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A unidade de Terapia

Intensiva - UTI
Histórico
A UTI nasceu da necessidade de oferecer
suporte avançado de vida a pacientes
agudamente doentes que porventura
apresentassem chances de sobreviver,
destina-se a internação de pacientes com
instabilidade clínica e com potencial de
gravidade. É um ambiente de alta
complexidade, reservado e único no
ambiente Hospitalar, já que se propõe
estabelecer monitorização completa e
vigilância 24 horas.
Histórico
Neste contexto, pode-se dizer que as
salas de recuperação pós-anestésica
(RPA), onde os pacientes submetidos à
procedimentos anestésico-cirúrgicos
tinham monitorizadas suas funções vitais
(respiratória, circulatória e neurológica)
sendo instituídas medidas de suporte
quando necessário até o término dos
efeitos residuais dos agentes anestésicos,
foram consideradas como as primeiras
UTIs.
Histórico
 Em 1950 surge
também o primeiro
modelo de ventilador
mecânico, também
chamado de pulmão
de aço.
Histórico
 Em menos de 40 anos
de existência, essas
unidades tiveram e
ainda têm grande
repercussão dentro
das instituições
hospitalares.
 Altamente
especializadas nos
dias atuais, tanto em
recursos materiais,
quanto em recursos
humanos.
Conceito

Paciente grave é aquele que apresenta


instabilidade de algum de seus sistemas
orgânicos, devido a alterações agudas ou
agudizadas. Paciente de risco é aquele
que tem alguma condição potencialmente
determinante de instabilidade.
 Toda Unidade de Tratamento Intensivo
deve funcionar atendendo a um parâmetro de
qualidade que assegure a cada paciente:
- direito à sobrevida, assim como a garantia,
dentro dos recursos tecnológicos existentes, da
manutenção da estabilidade de seus
parâmetros vitais;
- direito a uma assistência humanizada;
- uma exposição mínima aos riscos decorrentes
dos métodos propedêuticos e do próprio
tratamento em relação aos benefícios obtidos;
- monitoramento permanente da evolução do
tratamento assim como de seus efeitos
adversos.
Política Nacional de Atenção ao
Paciente Crítico
Paciente crítico: paciente grave, com
comprometimento de um ou mais dos principais
sistemas fisiológicos, com perda de sua auto-
regulação, necessitando substituição artificial de
funções e assistência contínua.
Paciente potencialmente crítico: paciente
grave, que apresenta estabilidade clínica, com
potencial risco de agravamento do quadro e que
necessita de cuidados contínuo.
Política Nacional de Atenção ao
Paciente Crítico

Grupos etários específicos:


