade de no máximo
20 lux.

Quando utilizamos o líquido


penetrante tipo II-C
(COLORIDO), a iluminação
na superfície de exame deve
ser suficiente - mínimo de
1000 lux - para que se possa
ter certeza de que o excesso
foi realmente removido,
mediante uma observação
visual.
ASPECTOS ADICIONAIS DE SEGURANÇA

Os solventes geralmente são muito tóxicos, devendo ser


utilizados em local ventilado.

Se o local do exame for fechado, deve ser providenciada


uma ventilação forçada para a remoção dos vapores tóxicos
do solvente.

Fases consideradas na remoção do excesso, quando se


utiliza penetrante tipo I-C ou II-C.

 remoção do Excesso propriamente dita;


 secagem da superfície após a remoção do excesso.
REMOÇÃO DO EXCESSO PROPRIAMENTE
DITA
 A remoção do excesso de líquido penetrante tipo I-C ou II-C deve
ser feita primeiramente usando-se panos, ou trapos limpos e
secos, ou papéis absorventes (no caso de superfícies lisas).
 O solvente deve ser usado apenas para UMEDECER LEVEMENTE
os panos ou os trapos limpos que irão efetuar a Remoção do
Excesso de Penetrante não removido com os panos ou os trapos
secos e limpos.

ATENÇÃO
O solvente não pode ser usado em quantidade exagerada, ou
seja, encharcando os panos, os trapos ou o papel absorvente.
O solvente não pode ser jogado ou pulverizado diretamente sobre
o excesso de Penetrante que reveste a região por inspecionar.
Usado dessa maneira, pode ocasionar a retirada do Penetrante de
dentro das descontinuidades, prejudicando o resultado do exame.

OBSERVAÇÃO
 A remoção só é considerada completa quando, tanto os panos, os
trapos ou o papel absorvente, levemente umedecidos com
solvente, quanto a superfície examinada não apresentarem
manchas de Líquido Penetrante após exame visual.
SECAGEM DA SUPERFÍCIE
 É o tempo necessário para a secagem da superfície, após a
remoção de excesso de Líquido Penetrante.

 Dependendo do revelador que será utilizado no exame,


devemos considerar o seguinte:

 Se o revelador que será utilizado for em SUSPENSÃO EM


SOLVENTE ou revelador SECO, é preciso que a superfície
esteja bem seca para receber um desses tipos de
revelador.

 Se o revelador que será utilizado for do tipo AQUOSO, a


peça não precisará estar seca, uma vez que esse tipo de
revelador contém água.
Métodos de Secagem da Superfície
 secagem com Evaporação Natural;

 secagem com Pano;

 secagem com Evaporação Forçada.


SECAGEM COM EVAPORAÇÃO
NATURAL
 Processa-se pela evaporação natural da água que existe na
superfície da peça exposta ao ambiente. Esse tipo de
secagem é mais utilizado em superfícies grandes, onde a
aplicação da secagem forçada pode não ser prática.

TEMPO NECESSÁRIO PARA ESSE TIPO DE SECAGEM

 O tempo é variado, dependendo da umidade e temperatura


do ar ambiente, e do tamanho e forma da superfície.

 ATENÇÃO
 Normalmente, um tempo muito longo é prejudicial ao
exame, pois pode ocorrer a evaporação do Líquido
Penetrante infiltrado nas descontinuidades. Para que seja
evitado esse tipo de problema, é comum fazer-se uma
secagem prévia da superfície com panos secos e limpos,
facilitando, assim, a secagem por evaporação natural.
SECAGEM COM PANO

 É realizada esfregando-se um pano seco e limpo sobre a


peça. Esse tipo de secagem é o mais utilizado na indústria,
por ser barato e prático.

ATENÇÃO
 Após a secagem com pano, deve-se aguardar um tempo
mínimo de 5 minutos para se aplicar o revelador,
garantindo-se, assim, a secagem pela evaporação natural.
SECAGEM COM EVAPORAÇÃO
FORÇADA
 Utilizada quando se deseja uma secagem mais rápida que a
com evaporação natural. Neste método, a velocidade de
evaporação da água existente na peça é acelerada por
meios auxiliares, tais como:

 sopragem com ar frio;


 sopragem com ar quente;
 estufa.
 SOPRAGEM COM AR FRIO

Utiliza-se, como meio auxiliar, o sopro de ar frio para


acelerar a velocidade de evaporação da água existente na
superfície. Como exemplo podemos citar o ventilador.

