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Curso de Especialização em Gerenciamento e

Auditoria Ambiental

Hidrologia e Qualidade da Água


Prof. Eudes José Arantes
Prof. Karina Querne de Carvalho
Ementa (Hidrologia)
• Ciclo hidrológico,
• balanço hídrico,
• bacia hidrográfica e suas características fisiográficas,
• precipitação,
• interceptação,
• infiltração,
• evapotranspiração,
• escoamento superficial,
• águas subterrâneas e interrelações com águas superficiais,
• transporte de sedimentos,
• medição e interpretação de variáveis hidrológicas e
sedimentométricas.
Ementa (Hidrologia)
• A ocorrência da água na natureza.
• Distribuição de água no planeta.
• Água como meio ecológico;
• Apresentar e discutir os conceitos e integração dos
processos do ciclo hidrológico;
• Caracterizar a bacia hidrográfica quanto as suas
características geomorfológicas e seus recursos
naturais clima, solo, cobertura vegetal e uso e
ocupação;
• Desenvolver atividades aplicadas com séries históricas
(precipitação e escoamento) e analisar os resultados;
Ementa (Hidrologia)
• Regionalização hidrológica,
• eventos extremos (cheias e secas),
• hidrologia estocástica, regularização de vazões e
aplicações de técnicas de SIG,
• otimização e modelagem computacional.
• Impactos e medidas mitigadoras de atividades
antrópicas sobre o ciclo hidrológico.
• Apresentação de estudos de casos – hidrologia.
Bibliografia
• Hidrologia para Engenharia e Ciências Ambientais
W. Collischonn, F Dornelles
• Hidrologia Aplicada
Carlos Eduardo M. Tucci
• Hidrologia – Ciência e Aplicação
Carlos Eduardo M. Tucci – ABRH
• Hidrologia Aplicada
Carlos Eduardo M. Tucci
• Engenharia Hidrológica
ABRH
• Hidrologia e Recursos Hídricos
Antonio Marozzi Righetto
Definição
• A Hidrologia é a ciência que trata da água da
terra, sua ocorrência, circulação e distribuição,
suas propriedade físicas e químicas, e suas
reações como o meio ambiente, incluindo
suas relações com a vida. (Def. Recomendada
pelo United States Federal Council of Science
and Technology, Committee for Scientific
Hidrology, 1962).
Conceitos Básicos
• Água / Recurso vital
• Disponibilidade:
– ponto diferentes de demanda

Obras de Transportes (canais, dutos, bombeamento, etc)


– Período diferentes de consumos

Obras de reservação (reservatórios)


• Necessidade de proteção contra as inundações.
• Mantimento de vazão ecológica.
Conceitos Básicos
• A atividade de planejamento de recursos hídricos tão antiga quanto a civilização.
• Historicamente
Uso Obras Caracteristica
Atividades individuais Beber, higiene pessoal, etc… Obras únicas p/ atender
básicos finalidade únicas
Progresso

Uso coletivos Afastamento e diluição dos Obras para


produtos e sua atividades, aproveitamento múltiplos
Poluição,

irrigação, industria, geração


Tempo

de energia elétrica…
Elevação do
Padrão de vida
Usos Múltiplos: Obras de vulto de grande Sistema de
Conflitos repercução, grande aproveitamento múltiplos
investimentos de capital
Conceitos Básicos
• Dificuldades: incerteza envolvidas
(aleatoriedade)
– Probabilidade => Hidrologia não é uma ciência
exata
• Hidrologia
– Abordagem
• física: fenômenos físicos Necessário ao
• probabilística: pressupõe que planejamento do sistema
as variáveis são aleatórias
Ciclo Hidrológico
CICLO HIDROLÓGICO: ALVO DOS ESTUDOS
HIDROLÓGICOS
O ciclo hidrológico é o processo cíclico e contínuo de transporte das
águas da Terra, interligando atmosfera, continentes e oceanos. Trata-se
de um processo complexo, que tem como fonte de energia o Sol,
contendo muitos subciclos. Como praticamente todo o abastecimento
de água doce é resultante da precipitação proveniente da evaporação
das águas marítimas, o ciclo hidrológico pode ser entendido
basicamente como o processo de transferência da água dos mares para
os continentes e seu retorno aos mares. O vapor d’água que tem
origem na evaporação das águas dos mares é transportado para os
continentes pelo movimento das massas de ar. Se o vapor for resfriado
até o seu ponto de orvalho, ele se condensa na forma de pequenas
gotas visíveis, vindo a constituir as nuvens, as quais, sob condições
meteorológicas favoráveis, avolumam-se e, sob a ação da gravidade, e
precipitam-se. À medida que as chuvas caem, parte delas é
interceptada pela vegetação e evaporada. Parte da precipitação que
atinge a superfície do solo é devolvida para a atmosfera por
evaporação, a partir das superfícies líquidas, do solo e da vegetação, e
da transpiração dos seres vivos. O restante retorna aos mares por vias
superficiais, subsuperficiais e subterrâneas.
Ciclo Hidrológico
 Do total de 1360 quatrilhões de toneladas de água do
planeta
CICLO HIDROLÓGICO
ÁREAS DA HIDROLOGIA
(Recursos Hídricos)
• HIDROMETEOROLOGIA:água na atmosfera.
• Limnologia:água nos lagos e reservatórios.
• Potamologia: água nos arroios e rios.
• Glaciologia: água nas geleiras e neve.
• Hidrogeologia: águas subterrâneas.
CICLO HIDROLÓGICO:
DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA NO PLANETA.

