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CROMOSSOMAS HUMANOS

Citogenética

 A citogenética é a ciência que estuda a


constituição genética da célula através dos
cromossomas. Cromossomas são as estruturas
formadas durante a divisão celular que levam a
informação genética de um indivíduo. A
organização dos cromossomas aos pares
através da identificação individualizada constitui
o cariograma ou cariótipo.
O NÚCLEO CELULAR
Descoberto em 1833 pelo pesquisador escocês Robert
Brown.
Ocorrência- células eucariótas;
Posição -geralmente central, acompanhando o
formato da célula, mas isso pode variar de uma para
outra. Nos eritrócitos dos mamíferos, o núcleo está
ausente.
Características - contém o DNA da célula.
Funções básicas: regular as reacções químicas que
ocorrem dentro da célula, e armazenar as
informações genéticas da célula.
Carioteca – delimita o núcleo e se comunica com o
citoplasma através dos poros nucleares.
Formada por dois folhetos ou membranas,
constituídos por uma bicamada lipídica, um interno
e um externo, com um espaço entre eles de 20 a 100
nm de espessura. O folheto externo é contínuo com o
RERugoso.
CROMATINA
O material genético no núcleo celular
encontra-se expresso em moléculas de DNA.
A Cromatina - consiste no DNA presente no
núcleo
Durante o período de interfase diferencia-se
dois tipos de cromatina – eucromatina e
heterocromatina.
Cromossomas- a cromatina se condensa numa
série de organelas em forma de bastião. Nas
células somáticas humanas são encontrados 46
cromossomas.
EUCROMATINA
O núcleo de uma célula em interfase apresenta-
se constituído por uma rede delicada de
cromatina, na qual se encontram zonas
dispersas que se apresentam mais ou menos
densas e coradas.
EUCROMATINA ou cromatina activa- É a zona
mais genéticamente activa do genoma e nela se
encontram situadas as regiões mais sensíveis do
DNA, para o DNAasa.
Apresenta uma estrutura mais descondensada
com relação as outras regiões.
Microscópicamente é menos densa.
HETEROCROMATINA
A heterocromatina corresponde às
regiões menos activas e inactivas do
genoma.
Apresenta uma estrutura condensada e
mantém o seu grau de condensação
durante todo o ciclo celular.
É visualisada como regiões mais densas
e zonas mais coradas – os cromómeros.
FUNÇÕES DA HETEROCROMATINA
1. Protecção da eucromatina contra quebras e
rearranjos
2. Regulação do emparelhamento dos cromossomas
3. Controlo dos mecanismos de transporte ao nível
dos poros nucleares
4. Estabilização de certas regiões cromossómicas,
ex.: os centrómeros e os telómeros
5. Contribuição para a especiação e evolução,
devido a facilidade com que se dão rearranjos
cromossómicos nestas zonas que conduzem a
evolução dos cariótipos, bem como o
estabeleciemnto das barreiras de fertilidade.
OS CROMOSSOMAS HUMANOS
Nas células somáticas humanas - encontrados 23 pares
de cromossomas. Destes, 22 pares semelhantes em
ambos os sexos autossomas.
O par restante cromossomas sexuais
morfologia diferente entre si, X e Y. No sexo
feminino existem dois cromossomas X XX,
no masculino existem um cromossoma X e um Y
XY
Cariótipo conjunto cromossômico típico de cada
espécie (cariótipo), com número e morfologia dos
cromossomas característicos de cada espécie.
Cariótipo humano feminino
MORFOLOGIA DOS CROMOSSOMAS
• “n” o número básico de cromossomos de uma
espécie.
• Células diplóides terão em seu núcleo “2 n” cromossomas
células “2n”
•Células haplóides terão a metade do n° de cromossomas da
sp céls. “n”

ESTRUTURA DOS CROMOSSOMAS


Cada cromossoma mitótico (em processo de divisão
celular) apresenta uma região estrangulada o
centrômero ou constrição primária, que divide os
cromossomas em dois braços: p (de petti) para o braço curto
e q para o longo.
Os braços são indicados pelo número do
cromossoma seguido de p ou q; por exemplo, 11p é o
braço curto do cromossoma 11.