Neonatal (até 28 dias);
Pediátrico (de 28 dias a 12 anos, podendo
atender até 18 anos de acordo com as
rotinas de cada unidade);
Adulto (acima de 12 anos);
Infantil (Neonatal + Pediátrico).
Política Nacional de Atenção ao
Paciente Crítico
 Estrutura Física deve seguir a Resolução -
RDC nº 307, de 14 de novembro de 2002.
 É obrigatória a existência de UTIs e ou CTI
em hospitais terciários e em hospitais
secundários com capacidade 100 leitos, bem
como nos especializados que atendam
pacientes graves ou de risco e em
Estabelecimentos de Assistência a Saúde
(EAS) que atendam gravidez /parto de alto
risco. Neste último caso o EAS deve dispor
de UTIs adulto e neonatal.
Política Nacional de Atenção ao
Paciente Crítico
 Estrutura Física: Adulto (acima de 12 anos)
Quarto:Mínimo de 5 leitos podendo existir
quartos ou áreas coletivas, ou ambos a
critério do EAS. O nº de leitos de UTI deve
corresponder a no mínimo 6% do total de
leitos do EAS.
Dimensão:10,0 m² com distância de 1 m
entre paredes e leito, exceto cabeceira e
pé do leito > 1,2 m .
Política Nacional de Atenção ao
Paciente Crítico
 Estrutura Física: Adulto (acima de 12 anos)
Quarto Isolamento: Deve ser previsto um
quarto de isolamento para cada 10 leitos
de UTI, ou fração.
Dimensão: 9,0 m² por leito com distância
de 1 m entre paredes e leito, exceto
cabeceira e de 2 m entre leitos e pé do
leito > 1,2 m (o espaço destinado à
circulação da unidade pode estar incluído
nesta distância).
Política Nacional de Atenção ao
Paciente Crítico
 Estrutura Física: Adulto (acima de 12 anos)
 Posto de enfermagem
Deve proporcionar a visualização de todos os
leitos e permitir todas as funções da equipe de
trabalho.
Deve ter área para preparo de medicações,
lavabo, espaço para terminais de computador,
local para amarzenamento de registros médicos
e de enfermagem, prontuário do paciente e
exames.
Política Nacional de Atenção ao
Paciente Crítico
 Estrutura Física: Adulto (acima de 12 anos)
Sala de utensílios limpos e sujos:
Salas devem ser separadas;
Sala limpa usada para armazenar
suprimentos limpos e esterilizados,
também rouparia limpa.
Sala suja deve estar fora da circulação da
unidade, deve conter pias, para preparo e
desinfecção de materiais.
Política Nacional de Atenção ao
Paciente Crítico
 Estrutura Física: Adulto (acima de 12 anos)
Sala de armazenamento de
equipamentos:
Área para estocagem de equipamentos
que não estejam em uso ativo.
Deve ser prevista a instalação de tomadas
elétricas aterradas em número suficiente
para permitir a recarga dos equipamentos
operados por bateria.
Política Nacional de Atenção ao
Paciente Crítico

 Estrutura Física: Adulto (acima de 12 anos)


Sala de reuniões:
Área próxima as UTIs, para estudar e
discutir casos, e analisar radiografias dos
pacientes.
Política Nacional de Atenção ao
Paciente Crítico
 Estrutura Física: Adulto (acima de 12 anos)
 Áreas destinadas a funcionários:
Salas destinadas a equipe multiprofissional.
Copa com instalações adequadas para
realização de refeições rápidas, com geladeira,
fogão ou forno microondas.
Vestiários feminino e masculinos com sanitários,
chuveiros e armários.
Conforto médico próximo à internação com
sanitários, chuveiros, e telefone ligado a UTI.
Política Nacional de Atenção ao
Paciente Crítico
 Estrutura Física: Adulto (acima de 12 anos)
Sala de espera de visitantes:
Indispensável, localizada próxima a UTI,
destinada a familiares de pacientes que
aguardam informações ou são preparados
para visita na unidade.
Deve conter bebedouro, sanitário, devem
ser previstos poltronas, terminais de TV,
etc.
Política Nacional de Atenção ao
Paciente Crítico
 Composição mínima da equipe: Adulto (acima
de 12 anos)
 Um responsável técnico com título de
especialista em terapia intensiva;
 Um médico diarista (rotineiro) para o turno
da manhã e um à tarde com título de
especialista em terapia intensiva para cada
10 leitos ou fração;
 Um médico plantonista por turno exclusivo
da unidade para cada 10 leitos ou fração;
Política Nacional de Atenção ao
Paciente Crítico
Um enfermeiro coordenador
responsável pela área de enfermagem;
Um enfermeiro assistencial por turno,
exclusivo da unidade,para cada 08
leitos/fração *
Um fisioterapeuta para cada 10
leitos/fração no turno da manhã, da
tarde e noite;
Política Nacional de Atenção ao
Paciente Crítico
Um fonoaudiólogo e/ou terapeuta
ocupacional disponível para a unidade;
Um psicólogo disponível para a
unidade;
Um técnico de enfermagem para cada 2
leitos/fração por turno;
Um funcionário exclusivo responsável
pelo serviço de limpeza.
Política Nacional de Atenção ao
Paciente Crítico
 Especialidades Médicas disponíveis: Adulto (acima de 12
anos)
 Nefrologia;
 Neurologia/neurocirurgia;
 Cirurgia Geral;
 Cardiologia;
 Traumato-Ortopedia;
 Gastroenterologia;
 Hematologia;
 Pneumologia;
 Cirurgia Vascular;
 Cirurgia Torácica;
 Urologia.
Política Nacional de Atenção ao
Paciente Crítico
 Recursos Assistenciais disponíveis na
estrutura hospitalar:Adulto (acima de 12
anos)
 Agência Transfusional 24 horas/dia;
 Laboratório de Análises Clínicas com
hemogasometria 24 horas/dia;
 Laboratório de Microbiologia;
 Ultra-sonografia (inclusive a beira do leito);
 Ecodopplercardiografia;
Política Nacional de Atenção ao
Paciente Crítico

