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ANÁLISE DO LIVRO DE ISAÍAS

A HISTÓRIA DO TEMPO DE ISAÍAS DE 742-601


A.C
• O livro inteiro do profeta compreende 200 anos da
história de Israel;
• Judá sobreviveu à subjugação política assírica;
• O profeta de Jerusalém imprimiu a sua influência
pessoal no livro inteiro;
• Recebeu o seu chamado no ano da morte do rei Uzias
de Judá.
• O seu ministério durou 40 anos durante os reinados de
Jotão 742-735 a.c, Acaz de 735-715 a.c e Ezequias 715-
701
Judá e Israel no reinado de Uzias 783-742 a.c

• Por muitos anos houve contenda entre os


reinos do norte e do sul.
• Quando o reino do norte ( Israel) prosperou
nos reinos de Acabe e Omri, os dois reinos
acabaram com as sua brigas e se aproximaram
em face ao surgimento do império assírico em
canãa.
• Isaías viveu no turbulento período assírio,
presenciando o cativeiro do seu povo. Ambos
os reinos (Norte/Israel e Sul/Judá), haviam
experimentado poder e prosperidade.
• Israel governado por Jeroboão e outros seis
reis de menor importância, haviam aderido ao
culto pagão; Judá, no período de Uzias, Jotão
e Ezequias permaneceram em conformidade
com a aliança mosaica, porém gradualmente,
o rigor foi diminuindo causando um sério
declínio moral e espiritual (3.8-26).
• Lugares secretos de culto pagão passaram a
ser tolerados; o rico oprimia o pobre; as
mulheres negligenciavam suas famílias na
busca do prazer carnal; muitos dos sacerdotes
e falsos profetas buscavam agradar os homens
(5.7-12, 18-23; 22.12-14).
• Tudo isso deixava claro e patente aos olhos do
profeta Isaías que a aliança registrada por
Moisés em Deuteronômio 30.11-20, havia sido
inteiramente violada, portanto a sentença
divina estava proferida, o cativeiro e o
julgamento eram inevitáveis para Judá, assim
como era para Israel.
• Isáias nasceu e passou os primeiros anos da
sua mocidade no período mais próspero de
Israel e Judá, após o reinado de Salomão.
• Os assírios estavam inicialmente preocupados
em conquistar povos menores.
• Na batalha de Carcar em 853, os assírios foram
detidos por Israel, síria e Hamate
• Jeroboão II de Israel reestabeleceu domínio
sobre boa parte da palestina, II Reis 14: 25, 28.
• Uzias consquitou no seu reinado Edom e o
porto de Elate do Mar Vermelho, II Reis 14: 25,
28.
• Quando Isaías, Judá se achava próspero. Is. 2:7
• Diante da desordem social, hipocrisia religiosa
foi que Isaías começou o seu ministério. 1:11.
• Quando Tiglate Pileser reinava no império
assírico, Peca e Rezim se revoltaram contra o
domínio dos assírios, II Reis 15: 37; 16:5; Is. 7: 1-
2.
• Nos cap. 7 e 8 de Isaías traz-nos um relatório da
conversa do profeta com o rei Acaz.
• O conselho de Isaías era o de que o rei se
libertasse das alianças política e confiasse
somente em Deus. II Reis 16:7.
• Quando a Acaz se acovardou e se entregou ao
domínio assírio, o profeta ficou quase inativo no
resto dos anos desse rei infiel.
• Por meio de ato simbólico, ele ilustrou a
destruição de Israel e da Síria.
• Nome dos filhos Maher-shalal-hash-baz
( rápido-despojo-presa-segura). Antes de
aprender a falar Israel e Síria seriam saqueadas.
Is 8:4
• O seu protesto contra o que Acaz estava fazendo, fez o
profeta por tempo cessar as suas profecias 8:16.
• QUEDA DA SAMARIA, 721 A.C
• Tiglate Pileser aceitou o tributo dado por Acaz, matou o rei
de Damasco, colocou um representante o governo de Israel.
• Ao morrer seu filho Salmanaser V assume o trono de 727-
722 a.c.
• Oséias rei de Israel pagou-lhe tributo por um pouco tempo e
então planejou uma conspiração com o rei do Egito contra a
Assíria. II Reis 18:4
• A resposta de Salmanaser V foi o de sitiar a
cidade da Samaria com uma forte invasão. II
Reis 17: 2-6.
• E no ano de 721 a.c no governo de Sargão II, o
reino do norte terminou e as dez tribos de Israel
perderam-se para sempre.
• 27.290 pessoas foram deportadas para a
Mesopotâmia e Média e a Samaria passou a ser
habitada por um povo misto.
Eventos no reinado de Sargão II, 721-705

