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Noções entre Raça, Racismo,

Identidade e Etnia
Kabengele Munanga (USP)
Uma breve análise conceitual, considerando questões
históricas e atuais da sociedade e o papel pedagógico
enquanto sujeitos ativos no processo de formação.

Aluna: Tatiana Xavier da Silva


Disciplina: Diferença, Estigma e Educação
Profª Angélica Silvana Pereira
Apresentação em 06/11/2019
A cor de Coraline
Alexandre Rampazo
2016, Editora Rocco

Empresta o
lápis “cor de pele”?
RAÇA
Historicamente o conceito de raça aparece no século
XVI-XVII, designando a descendência, a linhagem.
No século XVIII surge o conceito de raça nas Ciências
da Zoologia e Botânica com a classificação de espécies,
com Lineu (1707-1778).
Seres humanos
Filo: Cordados
Sub filo: Vertebrados
Classe: Mamíferos
Ordem: Primatas
Espécie: Humana
Espécie humana porque formamos um conjunto de
seres, homens e mulheres capazes de constituir casais
fecundos.
• Nos séculos XVI e XVII, o conceito de raça passou a atuar nas relações entre as classes sociais
da França da época, foi utilizado pela nobreza local que se identificava com os Francos, de
origem germânica em oposição aos Gauleses, população local identificada com a Plebe. Os
Francos se consideravam linhagem de “sangue puro”, insinuando suas habilidades especiais e
aptidões naturais para administrar e dominar os Gauleses.
• No século XVIII, a cor da pele foi considerada como um critério fundamental e divisor d’água
entre as chamadas “raças”. Então a espécie humana foi dividida em três raças: branca, negra e
amarela.
• No século XX, descobriu-se os marcadores genéticos, ou seja, através do sangue poderiam ser
observados fatores que diferenciariam as raças, como doenças hereditárias, grupos sanguíneos
e alguns fatores na hemoglobina.
• Com relação aos marcadores genéticos, pesquisas comparativas chegaram a conclusão de que
os marcadores genéticos de dois indivíduos pertencentes a uma mesma raça podem ser mais
distantes que os pertencentes à raças diferentes.
De acordo com kabengele, pode-se concluir que:
• Raça não é uma realidade biológica;

• Raça como um conceito cientificamente inoperante para explicar a diversidade


humana;

• O conceito de raça vem carregado de ideologia e, como tal, esconde uma


coisa não proclamada: a relação de poder e de dominação.

• É um conceito determinado pela estrutura global da


sociedade e pelas relações de poder que a governam.
RACISMO
• Na perspectiva de “raça”, Kabengele destaca o racismo como a tendência que consiste em considerar
que as características intelectuais e morais de um dado grupo, são consequências diretas de suas
características físicas e biológicas.

• Graças aos progressos realizados nas ciências biológicas, a partir dos anos 70, e que fizeram desacre-
ditar na realidade científica da raça, assiste-se ao deslocamento do eixo central do racismo e surgimento
de formas derivadas ligadas ao estigma corporal: racismo contra mulheres, jovens, velhos,
homossexuais, pobres, etc.

• RACISMO QUALIFICADO
Qualquer atitude ou comportamento de rejeição ou injustiça social;

• RACISMO CLÁSSICO
Noções de raça;

• RACISMO NOVO
Noções de etnia;
Fonte: youtube/canalpreto/racismoestrutural
Fonte: ipea.com.br/atlasdaviolência2018
Segundo levantamento Nacional de informações Penitenciárias de dezembro de 2017:

Fonte: conjur.com.br/2017-dez-08
• O Brasil abriga a quarta maior população prisional do mundo, atrás
apenas dos Estados Unidos, da China e da Rússia. Tratam-se de 622
mil brasileiros privados de liberdade, mais de 300 presos para cada
100 mil habitantes. Mais da metade (61,6%) são pretos e pardos,
revela o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias
(Infopen).
• Na contramão dos demais países, porém, a taxa de aprisionamento
no Brasil não está diminuindo. Entre 2004 e 2014, o índice cresceu
67%. A taxa de superlotação por aqui também é maior: 147% no
Brasil, ante 102% nos Estados Unidos e 82% na Rússia.

https://www.cartacapital.com.br/sociedade/seis-estatisticas-que-mostram-o-abismo-racial-no-brasil/
Fonte: youtube.com.br/2minutosparaentenderadesigualdaderacial
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=vtbXWVEWl88
“Quem não tem sangue de negro nas veias, deve ter nas mãos”.
MC Renan – Eu só peço a Deus
ETNIA
• Conjunto de indivíduos que têm um ancestral em comum, têm uma língua em comum, têm uma
mesma religião, uma mesma cultura e moram geograficamente num mesmo território.