 SOPRAGEM COM AR QUENTE

Utiliza-se, como meio auxiliar, o sopro de ar quente para


acelerar a velocidade de evaporação da água existente na
superfície.
O sopro com ar quente acelera ainda mais a velocidade de
evaporação que o sopro com ar frio.
Como exemplo podemos citar o secador manual (secador
de cabelo). Com ele, o ar normalmente chega à superfície
da peça em temperatura inferior a 52º C.
Tem ação somente em uma pequena parte da peça de cada
vez; sendo assim, não é um tipo de secagem de alta
produção.
A distância do secador à peça deve ser de  300 mm.
ESTUFA

 Quando o exame for realizado em equipamento


estacionário (BANCADA), este geralmente possui um
sistema de aquecimento de ar, onde toda a peça fica
envolvida pelo ar quente. A esse sistema de aquecimento
chamamos de ESTUFA.

ATENÇÃO
 Tanto na secagem em estufa quanto na sopragem com ar
quente, deve-se ter cuidado de não aquecer demais a peça,
pois isso poderá provocar a evaporação do Líquido
Penetrante de dentro das descontinuidades antes da
aplicação do revelador.
ESCOLHA DO REVELADOR
APROPRIADO
 A escolha do revelador é fundamental e deve ser feita
considerando-se as características da superfície onde será
aplicado. Quando esta escolha é feita corretamente,
assegura-se o sucesso do resultado do exame.

 A escolha do revelador deve ser feita com base nas


especificações do procedimento qualificado para o
exame.

 Devemos utilizar o revelador do mesmo fabricante do


líquido penetrante que está sendo utilizado no exame.
APLICAÇÃO DO REVELADOR
 Utilizando-se líquido penetrante solúveis em água (tipos I-A
e II-A) a aplicação do revelador é ideal quando feita nos
momentos abaixo indicados:

 Se o revelador for seco ou úmido não aquoso, sua aplicação


deve ser feita somente após a secagem da peça, depois da
remoção do excesso do líquido penetrante.

 Se o revelador for úmido aquoso, sua aplicação pode ser


feita logo após a remoção do excesso do líquido penetrante.
Neste caso, não há necessidade da secagem da peça antes
de se aplicar o revelador, pois este contém água.
TEMPO MÁXIMO DE ESPERA PARA
APLICAÇÃO DO REVELADOR
 Nem sempre é possível aplicar o revelador no momento
ideal, isso ocorre, às vezes, que a superfície deve esperar
um certo tempo para a referida aplicação. Este espaço de
tempo de espera que não deve ser superior a um
determinado valor não deve prejudicar o resultado do
exame é chamado de tempo máximo para aplicação do
revelador.
 O tempo máximo para a aplicação do Revelador depende
de:
 Tipo de descontinuidades superficiais a serem detectadas.
 Tipo de Líquido Penetrante utilizado.
 Temperatura da peça e do Líquido Penetrante.

De maneira geral, para o bom resultado do exame, o


referido tempo de espera não deve exceder a 30
minutos.
 Se após a remoção do excesso de Líquido
Penetrante decorrer um tempo muito grande
para a aplicação do revelador, o resultado do
exame será prejudicado.

Com o tempo, parte do líquido penetrante da


descontinuidade migra para a superfície,
acumulando-se na mesma.

O líquido quando absorvido pelo revelador,


espalha-se exageradamente no mesmo,
prejudicando a identificação da descontinuidade
por “MANCHAMENTO”.
TEMPERATURA DO REVELADOR

 Para se obter um bom resultado no exame, o valor da


temperatura do revelador deve estar compreendido dentro
da faixa definida nos PROCEDIMENTOS QUALIFICADOS
DE EXECUÇÃO DE EXAME.
Em geral é igual a dos Líquidos Penetrantes.

Assim sendo, os valores da temperatura recomendáveis


para o revelador a ser utilizado em um exame são:

 Temperatura Mínima – 10º C


 Temperatura Máxima – 52º C
ESPESSURA DA CAMADA DO
REVELADOR
 A prática profissional ensinará a você qual a espessura ideal
da camada do revelador.

 A espessura da camada do revelador tem muita


importância para evitar os inconvenientes indicados a
seguir:

 Uma camada de revelador muito espessa dificulta a


visualização de indicações de descontinuidades, e uma
camada muito fina não consegue absorver o Líquido
Penetrante das descontinuidades superficiais, prejudicando
o resultado do exame.
APLICAÇÃO DO REVELADOR

 A aplicação do revelador consiste em espalhar uma camada


contínua, fina e uniforme deste material em toda a
superfície sobre a qual foi aplicado o Líquido Penetrante.

 Em certos casos, a aplicação do revelador requer que a


superfície seja previamente seca.

