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Outro processo de extração

da sacarose da cana é a
difusão, ainda pouco
utilizado no Brasil, cuja
tecnologia aproveita parte
das etapas do processo de
moagem.
O difusor é muito usado na
Europa para extrair o açúcar
da beterraba, mas serve
perfeitamente para extrair
também a sacarose da cana-
de-açúcar.
A difusão é definida como o
fenômeno pelo qual duas
soluções de diferentes
concentrações, separadas por
uma membrana permeável,
misturam-se depois de algum
tempo e adquirem a mesma
concentração
(osmose-ex: bacterias na
água).
A diferença básica entre os
dois processos reside na
maneira de separar o caldo
da fibra.
A moenda esmaga a cana,
enquanto o difusor retira o
caldo com água quente,
(lixiviação ou lavagem) .
As células da cana postas em
contato com a água funcionam
como paredes semi-
permeáveis e a sacarose
contida nessas células, é
extraída no escoamento de
um fluído, que é o resultado
da mistura de água e do caldo
diluído a 80° C.
Visando reduzir a quantidade
de água necessária, é feita uma
operação de retorno do caldo
diluído extraído, assim, ao final
da operação quando o bagaço
se apresenta exaurido ao
máximo, faz-se a lavagem com
água fresca.
O líquido obtido dessa lavagem,
contendo alguma sacarose que se
conseguiu extrair do bagaço, é
usado na lavagem anterior por ser
um pouco mais rico e, assim
sucessivamente. Esse retorno
pode ser efetuado de 5 a 20 vezes,
dependendo do grau de
esgotamento desejado.
A remoção de água ou
desaguamento do bagaço
após a etapa de difusão é
realizada através de rolos,
como no processo de
moagem.
Com a utilização de
difusores obtém-se
eficiência de extração da
ordem de 98%, contra os
96% conseguidos com a
extração por moendas.
Esse resultado representa uma
produtividade altíssima, baseando-
se em um preço médio do açúcar
de US$ 250,00/ton , uma usina
aumentará a sua renda em
US$1.500.000 a cada 2.000.000
toneladas de cana processadas
(dados de 2004 da revista
ALCOOLbras ed 83).
Outras desvantagens da utilização
de difusores com a cana-de-açúcar
ainda é a falta de otimização e
experiência com o processo. Muitos
destes sistemas foram projetados
baseados em experiências com
difusores para extração de açúcar
de beterrabas.
Outra limitação é a falta de
experiência com a durabilidade
destes equipamentos. Porém é de
se esperar que com o aumento do
número de unidades instaladas o
rendimento desta abordagem
melhore continuamente.

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