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Tanatologia

Morte e seus afeitos


Relevância
É a parte da medicina legal que estuda os fenômenos
decorrentes da morte, ou seja, o evento morte e seus
efeitos característicos

O conceito de morte ainda é discutido na medicina


(parada cárdio-respiratória/ parada neurológica), mas
considera-se morte a cessação permanente das
atividades biológicas necessárias à manutenção da
vida de um organismo.
 O Brasil adota como marco da morte o
momento da morte encefálica, por força do
artigo 3° da Lei de Transplante de Órgãos, uma
vez que, a partir da sua declaração, os órgãos a
serem doados podem ser removidos
Previsão Legal
Art. 3º, “caput”, L. 9434/97: “A retirada post mortem
de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano
destinados a transplante ou tratamento deverá ser
precedida de diagnóstico de morte encefálica,
constatada e registrada por dois médicos não
participantes das equipes de remoção e transplante,
mediante a utilização de critérios clínicos e
tecnológicos definidos por resolução do Conselho
Federal de Medicina”.
Resolução n° 1480/1997 do
CFM
Art. 1º. A morte encefálica será caracterizada através da realização de exames clínicos e
complementares durante intervalos de tempo variáveis, próprios para determinadas faixas
etárias.
Art. 2º. Os dados clínicos e complementares observados quando da caracterização da morte
encefálica deverão ser registrados no "termo de declaração de morte encefálica" anexo a
esta Resolução.
Parágrafo único. As instituições hospitalares poderão fazer acréscimos ao presente termo,
que deverão ser aprovados pelos Conselhos Regionais de Medicina da sua jurisdição,
sendo vedada a supressão de qualquer de seus itens.
Art. 3º. A morte encefálica deverá ser consequência de processo irreversível e de causa
conhecida.
Art. 4º. Os parâmetros clínicos a serem observados para constatação de morte encefálica
são: coma aperceptivo com ausência de atividade motora supra-espinal e apnéia.
Art. 5º. Os intervalos mínimos entre as duas avaliações clínicas necessárias para a
caracterização da morte encefálica serão definidos por faixa etária, conforme abaixo
especificado:
a) de 7 dias a 2 meses incompletos - 48 horas
b) de 2 meses a 1 ano incompleto - 24 horas
c) de 1 ano a 2 anos incompletos - 12 horas
d) acima de 2 anos - 6 horas
Morte encefálica
Ocorre de 3 a 7 minutos sem oxigenação das células
cerebrais; mesmo que se reestabeleça os batimentos
cardíacos e os movimentos respiratórios, não haverá a
recuperação de atividade cerebral e/ou consciência
Lesões cerebrais:
Na hipótese de a lesão atingir o cérebro, poderá
haver 02 situações distintas, a depender da
gravidade da lesão sofrida: a) extensa + coma
persistente = morte cerebral; b) não extensa +
ausência de consciência = estado vegetativo. Em
ambas as situações há manutenção de movimentos
espontâneos de respiração e, por isso, os indivíduos
continuam sendo considerados vivos

Na hipótese de a lesão atingir o tronco encefálico (


mesencéfalo, ponte e bulbo), não haverá
manutenção de movimentos espontâneos de
respiração e a circulação de oxigênio restará
prejudicada. Nesse caso, será constatada a morte
encefálica.
Resolução n° 1480/1997 do CFM
Art. 6º. Os exames complementares a serem observados para constatação de morte encefálica
deverão demonstrar de forma inequívoca:
a) ausência de atividade elétrica cerebral ou, (pupilas fixas e não reativas, sem fechamento de
pálpebras, sem movimentação de olhos, sem resposta de frio ou calor, sem reflexo de tosse)
b) ausência de atividade metabólica cerebral ou,
c) ausência de perfusão sangüínea cerebral.
Art. 7º. Os exames complementares serão utilizados por faixa etária, conforme abaixo
especificado:
a) acima de 2 anos - um dos exames citados no Art. 6º, alíneas "a", "b" e "c";
b) de 1 a 2 anos incompletos: um dos exames citados no Art. 6º , alíneas "a", "b" e "c". Quando
optar-se por eletroencefalograma, serão necessários 2 exames com intervalo de 12 horas entre um
e outro;
c) de 2 meses a 1 ano incompleto - 2 eletroencefalogramas com intervalo de 24 horas entre um e
outro;
d) de 7 dias a 2 meses incompletos - 2 eletroencefalogramas com intervalo de 48 horas entre um e
outro.
Art. 8º. O Termo de Declaração de Morte Encefálica, devidamente preenchido e assinado, e
os exames complementares utilizados para diagnóstico da morte encefálica deverão ser
arquivados no próprio prontuário do paciente.
Art. 9º. Constatada e documentada a morte encefálica, deverá o Diretor-Clínico da
instituição hospitalar, ou quem for delegado, comunicar tal fato aos responsáveis legais do
paciente, se houver, e à Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos a que
estiver vinculada a unidade hospitalar onde o mesmo se encontrava internado.
Art. 10. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação e revoga a Resolução
CFM nº 1.346/91.
Brasília-DF, 08 de agosto de 1997.
Imagem relacionada a
diagnóstico de morte encefálica
Fenômenos cadavéricos
Quando um indivíduo morre, uma série de
fenômenos passa a ocorrer no corpo, uma vez que a
morte não é um acontecimento instantâneo, mas
gradativo e evolutivo – quanto maior o tempo
decorrido, maior a quantidade de fenômenos poderão
ser observados.