Além da constrição primária descrita como


centrômero, certos cromossomas apresentam
estreitamentos que aparecem sempre no mesmo lugar:
são as constrições secundárias.
ESTRUTURA
O cromossoma apresenta a unidade estrutural
filamentosa de DNA que se apresenta em forma de
espiral, sendo envolvido por uma substância protéica
denominada matriz.
Partes de um cromossoma:
Cromômeros- A cromatina não é um filamento
uniforme, mas apresenta em toda sua extensão
engrossamentos bastante irregulares com aspectos
de granulações (Cromômeros). Seu tamanho e
localização são constantes para cada cromossoma.
Cromatídeos - É o resultado da divisão longitudinal
do cromossoma durante a divisão celular.
CONT.
Centrômero- Constrição primária que divide o
cromossoma em dois braços e influi no movimento
durante a divisão celular. Comumente há um
centrômero por cromossoma mas existem
organismos dicêntricos ou policêntricos.
Satélite - Porção terminal de material
cromossômico separado do cromossoma por uma
constrição secundária.
Zona SAT - Região relacionada com a formação
do nucléolo durante a telófase.
O estudo da morfologia dos cromossomas por fixação e
coloração básica é mais fácil durante a metáfase e anáfase
da divisão celular, pois os filamentos apresentam-se mais
compactos e condensados.
CEFET/RS:
CEFET/RS:
Estrutura
Estrutura dodo
cromossomo
cromossomo
ee Cariótipo
Cariótipo
humano
humano
O número de cromossomos não tem relação directa com a posição da
espécie no esquema de classificação filogenético. Por exemplo:

Espécie Número de Cromossomos

Humana 46

Milho 20

Ervilha 14

Drosophila 8

Dália 64

Tatu 64

Cavalo 64
QUANTO A POSIÇÃO RELATIVA DOS CENTRÔMEROS, OS
CROMOSSOMOS PODEM SER:

• Metacêntrico: Centrômero mediano. Os dois braços tem


relação de
comprimento 1:1 até 2,5:1. (Forma de V)

•Acrocêntrico: Centrômero próximo de um dos extremos do


cromossoma. Relação
de 3:1 a 10:1.
•Telocêntrico: Centrômero estritamente terminal. O
cromossoma tem um único braço.
•Sub-metacêntrico.: Apresenta-se em forma de
J.
•Cromossomos homólogos além de ter mesmo
tamanho e manter a mesma posição relativa
dos centrômeros, apresentam mesma posição
de constrições secundárias, presença de
satélites e distribuição de cromômeros.
Ovogênese e produção de óvulos
ESPERMATOGÊNESE E PRODUÇÃO DE ESPERMATOZÓIDES
Cariótipo humano
Cromossomos de uma célula somática em divisão de uma mulher,
fotografados depois da replicação e condensação.
Genoma - conjunto definido de cromossomas que
caracteriza cada espécie. Porém, podem
ocorrer irregularidades na divisão celular ou
acidentes  como radiações e substâncias
químicas que atingem cromossomas interfásicos,
de modo que podem ser formados genomas
inteiros ou organismos inteiros aberrantes.
Tais aberrações podem incluir: genomas
inteiros, cromossomas isolados, ou apenas
partes de cromossomas .
Alterações numéricas- podem ser por
Euploidia: conjuntos inteiros de cromossoma;
 
- Aneuploidias : perda ou adição de cromossomas
isolados. Há um aumento ou diminuição de 1 ou +
pares de cromossomas, mas não de todos. Pode
ocorrer
- trissomia - três cromossomas em vez do par
normal ou, menos frequente,
- monossomia -um representante de um
cromossoma. O mecanismo cromossômico mais
comum da aneuploidia é a não-disjunção meiótica
- uma falha da separação de um par de
cromossomas durante uma das duas ÷ meióticas,
mas há possibilidade de resultarem de perda
cromossômica ou de falta de disjunção das
cromátides durante a 1ª ÷ mitótica do zigoto, ou
durante a segmentação de um dos blastômeros.
Em outras palavras, os indivíduos que
manifestam aneuploidias podem ser
consequência de acontecimentos pós-zigóticos.
Não-disjunção meiótica

Quando o erro ocorre na Meiose I, os gametas apresentam um


representante de ambos os membros do par de cromossomas ou
não possuem todo um cromossoma.
Quando o erro ocorre na Meiose II, os gametas anormais contém
duas cópias de um cromossoma parental e nenhuma cópia do outro,
ou não possuem um cromossoma.
Frequências de aneuploidias por cada 1000
nascidos vivos
Aneuploidia Frequência Síndrome Cariótipo
(/1000)
Trissomia do 21 1,5 de Down 47, + 21