• Logo no início do seu reinado, ele sofreu uma


dura derrota contra o elamitas.
• Filisteus e egípcios aproveitaram se insurgiram
contra Sargão II, porém foram derrotados na
batalha de Ráfia.
• Numa inscrição de 711 há uma citação de Sargão
II dizendo que os reis de Judá, Filístia, Édem e
Moabe eram obrigados a pagar tributo ao rei.
Invasão de Judá por Senaqueribe 701
• Após a morte de Sargão as províncias desejaram se
libertar do império assírico.
• Merodaque-Baladã, caldeu, revoltou-se contra os
assírios, porém foi derrota.
• Egito, Fenícia, Palestina e Judá fizeram conspiração
contra Senaqueribe, isto foi contra a orientação de
Isaías, dada a Ezequias.
• Isaías enviou mensagens aos conselheiros políticos
para não confiarem no poder do Egito. 28:7-13; 14-22;
29: 15-16; 30: 1-7 e 31: 1-3
• Nota-se que as mensagens de Isaías sofre uma mudança
no governo de Ezequias.
• No início de suas profecias ele anunciava o pecado do
povo, na era de Ezequias ele passa a falar do futuro e os
propósitos de Deus na história.
• Enquanto as lideranças políticas confiavam nas alianças
para lutarem contra os assírios, Isaías advertia ao povo
para que confiasse somente em Deus.
• Apesar de toda essa desobediencia os 185.000 assírios que
morrreram próximo a Jerusalém foi um ato de misericórdia
divina. 37:36.
Vida e Minsitério de Isaías
• Isaías era filho de Amoz. O Talmude afirma que
Amoz, pai de Isaías era irmão do rei Uzias.
Isaías profetizou durante os reinados de Uzias,
Jotão, Acaz e Ezequias (1.1).
• O nome Isaías significa “o Senhor salva”. O
profeta era da mesma época de Amós, de
Oséias e de Miquéias, e começou seu
ministério em 740 a.C., ano em que morreu o
rei Uzias (6)
• Teria nascido por volta de 760 e vivido pelo menos até
681 a.C. De família nobre de Judá, Isaías era casado, e
tinha no mínimo dois filhos: Sear-Jasube (7.3) e Maer-
Shalai-Hash-Baz (8.3). É provável que tenha passado a
maior parte de sua vida em Jerusalém, exercendo
maior influência no reinado de Ezequias (37.1-20).
• A Isaías também é atribuído a composição da história
do reinado de Uzias (2 Cr 26-22).
• Segundo uma tradição judaica Isaías foi serrado ao
meio pelo rei iníquo Manassés.
• Isaías advertiu Judá de que seus pecados
levariam a nação ao cativeiro babilônico. A
visita dos enviados do rei da Babilônia a
Ezequias armou o cenário para essa predição
(39.1-6).
• Embora a queda de Jerusalém só viesse a
ocorrer em 586 a.C., Isaías toma por certo a
derrota de Judá e passa a predizer a volta do
povo do cativeiro (40.2-3). Deus redimiria seu
povo da Babilônia assim como redimiu do
Egito. Isaías prediz a ascensão de Ciro, o persa,
que uniria os medos e os persas e conquistaria
a Babilônia (45.1).
História e mensagem ao rei de Israel

• A invasão de Israel pelo rei assírio Tiglate-


Pileser III serve de pano de fundo para os
capítulos 7-12. Essa foi a reação militar de
Damasco (capital de Arã) e do Reino do Norte,
Israel, contra o Reino do Sul, Judá. O motivo
da agressão (a guerra siro-eframita, 735-732
a.C.), não é mencionada no texto.
• Contudo, é evidente que a ação foi
considerada uma ameaça real contra a
sobrevivência da monarquia davídica. A
resposta de Acaz, rei de Judá, foi convocar a
Assíria para manter a ordem na região, convite
aceito por Tiglate-Pileser. Conseqüentemente,
Damasco foi conquistada, seu povo deportado
e toda a terra de Arã incorporada ao Império
Assírio (732 a.C.).
• Partes do reino do Norte foram anexadas, e
um novo rei colocado no trono. Vários anos
depois, Israel rebelou-se novamente e foi
totalmente dominada pelo Império Assírio,
com a destruição da capital Samaria em 721.
Esses acontecimentos, contudo, recebem
pouca atenção no livro de Isaías.
• A invasão de Judá pelo rei assírio
Senaqueribe, em 701, resultou no
envolvimento de Ezequias na coligação
antiassíria. Isso causou a destruição de várias
cidades fortificadas de Judá e, finalmente, o
cerco de Jerusalém. Ao contrário do pai, Acaz,
Ezequias confiou no socorro do Senhor, e o
exército assírio foi destruído.
• Era um tempo de medo e incerteza política. Os
assírios aterrorizavam a população do Antigo
Oriente Médio com um programa agressivo de
dominação. O país podia optar por ser vassalo,
pagando um tributo anual e fornecendo
tropas auxiliares aos assírios.
• Mas ao menor sinal de deslealdade resultava
em reduções territoriais e maior controle
assírio do governo, sem mencionar a cobrança
mais pesada de impostos. Por trás de tudo isso
havia a ameaça de deportação, com a perda
da independência política.
A COMPOSIÇÃO DO LIVRO