• OCEANOS E MARES.... 97,206%


• ÁGUA SUBTERRÂNEA... 0,625
• CALOTAS POLARES E GLACIARES(ÁGUA
DOCE)......................... 2,150
• UMIDADE ATMOSFÉRICA(ÁGUA
DOCE).......................... 0,001
• RIOS E LAGOS(ÁGUA DOCE).. 0,018
Ciclo de Energia
(solar: 1360 W/m2)
Bacia Hidrográfica
Bacia Hidrográfica

• A Bacia hidrográfica ou bacia de drenagem de


uma seção de um curso d’água é a área
geográfica coletora de água de chuva que escoa
pela superfície do solo e atinge a seção
considerada. (limitada pela divisor topográfico)

• Importante para obtenção de dados para


dimensionamento de pontes, bueiros, barragens,
galerias de águas pluviais, etc.
700
700
700
695

695
700

690

690 690
695

695

685 680

690 680
700

675 685

680 675 680

685

670

680 665

685

Divisor de Águas
655 670

Exutório
660 665
Exemplo de delimitação de B. H.
Características Fluvio-morfológicas
• A forma da bacia hidrográfica é importante devido
ao tempo de concentração, definido como o tempo,
a partir do início da precipitação, para que toda a
bacia correspondente passe a contribuir com a
vazão na seção em estudo
Bacia Hidrográfica
Rede de Drenagem
• Ordem do curso d’água:
A ordem dos rios é uma classificação que
reflete o grau de ramificação ou bifurcação
dentro de uma bacia. Normalmente designa-
se o afluente que não se ramifica como de
primeira ordem, sem levar em conta se ele
deságua no rio principal ou não. Quando dois
rios de primeira ordem se juntam é formado
um rio de segunda ordem. Dois rios de ordem
n dão lugar a um rio de ordem n+1.
Características Fluvio-morfológicas
• Fator de Forma ou Coeficiente de conformação, kf
A
kf  2 Mais sujeito a enchentes
L
• Coeficiente de conformidade, kc
P P P
kc    0,28
2. .r A A
2. .

Mais irregular é a bacia,
kc = 1 (bacia circular)
Rede de Drenagem
• É constituída pelo rio principal e seus afluentes. A
disposição em planta dos cursos d’água é uma
característica muito importante. Tal importância se
deve:
• I) Eficiência da drenagem – quanto mais eficiente for
a drenagem maior e mais rápido se formará a
enchente.
• II) Indicação da natureza do solo e das condições
superficiais que existem na bacia. (Arenoso –
infiltração elevada, só caudal principal; argiloso –
rede bem ramificada).
Rede de Drenagem
• Densidade de drenagem
• É a relação entre o comprimento total dos cursos d’água (efêmeros,
intermitentes e perenes) de uma bacia hidrográfica e a área total da bacia.

