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RAWLS, John. Uma Teoria da Justiça.

São Paulo: Martins Fontes, 2000.


John Rawls:
• Baltimore – 21 de fevereiro de 1921;
• Lexington – 24 de novembro de 2002;
• Professor de filosofia política de Harvard;
• Obras principais: Uma Teoria da Justiça; O
Liberalismo Político, O Direito dos Povos.
Justiça como equidade
• O papel da justiça social: “A justiça é a
primeira virtude das instituições sociais,
assim como a verdade o é dos sistemas de
pensamento. Embora elegante e econômica,
uma teoria deve ser rejeitada ou revisada se
não é verdadeira; da mesma forma, leis e
instituições, por mais eficazes e bem
organizadas que sejam, devem ser
reformadas ou abolidas se são injustas”. [...]
“[...] Cada pessoa possui uma inviolabilidade
fundada na justiça que nem mesmo o bem-estar
da sociedade como um todo pode ignorar. Por
essa razão, a justiça nega que a perda da liberdade
de alguns se justifique por um bem maior
partilhado pelos outros. Não permite que
sacrifícios impostos a uns poucos tenham menor
valor que o total das vantagens desfrutadas por
muitos. Portanto, numa sociedade justa, as
liberdades de cidadania igual são consideradas
invioláveis; os direitos assegurados pela justiça
não estão sujeitos à negociação política ou ao
cálculo de interesses” [...].
[...] A única coisa que nos faz aceitar uma teoria
errônea é a falta de uma melhor; de forma
análoga, uma injustiça é tolerável somente
quando é necessária para evitar uma injustiça
ainda maior. Sendo virtudes primeiras da
atividade humana, a verdade e a justiça são
indisponíveis” (RAWLS, §1, p. 3-4).
• Características principais/iniciais da teoria da
justiça de John Rawls:
• A justiça é a virtude por excelência das
instituições sociais;
• As pessoas possuem uma inviolabilidade
fundada na justiça que nem mesmo o bem-
estar da sociedade como um todo pode
ignorar;
• A perda da liberdade de alguns não justifica
um bem maior partilhado pelos outros;
• No núcleo de uma sociedade justa, as
liberdades de cidadania igual são consideradas
invioláveis;
• Os direitos sociais individuais não estão
sujeitos à negociação política ou ao cálculo de
interesses;
• A injustiça só é tolerável quando é necessária
para evitar uma injustiça ainda maior.
O conceito de sociedade bem-ordenada

• O conceito de sociedade bem-ordenada:


• (I) está ordenada para promover o Bem dos seus
membros;
• (II) quando é regulada por uma concepção
pública de justiça;
• Trata-se de uma sociedade: a) todos aceitam e
sabem que os outros aceitam os mesmos
princípios da justiça; b) as instituições sociais
básicas mais importantes geralmente satisfazem,
e geralmente se sabem, esses princípios.
O objeto da justiça social

• Objeto primário da justiça: é a estrutura


básica da sociedade – “é a maneira como as
instituições sociais mais importantes
(constituição política e os principais acordos
econômicos e sociais) distribuem direitos e
deveres fundamentais e determinam a divisão
das vantagens provenientes da cooperação
social” (RAWLS, § 2, p. 7-8);
• Essas instituições sociais mais importantes
definem os direitos e deveres dos homens e
influenciam seus projetos de vida, o que eles
podem esperar vir a ser e o bem-estar
econômico que podem esperar;
• Por que a estrutura básica da justiça é o
objeto primário da justiça? Porque seus
efeitos são profundos e estão presentes desde
o início.
• A estrutura básica da sociedade possui várias
posições sociais e que homens nascidos em
condições diferentes têm expectativas de vida
diferentes, determinadas, em parte, pelo
sistema político bem como pelas
circunstâncias políticas e sociais;
• Em muitos casos, as instituições sociais
favorecem certos pontos de partida e
prejudicam outros; essas são desigualdades
especialmente profundas;
• As desigualdades sociais afetam desde o início
as possibilidades de vida dos cidadãos:
portanto, não podem ser justificadas mediante
o apelo às noções de mérito e valor;
• A justiça de um esquema social depende
exclusivamente do modo como se atribuem
direitos e deveres fundamentais e das
oportunidades econômicas e condições sociais
que existem nos vários setores da sociedade;
A ideia principal da teoria da justiça
• A teoria da justiça é uma teoria contratualista
aos moldes de como se lê em Locke, Rousseau e
Kant; não se trata de um contrato que introduz
uma sociedade particular ou que estabelece
uma forma particular de governo;
• A ideia norteadora é a de que os princípios da
justiça para a estrutura básica da sociedade são
objeto de um consenso original;
Posição original
• Na teoria da justiça como equidade, a posição
original de igualdade corresponde ao estado de
natureza da teoria do contrato social;
• A posição original é uma situação puramente
hipotética que conduz à escolha dos princípios de
justiça;
• As características essenciais dessa situação:
• a) ninguém conhece seu lugar na sociedade, sua
classe social, sua condição na distribuição dos
dotes e habilidade naturais, sua inteligência, força
etc.;
• b) ninguém conheceria sua concepção de bem ou
propensão psicológica particular;
• Os princípios da justiça seriam escolhidos sob um
véu da ignorância;
• a) isso garante que ninguém seria favorecido ou
desfavorecido na escolha dos princípios pelo
resultado do acaso natural ou pelas contingências
das circunstâncias sociais;
• b) uma vez que todos estejam numa condição
semelhante e não podem direcionar os princípios
para seu caso particular, os princípios da justiça
seriam o resultado de um consenso ou de um
ajuste equitativo;
• Levando em conta as circunstâncias da posição
original e a simetria entre as pessoas
envolvidas, essa situação é equitativa entre os
indivíduos entendidos como pessoas éticas,
isto é, como seres racionais, com objetivos
próprios e capazes de um senso de justiça;
• A justiça como equidade transmite a ideia de
que os princípios da justiça são acordados em
uma situação inicial que é equitativa.

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