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CONCEITO:
O CONCURSO DE PESSOAS, também denominado de CONCURSO DE
AGENTES, CONCURSO DE DELINQUENTES (concursus delinquentium) ou
CODELINQUÊNCIA, implica na concorrência de duas ou mais pessoas
para o cometimento de um ilícito penal.
“Fala-se de CONCURSO DE PESSOAS, portanto, quando duas ou mais
pessoas concorrem para a prática de uma mesma infração penal. Essa
colaboração recíproca pode ocorrer tanto nos casos em que são vários os
autores, bem como naqueles onde existam autores e partícipes” (GRECO,
2012, p. 415).
“CONCURSO DE PESSOAS é a ciente e voluntária participação de duas
ou mais pessoas na mesma infração penal” (MIRABETE, 2013, p. 215).
CONCURSO DE PESSOAS
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CONCEITO:
AUTORIA:
Existem algumas teorias que buscam fornecer o conceito de
autor:
A) TEORIA SUBJETIVA OU UNITÁRIA: não diferencia o autor
do partícipe. Seu fundamento repousa na teoria da equivalência
dos antecedentes ou conditio sine qua non, pois qualquer
colaboração para o resultado, independente do seu grau, a ele
deu causa.
B) TEORIA EXTENSIVA: também se fundamenta na teoria da
equivalência dos antecedentes, não distinguindo o autor do
partícipe. Aparece nesse âmbito a figura do cúmplice: autor
que concorre de modo menos importante para o resultado.
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AUTORIA:
C) TEORIA OBJETIVO-FORMAL: autor é quem realiza o verbo
nuclear do tipo penal, ou seja, a conduta criminosa descrita pelo
preceito primário da norma incriminadora. Por sua vez, partícipe
é quem de qualquer modo concorre para o crime, sem praticar
o núcleo do tipo.
D) TEORIA OBJETIVO-MATERIAL: autor é quem presta a
contribuição objetiva mais importante para a produção do
resultado, e não necessariamente aquele que realiza o núcleo
do tipo penal. Por outro lado, partícipe é quem concorre de
forma menos relevante, ainda que mediante a realização do
núcleo do tipo.
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AUTORIA:
E) TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO: criada em 1939, por Hans
Welzel, com o proposito de ocupar posição intermediária entre as
teoria objetiva e subjetiva. AUTOR é quem possui o controle sobre
o DOMÍNIO DO FATO, domina finalisticamente o trâmite do crime e
decide acerca da sua pratica, suspensão, interrupção e condições.
(O AUTOR é o SENHOR DO FATO em razão de sua decisão
volitiva). O domínio do fato, portanto, não diz respeito apenas ao
fato último, à efetiva realização da conduta criminosa, mas sim à
capacidade de cumprir ou não a parcela do delito que lhe fora
incumbida, parcela esta importante para o efetivo cometimento da
infração penal.
AUTOR: é quem possui o manejo dos fatos e o leva a sua realização.
PARTÍCIPE: é quem simplesmente colabora, sem poderes decisórios a
respeito da consumação do fato.
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COAUTORIA
É a forma de concurso de pessoas que ocorre quando o
núcleo do tipo penal é executado por duas ou mais
pessoas. Em síntese, há dois ou mais autores unidos
entre si pela busca do mesmo resultado. Ex: “A” e “B”,
portando armas de fogo, ingressam em um
estabelecimento bancário, anunciam o assalto, e, de
posse dos valores subtraídos, fogem do local. São
coautores do crime tipificado pelo art. 157, § 2º, I e
II, do Código Penal. (MASSON, 2012, p. 509).
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PARTICIPAÇÃO
É a modalidade de concurso de pessoas em que o
sujeito não realiza diretamente o núcleo do tipo
penal, mas de qualquer modo concorre para o crime.
É, portanto, qualquer tipo de colaboração, desde que
não relacionada à prática do verbo contido na
descrição da conduta criminosa. Ex: É partícipe de um
homicídio aquele que, ciente do propósito criminoso do
autor, e disposto a com ele colaborar, empresta uma
arma de fogo municiada para ser utilizada na
execução do delito. (MASSON, 2012, p. 515).
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CIRCUNSTÂNCIAS INCOMUNICÁVEIS:
De acordo com o artigo 30, do CP:
“ART. 30. NÃO SE COMUNICAM AS CIRCUNSTÂNCIAS E AS CONDIÇÕES
DE CARÁTER PESSOAL, SALVO QUANDO ELEMENTARES DO CRIME”.
CIRCUNSTÂNCIAS INCOMUNICÁVEIS: são aquelas que não se estendem,
isto é, não se transmitem aos coautores ou partícipes de uma infração
penal, pois se referem exclusivamente a determinado agente, incidindo
apenas em relação a ele.