Terapia Renal Substitutiva;


Serviço Social;
Serviço de Suporte Nutricional;
Exames radiológicos convencionais a
beira do leito (RX móvel);
Tomografia Computadorizada;
Fibrobroncoscopia;
Endoscopia Digestiva.
Política Nacional de Atenção ao
Paciente Crítico
 Humanização:
 Controle de ruído;
 Controle de iluminação;
 Climatização;
 Iluminação natural;
 Relógios visíveis para todos os leitos;
 Acompanhamento sistemático da equipe de psicologia;
 Divisórias entre os leitos;
 Garantia de visitas diárias programadas dos familiares
(mínimo de três);
 Garantia de informações da evolução dos pacientes aos
familiares
 Equipe médica: 1 momento (mínimo)
 Boletins: 3 momentos (mínimo);
RDC Nº 7, DE 24 DE FEVEREIRO DE
2010
 Dispõe ainda:
 Art. 24 Devem ser assegurados, por todos os profissionais que
atuam na UTI, os seguintes itens:
 I - preservação da identidade e da privacidade do paciente,
assegurando um ambiente de respeito e dignidade;
 II - fornecimento de orientações aos familiares e aos pacientes,
quando couber, em linguagem clara, sobre o estado de saúde e a
assistência a ser prestada desde a admissão até a alta;
 III - ações de humanização da atenção à saúde;
 IV - promoção de ambiência acolhedora;
 V - incentivo à participação da família na atenção ao paciente,
quando pertinente.
 Art. 25 A presença de acompanhantes em UTI deve ser
normatizada pela instituição, com base na legislação vigente.
 Art. 26 O paciente consciente deve ser informado quanto aos
procedimentos a que será submetido e sobre os cuidados
requeridos para execução dos mesmos.
Materiais e Equipamentos
 Segundo Política
Nacional de
Atenção ao
Paciente Crítico
 Carro
ressuscitador, 01
para cada 10
leitos/fração;
 Camas de Fowler
com grades
laterais e rodízios,
01 por leito;
Materiais e Equipamentos
Maca para
transporte com
cilindro de
0xigênio;
Conjunto
completo para
intubação
endotraqueal,
01 para cada 05
leitos/fração;
Materiais e Equipamentos
 Monitor de beira de
leito com visoscópio,
um para cada leito;

 Ventilador pulmonar
com misturador tipo
blender, 01 para cada
02 leitos, do tipo
microprocessado;
Materiais e Equipamentos

 Equipamento para
ventilação pulmonar
não invasiva;

 Máscaras de
Venturi que
permitam diferentes
concentrações, 01
para cada 5
leitos/fração;
Materiais e Equipamentos

Oxímetro de
pulso, 01 para
cada 2 leitos;

Monitor de
pressão não
invasiva, 01
para cada 05
leitos/ fração;
Materiais e Equipamentos

Monitor de pressão
invasiva, 01 para
cada 05
leitos/fração;

