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ESCLEROSE MÚLTIPLA

Darcy A. Umphred
Reabilitação Neurológica
QUINTA Edição- 2010
ESCLEROSE MÚLTIPLA
 É uma das doenças neurológicas mais
comuns e antigas que atingem os adultos
jovens
 Relatos da doença desde o séc. XIV
 Descoberta em 1868 – Jean Martin Charcot
(neurologista francês)
 Diagnóstico em 1849
“Nas EM, existem lesões inflamatórias (placas)
típicas que aparecem como áreas
circunscritas de perda de mielina
disseminadas pelo SNC, principalmente na
substância branca.”
Conceito
 O nome Esclerose Múltipla vem de múltiplas
áreas de cicatrização, ou tecido esclerótico,
que caracterizam o processo da doença.

 Recentes achados também indicam que os


axônios tornam-se irreversivelmente lesados
como consequência da inflamação, mesmo no
início da doença, gerando alterações a longo
prazo ( incapacidades, déficits neurológicos
persistentes.
ESCLEROSE MÚLTIPLA
Esta desmielinização prejudica a
neurotransmissão entre os neurônios e
descobertas recentes também indicam
lesões nos axônios  contribui para
uma deficiência persistente e, a longo
prazo, para a invalidez.
E não se estende além da entrada da raiz
dos nervos cranianos e espinhais 
demarcação  Placas
ESCLEROSE MÚLTIPLA

 Nos pontos em que se perde a mielina


formam-se lesões em forma de placas
(placa esclerótica)
ESCLEROSE MÚLTIPLA
 Embora amplamente difundias, certas áreas
são mais afetadas:
 Região periventriculares
 Pedúnculos cerebelares
 Tronco encefálico
 Medula espinhal dorsal
 As lesões tendem a ser simétricas e têm uma
distribuição perivenosa (em torno de
pequenas veias e vênulas), contendo
linfócitos e macrófagos.
ESCLEROSE MÚLTIPLA
 Epidemiologia
 300.000 portadores nos EUA
 1.000.000 no mundo
 É diagnosticada entre os 20-40 anos
 85% ocorre entre os 15-50 anos
 Média: 30 anos
 Predomínio em mulheres (2;1)
 Rara em negros e esquimós
 Comum entre brancos de origem européia
 Mais comum em regiões mais afastadas da linha do
Equador.
ESCLEROSE MÚLTIPLA
 A incidência no Brasil é baixa: 4,4
/100.000 hab

 Segundo a ABEM existem 1000 portadores


no Brasil.
ESCLEROSE MÚLTIPLA
 Etiologia
 Desconhecida
 Autoimune?
 Suposições:
 Fatores ambientais (local onde a pessoa viveu antes
da adolescência);
 Fatores genéticos;
 O fator desencadeador seria um vírus
(pesquisadores sugerem que este seria o gatilho
para uma resposta imunológica, várias pessoas
podem ser infectadas pelo vírus , porém poucas
desenvolverão a EM).
Esclerose Múltipla
 Etiologia:
Alguns autores teorizam:
- Pequenas quantidades de mielina são
liberadas na circulação após a infecção
por vírus , resultando em autoimunização.
ESCLEROSE MÚLTIPLA
 Sinais e Sintomas
 Devido a grande variabilidade da localização
anatômica, do volume das lesões e da seqüência
de tempo em que elas sugem, as manifestações
clínicas da EM também são diversas.
 Os sintomas podem surgir rapidamente em
poucas horas ou em dias/semanas
 Geralmente sazonais evoluindo com exacerbações ou
remissões.
ESCLEROSE MÚLTIPLA
 Manifestação mais comuns:
 Cansaço / fadiga (88%)
 Dor (60%)
 Fraqueza muscular
 Parestesia
 Deambulação instável/ problemas na marcha (87%)
 Distúrbios Visuais: Borrada / Visão dupla (58%)
 Tremor (41%)
 Disfunção vesical/intestinal (65%)
 50-70% dos portadores podem apresentar
problemas cognitivos leves
 Portadores de EM são mais propensos a depressão
Esclerose Múltipla
 Sintomas:
Algumas manifestações pouco comuns
podem surgir:
A)hemiplegia;
B)Neuralgia do trigêmeo e paralisia facial;
Com maior frequência pode surgir uma
história mal definida de incapacidade
funcional, precedendo os sintomas
definitivos.
ESCLEROSE MÚLTIPLA
 Sensibilidade ao calor