• Isaías é visto como o maior profeta do Velho


Testamento. O livro é uma coleção de adágios
proféticos e oráculos de Isaías, a voz profética
predominante na turbulenta segunda metade
do século VIII a.C. (740-700).
• Aqui se encontra parte da literatura hebraica
por demais valiosa e conhecida por
apresentação direta de fidedignidade e poder
soberano do Deus de Israel. Muitas passagens
do seu livro estão entre as mais formosas da
literatura.
• Pelo fato de o profeta ter vivido no século VIII
a.C., alguns estudiosos têm dificuldade em
aceitar que ele tenha identificado Ciro, o
persa, nominalmente nos capítulos 44 e 45,
pelo fato de Ciro ter entrado em cena apenas
duzentos anos mais tarde.
• No capítulo 44.28, Isaías escreveu: "Que digo
de Ciro: É meu pastor, e cumprirá tudo o que
me apraz, dizendo também a Jerusalém: Tu
serás edificada; e ao templo: Tu serás
fundado".
• Em 45.1 "ASSIM diz o SENHOR ao seu ungido,
a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para
abater as nações diante de sua face, e
descingir os lombos dos reis, para abrir diante
dele as portas, e as portas não se fecharão“.
• O único outro exemplo no Antigo Testamento em
que o nome da pessoa é dado antes de seu
surgimento é a menção de Josias em 1 Reis 13.2 “E
ele clamou contra o altar por ordem do SENHOR, e
disse: Altar, altar! Assim diz o SENHOR: Eis que um
filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias,
o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos
que sobre ti queimam incenso, e ossos de homens
se queimarão sobre ti”.
• As profecias estão divididas em quatro períodos:
• A) vai da morte do rei Uzias em 742 até 732 no
reinado de Acaz;
• B) segundo é o período de conflito do profeta com o
rei Acaz nos anos de 734-715;
• C) terceiro se centraliza contra a política de aliança
com o Egito contra o império Assírico de 715-705; e a
• D) relaciona-se com a invasão de Judá por
Senaqueribe e a libertação de Jerusalém de 705-701
1. As Profecias do Primeiro Período
• As profecias dos capítulos 1-5 foram
proclamadas provavelmente no reino de Jotão.
• Ele trata dos pecados de Judá com o mesmo
entendimento de seus predecessor Amós.
• Idolatria, superstição e a confiança nas riquezas
são características da vida nacional, cap 2.
• Ele pregava contra o pecado dos ricos, os males
sociais, a opressão ao pobre, o luxo e a vaidade
• O judeu, influenciado pelo baalismo, achava
que os rituais e sacrifícios seriam suficientes
para agradar a Deus.
• O dia do Senhor será de julgamento sobre o
soberbo e altivo.
2. O conflito do Profeta com o Rei Acaz
• Fracassou em tentar persuadir Acaz a não fazer
aliança com a Assíria
• Nos capítulos 7 e 8 narra o conflito entre o
profeta e o rei Acaz
• Nesta segunda parte o Isaías se apresenta como
um conselheiro político.
• Como a suas mensagens não forma recebidas
pelo rei e pelo povo, ele ficou em silêncio até a
morte de Acaz
3. Operação do propósito de Deus na História

• Ao ser coroado Ezequias o profeta reassumiu o


seu ministério.
• Ele se dirigir nesta fase ao rei e a elite política
judaica.
• Entre os anos de 715 a 711 ele trata do problema
da queda da Samaria e a extinção das dez tribos
do norte.
• Deus usou a Assíria para cumprir os seus
propósitos 10:5
4. A invasão de Senaqueribe em Judá e a
salvação de Jerusalém
• É certo que Ezequias não se aliou com Merodaque-
Baladã para conspirar contra o império assírico.
• Senaqueribe se volta para os povos revoltosos contra o
seu reino e então Ezequias fica amedrontado e pede ajuda
aos egípcios 28: 7-13, 14:22 e 29:15-16; 30:1-7; 31: 1-3.
• Como sinal da humilhação que o Egito sofreria dos
assírios, o profeta andou nu e descalço por três anos, 20:
1-6
• Os assírios ao irem contra Jerusalém Deus mostra os seus
propósitos e livra o povo da carnificina cap. 10
III Teologia de Isaías
• Descreve a natureza e o caráter de Deus.
• Soberano, Exaltado, dono dos exércitos, santo, justo,
bondoso, rei, glorificado.
• O senhor da história e que governará o mundo com um
reino de justiça e paz.
• Os ensinos escatológicos do profeta apresentam um
conceito distintivo, definitivo e coerente do significado da
história
• Isaías entendeu que a criação divina estacva em desarmonia
com os eu criador e passa a anunciar um reino escatológico
ideal que pela fé no santo de Israel iria existir.
• O dia do Senhor será contra o soberbo e altivo
contra todo aquele que se exalta 2:12
• Acreditava que o restante fiel seria salvo do
desastre vindouro.
• Deus não abandonaria o seu povo enquanto
existisse um restante fiel 10:20.
Profecias de Isaías cap. 1-39
• I - Infildelidade de Judá e Jerusalém- 1:1-5:29
• Nesta primeira secção as profecias foram
dirigidas a Judá e Jerusalém.
• Acusações e ameaças, mas promessa de
misericórdia caso houvesse arrependimento.
A. Sobrescrito 1:1
• ”Visão que Isaías, filho de Amoz, teve a
respeito de Judá e Jerusalém durante os
reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis
de Judá.”
• Visão (HAZON) sig. Ver, contemplar, perceber,
sentir, experimentar. Indica a experiência do
profeta com Deus, entender a mensagem e
transmitir ao povo.
• Isaías ( Yeshaeyahu) sig. Yavéh é salvação.