Monitor de débito
cardíaco, 01 por
unidade;
Materiais e Equipamentos
Marcapasso
cardíaco externo,
eletrodos e gerador
na unidade, 01 para
cada 10
leitos/fração;

Capnógrafo, 01 para
cada 10
leitos/fração;
Materiais e Equipamentos

Bomba de
infusão, 02
bombas por
leito;

Conjunto de
nebulização, em
máscara, 01
para cada leito;
Materiais e Equipamentos
 Conjunto
padronizado de
beira de leito
contendo:
termômetro,estetos
cópio,
esfigmomanômetro,
ambú com máscara
(ressuscitador
manual), 01 para
cada leito;
Materiais e Equipamentos
 Bandejas para procedimentos de:
 diálise peritoneal;
 drenagem torácica;
 punção pericárdica;
 Curativos;
 Flebotomia;
 acesso venoso profundo
 punção lombar;
 sondagem vesical;
 Traqueotomia.
Materiais e Equipamentos

Eletrocadiógra
fo portátil;

Aspirador
portátil;
Materiais e Equipamentos
Negatoscópio;

Oftalmoscópio;

Otoscópio;
Materiais e Equipamentos

Pontos de oxigênio e ar comprimido


medicinal com válvulas reguladoras de
pressão e pontos de vácuo para cada
leito;

Cilindro de Oxigênio e ar comprimido,


disponíveis no hospital;
Enfermagem em Cuidados Críticos

O profissional em cuidados críticos deve


estar altamente habilitado, instruído e
capaz de cuidar em situações
estressantes.
Segundo a AACN (American Association
of Crítical-Care Nurses), algumas
características são relevantes:
Enfermagem em Cuidados Críticos
 Ser responsável para sustentar e agir em
conformidade aos princípios e valores éticos.
 Defender as decisões das organizações que
são dirigidas pelos pacientes e famílias;
 Colaborar com todas as partes interessadas,
criando relações sinérgicas para promover um
interesse comum;
Enfermagem em Cuidados Críticos
 Assumir o aprendizado vitalício, investigações e
pensamento crítico para possibilitar que cada
um dê o máximo de contribuições;
 Comprometer-se com a qualidade e a
excelência em todos os níveis da organização,
satisfazendo e superando os padrões e as
expectativas;
 Promover a inovação através da criatividade e
do risco calculado;
 Agir com compromisso e paixão diante das
causas e do trabalho da organização.
“ Muitas vezes nós não temos idéia da frequência
com que afetamos profundamente os outros
com nosso cuidado de enfermagem. É por isso
que necessitamos parar periodicamente e
pensar. Por vezes alguém que tocamos nos diz
como nós o afetamos. É importante que
aceitemos que somos responsáveis por esse
evento significativo. Nunca diga, “não foi nada”,
porque não é assim. Permita se aquecer a luz
do conhecimento de que você fez diferença.”

Linda Carpenito
Referências
 BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC nº
307, de 14 de novembro de 2002. Brasília.
 BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC nº 07,
de 24 de fevereiro de 2010. Brasília.
 BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC nº 50,
de 21 de fevereiro de 2002. Brasília.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.071,de 04 de julho de 2005.
Brasília.
 BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.Portaria nº 466, de 04
de junho de 1998. Brasília.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 3.432, de 17 de agosto de 1998.
Brasília.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.091, de 25 de agosto de 1999.
Brasília.
 KNOBEL, E.; KUHL, S.D. Organização e funcionamentos das UTIs. In:
Condutas do Paciente Grave. 3ª ed. São Paulo: Atheneu. p. 1315-32.
2006.
 KNOBEL, E.; LASELVA, C.R.; JÚNIOR, D.F.M. Terapia Intensiva –
Enfermagem. 1ª ed. São Paulo: Atheneu, 2006.
 FIGUEIREDO, N.M.A.; SILVA, C.R.L.; SILVA, R.C.L. CTI – atuação,
intervenção e cuidados de enfermagem. 1ª ed. São Paulo: Yendis
Editora, 2006.

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