L
Dd 
A
• Extensão média do escoamento superficial

A

4 .L
Características do relevo de uma bacia
• O relevo de uma bacia hidrográfica tem
grande influência sobre os fatores
meteorológicos e hidrológicos, pois a
velocidade do escoamento superficial é
determinada pela declividade do terreno,
enquanto que a temperatura, a precipitação, a
evaporação, etc, são funções da altitude da
bacia.
Características do relevo de uma bacia
• Declividade de Álveo
2
 
 
S1
  Li 
S3   
  Li 
   

S2
S3
  Di 
Precipitação
• PRECIPITAÇÃO é o nome que se atribui a toda
forma de umidade que, proveniente da
atmosfera, deposita-se sobre a superfície da
Terra.
• Ocorre na forma de chuva, granizo, neve,
neblina, orvalho e geada.
Tipos de Chuvas (Precipitações
Pluviométricas)
• Frontais:
Tipos de Chuvas
(Precipitações Pluviométricas)
• Orográficas:
Tipos de Chuvas
(Precipitações Pluviométricas)
• Convectivas:
Estudo da precipitação. Análise de
dados e tratamento estatístico
Evaporação e Evapotranspiração
Medida da Precipitação
Pluviômetro Pluviógrafo
Grandezas características
• Altura de Precipitação ou Altura pluviométrica:
É a altura de água precipitada, h, em mm. Trata-se, portanto, de
uma medida pontual representativa da água precipitada por
unidade de área horizontal.
• Intensidade de chuva:
É a relação entre a altura pluviométrica e a duração da
precipitação, expressa em geral em mm/h ou mm/min ou
l/s*ha.
• Duração:
Período de tempo contado desde o início até o fim da
precipitação.
Grandezas características
Precipitação Média Sobre uma Bacia
• Método Aritmético

• Método de Thiessen

• Método das Isoietas


Precipitação
• Verificação da Homogeneidade do Dados

• Preenchimento de Falhas
Evapotranspiração
A evaporação é o processo físico no qual um
líquido ou sólido passa para o estado gasoso
(vapor). A transpiração é o processo pelo qual as
plantas retiram a umidade do solo e a libertam no
ar sob a forma de vapor. Os processos só ocorrem
se houver introdução de energia no sistema,
proveniente do sol, da atmosfera, ou de ambos
Mais da metade da precipitação que cai sobre os
continentes volta à atmosfera através da ação
conjunta desses dois processos, a
evapotranspiração.
Fatores que Afetam a Evaporação
• Temperatura do ar
• Pressão Atmosférica
• Pressão de vapor
• Radiação solar
• Velocidade do vento
Mensuração da Evaporação
• Transferência de Massa (difícil aplicação)
• Balanço Hídrico (imprecisos)
• Empíricas
• Balanço Energético
• Evaporímetros (Classe A e Russo)
Evapotranspiração
• A evapotranspiração é considerada como a
perda de água por evaporação do solo e
transpiração das plantas. A evapotranspiração
é importante para o balanço hídrico de uma
bacia como um todo e, principalmente, para o
balanço hídrico agrícola, que poderá envolver
o cálculo da necessidade de irrigação.
Evapotranpiração
• Evapotranspiração potencial (ETP): quantidade de
água transferida para a atmosfera por evaporação
e transpiração, na unidade de tempo, de uma
superfície extensa completamente coberta de
vegetação de porte baixo e bem suprida de água.
• Evapotranspiração real (ETR): quantidade de água
transferida para a atmosfera por evaporação e
transpiração, nas condições reais (existentes) de
fatores atmosféricos e umidade do solo. A
Medidas de Evapotranspiração

• medidas diretas;
• métodos baseados na temperatura;
• métodos baseados na radiação;
• método combinado;
• balanço hídrico.
Infiltração

• A Infiltração é o processo
pelo qual a água penetra
nas camadas superficiais do
solo e se move para baixo,
em direção ao lençol
freático d’água
Infiltração
Medidas da Infiltração
• Infiltrômetros
Medidas da Infiltração
Lisímetro
Medidas da Umidade no Solo
Tensiômetro
Medidas da
Umidade
no Solo
Sonda
de Neutron
Capacidade de Infiltração
• O conceito de capacidade de infiltração é
aplicado ao estudo da infiltração para
diferenciar o potencial que o solo tem de
absorver água pela sua superfície, em termos
de lâmina por tempo, da taxa real de
infiltração que acontece quando há
disponibilidade de água para penetrar no solo.
Infiltração
Dados Hidrometeorológicos
• Estações Climatológicas
• Estações Pluviométricas
• Estações Fluviométricas
• Radar meteorológico
• Sensoriamento Remoto
Estações Climatológicas
• Actinógrafo
• Heliógrafo
• Geotermômetro ou termógrafo de solo
• Termômetro de máxima e mínima e termógrafos
• Psicrômetro
• Higrômetro
• Barômetro
• Anemômetro de canecas
• Anemógrafo Universal
• Pluviômetro, Pluviógrafo
• Evaporímetro
• Anemômetro de Piche
• Evapotranspirômetro
ESTIMATIVA DA
EVAPOTRANSPIRAÇÃO