Traz uma representação simbólica do próprio
nome nas suas pregações.
• Neste capítulo o profeta explica a controvérsia
entre o Senhor e Judá, que o sofrimento do
povo era consequência da sua rebelião contra
Deus.
1:2
Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, tu, ó terra; porque o SENHOR tem falado:
Criei filhos, e engrandeci-os; mas eles se rebelaram contra mim.
• ‘Ouvi, ó céus, e dá ouvido, tu, ó terra’. Esta introdução na profecia
era para remeter o povo de Israel à lei dada por Moisés, lembrando o
que estava previsto a destruição do povo, caso não se convertessem a
Deus “Hoje tomo por testemunhas contra vós o céu e a terra, que
certamente logo perecereis da terra, a qual passais o Jordão para
possuí-la; não prolongareis os vossos dias nela, antes sereis de todo
destruídos” ( Dt 4:26 ).
• Deus lhes informou das pragas e moléstias que
seriam acometidos por não obedecerem a Deus.
• Deuteronômio 28, versos 15 à 68. Após vários
avisos, havia chegado o momento predito pelo
Senhor, pois já não adiantava castiga-los, já
estavam completamente feridos, mas não
atinavam que era em decorrência de não terem
obedecido a Deus (v. 5 ; Sl 50:4 ; Dt 4:36 e o Sl
76:8 ).
• Os filhos que foram criados e engrandecidos
referem-se ao povo de Israel que se tornou um
grande povo, porém, desviaram do
Senhor "Mas eles foram rebeldes, e
contristaram Deus; por isso se lhes tornou em
inimigo, e ele mesmo pelejou contra eles" ( Is
63:10 ).
1:3
O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono;
mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.
• Deus faz uma comparação entre os animais irracionais e o povo de
Israel para expor uma realidade terrível: o povo que devia ser pleno
de sabedoria por ter sido instruído por Deus, não conhecia o seu
Deus. O boi, um animal irracional, conhece o seu dono da mesma
forma que o jumento a sua manjedoura, mas Israel não conheceu e
nem conhecia o seu Deus e Libertador
• Faltava ao povo de Israel o ‘conhecimento’ do Santo, não entendiam,
não compreendiam a palavra do Senhor, e quem deveria ensiná-los,
os mestres da lei, estavam devorando o povo como se fosse pão
1:4
Ai, nação pecadora, povo carregado de iniquidade, descendência de
malfeitores, filhos corruptores; deixaram ao SENHOR, blasfemaram o Santo de
Israel, voltaram para trás.
• Nação pecadora;
• Povo iníquo;
• Descendência de homens maus, e;
• Filhos corruptores.
Ai denota um sentimento de dor de um Pai abandonado pelo filho.
Rejeitaram ao Senhor. ( Hote) andam errantes repetitivamente.
(Keved ) oprimido pelo pecado, pela perversidade
(Shahat) tornaram-se criminosos
( Zur) estranharam-se completamente. Apostataram-se
1:5-6
Por que seríeis ainda castigados, se mais vos
rebelaríeis? Toda a cabeça está enferma e todo o
coração fraco. 6 Desde a planta do pé até a
cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e
inchaços, e chagas podres não espremidas, nem
ligadas, nem amolecidas com óleo
• Se o povo de Israel se recordasse da lei, veriam que já estava
previsto que, caso se rebelassem contra os preceitos de Deus,
seriam acometidos de diversos castigos ( Dt 28:15 -69).
• O povo de Israel era avesso a Deus, e quando castigados,
rebelava-se ainda mais. Deus demonstra que a correção já não
adiantava, pois todo o Israel estava acometido de pecado.
Quando recebe o homem por filho, Deus o corrige e deixa claro o
motivo: porque ama "Porque o Senhor corrige o que ama, e
açoita a qualquer que recebe por filho" ( Hb 12:6 ), mas o povo
de Deus ignorava esta característica Dele.
• Deus descreve o povo de Israel com problemas na cabeça
e no coração (v. 5), e aponta que todo o corpo estava
enfermo desde os pés até a cabeça e que nunca se
submeteram a qualquer tipo de tratamento que mudasse
a condição deles. Bastava o povo abrir mão do argumento
de que eram povo de Deus por serem descendentes de
Abraão reconhecendo que eram miseráveis como todos
os outros homens, que Deus haveria de curá-los. Esta
condição do povo é retratada em provérbios: “Há uma
geração que é pura aos seus próprios olhos, mas que
nunca foi lavada da sua imundícia” ( Pv 30:12 ).
1:7-8
A vossa terra está assolada, as vossas cidades
estão abrasadas pelo fogo; a vossa terra os
estranhos a devoram em vossa presença; e está
como devastada, numa subversão de estranhos.
8 E a filha de Sião é deixada como a cabana na
vinha, como a choupana no pepinal, como uma
cidade sitiada.
• A cidade de Jerusalém assolada por guerras e intrusos desfrutando do que o
povo de Israel haviam plantado era o último estágio da gama de castigos
descritos por Moisés antes de serem levados cativos ( Dt 28:39 ).
• Com o castigo, a terra foi assolada e as cidades queimadas. Os estrangeiros
tinham livre circulação na cidade e o povo de Jerusalém nada podia fazer
para impedir.
• Em função da correção, tudo foi devastado e subvertido por estrangeiros. A
cidade de Jerusalém estava sitiada, semelhante a uma cabana na vinha
cercada de uvas, ou uma choupana em meio ao pepinal: abandonada a
própria sorte.
• Neste ponto o castigo já não era alternativa, pois apesar da condição
deplorável do povo, não reconheciam a sua miserabilidade e não se
socorriam de Deus.