• Formada por um grupo cultural na interação entre aspectos biossociais

CONCEITO DE RAÇA – MORFOLÓGICO


CONCEITO DE ETNIA – SÓCIO-CULTURAL, HISTÓRICO E PSICOLÓGICO

O racismo praticado nas sociedades comtemporâneas não precisa mais dos conceitos de raça ou da
variante biológica, ele se reformula nos conceitos de etnia, diferença cultural ou identidade cultural, más
as vítimas de hoje são as mesmas de ontem e
“as raças de ontem, são as etnias de hoje”
• Identidade cultural se constrói com base na tomada de consciência das
diferenças provindo das particularidades históricas, culturais, religiosas, sociais,
regionais, etc. se revelando um certo pluralismo tanto entre os negros, quanto
entre os brancos e entre amarelos, todos tomados como sujeitos históricos e
culturais e não como sujeitos biológicos ou raciais.

• “Identidade étnico-racial negra” – Todos têm consciência do conteúdo político


dessas expressões evitando cair no biologismo?

• Identidade política unificadora em busca de propostas transformadoras da


realidade dos negros no Brasil.
Toda percepção é uma percepção Informada
Pode-se perceber antes de aprender a aprender?

• Quando um biólogo observa algum tecido ou gota de sangue no microscópio, ele


passa a identificar células glóbulos, bactérias, outros micro-organismos e
elementos constitutivos do que esta observando. Diferentemente do que pode ser
percebido por um leigo que olhe o mesmo material pelo mesmo microscópio e
que apenas distingua entre manchas de diferentes cores sem significado algum
para ele. (idéia a partir de GREGORY,1972, p.65)
• Objeto observado é o mesmo, as imagens formadas nas retinas de cada um são
presumivelmente similares, entretanto, o que é percebido por cada um é
significativamente diferente. De um lado se tem arcabouço teório que lhe permite
Interpretar e o outro carece de marco referencial que o oriente.
• Sentidos cognitivos previamente condicionados são atributos às
experiências tanto sensoriais como abstratas da mente.

• Provavelmente, a mais sutil contaminação do processo cognitivo da


mente seja a de atribuir implicitamente realidades separadas a objeto
e observador.

• A identificação de determinadas feições e o seu revestimento de um


significado “racial” exige um contexto ideológico específico que lhes
outorgue sentido. Denominados correntemente como marcas
fenotípicas, tais traços têm significado apenas no interior de uma
ideologia preexistente e é só por isso que eles funcionam como
marcas ou como critérios de classificação (GUIMARÃES, 1995).
Johann Moritz Rugendas (1802-1858)
“é menos ao sentido da vista, é menos à filosofia que à legislação e à
administração que corresponde decidir de que cor é tal ou tal indivíduo”
(RUGENDAS, 1940, P.17)

“a raça de uma pessoa reside no olho de quem a observa, sendo o olho


uma metáfora dos conteúdos que constroem na percepção uma raça,
aparentemente objetiva, atribuída a pessoa que é observada.

O termo “cor”, utilizado para designar características das pessoas, deve


ser entendido como um construto mental.
Referência Bibliográfica:
• QUIJANO, Aníbal. Colonialidad y Modernidad-racionalidad. 1992. Disponível em: <
http://pt.scribd.com/doc/36091067/Anibal-Quijano-Colonialidade-eModernidade-
Racionalidade>. Acesso: Mar 2011.
• MUNANGA, Kabengele. Uma abordagem Conceitual das Noções de Raça, Racismo,
Identidade e Etnia. Palestra proferida no 3º Seminário Nacional Relações Raciais e Educação.
PENESB-RJ, 05 nov. 2003.
• SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no
Brasil, 1870-1930. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
• GUIMARÃES, Antonio Sérgio A. (1994), Racismo e Anti-Racismo no Brasil. Trabalho
apresentado no XVIII Encontro da Anpocs, Caxambu, MG, outubro.
• BONNIOL, Jean-Luc. (1992), La Couleur comme Maléfice. Une Illustration Créole de la
Généalogie des Blancs et des Noirs. Paris, Éditions Albin Michel.
• SKIDMORE, Thomas E. (1976), Preto no Branco. Raça e Nacionalidade no Pensamento
Brasileiro. Rio de Janeiro, Paz e Terra.
• www,cartacapital.com.br
• www.infopen.com.br
• www.ipea.com.br
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=02TBfKeBbRw&t=3s
7:15
Projeto realizado por estudantes do 6º e do 8º ano do ensino fundamental
da Escola Estadual Professora Leila Mara Avelino / Sumaré (SP).

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