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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES


MESTRADO EM CIÊNCIAS, AMBIENTE E SOCIEDADE
HISTÓRIA DE OCUPAÇÃO E USO DA MATA ATLÂNTICA

HISTÓRIA DA MATA ATLÂNTICA CARIOCA NOS RELATOS DO SERTÃO


CARIOCA DE MAGALHÃES CORRÊA
Wladimyr Mattos Albano

2019
O Rio de Janeiro possui cerca de 34 mil hectares, ou
340 km2 de mata atlântica, correspondendo a
29,73% da área total do município (1200,177 km2)
(1 ha = 0,01 km2)
FAUNA E FLORA DA MATA ATLÂNTICA CARIOCA

Conforme dados do IPP da Prefeitura do Rio, o município é


um habitat para 107 espécies de mamíferos, 53 de anfíbios,
32 de répteis e 481 de pássaros.

Apresenta mais de 10 mil espécies vegetais, sendo cerca de


60% típicas da mata original. Árvores de grande porte como
jequitibá, figueira, ipê-amarelo, cedros e araucária. Plantas
como samambaias, orquídeas, bromélias e begônias.
Parques de Preservação Integral

As principais unidades de conservação, e áreas de


preservação integral da mata atlântica carioca, são o
Parque Nacional da Tijuca e o Parque Estadual da
Pedra Branca, que juntos somam uma área de 52,50
km2, o que representa 15% da mata atlântica
remanescente do município.
Parque Nacional da Tijuca
Parque Estadual da Pedra Branca
O sertão carioca
• Armando Magalhães Corrêa (1885–1944), era pesquisador do Museu Nacional e, nos anos 1930,
retratou a baixada de Jacarepaguá através de artigos e desenhos publicados aos domingos no
jornal carioca "Correio da Manhã". (Machado, F., 2014)

• Em 1936 ele reúne todos os artigos e desenhos, coletados entre 1931 e 1932, no livro
intitulado O SERTÃO CARIOCA, publicado pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
(IHGB).

• Nele há o relato minucioso da vida na zona oeste, a natureza, os moradores e seu modo de
vida, ligado à agricultura. É, também, um importante testemunho sobre a necessidade de
proteção ambiental e social de toda a região, tendo como propósito principal documentar o
modo irresponsável pelo qual parte da Mata Atlântica da então capital federal vinha sendo mal
utilizada, trata-se também de uma obra impar de etnografia do Brasil, dando início a uma nova
fase desse estudo.

• Para além de toda a geografia local, narra a história dos pescadores, agricultores, coletores, e
toda a cadeia econômica que girava na região, a derrubada da madeira nas matas, toda a
cadeia produtiva do entorno e seus dejetos, a natureza, a flora, a fauna, os costumes
religiosos, entre outros, fornecendo uma coleta de dados e descrição muito precisas.
• “Os deslocamentos de grandes blocos, pela acção do calor e das chuvas,
assim como agentes chimicos actuando na decomposição das rochas,
principalmente nos pegmatitos, formaram o terreno da planície. Nesses
terrenos baixos de alluviões, são ainda numerosos os lençóes d’agua. Os
ventos constantes desta zona construiram a restinga de Jacarépaguá,
verdadeira barreira de areia, e suas dunas.” (p. 24)
• “Os pantanos se transformaram em areias, e, nestes, a vegetação, firmando-
se, conquistou novas terras.” (p. 25)
• “Nem sempre ha declividade nas serras, morros e mesmo ilhas, como a Pedra
de Tanhenga, na lagôa da Tijuca, o morro da Panella, a Pedra do Caçambe, na
lagôa Camorim, e a Itaúna, nos campos de Sernambetiba, pois se erguem
abruptas acima das aguas.” (p. 25)
• “A Restinga de Jacarépaguá, muralha ao Oceano Atlântico, que vem da Barra
da Tijuca ao Morro do Rangel, numa extensão de 20 kilometros, num arco
pouco pronunciado de areal e dunas, forma em seu seio a lagôa de Marapendy,
de agua doce e muito funda e uma outra menor, conhecida por Lagoinha, sendo
estas separadas dos G. de Sernambetiba pela restinga de Itapeba.” (p. 25)
• “Tem junto á sua praia o Rochedo de Sernambetiba, mais conhecido por
Pontal, antiga ilha de 120 metros de altura, afastada 250 metros da praia, a'
qual, na maré baixa, se liga ao continente. Os ventos ali fazem o papel de
operário: levam as areias, ligando assim a ilha a restinga, concorrendo também
o recuo do mar.” (p. 25)
• “O Açude do Camorim é o maior manancial do grupo Jacarépaguá. A sua área
é de 210.000 metros cúbicos, com a profundidade de 18 metros, cercado por
uma capoeira que, felizmente, agora está resguardada do machado devastador
o tornar-se-á, futuramente, matta.” (p. 45)
• “A devastação das nossas mattas continua desenfreada, quer tirando madeira
para construcção, moirões, cabos, lenha e carvão, quer nas queimadas
systematicas de todos os annos, agora mesmo, no mez de março, praticou-se
esse costume introduzido pelos nossos colonizadores, comprovando a falta de
fiscalização por parte dos encarregados da defesa das nossas reservas
florestaes.” (p. 157)
• “As mattas do Districto Federal, comprehendidas entre a Tijuca e Pedra
Branca, soffrem estragos incalculáveis, não só para o commercio de lenha
como do carvão.” (p. 85)
Lagoa da Tijuca
Estrada do Pontal
Aqueduto da Figueira e Padaria – Pau da Fome
Açude do Camorim e represa Camorim
Restinga de Jacarepaguá
Porto do Caçambe - Camorim
Os machadeiros - Jacarepaguá
Carvoeiros (Jacarepaguá)
Tamanqueiros (Vargem Grande)
Oleiros (Pavuna)
Lagoa de Marapendi
Os caçadores
Fauna
Religião
Conclusão
• Conter as ocupações e construções irregulares nas áreas de
proteção (ou não) de mata, principalmente em encostas e morros;
• Renaturalizar florestas, rios e lagoas, realizando a limpeza e o
saneamento;
• Parar de despejar esgotos e construir as redes de esgoto das
comunidades, bem como seus centros de tratamento;
• Cuidar, zelar, conservar e preservar as matas, as águas em geral, a
fauna, a flora e o ambiente, de forma a torna-lo mais saudável.
Referências Bibliográficas
• CORRÊA, Magalhães. O SERTÃO CARIOCA. Rio de Janeiro: Imp.
Nacional/IHGB, 1936.
• FERREZ, Gilberto (Org.). A muito leal e heroica cidade de São Sebastião do
Rio de Janeiro: quatro séculos de expansão e evolução. Paris, Editado por
Raymundo de Castro Maya, Cândido Guinle de Paula Machado, Fernando
Machado Portella, Banco Boavista S.A., 1965.
• https://oglobo.globo.com/rio/o-sertao-carioca-17660130 em 18/04/2019 às
15:34
• Machado, F. http://ecomuseusertaocarioca.blogspot.com/2014/08/o-sertao-
carioca-de-magalhaes-correa.html, em 18/04/2019 às 18:30
• ICMBIO, site: www.icmbio.gov.br
• INEA, site: www.inea.rj.gv.br
• Pref. do Rio, site: http://www.rio.rj.gov.br
• SOS Mata Atlântica, site: www.sosmataatlantica.org.br
• Wikipedia, site: www.wikipedia.org

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