Trissomia do 18 0,12 de Edward 47, + 18

Trissomia do 13 0,07 de Patau 47, + 13

Monossomia do X 0,4 de Turner 45, X0

XXY 1,5 de Klinefelter 47, XXY

XXX 1 a 2 do Poli X 47, XXX

XYY 1,5 1,5 do duplo Y 47, XYY


Cariótipo de uma mulher com Síndrome de Down, onde se vê 3
cópias do cromossoma 21.
Síndrome de Down
Cariótipo - 47, XX ou XY, + 21.
Características fenotípicas
   olhos com linha ascendente e dobras da pele nos cantos internos
(semelhantes aos orientais)
   nariz pequeno e um pouco "achatado“
   rosto redondo   
orelhas pequenas    baixa estatura
 pescoço curto e grosso
   flacidez muscular
   mãos pequenas com dedos curtos
   prega palmar única
 tendência à infertilidade no sexo masculino.
Billie-Jo Exemplo dos pontos
brancos na íris,
Billie Jo fotografada pelo orgulhoso
conhecidos como
papai. Ela estuda em uma escola normal,
dorme na casa dos amiguinhos e é muito manchas de Brushfield-
feliz e afetiva.
wikipedia.org
Não tem nada do esteriótipo de que os
portadores de Down "só ficam em casa,
gordos e com as línguas de fora", conta
Richard Bailey.

Foto: Richard Bailey


Efeito da idade materna- quanto maior a idade da mãe,
maior o risco da ocorrência da síndrome
Fonte: www.cp.ufmg.br
Síndrome de Turner

Cariótipo de uma mulher com Síndrome de Turner


(45,X0). Esta doença cromossômica é uma
monossomia porque apenas um cromossomo X está
presente.
Síndrome de Klinefelter
Síndrome de Edward
Cariótipo - 47, XX ou XY, +18.
A Trissomia do 18 está associada à idade materna,
pois grande parte dos casos são originados de
mulheres com mais de 35 anos de idade.
Os portadores apresentam retardamento físico e
mental, defeitos cardíacos. O crânio é muito
alongado na região occipital. O pescoço é curto. O
pavilhão das orelhas é dismórfico, com poucos
sulcos.
A boca é pequena e triangular. Grande
distância intermamilar. Os genitais
externos são anômalos. O dedo indicador é
maior do que os outros e flexionado sobre o
dedo médio. Os pés têm as plantas
arqueadas. As unhas costumam ser
hipoplásticas e atrofiadas. A morte ocorre
em geral antes da primeira infância, aos 3
ou 4 meses de idade, mas pode ser
protelada há quase 2 anos.
Cariótipo de uma menina com Síndrome de Edward
Algumas características dos portadores da síndrome de Edwards

www.ghente.org/ciencia/genetica/trissomia18.htm Leonardo Leite


Síndrome de Patau
Cariótipo:47, XX ou XY, + 13.
Reconhecida em 1960 por Klaus Patau. Tem como
causa a não disjunção dos cromossomos durante a
anáfase I da meiose, gerando gametas com 24
cromátides.

A sua incidência foi estimada em cerca de 1 caso


para 6000 nascimentos. Aproximadamente 45% dos
afetados falecem após 1 mês de vida; 70%, aos 6
meses e somente menos de 5% dos casos
sobrevivem mais de 3 anos. A maior sobrevida
relatada na literatura foi a de 10 anos de idade.
Assim como a maioria das outras trissomias,
associa-se à idade materna avançada, por estarem
mais propícias a ocorrência da não disjunção dos
cromossomos. A idade da mãe é superior a 35
anos em 40% dos casos.
A trissomia tem origem do óvulo feminino, pelo
facto da fêmea maturar geralmente apenas um
ovócito, em antagonismo com o macho, que matura
milhões de espermatozóides. Gametas masculinos
portadores de alterações numéricas
cromossômicas tem menor viabilidade que
gametas normais, sendo mínimas as possibilidades
de um gameta masculino com 24 cromátides
fecundar um ovócito.
Cariótipo de uma menina com Síndrome de Patau
Característica dos Portadores

