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Estudo de caso: Faceíte

necrosante
Programa de Residência em Enfermagem Neonatal – HRAS

Kele Cristina

Outubro/2008
www.paulomargotto.com.br

12/11/2008
Descrição do caso
História da mãe:

• L.J.S. G5 P5 A0;

• Procedente de Águas Lindas;

• 5 consultas de pré-natal;

• IG: 38s+2d; TBR:12h;

• Teve ITU com 36 sem. de gestação + Diabetes


gestacional
Condições de nascimento

• O bebê nasceu dia 02/04/08

• Peso: 3.540g

• Estatura: 49cm;

• Ápgar: 7/9

• Em boas condições vitais


• Em casa com 4 dias de vida apresentou
impetigo em dorso que evoluiu para celulite e
posterior faceíte necrosante;
• Chegou no HRC com 8 dv, com quadro
séptico grave. Ficou em VM por dois dias
quando foi iniciado aminas e Vancomicina;
• Colocado em isolamento, foi pedido avaliação
da cirurgia e a ferida foi desbridada;
• Admitido no HRAS com 14dv;
• No dia seguinte as 14:30 foi intubado;

O curativo da ferida estava sendo feito com hidrogel


• Os leucócitos do dia da internação: 15.700
• Nesta data já estava em uso de cefepime
(D7), vanco (D4), Metronidazol (D3) e já
havia usado oxacilina por 3 dias
2 dias após a internação fez
desbridamento
• Em uso de cefepime
(D8), Metronidazol (D4),
vanco (D5)
• 2º DPO do
desbridamento
6º dia de internação
• Leucócitos:24.400
• Acrescentados
Clindamicina e
Meropenen
• Em uso de Alginato de
prata
7º dia de internação
• RN estava edemaciada e
com quadro de anemia
• Recebeu albumina
• Concentrado de hemácias
por 3 dias seguidos
12° dia de internação
• Recebeu novamente
albumina (4x)
• Hemocultura: negativa
• 3°DPO do segundo
desbridamento
17º dia de internação
Exame físico realizado 17ºdia

• RN sedado, pálido (+/4), edema


generalizado com maior concentração em
cabeça, abdome e MMSS. Fontanela
normotensa com aproximadamente
0,5x1,0cm. Sob ventilação mecânica e
SOE. Curativo oclusivo em ferida que se
estende da região cervical posterior para
occipital, ombro, até clavícula D.
Exame físico realizado 17º dia
 Abdome globoso, flácido, fígado
aumentado, palpável a 3cm do RC. Ac:
BNF em 2T RCR; Ap:MV com alguns
roncos. Presença de cateter central em
VFE e PV em MSD. Genitália edemaciada
em uso de SVD
 Extremidades bem perfundidas.

 Sat.:95-98%; Pulso:110; FR: 40;


Temp.:36,3ºC
Prescrição médica
• NPT
• Glu Ca 10% 3,5ml 12/12h
• Frutovitan 1ml 1x/dia
• Fentanil 2,6ml +dormonid1,8ml+ heparina 18UI+
S.F.0,9%37,5ml=24ml/h
• Clindamicina 25mg 8/8h
• Vancomicina 50mg 8/8h
• Meropenen 135mg 8/8h
• Leucovorin 1mg 1x/dia quinta-feira
• Dimorf 0,7mg 6/6h
• Kanakion 1mg 1x/dia
• Omeprazol 3,5mg 1x/dia
• Ketamina 2mg bolus antes do curativo
• Dobutamina 3,6ml + S.F. 40ml
Exames laboratoriais

HRC 7º DI 11ºDI V.Ref.


Leucócitos 11.200 24.400 15.500 9.000 a 30.000

Hemácias 2,83 3,63 3,73 4,0 a 6,0

Hemoglobina 8,5 10,5 11 14,5 a 22,5

Hematócrito 43,5 33,2 32,8 44 a 72

Plaquetas 84.000 478.000


208.000 238.000 188.000
PCR 8,7 <0,3
2,1
Gasometrias e outros
5º DI 7º DI 10º V. R.
pH 7.05 7.35 7.35 7.35-7.45

PCO2 53 21.2 42,5 35-45mmHg

PO2 55 73.5 91,1 50-80mmHg

HCO3 15 14 23.2 22-26


Sat.O2 72% 96.3% 85-98%
BE -14 -13,8 -14 -4 a +4

• No HRC, ecotransfontanela: edema


cerebral de alto grau;
Diagnósticos

• Celulite cervical
• Faceíte necrosante
• Anemia
• Broncoaspiração
• Íleo paralítico
• Hemorragia digestiva
• Anasarca
O impetigo
• É uma infecção muito comum,
que afeta a camada mais
superficial da pele.
• Atinge principalmente crianças.

• Pode ser causado por 2 tipos  de


bactérias: Staphylococcus aureus
e Streptococcus do grupo A.
• Pode se apresentar em forma
bolhosa
Impetigo
• É altamente contagioso.

• A infecção se espalha através do

contato físico de uma criança com outra.


• Traumas da pele, como corte ou
rachadura, picadas, facilitam o
desenvolvimento da infecção.
• O diagnóstico é feito através do exame
físico e biópsia da ferida para cultura.
• A prevenção depende de uma boa higiene
Estudo das patologias
CELULITE:

• É uma infecção disseminada das camadas mais


profundas da pele e, algumas vezes, atinge os tecidos
localizados abaixo delas. Geralmente ocorre como
conseqüência de uma infecção estafilocócica.
• Muitas outras bactérias podem causar a celulite.

• Algumas áreas podem apresentar pequenas bolhas.