1:9:10
Se o SENHOR dos Exércitos não nos tivesse
deixado algum remanescente, já como Sodoma
seríamos, e semelhantes a Gomorra. 10 Ouvi a
palavra do SENHOR, vós poderosos de Sodoma;
dai ouvidos à lei do nosso Deus, ó povo de
Gomorra.
• Isaias faz referência a um remanescente preservado
por Deus para evitar a extinção de Judá e,
consequentemente, a extinção da linhagem do
Messias. Um povo remanescente tem resistido ao
longo dos tempos em função da fidelidade de Deus
que prometera a Davi o Descendente ( 2Sm 7:12 ).
• Se não fosse a misericórdia de Deus em preservar um
remanescente o povo de Judá havia desaparecido da face da
terra"Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso vós, ó filhos
de Jacó, não sois consumidos“ ( Ml 3:6 ).
• Após esclarecer o povo de que se não fosse a misericórdia,
há muito Jerusalém teria deixado de existir, o profeta introduz
Sodoma e Gomorra como figura de Judá. Moisés já havia feito
referencia a Israel como Sodoma e Gomorra: "Porque a sua
vinha é a vinha de Sodoma e dos campos de Gomorra; as suas
uvas são uvas venenosas, cachos amargos têm" ( Dt 32:32 ;
Gn 18:16 e 19:28 ; Rm 9:29 ).
1:11-12
De que me serve a mim a multidão de vossos
sacrifícios, diz o SENHOR? Já estou farto dos
holocaustos de carneiros, e da gordura de animais
cevados; nem me agrado de sangue de bezerros,
nem de cordeiros, nem de bodes. 12 Quando vindes
para comparecer perante mim, quem requereu isto
de vossas mãos, que viésseis a pisar os meus átrios?
O elemento de culto que os habitantes de
Jerusalém julgavam de maior valor, o sacrifício, é
posto em xeque
pelo próprio Deus. Deus faz a pergunta: - ‘De que
me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios?’
Além de deixar claro que estava farto dos holocaustos,
Deus enfatiza que não se agrada de sangue de animais.
Esta verdade permeia os livros do A. T., pois o salmista
diz: "Pois não desejas sacrifícios, senão eu os daria; tu
não te deleitas em holocaustos" ( Sl 51:16 ). O profeta
Samuel também anunciou: "Tem porventura o SENHOR
tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que
se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é
melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que
a gordura de carneiros" ( 1Sm 15:22 ).
 