 Existem basicamente dois métodos de aplicação do


revelador, são eles:

 Aplicação por Imersão


 Aplicação por Pulverização
ESCOLHA DO MÉTODO DE APLICAÇÃO
DO REVELADOR
A escolha do método de aplicação do revelador a ser
utilizado em cada caso depende dos fatores indicados a
seguir:

 instalações e equipamentos disponíveis


 tamanho da superfície a ser examinada
 localização da superfície na peça
 quantidade de peças a serem examinadas
 facilidade de manuseio das peças
 economia
APLICAÇÃO POR IMERSÃO
 A aplicação por imersão pode ser utilizada tanto para
reveladores úmidos (aquosos e não aquosos) quanto
para reveladores secos. Este método consiste, em
mergulhar a peça em um recipiente que contém o
revelador, de modo que este atinja toda a superfície
da peça imersa.

 O método de imersão é utilizado quando o exame


deve ser feito em toda a superfície da peça. Sua
aplicação é indiscutivelmente conveniente para o
exame de peças com tamanho pequeno e médio,
principalmente quando estas são produzidas em série,
onde a rapidez e o custo da execução são fatores
importantes. Para peças grandes em geral, a
utilização deste método não é prático, em vista do
equipamento especial requerido.
OBSERVAÇÕES
 Se o revelador for do tipo úmido em suspensão (aquoso ou
não aquoso), é conveniente que este seja agitado antes de
se mergulhar as peças a serem examinadas, com o objetivo
de uniformizar a mistura líquido-revelador.

 A peça, uma vez mergulhada no revelador, deve ser


revirada e/ou agitada. Esta operação tem por finalidade
provocar o desprendimento de bolhas de ar que possam ter
ficado retidas na superfície da peça, permitindo assim, que
o revelador entre em contato com toda a superfície das
peças mergulhadas no banho.

 Após a permanência das peças mergulhadas, estas são


retiradas do banho e recuperado o revelador que se
desprende ou escorre.

 Tratando-se de peças pequenas, a imersão delas no


revelador e a recuperação desse é feita com a utilização de
um cesto.
APLICAÇÃO POR PULVERIZAÇÃO

 Na aplicação por pulverização, o


revelador é espalhado sobre a
superfície por um dispositivo capaz
de pulverizá-lo e impulsioná-lo. Este
método pode ser utilizado tanto
para reveladores secos quanto para
reveladores úmidos.
PULVERIZAÇÃO DE REVELADORES
SECOS
 Neste caso, como o revelador “SECO” já está na forma de
pó, ele é simplesmente impulsionado sobre a peça, por
qualquer dispositivo que seja capaz de formar sobre a
superfície uma camada de pó contínua e homogênea, com
a espessura desejada. Este dispositivo pode ser:
 Um simples bulbo (pêra) de borracha que, ao ser apertado,
expele o pó e o projeta sobre a superfície.
 Ou aparelhos sofisticados, utilizados em bancada de testes,
capazes de produzir uma nuvem de revelador sobre a peça.
 Este método, indicado para superfícies muito rugosas, com
área pequena e dispostas em posição aproximadamente
horizontal, é muito utilizado para inspeção de
equipamentos de campo.
 Após a secagem da peça, que segue à remoção do excesso
de Líquido Penetrante, espalhar o revelador em pó sobre a
superfície, por meio de bulbo de borracha ou outro
dispositivo apropriado, até formar uma camada contínua,
uniforme, de espessura adequada.
PULVERIZAÇÃO DE REVELADOR ÚMIDO
 Na aplicação por pulverização, o revelador úmido é espalhado
sobre a superfície por meio de um dispositivo capaz de pulverizá-
lo e impulsioná-lo. Para esta operação utilizam-se dispositivos
semelhantes aos utilizados para a aplicação dos líquidos
penetrantes, isto é:
  Pistola de ar comprimido
  Embalagem pressurizada tipo aerossol (“Spray”).

Este método é normalmente utilizado para aplicar revelador


úmido nos seguintes casos:

  Em superfície de área pequena pertencente a peças de grande


porte, como, por exemplo, em solda de equipamentos.
  Em peças pequenas que sejam examinadas individualmente.
  Em superfícies de área pequena, localizadas em pontos de difícil
acesso, sendo, por isso, impraticável a aplicação de outro método.
  Em exame de campo.
  Nos casos em que seja necessário examinar toda a superfície
de um equipamento de grande porte. Neste caso o exame é
executado por partes.
 A aplicação do revelador é realizada dirigindo-se o jato de líquido
pulverizado sobre a superfície, até se obter a camada de revelador
com a espessura necessária.

