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JANEIRO
ALUNAS: BÁRBARA, DANIELLE, MARIA
VITÓRIA.
ANTRPOLOGIA SOCIAL
PROFESSORA: IZABEL MISSAGIA
RAÇA E HISTÓRIA –
CLAUDE LEVÍSTRAUSS
CLAUDE LEVÍSTRAUSS
Antropólogo francês, embora
tenha nascido na Bélgica em
28/11/1908.
Etnólogo, professor, e
filósofo, foi fundador da
antropologia estrutural.
Professor honorário do
Collége de France, onde
ocupou a cátedra de
antropologia social de 1959 à
1982.
No Brasil, analisou tribos
indígenas do norte do país,
nos anos de 1935 a 1939.
Morreu em Paris, no dia
30/10/2009, aos 100 anos.
ANTROPOLOGIA ESTRUTURAL
Para LevíStrauss não existe cultura, e sim culturas.
De acordo com o antropólogo, existem elementos culturais
universais, que condicionam o comportamento humano. A
mente de todos os humanos, em todos os lugares é a
mesma, pois funciona a partir das mesmas operações
lógicas. O que varia são os materias ao qual o pensamento
se aplica e com os quais constrói significados. A cultura é
fruto desses elementos. Assim, existem estruturas comuns
à todas as sociedades, traços comuns, entretanto cada
grupo humano vai olhar para essa estrutura e atribuir
sentidos e significados diferentes. Nesse sentido ressalta
que não existem povos menos evolúidos, “selvagens”, eles
apenas atribuem sentidos e significados distintos a essa
estrutura em relação a outros grupos humanos.
“RAÇA E HISTÓRIA” LEVÍ STRAUSS
Em 1952, após a 2ª. Guerra Mundial, a Unesco, propôs ao
antropólogo francês a escrita de um texto cujo tema era:
Contribuição das Raças para a Civilização Mundial. Tal
texto objetivava dar fim ao racismo e a intensa xenofobia
em voga na época. Fica clara a intenção apaziguadora da
organização(Unesco), em afirmar que o desenvolvimento
das civilizações e dos modelos sociais só foi possível
graças à contribuição das raças, em sua diversidade, na
construção e desenvolvimento históricocultural.
No entanto o autor aproveita o tema para uma reflexão
sobre os grupos humanos e seus modelos sociais,
desconstruindo e analisando cada categoria do tema, no
intuito de evitar uma teoria racista ao inverso.
1. RAÇA E HISTÓRIA
Arthur de Gobineau(18161882), foi diplomata, escritor e filósofo francês.
Importante teórico do racialismo, feito pela história, o pai das teorias
racistas. Superioridade da raça branca. Mestiçagem= Degeneração.
Caracterizar as raças biológicas mediante propriedades psicológicas
particulares, causam o afastamento da verdade científica. De acordo com
LevíStrauss, “...nada no estado atual da ciência, permite afirmar a
superioridade ou a inferioridade intelectual de uma raça em relação a outra”.
(p.47)
Pecado original da antropologia confusão entre noção puramente biológica
de raça e as produções sociológicas e psicológicas das culturas humanas.
Não existem aptidões raciais inatas. Então como entender o progresso da
civilização desenvolvida pelo homem branco, enquanto que as dos povos de
cor permanecem atrasados.
2. DIVERSIDADE DAS CULTURAS
“Operam simultaneamente, nas sociedades humanas,
forças que atuam em direções opostas, umas tendendo
para a manutenção e mesmo para a acentuação dos
particularismos, outras agindo no sentido da convergência
e da afinidade”(p.50)
Existem diversidades no seio de cada sociedade, em todos
os grupos que as constituem. Dentro desses também há
diferenças internas, que podem aumentar conforme se
torne mais volumosa e homogênea esta sociedade.
Portanto a diversidade de culturas não se dá de maneira
estática. Não só porque as sociedades não estão sós, mas
porque até as que parecem mais isoladas desenvolvem
relações com outros grupos. Esses contatos estreitos,
interferem no comportamento social e formação cultural
de um povo.
3. O ETNOCENTRISMO
A diversidade das culturas é vista como algo
escandaloso ou monstruoso e não como realmente
é: um fenômeno natural, resultante das relações
diretas ou indiretas entre as sociedades.
Na antiguidade a palavra “Bárbaro”designava
tudo que fosse estranho a cultura grega. E na
civilização ocidental “selvagem”, não só para
designar o que é da selva, mas também para
evocar um gênero de vida animal oposto à cultura
humana.
O falso evolucionismo
Evolução biológico e evolução cultural
“...o evolucionismo social não é, a maior parte das
vezes, senão a maquilagem falsamente científica
de um velho problema filosófico para o qual não
existe qualquer certeza de que a observação e a
indução possam um dia fornecer a chave”.(p.56)
Será possível tratar do fator racial, sem falar do
fator cultural.