Prof. Eudes José Arantes


Estimativa da Evapotranspiração

A Evapotranspiração pode ser estimada por:

• Equações com base na temperatura do ar:


• Método de Thornthwaite,
• Método de Blaney-Criddle;

• Equações com base nos dados do tanque classe A;

• Equações com base na evaporação potencial:


• Método do Balanço de Energia;
• Método Aerodinâmico;
• Método Combinado.
Método de Thornthwaite
O Método de Thornthwaite foi desenvolvido com
base em dados de evapotranspiração medidos e dados
de temperatura média mensal, para dias com 12 horas
de brilho solar e mês com 30 dias.
Método de Thornthwaite
O método de Thorntwaite é calculado da seguinte forma:
a
 T
ETP  Fc 16  10  
 I
Onde:
• ETP = Evapotranspiração potencial (mm/mês)
• Fc = Fator de correção em função da latitude e mês do ano;
• a = 6,75 . 10-7 . I3 – 7,71 . 10-5 . I2 + 0,01791 . I + 0,492 (mm/mês)
• I = índice anual de calor, correspondente a soma de doze
índices mensais;
1, 514
12
 Ti 
I   
• i 1  5  o
T =Temperatura média mensal ( C)
Método de Thornthwaite
Método de Thornthwaite

Para corrigir os valores da evapotranspiração para cada tipo de


cultura é só multiplicar a ETP pelo coeficiente de cultura Kc:

ETPcultura = Kc . ETP

Onde:
ETPcultura = Evapotranspiração potencial da cultura (mm/mês);
ETP = evapotranspiração potencial (mm/mês).
Kc = coeficiente de cultura.
Coeficiente de Cultivo
Os valores de Kc são tabelados para diferentes culturas
nos seus vários estágios de desenvolvimento.
Exercício
Para uma latitude de 7º S , calcule o valor da ETP pelo
Método de Thornthwaite para cada mês, sabendo que
a bacia é coberta por pasto.

Fator Jan Fev Mar Abr MAi Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
T (°C) 26,9 26,1 26,2 25,6 25,5 24,9 25,0 25,7 26,7 27,3 27,5 27,1
Método de Blaney-Criddle

Foi desenvolvido originalmente para estimativas de


uso consutivo , e utiliza a seguinte equação:

ETP = (t - 0,5 . T) . p
Onde:
ETP = evapotranspiração mensal (mm/mês);
T = temperatura média anual em oC
t = temperatura média mensal em oC
p = percentagem de horas diurnas do mês sobre o total de horas
diurnas do ano
Método de Blaney-Criddle
Método de Blaney-Criddle

Para corrigir os valores da evapotranspiração para cada tipo de


cultura é só multiplicar a ETP pelo coeficiente de cultura Kc:

ETPcultura = Kc . ETP

Onde:
ETPcultura = evapotranspiração potencial da cultura (mm/mês);
ETP = evapotranspiração potencial (mm/mês);
Kc = coeficiente de cultura.
Coeficiente de Cultivo
Os valores de Kc são tabelados para diferentes culturas
nos seus vários estágios de desenvolvimento.
Exercício
Para uma latitude de 7º C , calcule o valor da ETP pelo
Método de Blaney-Criddle para cada mês, sabendo que a
bacia é coberta por pasto.

Fator Jan Fev Mar Abr MAi Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
T (°C) 26,9 26,1 26,2 25,6 25,5 24,9 25,0 25,7 26,7 27,3 27,5 27,1
Estimação da Evapotranspiração pelo Tanque
Classe A

A Evapotranspiração Potencial pode ser estimada a partir da


evaporação potencial medida pelo Tanque Classe A.

Ou seja, só é necessário corrigir os valores da evaporação


com o coeficiente de cultura Kc:

ETP = Kc . EP
Ou seja,

ETP = Kc . (Kt . Etanque)


Onde:
ETP = evapotranspiração potencial (mm/dia)
E = evaporação do tanque classe A (mm/dia)
K = coeficiente do tanque (No semi-árido, adotar-se K = 0,75).
Coeficiente de Cultivo
Os valores de Kc são tabelados para diferentes culturas
nos seus vários estágios de desenvolvimento.
Exercício
Calcule o valor da ETP através do Tanque Classe A para
cada mês, sabendo que a bacia é coberta por pasto.