 Para se conseguir uma camada homogênea de revelador sobre a


superfície, é necessário que a distância entre esta e o pulverizador
seja aproximadamente de 300 mm.

 Se a distância entre o pulverizador e a superfície for menor que a


sugerida, haverá acúmulo exagerado de revelador em
determinados pontos. A camada do revelador não será
homogênea e haverá corrimento do mesmo.

 Se a distância entre o pulverizador e a superfície for maior que


sugerida, o jato do revelador se espalha exageradamente e uma
parte do mesmo não alcança a superfície, perdendo-se.

 Usando-se Revelador Aquoso em Suspensão ou Revelador


Úmido Não Aquoso, é necessário agitar continuamente o
revelador antes e durante sua aplicação.
SEGURANÇA
 Quando se aplica o revelador às superfícies que
devem ser examinadas, é preciso observar alguns
aspectos relativos à segurança pessoal. São eles:

 Ventilação
Se a aplicação do revelador é feita em local fechado, é
preciso providenciar renovação de ar a fim de evitar
risco de intoxicação pelo pó ou pelo liquido do
revelador.
A ventilação das áreas fechadas deve ser efetuada
principalmente nos casos em que são usados:
 Revelador Seco;
 Revelador Úmido Não Aquoso.
 Protetores de pele
Os reveladores não-aquosos podem ter um efeito
desengordurante, por isso um prolongado contato deles
mesmos com a pele pode causar irritações.
Estas irritações são aceleradas e complicadas pelo uso
constante de saponáceos, que são usados para lavar as
partes da pele afetadas.
Para diminuir o risco de irritação na pele das mãos, é
conveniente o uso de luvas protetoras e cremes resistentes
à ação do revelador não aquoso.

 Proteção contra o fogo


Os reveladores em embalagens pressurizadas devem ser
aplicados longe de chamas ou de equipamento que produza
faíscas, isto porque, em certos casos, o gás sob pressão,
nelas contido, é inflamável.
As embalagens pressurizadas, mesmo quando vazias, não
devem ser furadas ou queimadas.
TRATAMENTO DA SUPERFÍCIE APÓS A
APLICAÇÃO DO REVELADOR
Convém lembrar que o Revelador para cumprir sua
finalidade deve:

 Sugar o Penetrante da descontinuidade;


 Servir de base onde o Penetrante se espalha,
 Cobrir a superfície a ser examinada com uma camada fina e
uniforme de pó seco sobre o qual aparece, por contraste, o
Líquido Penetrante.

Para cumprir estas finalidades, o Revelador deverá formar,


sobre a superfície a ser examinada, uma camada de pó
seco, com uma espessura apropriada. Evidentemente,
utilizando-se um revelador seco, a peça estará em
condições de revelar as descontinuidades superficiais sem
necessidade de tratamento para secagem.
Quando se utiliza o revelador úmido aquoso e o úmido não
aquoso, há necessidade de realizar a secagem da peça
logo após a aplicação desse revelador.
No caso de utilização do Revelador Úmido Não Aquoso, a
secagem ocorre naturalmente, pela evaporação rápida
do solvente (álcool ou solvente clorado).
Quando utilizamos o Revelador Úmido Aquoso, é
necessário realizar-se a secagem da peça logo após a
aplicação do referido revelador.
Um tempo muito longo de secagem é prejudicial para o
exame pois, além da secagem do revelador, pode
ocorrer a evaporação do líquido penetrante infiltrado nas
descontinuidades.
Por esta razão, desaconselha-se a secagem natural, que é
lenta, e recomenda-se a secagem forçada.
A secagem forçada utiliza ar quente para provocar a
evaporação da água contida no revelador. Esta secagem
pode ser feita por:
 Secadores manuais, e
 Estufa.
SECAGEM COM SECADOR MANUAL
Seu uso é recomendado para secar o revelador em
peças de grande porte, quando não se dispõe de estufa
com dimensões apropriadas ou quando é necessário
secar o revelador existente em uma superfície de
pequena área pertencente a uma peça de grande porte
(reparo de solda).

 Com o uso do secador portátil, o ar chega à superfície da


peça, em geral, com temperatura inferior a 52º C.
 O ar quente, preferencialmente, não deve incidir
perpendicularmente sobre a superfície;
 A distância entre o secador e a superfície deve ser
aproximadamente de 300mm, e
 O ar quente deve incidir sobre a superfície com baixa
velocidade, de modo a não remover, ou danificar, a
camada de pó do revelador que se forma na superfície.
SECAGEM EM ESTUFA

 Quando o exame é realizado em um sistema


estacionário (BANCADA), é a mesma estufa utilizada
para a secagem após a remoção do excesso do
Líquido Penetrante.