Como ofereciam tantos holocaustos, era de se presumir
que ao menos Deus houvesse pedido aos homens que
oferecessem holocaustos, porém, Deus é enfático:
- ‘Quem requereu isto?’. Quando lemos os livros do
Pentateuco, vemos Deus requerendo do seu povo que
obedeça a sua palavra, sem diminuir ou acrescentar ( Dt
4:2 ), e não encontramos Deus requerendo sacríficos,
antes disciplinando como deveriam proceder caso se
propusessem oferece-los “Fala aos filhos de Israel, e
dize-lhes: Quando algum de vós oferecer oferta ao
SENHOR, oferecerá ...” ( Lv 1:2 ).
Desde Abel e Caim voluntariamente os homens oferecem
sacrifícios a Deus, porém, Deus nunca requereu isto das mãos
dos homens, pois Deus tem interesse no homem (ofertante), e
não na oferta (sacrifícios). O povo de Israel estava como Caim,
oferecendo sacrifício debalde, pois Deus não tem interesse no
sacrifício ou na oferta, antes no ofertante.
Em primeiro lugar Deus atenta para o ofertante e depois para a
oferta. E se Deus rejeita o ofertante, consequentemente a oferta
está rejeitada “E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do
fruto da terra uma oferta ao SENHOR. E Abel também trouxe dos
primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o
SENHOR para Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para a
sua oferta não atentou” ( Gn 4:3 -5).
Verso. 13 Não continueis a trazer ofertas vãs.
O profeta Isaías continuou a enumerar outros elementos do complexo sistema
religioso dos judeus: além das oferendas e ofertas de cereais (ver Lev. 7.9-12),
havia os ritos com incenso (ver Êxo. 30.1,7,8 e Lev. 2.1, a observância dos dias
especiais, como a lua nova; as festas observadas no primeiro dia do mês, por
ocasião do aparecimento
da lua (ver II Crô. 8.13; o dia de sábado e os outros vários dias de sábado ou
descanso (ver Lev. 16.31,23,24; e as convocações para as assembléias, que
visavam propósitos especiais, como as festas da páscoa, do pentecoste,_ dos
tabemáculos e do dia da expiação (ver Lev. 23.3; Núm. 28.26; 29.1,7,12; Êxo.
12.16; Joel 2.15-17). Incluía todo o complexo sistema que Yahweh
tinha descartado, porque o significado havia-se perdido, mediante a corrupção
generalizada da moral e os atos abertos de violência e pecados de toda a
espécie.
Verso 14 As vossas luas novas, e as vossas solenidades.
O profeta Isaias repetiu aqui a menção ao rito da lua nova e, com
uma referência geral, repetiu a menção às muitas festas requeridas
pela lei mosaica, pronunciando seu Icabode contra eles, porquanto
passara a odiar toda aquela triste questão. Yahweh abominava toda
essa questão. Como no restante do Antigo Testamento, foram
usadas fortes expressões antropomórficas. Em outras palavras, os
atributos e sentimentos do homem são conferidos a Deus.
Falamos a respeito de Deus dessa maneira por estarmos presos no
dilema do pensamento e da linguagem humana.
Corações hipócritas e pecaminosos tinham furtado do sistema seu
significado. Cf. o vs. 4 deste mesmo capítulo. Ver também Isa. 43.24.
15 Quando estendeis as vossas mãos. Um típico gesto
de oração consistia em
estender as mãos com as palmas para cima, em atitude
de súplica, na esperança
de receber algo. Os olhos estavam abertos e olhavam
para o céu. Muitas orações
eram feitas, bem no meio da apostasia, mas elas não
seriam ouvidas; pelo contrário,
seriam até desprezadas por Yahweh, objeto dessas
súplicas.
16 Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos. Convite ao
Arrependimento
Isso é retratado como lavar a imundícia do pecado e da
violência, com vistas à purificação. A santidade consiste em limpeza. Além disso,
tirar ê outra palavra-chave. As coisas más devem ser tiradas da vida e descartadas.
Mediante tal remoção, os olhos de Yahweh não mais as veriam nem se irariam
contra elas. Sem nenhuma metáfora: deixai de fazer o mal. O original hebraico diz
aqui, literalmente, "crimes", e muitos dos pecados de Judá eram crimes, até
mesmo
crimes de sangue, conforme vemos em Isa. 1.15. O profeta estava dirigindo a
palavra contra uma perversão extremamente radical.
17 Aprendei a fazer o bem. Diversas boas ações foram ordenadas, em
substituição
a más ações: teria de haver um processo de aprendizado para que
os judeus conhecessem e obedecessem à lei, o tipo de processo que penetra no
coração. Quando as lições fossem aprendidas, seria feita a justiça.
Deveria haver a "regra do direito", a justiça social e pessoal, a reforma
dos indivíduos, as instituições, os juizes e os tribunais. A opressão precisava ser
eliminada. Os fracos e pobres não deveriam continuar sendo explorados pelos
fortes e ricos. As propriedades deveriam ser devolvidas às viúvas e aos órfãos,
e atos de caridade teriam de substituir os atos de opressão. Os órfãos e as
viúvas teriam de ser defendidos, em vez de explorados. A legislação mosaica
fornecia diretrizes para esses atos e teria de ser seguida. Cf. II Sam.
14.4-7; II Reis 4.1 e Rute 4.1-4.
18 Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor. Este é um dos mais
citados
versículos de Isaias, o clamor apaixonado de reforma no qual
Yahweh deixou de
lado, por um minuto, Suas terríveis ameaças e convidou
homens humildes a
raciocinar com Ele. A idéia do versículo é a correção através de
um discussão
arrazoada na qual a verdadeira natureza das coisas é exposta, e
o desejo pela
mudança é instilado.
19 Se quiserdes, e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra. O
pecador precisa estar disposto a fazer o que é reto e realmente obedecer à
prática do bem. Somente então Judá continuaria a desfrutar a terra na qual
habitava. Habitar significa participar de todas as coisas boas, pois a Terra
Prometida era a terra do leite e do mel (Êxo. 3.17,18; 33.3; Deu. 6.3). Se
não houvesse reação favorável ao chamado divino, então aquela terra seria
entregue a um poder estrangeiro, a maior parte do povo de Judá seria
morta, e o minúsculo remanescente seria levado para o exílio.
Haveria colheitas abundantes,
o coração da economia e o bem-estar pessoal. Isso foi prometido no
pacto mosaico (ver Deu. 28.3-6,11)
20 Mas se recusardes, e fordes rebeldes. A alternativa à mudança de
mente
era ser devorado à espada. Os rebeldes, que já estavam em profunda
rebelião,
podiam ou comer da terra, em meio à prosperidade, ou então ser
devorados pelas
armas de algum inimigo estrangeiro. Yahweh havia afirmado a escolha
pelas palavras de
Sua boca, o que significa que se tratava de um destino fixado. A reação
humana
favorável condicionava os resultados. Se isso não fosse uma verdade, então
não
poderia haver responsabilidade moral.
20 Como se fez prostituta a cidade fiel! A cidade antes fiel fora apanhada nos
pecados e atitudes de uma prostituta, o que provavelmente significa uma esposa
prostituída, o assunto do livro de Oséias. A esposa fiel tinha sofrido tremenda
queda. A cidade de Jerusalém era um centro de santidade e justiça, e um lugar
onde se adorava a Yahweh. Em vez de um povo santo e de instituições santas,
tinham chegado homens ímpios, e a coisa inteira estava corrompida. O local estava
pleno de pecados pesados e pecadores assassinos. A capital da adoração ao
Senhor tinha-se tornado um centro de crimes. A esposa entrara em sociedade com
seu marido, e o mesmo Israel fizera com Deus. Mas o pacto tinha sido quebrado,
bem como seus relacionamentos e benefícios.
21 A tua prata se tornou em escórias. A prata é um metal que se torna
precioso mediante o processo do refino. Mas a prata de Judá tinha
seguido outro
caminho e se tornara escória através das muitas poluções em que o
povo tinha se
envolvido. A prata é um metal nobre, mas pode tornar-se ignóbil
através da
corrupção. Judá tinha revertido o processo de refino pelo processo da
polução. A
escória é um resíduo e serve somente para ser jogada fora; e, assim,
Judá seria
jogado fora mediante o cativeiro babilônico.
22 Portanto diz o Senhor, o Senhor dos
Exércitos, o Poderoso de Israel. O
reino do sul, Judá, vinha fazendo grande
semeadura de pecados e agora tinha de
colher a corrupção. Semeadura.
A Assíria faria grande confusão e deixaria muitas
vítimas. Em seguida, os
babilônios fariam ainda pior.
24 Voltarei contra ti a minha mão. A mão de Deus
volver-se-ia contra Judá.
Ver sobre a mão de Deus em Sal. 81.4, e sobre mão
direita, em Sal. 20.6. Temos
aí menção ao instrumento divino de operação, e Ele
teria Seus instrumentos nas
agências humanas que usaria, as quais eram
suficientemente brutais para administrar
a vingança apropriada
Isaías cap. 2