Fator Jan Fev Mar Abr MAi Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
ETanque 231,9 159,5 164,0 138,9 202,8 194,5 234,1 283,3 291,7 301,9 285,1 275,6
Equações com base na evaporação
potencial
Para estimar os valores da evapotranspiração potencial através
da evaporação potencial, é preciso multiplicar a E P pelo
coeficiente de cultura Kc.

Ou seja, é necessário acrescentar o coeficiente de


cultura (Kc) em cada equação dos métodos de
estimativa de evaporação citados abaixo:

• Método do Balanço de Energia;

• Método Aerodinâmico;

• Método Combinado.
Método do Balanço de Energia

 Rl 6
ETP  K c    86,4  10 
 lv   w 

Onde:
ETP = Evapotranspiração potencial diária (mm/dia)
RL = Radiação líquida (W/m2);
lv = Calor latente de vaporização (J/kg)
lv = 2,501 . 106 – 2370 . T ;
ρw = massa específica da água (ρw = 977 kg/m3);
T = Temperatura do ar (°C);
Kc = Coeficiente de Cultivo.
Método Aerodinâmico
ETP  K c   B   es  ea  
Onde:
ETP = Evapotranspiração potencial (mm/dia);
Kc = Coeficiente de Cultivo;
es = Pressão de vapor saturado (Pa)
 17 , 27T 
 
 237 , 3T 
es  611  e

ea = Pressão de vapor atual (Pa) ea = UR . es ;


u = Velocidade do vento na altura z2 (m/s);
z2 = Altura da medição da velocidade do vento
(geralmente é adotado 2 m a partir da
superfície);
z1 = Altura de rugosidade da superfície natural.
Método Combinado ou de Penmam

      
ETP  K c     Er     Ea 
         

Onde:
ETP = Evapotranspiração potencial (mm/dia);
Kc = Coeficiente de Cultivo;
Er = Evaporação calculada pelo método do balanço de energia
(mm/dia);
Ea = Evaporação calculada pelo método aerodinâmico
(mm/dia);
∆ = 4098 . es / (237,3 + T)2 (Pa/°C)
= 66,8 Pa/°C
Método de Priestley - Taylor
  
ETP  K c     Er 
   

Onde:
ETP = Evapotranspiração potencial (mm/dia)
Er = Evaporação calculada pelo método do balanço de energia
(mm/dia);
∆ = 4098 . es / (237,3 + T)2 (Pa/°C)
 = 66,8 Pa/°C
 = 1,3
Coeficiente de Cultivo
Os valores de Kc são tabelados para diferentes culturas
nos seus vários estágios de desenvolvimento.
Exercício
Para um albedo igual a 0,3 e a altura da rugosidade natural igual a 0,41 cm, e
sabendo que a bacia é coberta por pasto, calcule o valor da ETP pelos
métodos:
- Balanço de Energia para cada mês;
- Aerodinâmico;
- Combinado ou Penmam;
- Priestley – Taylor.

Fator Jan Fev Mar Abr MAi Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
T 26,9 26,1 26,2 25,6 25,5 24,9 25,0 25,7 26,7 27,3 27,5 27,1

Ri 488 499 482 464 424 399 410 501 527 553 537 506

UR 60,3 67,7 72,1 71,4 68,4 64,6 60,3 55,8 54,0 53,3 54,8 56,0

u 1,33 1,04 1,05 1,07 1,29 1,73 1,75 2,14 2,04 2,11 1,73 1,44

T (oC); Rl (cal / cm2 / dia); UR (%) ; u (m/s)


Bacias Hidrográficas
• Fenomenologia da Bacia Hidrográfica
– Uso e ocupação do solo
– Infra-estrutura hidráulica
– Precipitações
– Aspectos Fisiográficos
Bacias Hidrográficas
• Fenomenologia da Bacia Hidrográfica
– Uso e ocupação do solo
• Primeiros subsídios sobre extração e produção de água
• Suscetibilidade a processos como evapotranspiração,
infiltração, deflúvio e erosão
Uso e ocupação do solo (cont.)
• Combinação de fatores propicia
– Maior produtividade de água
– Maior produtividade econômica
– Perdas econômicas e danos.
Fonte: Tucci (2000)
Infra-estrutura hidráulica
• Armazenamento
• Aumento da velocidade
Fonte: Tucci (2000)
• Precipitação é resultado do contexto climático e
micro-climático da bacia
– processos convectivos
– sistemas frontais
– menores durações possuem maiores intensidades
– deslocamento de uma chuva pode produzir dois picos
descarga distintos
Fonte: Tucci (2000)
Aspectos Fisiográficos
• O aspecto fisiográfico é avaliado pela
associação dos índices:
– Declividade
– Densidade de drenagem
– Forma
Talvegues de uma Região
Montanhosa
Ilhas de uma Região de Planície
Delimitação da bacia

