Bioquímica e Microbiologia

Integração do Metabolismo

Ana Rufino
ana.t.rufino@gmail.com
INTEGRAÇÃO DO METABOLISMO
 DIABETES
Tipo I
5 a 10% dos casos
Não há produção de insulina por destruição das células beta do pâncreas

Tipo II
~90% dos casos
Produção deficiente de insulina ou insulinorresistência

Gestacional
DIAGNÓSTICO
Glicemia de jejum ≥126 mg/dl (≥7,0 mmol/l);
ou
Sintomas clássicos + glicemia ocasional ≥200 mg/dl (≥11,1 mmol/l);
ou
Glicemia ≥200 mg/dl (≥11,1 mmol/l) às 2 horas, na prova de tolerância à glicose oral (PTOG)
com 75 g de glicose;
ou
Hemoglobina glicada A1c (HbA1c) ≥6,5%
 DIABETES
Aumento de peso e trigliceridémias na diabetes de
Tipo 2
Insulina inibe a lipólise  Não há degradação de
ácidos gordos, logo não há formação de corpos
cetónicos.  aumento de lípidos Aumento de peso

Hiperglicémia no Fígado  aumenta sintese de TAG

 Aumenta a sintese de VLDL
* O fígado e o tecido adiposo continuam sensíveis
a insulina.
CORPOS CETÓNICOS na diabetes de Tipo 1
Hiperglicemia

Acumulação de acetil-CoA

Formação de corpos cetónicos

* Ausência de insulina estimula a lipólise

Cetoacidose da diabetes.
 Metabolismo energético no fígado (prolonged starvation)

Após o gasto das reservas de

carbohidratos, as proteínas
tornam-se importantes fontes
de glucose, produzida a partir
dos aminoácidos durante a
gluconeogénese (passos 1 a 4).

Ácidos gordos (tecido

adiposo) são convertidos
em corpos cetónicos para
serem exportados para o
cérebro (passos 5 a 8).
DIABETES
INSULINA

Regulação da síntese de triacilglicerol pela insulina .

Na ausência de insulina:
- ↓síntese de ácidos gordos
- Acetil-coA proveniente do
metabolismo dos Hidratos de
Carbono e das proteínas é
direcionada para a produção de
corpos cetónicos
 DIABETES
Em situação de fome, o triacilglicerol é
quebrado e resintetizado no ciclo do
ANTI-DIABÉTICOS ORAIS
triacilglicerol.

Alguns dos ácidos gordos libertados na lipólise

do triacilglicerol no tecido adiposo, passam
para a corrente sanguínea; os restantes são
usados para a resíntese de triacilglicerol.

Alguns dos ácidos gordos libertados na

corrente sanguínea são usados para obtenção
de energia (nos músculos por exemplo), e
parte deles são dirigidos para o fígado e
usados na síntese de triacilglicerol.
Ciclo do triacilglicerol
Os triacilgliceróis formados no fígado são
transportados para o tecido adiposo via
corrente sanguínea , onde o ácido gordo é
libertado pela lipoproteína lipase , sendo
reesterificado a triacilglicerol.
DIABETES
ANTI-DIABÉTICOS ORAIS Tiazolidinedionas ou Glitazonas

Na diabetes tipo 2, níveis sanguíneos elevados de ácidos gordos livres interferem

com a utilização da glucose pelo músculo, promovendo insulino-resistência.

Mecanismo de ação das tiazolidinedionas.

As tiazolidenedionas activam o
recetor nuclear PPAR (peroxisome
proliferatoractivated receptor ) que
induz a actividade da PEP
(fosfoenolpiruvato) carboxicinase.

Este fármaco, aumenta a taxa de

gliceroneogénese, aumentando assim a
resíntese de triacilglicerol no tecido adiposo,
diminuindo a quantidade de ácido gordo livre
no sangue.
EXERCÍCIO FÍSICO
FONTES DE ENERGIA MUSCULAR
EXERCÍCIO FÍSICO
FONTES DE ENERGIA MUSCULAR

Quando a necessidade de ATP é muito elevada e a [O2] é baixa ou nula


O NADH não é reoxidado a NAD+

Fermentação láctica

Fermentação láctica ocorre também

nos eritrócitos (não têm mitocôndrias
e portanto não conseguem oxidar o
piruvato a CO2)
EXERCÍCIO FÍSICO
CICLO DE CORI
Cooperação metabólica entre o músculo
esquelético e o fígado.