“ O calor provoca freqüentemente uma piora


passageira dos sintomas.” Transtornos
cognitivos e emocionais
ESCLEROSE MÚLTIPLA
 Alterações cognitivas são
evidenciadas em cerca de 60% dos
pacientes de Esclerose Múltipla;
 A maioria desses apresenta uma deficiência
discreta, enquanto que 10 a 20% tem uma
deficiência significativa.
 Funções cognitivas mais freqüentemente
comprometidas são a memória,
concentração, discernimento ou raciocínio.
 Raramente há deterioração da função
intelectual.
ESCLEROSE MÚLTIPLA
 Em um estado mais avançado, os pacientes
demonstram um envolvimento grave:
 Paraplegia
 Bexiga neurogênica
 Comprometimento visual
 Disartria
 Tremor intencional
 Ataxia
 Nistagmo
 Instabilidade Emocional
*** Em casos graves o paciente pode se tornar
totalmente dependente
ESCLEROSE MÚLTIPLA
“É comum considerar erroneamente que a primeira
crise sobrevém como um acontecimento inesperado
em um adulto jovem que tem uma saúde
excelente.....
.... na verdade, ao questionamento direto, muitos
pacientes queixam-se de vagas sensações de mal-
estar nos meses ou anos precedentes (distúrbios
sensoriais esporádicos, incômodos e dores ou até
mesmo letargia).”
ESCLEROSE MÚLTIPLA
“Inicialmente, a resolução do déficit é
completa, mas com o tempo, conforme a
evolução da doença, a recuperação das
crises se torna parcial e os pacientes
passam a apresentar incapacidades
permanentes.”
ESCLEROSE MÚLTIPLA
 TRATAMENTO
 Uso de imunossupressores ainda está em
uso
 Durante as crises, o uso de
corticoesteróides (metilpredinisolona)
 Beta-interferon = polipeptídeos
produzidos durante infecção viral e outras
agressões
 Cuidado com a família
Esclerose Múltipla
 Agentes modificadores da doença (aprovados
pela U.S. Food and Drug Administration -FDA):
A) Interferon beta 1 a ( Avonex);

B) Interferon beta 1 b (Betaseron);

C) Acetato de glatiramer (Capaxone)

D) Rebif

E) Novantrone

Recentemente natalizumab (Tysabri): foi


aprovado para atrasar a debilidade física e
reduzir a frequência das recidivas.
ESCLEROSE MÚLTIPLA
 DIAGNÓSTICO
 É necessário que haja história de pelo
menos 02 crises com evidências de pelo
menos duas lesões distintas. (Paty et al,
1993)
 Uso de exames:
 Ressonância Magnética
Acelera o diagnóstico , porém não pode ser
analisada isoladamente
 Punção Lombar (aumento de anticorpos - IgG)
Esclerose Múltipla
 Diagnóstico:

Observação: A RM pode evidenciar áreas


com pontos brilhantes indefinidos em
indivíduos saudáveis;
Gadolínio: realçar lesões, uso injetável ,
durante a ressonância: destacar se a
doença está em estado ativo.
ESCLEROSE MÚLTIPLA
 EVOLUÇÃO E PROGNÓSTICO
“ O prognóstico geral é
variável e o curso da
doença geralmente é
imprevisível.”
CLASSIFICAÇÃO DAS
ESCLEROSES MÚLTIPLAS
Podemos encontrar 04
categorias de EM...
ESCLEROSE MÚLTIPLA