Exutório

Rede
Hidrográfica

Topografia

Divisores?
Escoamento Superficial
Fonte: Tucci (2000)
Águas Subterrâneas

Eudes José Arantes 116


Importância das
Águas Subterrâneas

117
Ciclo Hidrológico

118
Formações Geológicas
Rochas Ígneas

Rochas Sedimentares

Rochas Metamórficas
Arenito Quartzito
Folhelhos Argilosos Filitos e Micaxistos
Granito Gnaisse
Rochas Calcárias Mármore
119
Formações Geológicas
Isotrópico e Homogêneo Isotrópico e Heterogêneo

Anisotrópico e Homogêneo Anisotrópico e Heterogêneo

120
Formações Geológicas
(porosidade)

121
Tipos de Aqüíferos

122
Aqüífero Freático.

123
Zonas de Aeração e Saturação

124
Origem das Águas Subterrâneas

Superfície do terreno
Água do Solo
Zona radicular
 < s; K = K()

Zona de aeração
ou não saturada Água Gravitacional
Zona de transmissão
 < saturado; K = K()

L. livre, com P = Patm


 = saturado; K = K
s
Zona saturada
L. confinado, com P > Patm
 = s; K = K
s
Camada Impermeável
 = umidade volumétrica; s = umidade na saturação ;
 Ks = condutividade na saturação
Águas Subterrâneas
• Do ponto de vista hidrológico, a água encontrada na zona
saturada do solo, chamada de aqüífero, é dita subterrânea.

• Segundo Linsley, chama-se aqüífero a formação geológica


que contém água e esta pode mover-se em quantidades
suficientes para permitir um aproveitamento econômico.

• Aqüífero: Formação porosa (camada ou estrato) de rocha,


areia capaz de armazenar e transmitir água através dos
poros.
Águas Subterrâneas
• Os aqüíferos têm propriedades ligadas ao armazenamento
de água no solo tais como a porosidade, a condutividade
hidráulica, a umidade, etc.

• Chama-se porosidade efetiva a quantidade de água que


pode drenar livremente de uma amostra saturada dividida
pelo volume da amostra.

• O solo possui duas zonas distintas: a zona não saturada ou


de aeração e a zona saturada
Lei de Darcy
Hipóteses:
• escoamento permanente (Q = constante)
• meio homogêneo e isotrópico saturado ( mesmo solo e mesmas
propriedades nas três direções – Kx = Ky = Kz = Ks = K)

K
Q H

L Q
Lei de Darcy

QαA dh
QKA
Q α Δh dl
1 Condutividade

L Hidráulica [L/T]129
129
Lei de Darcy
• A Lei de Darcy rege o escoamento da água nos solos saturados e é
representada pela seguinte equação:
dh
V  K 
dx
Onde:
V = velocidade da água através do meio poroso;
K = condutividade hidráulica saturada
dh = variação de Carga Piezométrica
dx = variação de comprimento na direção do fluxo
dh/dx = perda de carga

Perda de carga = decréscimo na carga hidráulica pela dissipação de energia


devida ao atrito no meio poroso.
O sinal negativo denota que a carga diminui a medida que x aumenta
Lei de Darcy
 Condutividade Hidráulica K  medida da habilidade de um aqüífero
conduzir água através do meio poroso; é expressa em m/dia, m/s, mm/h
[K = v/(dh/dx)].

• Condutividade Hidráulica é a não resistência ao fluxo, por exemplo:

– Na Areia a velocidade do fluxo é maior, então K é maior

– Na argila a velocidade do fluxo é menor, então o K é menor.


Algumas Propriedades Hidrogeologias

 Porosidade   razão entre o volume de vazios e o volume de solo:

Volume vazios

Volume total
 Umidade   razão entre o volume de vazios e o volume de água; para
condições saturadas, todos os vazios estão preenchidos com água e,
portanto, a umidade é dita saturada e se aproxima do valor da
porosidade:

Volume água

Volume total
Tipos de Aqüíferos

 Não-Confinado (Freáticos ou Livres): Aqüífero encerrado


apenas por uma formação impermeável na parte de
abaixo. A água num aqüífero livre é também dita lençol
freático..