v.1 A glória futura do verdadeiro Israel. Juízos


preparatórios. O dia do SENHOR. A purificação
de Jerusalém.
2.2 NOS ÚLTIMOS DIAS. O NT define os últimos dias como o período de
tempo entre a primeira e a segunda vinda de Cristo (ver At 2.17 nota).
Aquilo que Isaías descreve nos vv. 1-5 terá seu cumprimento total na
segunda vinda de Cristo, quando Ele estabelecer o reino de Deus na
terra.
2.2-5 SE FIRMARÁ O MONTE DA CASA DO SENHOR.
Isaías profetiza a respeito de um período quando o governo
divino se estabelecerá em toda a terra (cf. Mq 4.1-3). Toda
iniqüidade, injustiça e rebelião dirigidas contra Deus e sua
lei serão debeladas e a justiça prevalecerá (cf. 59.20
60.3,14; Jr 33.14-16; Zc 2.10-12). Todas as nações , judeus
e gentios, adorarão e servirão ao Senhor. Esta profecia
manifesta o propósito final de Deus para Israel e a raça
humana; ela cumpre-se no próprio Jesus Cristo, que
executa juízo e justiça na terra (9.1-7; 11.3-5).
• 2.3 NOS ENSINE... SEUS CAMINHOS... SUAS VEREDAS. O
interesse primordial de todos os que se tornam discípulos do
Senhor deveria ser conhecer e obedecer à sua vontade, como
cidadãos do seu reino. É importante que quem proclama a
mensagem de Deus, tome o máximo cuidado com o que prega
e ensina, para que isto seja a mensagem de Deus, proveniente
das Escrituras inspiradas, i.e., a revelação de Cristo, dos
profetas do AT e dos apóstolos do NT (ver Ef 2.20 nota). Todo
mundo, tanto os perdidos como os salvos, precisam ouvir a
verdade de Deus proclamada por lábios ungidos pelo Espírito
Santo, dedicados aos retos caminhos de Deus.
• 2.6-9 TU DESAMPARASTE O TEU POVO. Estes versículos
descrevem a apostasia e o mundanismo da nação de Judá.
Seus habitantes abandonaram a Deus, adotaram a
idolatria e o ocultismo, deleitavam-se nas práticas ímpias
dos pagãos e depositavam sua confiança no dinheiro, nas
alianças internacionais e no poderio militar. Daí, Isaías orar
para que não houvesse perdão até que Deus, mediante
duros revezes os levasse a um arrependimento de coração
(vv. 17-21). Ele sabia que o perdão aparente do ritual
religioso só agravaria a situação. Um arrependimento
sincero deve preceder o perdão (1.16-20).
2:10
Vai, entra nas rochas e esconde-te no pó. O terror lançado por Yahweh
feriria os judeus com plena força, e os israelitas tentariam ocultar-se nas
•. 'z.1 -::hosas em redor de Jerusalém, ou em buracos feitos no chão. A
• : : -.-/:.: :.: escudo de Yahweh seria removida. Os babilônios fariam a obra
• -.-. ze.astação, mas por trás deles estaria a glória da majestade de Yahweh,
• = causa real do desastre. As colinas em redor de Jerusalém estavam cheias
• \z :z e-.as em rochas de pedra calcária, as quais foram procuradas pelos
• desertores judaicos em fuga. Cf. Juí. 6.2; 15.8; I Sam. 13.6; 14.11; 24.3; I
• Heis 18.4. Haveria pânico no exército de Judá, e todas as coisas contribuiriam
• juntamente para pôr fim ao poder do exército dos filhos de Israel. O que
• secrasse seria levado para o exílio. É verdade que, depois de alguns anos,
• raiaria um novo dia, mas não enquanto a escória não fosse expurgada. A
• situação se tornara irremediável.
2:11
• Os olhos altivos dos homens serão abatidos. Compreendemos,
com base
• neste versículo, que Judá se enchera de orgulho por causa de suas
riquezas e de seu
• forte exército (vs. 7). Eles tinham "ultrapassado" a necessidade de
depender de Deus
• e assim, no dia da provação, Deus não estaria disponível para
evitar a catástrofe
• generalizada que lhes sobreviria. Ver no Dicionário o verbete
denominado Orgulho; e
• ver orgulho e humildade contrastados em Pro. 11.2; 14.3; 15.25;
16.5,18; 21.4; 30.12,32.
2:11
• Os olhos altivos dos homens serão abatidos. Compreendemos, com base
• neste versículo, que Judá se enchera de orgulho por causa de suas riquezas e de seu
• forte exército (vs. 7). Eles tinham "ultrapassado" a necessidade de depender de Deus
• e assim, no dia da provação, Deus não estaria disponível para evitar a catástrofe
• generalizada que lhes sobreviria. Ver no Dicionário o verbete denominado Orgulho; e
• ver orgulho e humildade contrastados em Pro. 11.2; 14.3; 15.25; 16.5,18; 21.4; 30.12,32.
• Ver olhos altivos em Pro. 6.17. No tempo do julgamento, as potências humanas serão
• humilhadas, e somente o Senhor será exaltado, tornando-se o Movedor Primário das
• questões humanas. Note o leitor o título Senhor dos Exércitos (vs. 12), porquanto este
• versículo descreve uma situação militar. Mas o Senhor dos Exércitos estaria dirigindo
• as forças babilônicas! Ver sobre esse título no Dicionário e em I Reis 18.15. Quanto
• àquele dia, ver o vs. 12, o Senhor tem um dia.
2:11-12
• O Senhor Tem um Dia. Judá teve seu dia de orgulho, o que não passava de
• falácia. O Senhor já tinha marcado um dia de julgamento, e as árvores nobres e
• auto-exaltadas seriam niveladas até o chão. Ver no Dicionário o artigo chamado
• Dia do Senhor, quanto a amplas explicações sobre essa frase. O Senhor dos
• Exércitos lideraria exércitos estrangeiros para efetuar a justiça e expurgar a escória
• da corrupção. Uma prata pura seria assim produzida (ver Isa. 1.25), de tal
• modo que a nação de Israel, através da tribo de Judá, poderia viver novamente
• após o cativeiro e dar a Israel um novo começo. Este texto olha para além da
• Babilônia, talvez até a era do reino, quando o poder divino tomará conta do
• mundo inteiro.
2:15
• Contra toda torre alta. Outras coisas altas, feitas pelas mãos dos homens,
• são as torres e as muralhas fortificadas. Essas coisas supostamente
• proveriam proteção; mas, quando chegar o dia da ira, elas serão inúteis. Os
• babilônios por certo não se deixariam impressionar por elas. Por
conseguinte,
• coisa alguma alta na natureza, nem qualquer coisa alta feita por mãos