Classificação:

 Abióticos: a) imediatos; b) mediatos


 Transformativos ou Tardios: a) destrutivos; b)
conservativos
Abióticos imediatos
São aqueles que surgem instantaneamente com a
ocorrência da morte

 Perda da consciência
 Perda de sensibilidade
 Cessação dos movimentos respiratórios
 Cessação da circulação sanguínea
 Cessação das atividades neurológicas
 Abolição da motilidade e do tônus muscular

Todos os fenômenos precisam ser verificados para


constatação da morte.
Abióticos mediatos
São aqueles que surgem após os imediatos, podendo levar
minutos, horas ou dias para ocorrerem ou desaparecerem por
completo; não são instantâneos ao óbito

 Desidratação do corpo: perda de peso, pergaminhamento da


pele, dessecamento das mucosas dos lábios, modificação
dos globos oculares
 Queda da temperatura corporal: 1°C por hora após a morte
até atingir a temperatura ambiente – serve para estimar a
hora da morte e depende do meio onde o cadáver foi
encontrado
 Rigidez cadavérica: enrijecimento dos músculos que se
contraem e tornam o corpo estático – 1° mandíbula e
pescoço, 2° membros superiores, 3° membros inferiores
(começa a ocorrer 2 horas após o óbito e atinge totalidade
em 8 horas; após 24 horas o corpo vai perdendo rigidez e se
tornando flácido – início da putrefação)
 Machas de hipóstase: acúmulo de sangue nos tecidos
epiteliais devido à ação da gravidade
 Espasmos cadavéricos: rigidez abrupta
Tardios Destrutivos
São aqueles que surgem após algumas horas do óbito e podem
durar dias, semanas, meses ou anos; são considerados
destrutivos pois irão decompor o corpo à forma de esqueleto,
consumindo todos os tecidos orgânicos

Classificação das fases:

 1ª fase – autólise: é o processo pelo qual uma célula se


autodestrói espontaneamente: há a ruptura da membrana
celular e derramamentos de enzimas que irão digerir
material orgânico
 2ª fase – putrefação: decomposição de matéria orgânica
iniciada pela autólise e continuada por bactérias internas
e externas, podendo estas serem auxiliadas pela ação de
animais e insetos. Inicia-se na região abdominal, onde
encontram-se maior concentração de bactérias e germes;
por isso a primeira fase da putrefação é chamada de fase
colorativa – mancha verde abdominal (surge entre 18 e
24 horas após a morte)
 A fase gasosa se dá com a formação de gases
no interior do cadáver em razão do processo de
decomposição, dando aspecto distendido e
desfigurado do corpo (dura cerca de 2 meses).
A fase coliquativa se dá pela desintegração dos
tecidos moles, reduzindo o volume e forma do
corpo. A última fase do processo destrutivo é a
esqueletização, onde há a desintegração do
tecido epitelial, permanecendo apenas ossos e
cabelos (pode demorar anos para ocorrer)
Tardios Conservativos
São aqueles que, por razões externas, conservam o
cadáver
Classificação das fases:

 Saponificação: relacionada à umidade do local,


transforma o corpo em substância adiposa, mole,
qubradiçã e de coloração amarelada. Pode ser
parcial ou total.
 Mumificação: ocorre em decorrência do cadáver
estar em local quente, seco e arejado. O corpo
perde 70% dos líquidos em intensa
desidratação. O corpo perde peso, volume, a
pele endurece, seca e enruga – processo de
embalsamamento.
 Maceração: comum em fetos nos últimos meses
de gestação, pois o corpo fica conservado em
solução aquosa e protegido.
 Calcificação: petrificação do corpo.
 Corificação: fenômeno raro, relacionado à
presença de zinco no ambiente, mantém a pele
intacta mas com aparência de couro e mantém
os órgãos preservados.
 Congelamento: temperaturas abaixo de -40°C
 Mumificação: ocorre em decorrência do cadáver
estar em local quente, seco e arejado. O corpo
perde 70% dos líquidos em intensa
desidratação. O corpo perde peso, volume, a
pele endurece, seca e enruga – processo de
embalsamamento.
 Maceração: comum em fetos nos últimos meses
de gestação, pois o corpo fica conservado em
solução aquosa e protegido.
 Calcificação: petrificação do corpo.
 Corificação: fenômeno raro, relacionado à
presença de zinco no ambiente, mantém a pele
intacta mas com aparência de couro e mantém
os órgãos preservados.
 Congelamento: temperaturas abaixo de -40°C
Destinação dos cadáveres
A depender da situação, o corpo encontrado deve ser destinado
ao Instituto Médico Legal:

 IML – existem 03 indicações clássicas previstas em lei para a


necropsia no IML: morte violenta (por acidente de trânsito ou de
trabalho, homicídio, suicídio etc.); morte suspeita ou morte
natural de pessoa não identificada. Nos casos de morte por falta
de assistência médica ou por causas naturais desconhecidas os
corpos são encaminhados para o Serviço de Verificação de
Óbito (SVO), subordinado à administração municipal.
 SVO – constitui-se no exame dos corpos de pessoas que
morrem sem assistência médica ou por causas naturais
desconhecidas, excluídas aquelas que foram vítimas de
violência. Na Capital, esse serviço é prestado pela prefeitura
junto à Universidade de São Paulo (USP). Na Grande São
Paulo e no interior, é executado por médicos contratados pelas
respectivas prefeituras.

Fonte: http://www.ssp.sp.gov.br/fale/institucional/answers.aspx?t=3

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