 Confinado (Artesiano ou Cativo): Aqüífero encerrado


entre formações impermeáveis ou quase impermeáveis.
Ele está sob pressão maior do que a pressão atmosférica.
A água num aqüífero confinado é também dita lençol
artesiano.
Tipos de Aqüíferos
Aqüífero livre
As cargas h1 e h2
são avaliadas l
através de
piezômetros
Δh
A= l .h
v = k . dh/dx h1 h Q
h2
Q = v. A
Q = (k.dh/dx).(l.h)
Q = k.l.h.dh/dx L
L h2
Integrando: Q  dx   K  l  h  dh  Q   dx   K  l   h  dh
0 h1

Q = k.l.(h12 - h22)/(L.2)
Algumas Definições Importantes

 Perda de Carga: Decréscimo na carga hidráulica causada pela


dissipação de energia (fricção no meio poroso).

 Para o aqüífero freático:

 Nível Freático ou Nível de Água: Altura da água de um aqüífero não-


confinado, freático ou livre medida num poço de observação.

 Superfície Freática: Superfície cujos pontos em relação igual ao nível


de água no aqüífero freático.
Exercício

1. Calcule a condutividade hidráulica e a vazão no aqüífero


livre. Dados: K= 1 x 10-3 m/s e l = 10m.

1 2
15m 18m

10m 7m
L= 780m
Imper.
Datum
Aqüífero confinado
As cargas h1 e h2 são
avaliadas através de l
manômetros
Δh
Q = V. A
h1 h2
Q =[ K . dh/dx] . A
Como: A = l . b , então: Q
b
Q = K . l . b dh/dx

Integrando: L

Q  dx   K  l  b  dh
L h2
 Q   dx   K  l  b   dh
0 h1
Q = k.l.b.(h1 - h2)/L
Algumas Definições Importantes

 Perda de Carga: Decréscimo na carga hidráulica causada pela dissipação de


energia (fricção no meio poroso).

 Para o Aqüífero Confinado:

 Carga Piezométrica ou Altura Piezométrica: Altura da água de um


aqüífero confinado medida num piezômetro em relação ao fundo do
aqüífero (z + P/).

 Superfície Piezométrica: Superfície cujos pontos estão em elevação


igual à altura piezométrica.
Algumas Propriedades Hidrogeologias

 Trasmissividade T  taxa volumétrica de fluxo através de uma secção


de espessura “b”.
T=K.b
Onde:T é a coeficiente de transmissividade (m2/s)
K é a condutividade hidráulica (m/dia; m/s);
b é a espessura do aqüífero confinado (m).

b
Exercício
2. Calcule a condutividade hidráulica e a vazão no aqüífero
confinado. Dados: K= 1 x 10-3 m/s e l = 10m.

1 2
10m 13m

5m
L= 780m
Imper.
Datum
Hidráulica de Poços
• Poço é uma obra de engenharia regida por norma técnica destinada a captação
de água do aqüífero;

• Quando iniciamos o bombeamento de um poço, ocorre um rebaixamento do


nível da água do aqüífero, criando um gradiente hidráulico (uma diferença de
pressão) entre este local e suas vizinhanças.

• Este gradiente provoca o fluxo de água do aqüífero para o poço, enquanto estiver
sendo processado o bombeamento.

• A condição de exploração permanente (Q=cte) dá-se quando a vazão de


exploração é igual a vazão do aqüífero para o poço;

• Se o bombeamento parar, o nível d’água retorna ao nível original (recuperação).


Hidráulica de Poços
• Ao nível em que se encontra a água dentro do poço quando este está
sendo bombeado chamamos de nível dinâmico.
Hidráulica de Poços
• O rebaixamento do nível d’água possui a forma cônica, cujo eixo é o
próprio poço.

• A formação deste cone responde à necessidade de a água fluir em direção


ao poço para repor a que está sendo extraída.

• A forma do cone de depressão dependerá dos seguintes fatores:

1. Do volume de água que está sendo bombeado: um mesmo poço apresentará


cones de tamanhos diferentes em função do volume de água que está sendo
extraída.

2. Da permeabilidade do aqüífero: esta determinará a velocidade com que a


água se movimenta para o poço.
Hidráulica de Poços
• A vazão que deve ser retirada do poço deve ser menor ou igual a vazão
que chega ao poço, para que não ocorra uma depreciação até a
exaustão do aqüífero.

• A estimativa da vazão de exploração através do poço é baseada na


equação de Darcy considerando fluxo permanente (Q=cte).