Músculos ativos, usam glicogénio como

fonte de energia, formando lactato via
glicólise.
Durante a recuperação, algum deste lactato
é transportado para o fígado, onde é
convertido a glucose via gluconeogénese.

Esta glucose é libertada na corrente

sanguínea e transportada para o músculo
para repor os níveos de glicogénio.

Toda esta via (glucose → lactato →

glucose), constitui o ciclo de Cori.
BIOQUÍMICA CLÍNICA
COMPOSICÃO DO SANGUE

Inclui enzimas, anticorpos, hormonas, …

 COMPOSICÃO DO SANGUE

ERITROPOIESE
Formação de eritrócitos na medula óssea, que inclui um conjunto de transformações
das células da série eritrocitária, por fases sucessivas, desde a célula-mãe
(proeritroblasto), passando pelo eritroblasto até ao eritrócito adulto
COMPOSICÃO DO SANGUE
ERITRÓCITOS

A principal função dos eritrócitos é transportar oxigénio dos pulmões para os tecidos
e o dióxido de carbono, dos tecidos para os pulmões.
COMPOSICÃO DO SANGUE
ERITRÓCITOS
A principal função dos eritrócitos é transportar oxigénio dos pulmões
para os tecidos e o dióxido de carbono, dos tecidos para os pulmões.
 COMPOSICÃO DO SANGUE
ERITROPOIETINA

A produção de hemácias pela medula óssea é estimulada pela hormona

eritropoetina que é libertada aquando da hipóxia renal.
 COMPOSICÃO DO SANGUE
METABOLISMO DA HB
O catabolismo do heme ocorre principalmente
em células macrofágicas do baço, fígado e
medula óssea e inicia-se com a ação catalítica do
sistema microssomático oxigenase do heme;

Este sistema catalisa a rotura entre os anéis

pirrólicos I e II do heme formando-se
biliverdina. (1)

A biliverdina é, por sua vez, reduzida a

bilirrubina. A bilirrubina formada nesta fase
do processo diz-se não conjugada, é
lipossolúvel, viaja no sangue ligada à albumina
e, por este motivo, não passa para a urina. (2)
 COMPOSICÃO DO SANGUE
METABOLISMO DA HB

A bilirrubina não conjugada entra para os

hepatócitos por difusão facilitada (3) e reage
com o ácido glicurónico formando-se
diglicuronilbilirrubina, (4) a bilirrubina
conjugada, que é hidrossolúvel.

Excretada para o ducto biliar a bilirrubina

conjugada sofre a ação de
bactérias intestinais dando origem ao
urobilinogénio (5) que pode ser
reabsorvido e de novo excretado na bile.

O urobilinogénio pode, em contacto com

oxigénio, ser oxidado a urobilina que tem cor
castanha corando as fezes e sendo também
parcialmente responsável pela cor normal da
urina.
 HEMOSTASE
Hemostase - Controlo da hemorragia através da formação de um trombo
plaquetário
Vasoconstrição
Migração e aumento da adesividade entre plaquetas
Coagulação
Fibrinólise

Agregação plaquetária, coagulação e fibrinólise, são processos sequencias que ocorrem

desde a lesão vascular até à regeneração tecidular tecidular.
A hemostase primária ocorre por agregação plaquetária no local da lesão.
Ao mesmo tempo ocorre a activação de factores de coagulação com a participação das
células endoteliais e das plaquetas.
A coagulação é o processo final de participação das células endoteliais e plaquetas e
factores de coagulação, que induzem a transformação do fibrogénio em fibrina.
Após 48 a 72h da formação do coágulo, as células endoteliais regeneram e secretam
enzimas que destroem o coágulo no processo que se designa por fibrinólise, e assim
evitam a trombose.
HEMOSTASE
TROMBO PLAQUETÁRIO
HEMOSTASE https://www.youtube.com/watch?v=cy3a__O
CASCATA DA COAGULAÇÃO Oa2M
 TESTES BIOQUÍMICOS
HEMATÓCRITO
O volume globular, VG ou hematócrito corresponde à percentagem de eritrócitos
presentes no sangue
TESTES BIOQUÍMICOS
TUBOS COLETORES

