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FILOSOFI

A
POLÍTICA
FILOSOFIA POLÍTICA
■ Política (do grego polis - cidade) tem como finalidade
encontrar a melhor organização para uma sociedade,
estabelecendo-lhe um conjunto de objectivos de acção
comuns, regras e princípios relacionamento entre os seus
membros de forma a aumentar o Bem Comum e evitar os
conflitos internos.
ARISTÓTELES (384-
322 a.C.)
“…o ser
humano é,
por
natureza,
um ser vivo
político.”

(Aristóteles, Politica)
A filosofia política é uma disciplina que procura refletir sobre
questões acerca da forma como as sociedades humanas
devem estar organizadas.
• Será justo que uma pessoa não beneficie de cuidados
médicos quando necessita apenas porque não ganha
dinheiro suficiente para os pagar?
• Terão os mais ricos obrigações para com os mais pobres
– por exemplo, a obrigação de garantir que todos os
cidadãos tenham acesso a bens sociais tão básicos
como a educação, a saúde ou outros?
• Que papel cabe ao estado na distribuição da riqueza
produzida na sociedade?

• Qual o melhor regime político (democracia, outros)?


• Será absoluto o direito à propriedade?
• Existirá o direito de desobediência a um governo
legítimo por razões morais?
A TEORIA DA JUSTIÇA
DE JOHN RAWLS (1921-2002)

■Como é
possível
uma
sociedade
justa?
RAWLS – JUSTIÇA COMO
EQUIDADE
■ Como chegar a um
acordo (contrato
social) unânime sobre
os princípios que
devem organizar as
sociedades e acabar
com o conflito de
interesses, garantindo
uma distribuição
equitativa das
riquezas?
RAWLS – JUSTIÇA COMO
EQUIDADE
■ Para Rawls, o contrato social tem de
ser estabelecido com base numa
total imparcialidade por parte de
todos os indivíduos, ou seja, tem de
ser estabelecido sem que os
indivíduos tenham nele
qualquer interesse particular.
■ Para que seja possível o
estabelecimento de um contrato
social com base na imparcialidade,
os indivíduos têm de o efetuar a
partir daquilo que Rawls denominou
“VÉU DE IGNORÂNCIA”.
RAWLS – VÉU DE
IGNORÂNCIA
■O “véu de ignorância” é o
desconhecimento, por parte de cada
indivíduo, da sua condição social e económica
no momento do estabelecimento do contrato
social, no momento em que dão origem a uma
determinada forma de sociedade.
■ Esta posição original é uma situação
imaginária de total imparcialidade em que
pessoas racionais, livres e iguais criam uma
sociedade regida por princípios de justiça.
RAWLS – VÉU DE
IGNORÂNCIA
■ Imagine que está incumbido de criar de raiz uma nova
sociedade e um novo governo. Tem uma tarefa muito
importante que é a de decidir como construir uma
sociedade justa.
■ Está numa condição muito especial, a bem dizer
extraordinária: está coberto por um véu de ignorância
quanto à sua condição na futura sociedade.
■ Assim sendo, não sabe se vai ser homem ou mulher, rico
ou pobre, doente ou saudável, idoso ou jovem, pouco ou
muito dotado em termos intelectuais.
■ Não sabe a que grupo étnico vai pertencer, nem se vai
ser católico, protestante, ortodoxo, muçulmano, judeu ou
ateu.
RAWLS – VÉU DE
IGNORÂNCIA
■ Pensa que dada essa condição deve escolher um governo e
uma sociedade justa para todos: Vou escolher um tipo de
sociedade que discrimine os ateus? Não porque posso vir a
ser ateu.
■ Quero uma sociedade e um governo indiferentes às
necessidades dos mais carenciados, que não intervenha
para atenuar a desigualdade económica? Não, porque não
sei se não virei a estar nessa situação.
■ Quero uma sociedade em que haja discriminação racial no
acesso às posições e lugares economicamente mais
favoráveis? Não, porque não sei a que grupo racial irei
pertencer.
■ A prudência aconselha-me mesmo a que me prepare para o
pior. Assim, vou escolher um tipo de sociedade em que se
me encontrar numa situação desfavorável, me seja
garantido um nível de vida minimamente digno.
RAWLS – JUSTIÇA COMO
EQUIDADE
■ Que
princípiosseriam
escolhidos por
detrás deste véu de
ignorância?
■ Não sabendo como ia
ser o amanha, como
iria ser a nossa vida,
que princípios
escolheríamos?
RAWLS – JUSTIÇA COMO
EQUIDADE
PRINCÍPIO DA LIBERDADE IGUAL PARA TODOS
 
■ A sociedade deve garantir a máxima liberdade para cada
pessoa compatível com uma liberdade igual para todos os
outros.
 