 A utilização da estufa é conveniente para a secagem


do revelador existente em toda a superfície de uma
peça, seja esta grande ou pequena. Sua utilização é
indiscutivelmente conveniente para a secagem do
revelador em peças pequenas, principalmente no caso
de fabricação em série, onde a rapidez e o custo de
execução são fatores importantes.
TEMPO DE SECAGEM DO REVELADOR

O tempo necessário para a secagem do


revelador existente em uma superfície
depende de vários fatores, tais como:

 Uso de estufa ou secadores portáteis;


 Temperatura do ar que incide na peça;
 Umidade relativa do ar;
 Tamanho e forma da superfície,
 Tipo e quantidade do revelador
REVELAÇÃO DAS DESCONTINUIDADES

 Após a aplicação do revelador e de sua secagem a


camada de pó que resta sobre a superfície da peça
inicia o processo de sugar o líquido penetrante
existente nas descontinuidades superficiais.
 A partir deste momento inicia-se a revelação da
presença das referidas descontinuidades, com o
aparecimento de manchas fluorescentes (no caso de
Líquido Penetrante tipo I) ou manchas coloridas (no
caso de Líquido Penetrante tipo II)
TEMPO DE REVELAÇÃO

 Uma vez colocado o revelador sobre a superfície a ser


examinada e devidamente seco, quando for o caso, é
necessário esperar-se um certo tempo para que a
indicação das descontinuidades se manifestem
nitidamente. Este tempo recebe o nome de TEMPO
DE REVELAÇÃO.

 O tempo de revelação é fornecido pela Norma de


inspeção, devendo ser seu valor fornecido pelo
PROCEDIMENTO QUALIFICADO DE EXECUÇÃO DE
EXAME.
QUALIFICAÇÃO DE MATERIAIS
PENETRANTES
Ao se receber um lote novo de um material
penetrante, devemos realizar alguns testes para saber
se seu comportamento é satisfatório, são eles:

 Confrontação com o Certificado do Material


 Análise do Certificado do Material
 Análise da Sensibilidade do Material
CONFRONTAÇÃO COM O CERTIFICADO

Realizamos este teste para verificarmos se o produto


apresentado é o mesmo do certificado, comparando:

 Número de Lote do Produto e


 Data de Validade do Produto.
ANÁLISE DO CERTIFICADO
 Neste teste, analisamos se os valores listados no certificado
referentes aos contaminantes, Cloro, Flúor e Enxofre, são
compatíveis aos materiais a serem inspecionados.

 Nas inspeção de Ligas à Base de Níquel, o resíduo da


evaporação do produto não deve ser superior a 0,0025g
(0,0050g para solventes e removedores). Caso isso não
ocorra, o teor de enxofre (S) não deve ser superior a 1%
do resíduo em peso. A decomposição do resíduo deve ser
feita de acordo com a Norma ASME V, Edição 2004 – Item
T-641.

 Na inspeção de Aços Inoxidáveis Austeníticos ou Titânio, o


resíduo da evaporação do produto não deve ser superior a
0,0025g (0,0050g para solventes e removedores).

 Caso isso não ocorra, o teor de Flúor (F) somado ao teor de


Cloro (Cl) não deve ser superior a 1% do resíduo em peso.
A decomposição do resíduo deve ser feita de acordo com a
Norma ASME V, Edição 2004 – Item T-641.
ANÁLISE DA SENSIBILIDADE DO MATERIAL
 Esta análise é feita, comparando-se uma fotografia do Bloco
Padrão, que foi inspecionado com um conjunto de inspeção
padrão (é um conjunto de Penetrante, Removedor e
Revelador cujo resultado do ensaio feito no Bloco é considerado
satisfatório).

 Realiza-se o ensaio, utilizando-se o material em teste, no lugar do


seu correspondente do Conjunto Padrão.

 Se na comparação com a fotografia aparecerem indicações iguais


ou mais visíveis, o material em estudo é considerado
APROVADO.

 Caso isto não ocorra, ou seja, as indicações ficarem menos


visíveis que na fotografia, devemos, antes de reprovar o material,
repetir o ensaio, utilizando o Conjunto Padrão, para termos
certeza de que o problema não está no Bloco (por exemplo
poderia estar entupido). Neste caso, devemos realizar uma
limpeza adequada do Bloco e refazer o ensaio. caso contrário, o
material será considerado REPROVADO.
Blocos-Padrão

Tipo Petrobrás

Tipo JIS

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