humanas,
• seria capaz de impedir o avanço dos babilônios, nem a grandiosidade
• correspondente do poder e governo de Deus. As fortificações militares eram
• uma das glórias do reinado de Uzias, e essas coisas tiveram continuação nos
• governos reais de Judá subseqüentes. Ver II Crô. 26.9,10; 27.3,4; Osé. 8.14;
• Miq. 5.11; e cf. Isa. 22.8-11 e Sal. 48.13. Ver sobre a torre de Babel, uma das
• mais orgulhosas obras humanas, em Gên. 11.1-9.
• As fortificações militares eram
• uma das glórias do reinado de Uzias, e essas
coisas tiveram continuação nos
• governos reais de Judá subseqüentes. Ver II Crô.
26.9,10; 27.3,4; Osé. 8.14;
• Miq. 5.11; e cf. Isa. 22.8-11 e Sal. 48.13. Ver
sobre a torre de Babel, uma das
• mais orgulhosas obras humanas, em Gên. 11.1-
9.
2:16
• Contra todos os navios de Társis. Os mastros
dos navios mercantes de
• Társis eram altos, e esses navios
representavam uma das origens das riquezas
• de Judá, do que os judeus tanto se
orgulhavam (vs. 7). Os fenícios eram, então,
• os dominadores dos mares.
2:17
• A arrogância do homem será abatida. Este versículo oferece um sumário das
• idéias dos vss. 11-16. A exaúação, sem importar de qual natureza, seria aviltada,
• como parte necessária do julgamento geral divino prometido pelos profetas. Os
homens
• seriam rebaixados e rolariam pelo chão; o que era alto seria abatido, e somente
• Yahweh permaneceria elevado, naquele dia (ver o vs. 12), o dia do Senhor, no
Seu
• momento de ira, em Seu dia de julgamento. Cf. o vs. 11, que é virtualmente igual
ao
• que se vê no vs. 17. "Isso pode referir-se ao tempo em que os babilônios
capturaram
• a nação de Judá, em 586 A.c
2:18
• Os ídolos serão de todo destruídos. Entre as coisas que seriam destruídas,
• estavam os ídolos, nos quais o povo de Judá tinha chegado a confiar, em lugar de
• Yahweh. Ver o vs. 8, onde é mencionada a idolatria de Judá. Essa falta de coragem
• e de espiritualidade seria, no final das contas, mortalmente destruidora. Na
• verdade, a idolatria consiste em perder a fé nas realidades espirituais e colocar a fé
• sobre aquilo que é falso. E assim também acontece com todas as nossas formas
• mais sutis de idolatria. Deus é substituído por deuses que nada são, o maior erro
• de todos, do qual se originam todos os tipos de erro. Os ídolos são "nada" neste
• mundo, conforme lemos em I Cor. 8.4, e passarão para um nada bem merecido na
• mente e nas práticas dos homens do dia da crise. Cf. Zac. 13.2.
• Então os homens se meterão nas cavernas das rochas. Este versículo
• expande a idéia do vs. 10, mas adiciona a noção das "cavernas", a
qual, porém,
• é ali entendida pela menção às "rochas". Em seguida, o profeta
adiciona: "quando
• ele (Deus) se levantar para assombrar a terra". Então haverá
figuradamente
• terrível abalo na terra e possivelmente terremotos literais. Os abalos
sísmicos
• são uma "figura para um julgamento severo e universal" (Fausset, in
loc). Ver
• Apo. 6.15,16. Quanto ao terror do Senhor, ver o vs. 21.
• Naquele dia os homens lançarão às toupeiras e aos morcegos. Tendo
• testemunhado o fracasso da idolatria em proteger no dia do juízo divino (ver o vs.
• 12), os homens jogarão fora todas as suas obras idolatras, imagens, gravações,
• obras fantasiosas de ouro e prata, que eles adoraram em meio a tanto ridículo. As
• toupeiras e os morcegos tornar-se-ão os proprietários desses objetos. De maneira
• correspondente, os homens se voltarão a Yahweh como alto e único Deus, e
• renovarão suas formas de adoração e seus votos. Veja o leitor a ironia embutida
• em tal declaração: coisas antes tão valiosas e transformadas em objetos de adoração
• serão lançadas fora como coisas detestáveis. Isso aponta para uma revolução
• espiritual provocada pelo julgamento divino, e esse é precisamente o motivo pelo
• qual o juízo será aplicado. Há nele um aspecto restaurador, e não apenas retribuidor.
• 2.21
• E meter-se-ão pelas tendas das rochas e pelas cavernas das penhas.
• Este versículo é uma repetição dos vss. 10 e 19, mas também adiciona palavras
• vividas: "quando ele se levantar para espantar a terra". Portanto, encontramos
• aqui o "terror do Senhor" (vs. 19), e não um temor piedoso e reverência (o
• "temor do Senhor", conforme a expressão é usualmente empregada; ver no
• Dicionário o artigo chamado Temoi), e, sim, um terror literal, causado pelos
• julgamentos divinos, que deixarão os homens apavorados e os farão ocultar-se
• nas cavernas das colinas. A Palestina tinha um quase ilimitado número de
• cavernas nas colinas de pedra calcária que, desde os tempos mais remotos,
• serviram de esconderijos, nos momentos de perseguição e destruição.
• 2.22
• Afastai-vos, pois, do homem cujo fôlego está no seu nariz. Não se pode
• confiar no homem em tempos de crise e destruição. Ele é apenas uma
criatura que
• respira com o nariz. Mas, quando perde a sua respiração, ele se transforma
em
• nada. Cf. Sal. 104.29; 118.8,9. Ver também Gên. 2.7.0 homem é removido
da terra
• com facilidade (ver Isa. 2.9,11,12,17). A tendência da nação de Judá seria
voltar-se
• para aliados humanos que a ajudassem a livrar-se da invasão babilônica,
mas essa
• seria outra medida inútil.
• A medida certa era apelar a Yahweh, o regulador e inspirador
• dos eventos históricos. Deus é o único que pode reverter a
maré do julgamento. E
• Ele fará isso para aqueles que realmente se arrependerem.
"Confiai nem no homem
• e nem nos deuses inventados pelos homem. Nem ele nem eles
podem salvar"
• (Adam Clarke, in loc). Diz o Targum: "Pois o homem está vivo
hoje, e amanhã não
• o estará; ele deve ser considerado como nada". (Ver Sal. 8.1.)

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