Celulite
• Sintomas da infecção: febre, calafrios, cefaléia e
complicações mais graves como: confusão mental,
hipotensão arterial e aumento da freqüência
cardíaca.
• O diagnóstico da celulite é fácil de ser estabelecido,
a identificação da bactéria responsável pela
infecção pode ser detectada pela amostra de
sangue ou pele.
Faceíte necrosante
• Está associada a procedimentos cirúrgicos, trauma ao
nascimento ou infecções cutâneas.

• Os tecidos subcutâneos, incluindo as camadas musculares são


invadidos e o organismo se dissemina ao longo dos planos
faciais.
• A pele sobre essas áreas pode apresentar-se violácea e os
bordos da lesão são indistintos.

• Devem ser obtidas culturas de sangue e tecido. O tecido


gorduroso necrótico pode se combinar com o cálcio resultando
em tetania e convulsões.
Sistematização da assistência de
enfermagem

Levantamento de problemas:
• Uso de TOT
• Uso de SVD e SNE
• Edema generalizado
• Ferida extensa em região cervical
• Palidez
• Cateter em Veia femural com NPT
Sistematização da assistência de
Enfermagem
Diagnósticos de Enfermagem:
• Integridade da pele prejudicada relacionada a destruição do
tecido secundária a lesão, caracterizado por ferida de grande
extensão;
• Excesso de volume de líquido, mais do que as necessidades
corporais relacionado a infecção, caracterizado por edema
generalizado;
• Risco para sepse relacionado a ferida de grande extensão e
dispositivos externos;
• Mobilidade prejudicada relacionado ao uso de TOT e sedação;

• Processos familiares alterados relacionado a hospitalização;


Sistematização da assistência de
Enfermagem
Intervenções de Enfermagem:
• Fazer balanço hídrico rigoroso; (técnico de enf./enfermeiro)
• Aspirar TOT+VAS sempre que necessário; (técnico + Enfermeiro)
• Observar sinais de infecção (rubor, odor, secreção e calor local) no local de
inserção do CVC e colônias em SVD; (Equipe)
• Manusear o mínimo possível o circuito de NPT evitando administrar
medicações pela mesma via; (equipe)

• Lavar as mãos antes e depois de qualquer manuseio com o bebê;


• Realizar desinfecção com clorexidina alcoólica a 0,5% no local de conexão
do equipo com o cateter venoso antes e após manipulação;
• Verificar sinais vitais de 4/4 horas; (téc. Enf./ Enfermeiro)
Sistematização da assistência de
Enfermagem
• Utilizar medidas de isolamento de contato (uso de capote e luvas);
(Equipe)
• Fazer curativo asséptico em ferida, efetuando as trocas de acordo
com as indicações da cobertura utilizada;(Enfermeiro)
• Mudança de decúbito de 2/2h ou sempre que necessário; (Técnico
de enf.)
• Proteger proeminências ósseas; (Técnico de Enf.)
• Promover conforto através do uso de colchão caixa de ovo;
• Incentivar o aumento do vínculo entre o bebê e seus pais e
familiares; (Equipe)
• Esclarecer aos pais e tirar dúvidas sobre o tratamento oferecido ao
bebê; (Enfermeiro/Médico)
Estudo das coberturas
utilizadas na ferida
• Hidrogel (purilon®): umidificante
acelerador do desbridamento autolítico;
• Indicado para feridas secas, limpas e
superficiais;
• É contra-indicado para feridas com
grande exudação, requer repetidas
trocas, pelo menos 2x/dia;
Estudo das coberturas já
utilizadas na ferida
• Biomembrana de látex (biocure®): a
base de látex vegetal de seringueira;
• É indicada no tratamento de ferida
crônica de difícil cicatrização, como
ulceração neuropática de origem
diabética, úlcera de pressão, lesão
vasculogênica etc.
Estudo das coberturas já
utilizadas na ferida
• Alginato de prata (Aquacel®): absorvente e
hemostático;
• É indicado em lesões superficiais ou
cavitárias altamente exudativas ou com
sangramento, infectadas ou não
• Controla o excesso de exudato e
sangramento no leito da lesão, evitando as
constantes trocas de curativos
Criança com 7
meses de vida

Aproximadamente 5 m
após a alta hospitalar
Referências bibliográficas:
• AVERY, Gordon B. Neonatologia: fisiopatologia e tratamento do Recém-nascido. Editora
MEDSI, 4ª Edição. Rio de Janeiro, 1999.
• ÁVILA, Luiz Carlos. Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem
2005/2006. Editora EPUB, 4ª edição. Rio de Janeiro, 2004.
• BARROS, Alba Lucia B. Leite. Anamnese e Exame físico. Editora Artmed, 3ª reimpressão. Porto
Alegre, 2002.
• CARPENITO, Lynda Juall. Diagnósticos de Enfermagem. Editora Artmed, 9ª Edição. Porto
Alegre, 2003.
• MARBA, Tadeu M. Manual de Neonatologia – UNICAMP. Editora Revinter. Rio de Janeiro, 1998.
• MARCONDES, Eduardo. Pediatria Básica. 8ª edição, editora Savier. SP:1999
• SILVA, R. C. L., FIGUEIREDO, N. M. A.; Feridas: fundamentos e atualizações em
Enfermagem. Yendis Editora. SP: 2007.
• LOWDERMILK, Deitra Leonard; PERRY, Shannon E.; BOBAK, Irene M. O cuidado em
Enfermagem Materna. 5ª ed. Porto Alegre: 2002.
• TAMEZ, Raquel Nascimento. Enfermagem na UTI Neonatal. 3ª Ed. Editora Guanabara Koogan.
Rio de Janeiro: 2006.
• www.feridologo.com.br acesso em 04/05/08 as 17:35

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