Várias determinações (ver Vacuette Tube guide)

 TESTES BIOQUÍMICOS

Glucosímetro: Glucocard G+ meter

Tiras teste: Gluco card G sensor

Determinação com base em método electroquímico

Glucose Corrente 104

elétrica
Flavina Adenina Dinucleotído (FAD-GDH)
Ferrocianeto de potássio
+ Ferricianeto de potássio
TESTES BIOQUÍMICOS

PICADA NO LÓBULO DA ORELHA

Ex: Determinação do lactato

 TESTES BIOQUÍMICOS
ALGUNS TIPOS
 TESTES BIOQUÍMICOS
DETERMINAÇÃO DA HEMOGLOBINA

Uso clínico
Eritrocitose (↑ eritrócitos)
Anemias (↓ hemoglobina)
Malária (mutação na hemoglobina = ↑ hemoglobina tipo S)

Hemoglobina + Cianeto → Cianometahemoglobina (Determinada por espetrofotometria)

H.G.M. - Hemoglobina globular médio: peso da hemoglobina dentro das hemácias

TESTES BIOQUÍMICOS
DETERMINAÇÃO DO HDL/LDL

Uso clínico
Hiperlipidemia (↑ lípidos)
Dislipidemia (níveis anormais de lípidos no sangue)
TESTES BIOQUÍMICOS
DETERMINAÇÃO DO TEMPO DA PROTROMBINA

Uso clínico
Distúrbios da coagulação
Doenças tromboembólicas
Uso de fármacos (ex: anticoagulantes orais)

Tubos coletores
Não podem ser usados tubos com heparina; são utilizados
tubos com uma solução de citrato

Tempo da Protrombina
Avalia a eficácia da via extrínseca da coagulação
- Depois de adicionado cálcio para inibir o efeito anticoagulante do citrato,
é adicionado fator tecidular e o tempo até à coagulação é medido.

Tempo de tromboplastina parcialmente ativada (APTT)

Avalia a eficiência da via intrínseca na medição da formação do
coágulo de fibrina
TESTES BIOQUÍMICOS
DETERMINAÇÃO DO TEMPO DA PROTROMBINA

É um exame usado para determinar a tendência de coagulação do sangue.

 TESTES BIOQUÍMICOS
DETERMINAÇÃO DA GLUCOSE
Uso clínico
Diabetes
Gravidez
Alcoolismo
Insuficiência cardíaca
Enfarte
Determinação com base em método electroquímico

Glucose Corrente 104

elétrica
Flavina Adenina Dinucleotído (FAD-GDH)
Ferrocianeto de potássio
+ Ferricianeto de potássio

Concentração de glucose no sangue

determinada pela medição da
quantidade de H2O2 produzido na
reação catalisada pela glucose oxidase.
TESTES BIOQUÍMICOS
DETERMINAÇÃO DA GLUCOSE

Teste de tolerância à glicose

 TESTES BIOQUÍMICOS
RASTREIO PRÉ-NATAL

Uso clínico
Despiste de doenças do tubo neural
Síndrome de Down
Espinha bífida
Marcadores moleculares
Proteína Plasmática Associada à Gravidez Nas gestações de bebés com Síndrome de
(PAPP-A) Down, os valores de PAPP-A, AFP e uE3
tendem a ser baixos, enquanto a inibina-A
Gonadotrofina Coriónica Humana – fracção
e ß-hCG livre são habitualmente elevados.
beta (ß- hCG livre), Alfa-fetoproteína (AFP),
estriol não conjugado (uE3) e
inibina-A.

Ensaio imunoenzimático É um técnica citogenética usada para

Técnicas de visualização cromossómica (FISH) detectar e localizar a presença ou a ausência
PCR quantitativo e sequenciação de determinadas sequências
de DNA emcromossomas.