 Recidivante-Remissiva:
 Caracterizada por recidivas
claramente definidas, episódios de
agudização, seguidos de
recuperação e estabilidade
Recidivante-Remissiva
ESCLEROSE MÚLTIPLA

 Progressiva Primária:
 Caracterizada por uma deterioração
contínua, progressão constante, não
interrompida por recorrências
definidas
Progressiva
Primária
ESCLEROSE MÚLTIPLA

 Progressiva Secundária:
 Caracterizada por recidiva e
remissão, seguida de progressão
com ou sem recaídas ocasionais,
discreta remissão ou platô
Progressiva
Secundária
ESCLEROSE MÚLTIPLA

 Progressiva Recidivante:
 Caracterizada como doença
progressiva desde o início, com
recorrências claras e agudas, que
podem regredir ou não; os intervalos
entre as recorrências se distinguem
por uma progressão contínua da
doença.
Progressiva
Recidivante
ESCLEROSE MÚLTIPLA

“ Todos os esforços para definir os


fatores que permitam uma
previsão da evolução clínica ou do
prognóstico não trouxeram
resultados fidedignos.”
Esclerose Múltipla
 Ambiguidade do diagnóstico: sintomas
sem uma explicação clara, podem gerar
inseguranças quanto ao futuro, fantasias,
ameaças á vida.
Após o diagnóstico geralmente o paciente
sente-se aliviado.
Sintomas que podem gerar dificuldade de
compreensão por parte da sociedade
( confundidos com preguiça, falta de
iniciativa)
TRATAMENTO DA
ESCLEROSE MÚLTIPLA...
TRATAMENTO NA EM
 TRATAMENTO DE APOIO PARA
ALIVIAR OS SINTOMAS:
 Espasticidade = diazepan / toxina
botulínica
 Dor = alongamento; analgésicos;
cannabis(?)
 Complicações urinárias = antibióticos
 Complicações instestinais = laxantes
 Problemas Psicológicos = antidepressivos
TRATAMENTO NA EM
 CONDUTA GERAL
 O paciente deve ser aconselhado e
habilitados a aproveitar uma vida o mais
completa e ativa possível;
 Não existe benefício comprovado da
restrição dietética de qualquer tipo (?);
 O àlcool não é bem tolerado = devido ao
possível comprometimento cerebelar, no
entanto não há perigo no consumo
moderado.
TRATAMENTO NA EM
 CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA
 Normalmente são encaminhados ao setor
de fisioterapia quando apresentam algum
déficit motor, neste caso a enfermidade já
ocasionou danos irreversíveis.
TRATAMENTO NA EM
 CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA (cont.)
 O sucesso do tratamento não deve ser
determinado pelo fato de o paciente
melhorar ou não a sua atual deficiência, e
sim favorecer ao paciente que ele atinja o
melhor nível de atividade, relevante para
seu modo de vida em cada estágio da
doença.
TRATAMENTO NA EM
 PRINCÍPIOS DA FISIOTERAPIA
 Incentivar o desenvolvimento de
estratérgias de movimento;
 Incentivar o aprendizado de habilidade
motoras;
 Melhorar a qualidade dos padrões de
movimento;
 Minimizar anormalidade do tônus
muscular;
TRATAMENTO NA EM
 PRINCÍPIOS DA FISIOTERAPIA (cont.)
 Enfatizar a aplicação funcional;
 Dar apoio para manter a motivação e a
cooperação;
 Implentar a terapia preventiva;
 Ajudar o paciente a compreender melhor a
enfermidades = sintomas.
TRATAMENTO NA EM
 TIPOS DE INTERVENÇÃO
 Alongamento
 Manutenção da ADM
 “modular” o tônus

 Exercício ativo
 Retreinamento das funções
 Retreinamento do equilíbrio e da coordenação

 Manutenção da ADM

 Fortalecimento muscular
 Exercícios Resistidos (Seria impróprio?)
TRATAMENTO NA EM
 TIPOS DE INTERVENÇÃO (cont.)
 Hidroterapia
 Calor x Frio
 Eletroterapia (?)

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