■ Assegura as liberdades básicas: liberdade política, de religião, de
reunião, de pensamento e de opinião, liberdade de expressão, etc.;
a liberdade da pessoa (direito à integridade pessoal; à propriedade;
protecção face à detenção e prisão arbitrárias.)

■ Não pode ser violado a favor da utilidade social, por isso, em caso
de conflito de interesses, este principio tem prioridade.
RAWLS – JUSTIÇA COMO
EQUIDADE
PRINCIPIO DA
IGUALDADE

■ A sociedade deve
promover a distribuição
igual de riqueza.
RAWLS – JUSTIÇA COMO
EQUIDADE
PRINCÍPIO DA DIFERENÇA:

 A sociedade deve promover a distribuição igual da riqueza,


exceto se a existência de desigualdades económicas e sociais
beneficiar os menos favorecidos (princípio da vantagem mútua);

 Os mais ricos deverão contribuir para os mais desfavorecidos


(princípio da fraternidade);

 Deverá dar-se especial atenção aos que nascem em posições


sociais menos favorecidas, corrigindo estas situações por forma
a procurar uma maior igualdade (princípio da compensação).
RAWLS – JUSTIÇA COMO
EQUIDADE
PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
JUSTA
 As desigualdades económicas e sociais
devem estar ligadas a postos e
posições acessíveis a todos em
condições de justa igualdade de
oportunidades.
 Não será justa a sociedade que
permita que os que têm mais talentos
naturais e condições para os
desenvolver tenham mais vantagens a
não ser que essas vantagens
contribuam para o benefício de todos.
RAWLS – JUSTIÇA COMO
EQUIDADE
■ Um sistema de ensino pode permitir aos estudantes
mais dotados o acesso a maiores apoios se, por
exemplo, as empresas em dificuldade vierem a
beneficiar mais tarde do seu contributo, aumentando
os lucros e evitando os despedimentos.

■ Os médicos podem ganhar mais do que a maioria das


pessoas, desde que isso lhes permita ter acesso a
tecnologia e investigação de ponta, que tornem mais
eficazes o tratamento de certas doenças e desde que
esses tratamentos estejam disponíveis para os mais
desfavorecidos.
RAWLS – JUSTIÇA COMO
EQUIDADE
A LEGITIMIDADE DO
PODER DO ESTADO
■ Nem sempre o Estado
tem legitimidade no uso
que faz dos poderes que
tem;
■ Quando interfere com a
aplicação da justiça, o
que fazer?
 Desobediência civil;
 Objeção de
consciência.
A crítica de Nozick a
Rawls
■ Opõe-se ao conceito de justiça social
de Rawls defendendo um Estado
mínimo que como um guarda-
noturno proteja a segurança dos
cidadãos e as liberdades políticas
mas não interfira na vida económica.
■ Propõe uma distribuição da
riqueza baseada no mérito dos
indivíduos - ideal que considera
uma utopia mas que deve regular a
vida social.
A crítica de Nozick a
Rawls
■ «O que é meu é meu». Cada um de
nós tem direito ao que herdou,
recebeu ou ganhou legitimamente –
seja muito ou pouco - e esse direito de
propriedade não deve ser violado pelo
Estado.
■ Mesmo que numa sociedade haja
assinaláveis desigualdades
económicas, esse facto não torna
legitima a redistribuição da riqueza,
isto é, que se tire aos mais favorecidos
para dar aos mais desfavorecidos.
■ Segundo Nozick, pode e deve-se
apelar à generosidade dos mais
favorecidos mas não é justo obrigá-los
a socorrer os mais necessitados.

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