ELEMENTARES: são os dados fundamentais de uma conduta criminosa. No
homicídio simples, por exemplo, as elementares são “matar” e “alguém”.
CIRCUNSTÂNCIAS: têm o efeito de aumentar ou diminuir a pena. São dados
periféricos, acessórios, que gravitam ao redor da figura típica. No homicídio
(art. 121, CP, por exemplo, “relevante valor moral” (§ 1º), o motivo
“torpe” (§2º, I), etc.
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CIRCUNSTÂNCIAS INCOMUNICÁVEIS:
CIRCUNSTÂNCIAS INCOMUNICÁVEIS:
EX: “A”, ao chegar a sua casa, constata que sua filha foi estuprada por “B”.
Imbuído por motivo de relevante valor moral, contrata “C”, pistoleiro
profissional, para matar o estuprador. O serviço é regularmente executado.
Nesse caso, “A” responde por homicídio privilegiado, enquanto a “C” é
imputado o crime de homicídio qualificado pelo motivo torpe.
O relevante valor moral é CIRCUNSTÂNCIA PESSOAL, exclusiva de “A”, e
jamais se transfere a “C”, por mais que este não concorde com o estupro.
EX: “A” contrata “B” para matar “C”, seu inimigo. “B” informa a “A” que fará
uso de meio cruel, e este último concorda com essa circunstância. Ambos
respondem pelo crime tipificado pelo art. 121, § 2º, III, do Código Penal.
Trata-se de CIRCUNSTÂNCIA OBJETIVA que a todos se estende.
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CASOS DE IMPUNIBILIDADE:
De acordo com o artigo 31, caput, do CP:
“ART. 31. O AJUSTE, A DETERMINAÇÃO OU
INSTIGAÇÃO E O AUXÍLIO, SALVO DISPOSIÇÃO
EXPRESSA EM CONTRÁRIO, NÃO SÃO PUNÍVEIS, SE
O CRIME NÃO CHEGA, PELO MENOS, A SER
TENTADO”.
A impunibilidade prevista no dispositivo legal não deve
ser atribuída ao agente, mas ao FATO. Cuida-se de
causa de atipicidade da conduta do partícipe, e não
de causa de isenção de pena. (GRECO, 2012).
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CASOS DE IMPUNIBILIDADE:
AJUSTE é o acordo traçado entre duas ou mais
pessoas. DETERMINAÇÃO é o que foi decidido por
alguém, almejando uma finalidade específica.
INSTIGAÇÃO é o reforço para a realização de algo a
que uma pessoa já estava determinada a fazer. E, por
fim, AUXÍLIO é a colaboração material prestada a
alguém para atingir um objetivo.
Ex: Não é punível, exemplificativamente, o simples
ato de contratar um pistoleiro profissional para
matar alguém. Somente será punível se o contratado
praticar atos de execução do homicídio.
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AUTORIA INCERTA
AUTORIA INCERTA ocorre quando, embora se saiba quais os possíveis
autores do delito, não se consegue identificar a conduta de quem foi
responsável pelo resultado.
Ex: Suponha que “A” e “B” com armas de fogo e munições idênticas
escondam-se atrás de árvores para eliminar a vida de “C”. Quando este
passa pelo local, contra ele atiram, e “C” morre. O exame pericial
aponta ferimentos produzidos por um único disparo de arma de fogo
como causa mortis, mas não afirma categoricamente QUEM FOI O
AUTOR DO DISPARO FATAL. Como não se apurou quem produziu a
morte, não se pode imputar o resultado naturalístico para “A” e “B”. Um
deles matou, mas o outro não. E como não há concurso de pessoas,
ambos devem responder por tentativa de homicídio.
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AUTORIA COLATERAL
Também chamada de COAUTORIA IMPRÓPRIA ou AUTORIA
APARELHA. Ocorre quando duas ou mais pessoas intervêm na execução
de um crime, buscando igual resultado, embora cada uma delas ignore a
conduta alheia.
Ex: “A”, portando um revólver, e “B”, uma espingarda, escondem-se atrás
de árvores, um do lado direito e outro do lado esquerdo de uma mesma
rua. Quando “C”, inimigo de ambos, por ali passa, ambos os agentes
contra ele efetuam disparos de armas de fogo. “C” morre, revelando o
exame necroscópico terem sido os ferimentos letais produzidos pelos
DISPAROS ORIGINÁRIOS DA ARMA DE “A”. Não há concurso de
pessoas, pois estava ausente o vínculo subjetivo entre “A” e “B”.
Portanto, cada um dos agentes responde pelo crime a que deu causa.
“A” por homicídio consumado, e “B” por tentativa de homicídio.
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REFERÊNCIAS:
MUITO
OBRIGADO!