• A equação de Darcy descreve o comportamento hidráulico dos poços,


com base nas seguintes suposições:

– o poço é bombeado à taxa constante (Q = cte)


– o fluxo d’água para o poço é radial e uniforme (A = h.2..r)
– o poço penetra por toda a espessura do aqüífero;
– o aqüífero é homogêneo em todas as direções;
Hidráulica de Poços
Q = vazão
rp = raio do poço de produção
Aqüífero Livre r1 = distância ao poço de observação p1
r2 = distância ao pço de observação p2
h1,2 = cargas hidráulicas nos poços 1 e 2
Q = cte
Solo
Linha Piezométrica
rp
h2 h
r h1
r1
r2
Impermeável
Hidráulica de Poços
Aqüífero Livre

– v = -K.dh/dr
– Q = v.A
– A = h.2..r
Logo: Q = (-K.dh/dr).(h.2..r)
[Q/(K.2 )].dr/r = -h.dh

integrando entre h1 e h2 quando r=r1 e r=r2 respectivamente,


obtém-se

Q = K. .(h12 – h22)/[ln(r1/r2)]
Hidráulica de Poços
Q = vazão
rp = raio do poço de produção
r1 = distância ao poço de observação p1
Aqüífero Confinado
r2 = distância ao pço de observação p2
h1,2 = cargas hidráulicas nos poços 1 e 2
b = espessura da camada confinada
Q = cte
Solo
Linha Piezométrica
rp
h2 h1

r1
b r2
Impermeável
Hidráulica de Poços
Aqüífero Confinado

– v = -K.dh/dr
– Q = v.A
– A = b.2..r
Logo: Q = -K.dh/dr (b.2..r)
[Q./(K.2.b.)]dr/r = -dh

integrando entre h1 e h2 quando r=r1 e r=r2 respectivamente,


obtém-se

Q = K. b.2..(h1 – h2)/[ln(r1/r2)]
Exercício:
1 Um poço de 50 cm de diâmetro penetra totalmente em
um aqüífero não confinado com espessura de 30m. O
rebaixamento no poço bombeado é de 10 m e a
permeabilidade doaqüífero de pedregulho é de 6,4 x 10 -3
m/s. Se o escoamento é permanente e a vazão
bombeada é 0,414 m3/s, determine o rebaixamento da
linha freática em um ponto distante 100m do poço.

2 Um aqüífero artesiano de 10 m de espessura com uma


superfície piezométrica de 40 m acima do fundo da
camada confinante está sendo bombeado por um poço
totalmente penetrante. O aqüífero é um meio arenoso
com permeabilidade de 1,5 x 10-4 m/s. Dois poços de
observação alinhados com o poço tem rebaixamentos
observados de 5 e 1 m e estão distanciados,
respectivamente, a 20 e 200m do poço bombeado.
Determine a vazão.
Parâmetros de Aqüíferos
• Transmissividade (T) [L2/T]
É a capacidade de um aqüífero de transmitir água
horizontalmente.
T  K .b
• Coeficiente de Armazenamento (S)
As capacidades dos meios recebedores de água em
armazenarem transmitir água.
• Difusividade Hidráulica (X) [L2/T]
É um parâmetro pouco utilizado, este representa o
transporte de uma onda mecânica através do aqüífero.
T K
X  
S S0
151
Parâmetros de Aqüíferos
Coeficiente de Armazenamento
• Aqüífero Confinado

S  S 0 .b S 0  S 0e  S 0 w
S0 = Armazenamento específico

• Aqüífero Livre

S 
  porosidade

152
Parâmetros de Aqüíferos
Determinação dos Parâmetros
Métodos de campo.
• Teste de Bombeamento: Determinação de K, T e S.
• Infiltração: Determinação de K
• Open-end-test: Determinação de K
• Infiltrômetros: Determinação de K
Métodos de Laboratório.
• Ensaios de Permeabilidade (transiente ou permanente):
Determinação de K
• Granulometria: Estimativa de K
153
Redes de Fluxos

154
154
O Aqüífero Guarani.
Características

Extensão: 1,2 milhões de Km2

Profundidade média ≈ 250 m

Profundidade máxima ≈ 1500 m

Formações Geológicas: Formação


Botucatu e Pirambóia.

Área de Afloramento ≈ 150000 Km2

Taxa de recarga estimada ≈ 166 km2/ano

155
O Aqüífero Guarani

156
O Aqüífero Guarani

157
O Aqüífero Guarani
(No estado de São Paulo)

158
Interação
Rio x Aqüíferos

159
Tipos de Interação

160
160

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