Fenótipo - malformações graves do


sistema nervoso central como
arrinencefalia. Um retardamento mental
acentuado está presente. Em geral há
defeitos cardíacos congênitos e defeitos
urogenitais incluindo criptorquidia nos
meninos, útero bicornado e ovários
hipoplásticos nas meninas gerando
inviabilidade, e rins policísticos. Com
freqüência encontram-se fendas labial e
palato fendido, os punhos cerrados e as
plantas arqueadas. A fronte é oblíqua, há
hipertelorismo ocular e microftalmia
bilateral, podendo chegar a anoftalmia,
coloboma da íris, olhos são pequenos
extremamente afastados ou ausentes. As
orelhas são malformadas e baixamente
implantadas. As mãos e pés podem mostrar
quinto dedo (polidactilia) sobrepondo-se ao
terceiro e quarto, como na trissomia do 18.
Distúrbios da diferenciação sexual
     A diferenciação sexual é um processo sequencial e ordenado. O
sexo cromossômico, estabelecido no momento da fertilização, determina
o sexo gonadal e esse, por sua vez, ocasiona o desenvolvimento do sexo
fenotípico, em que é formado o trato urogenital masculino ou feminino.
Alterações em qualquer fase desse processo de desenvolvimento,
durante a embriogênese, pode resultar em um distúrbio de
diferenciação sexual. As causas conhecidas de anormalidade no
desenvolvimento sexual são agressões ambientais, como a ingestão de
medicação virilizante durante a gestação; aberrações não-familiares de
cromossomas sexuais como na disgenesia gonadal 45, X o
desenvolvimento de defeitos neonatais de etiologia multifatorial, e
distúrbios hereditários resultantes de mutações isoladas de genes,
como na síndrome de feminização testicular.

      Em geral, pode-se estabelecer um diagnóstico específico após


avaliações genética, endócrina, fenotípica e cromossômica.
Anomalias raras:  
1) Antígeno H-Y:
O antigeno H-Y ocorre em todos os tecidos masculinos. Os indivíduos
XYY e XXYY produzem o dobro deste antígeno que as pessoas normais .
Não se sabe se o antígeno seja o determinante direto do
desenvolvimento dos testículos (é possível que regule células receptoras
de H-Y).Se estas forem defeituosas, as células gonodais deixam de
responder ao antígeno H-Y não formando testículos deixando o indivíduo
maturar como fêmea.
Em outros indivíduos XY anômalos as variações podem não ocorrer até a
puberdade, sugerindo que as gônodas indiferenciadas deixam de captar
o hormônio masculino, durante  o desenvolvimento embrionário. São
casos de feminização testicular (testículos presentes, porém localizados
dentro do corpo)
2) Hermafroditismo e pseudo hermafroditismo:
O hermafrodita verdadeiro tem alteração na formação da gônoda.
Os indivíduos com hermafroditismo possuem tanto tecido
ovariano quanto testículos. Genitália externa ambígua
(masculinizada ou femininizada) com características secundárias
variando vez para  o masculino hora para o feminino. O
hermafrodita verdadeiro responde por mais ou menos 4 a 10% das
alterações da genitália. O hermafroditismo é
bastante raro. podem apresentar se com os seguintes
genótipos:46,XX; 46,XY; 47,XXY .

Os indivíduos com pseudo hermafroditismo possuem tecido ovariano


ou testicular e não ambos (um dos tecidos em estruturas rudimentares) O
indivíduo tem alteração na genitália externa, mas ele não tem os dois tecidos
na gônoda. São divididos didatica/ em pseudo hermafroditismo masculino e
feminino. Mulheres com hiperplasia congênita da supra-renal podem
apresentar pseudo-hermafroditismo. A Hiperplasia Congênita das Supra-
renais é um erro inato do metabolismo dos esteróides, transmitido
geneticamente, e de caráter autossômico recessivo. As baixas
concentrações de cortisol plasmático levam ao aumento da secreção de
Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH) estimulando cronica/ as supra
renais, provocando uma hiperplasia funcional com conseqüente desvio da
Pseudo hermafroditas masculinos femininizantes:
-são estéreis;
-são femininos, podendo levar vida sexual normal
-problemas nas características sexuais secundárias
-possuem o genótipo 46, XY ou 46, XYY ou 45, X.

Pseudo hermafroditas femininos:


fenótipo masculino
-Genitália externa ambígua
-ovários rudimentares
-possuem  o genótipo 46, XX
                       

    Causas químicas de aberrações cromossômicas em


humanos.
Maconha, nicitina, ciclamatos ,DDT, cafeína, ingredientes de tintas de
cabelos provocam danos aos cromossomas humanos.
Existem "sítios frágeis" (áreas do cromossoma que apresentam  falha
de coloração tendo aspecto de uma constrição). Estes sítios parecem
ser locais susceptíveis às quebras cromossômicas. Existem no genoma
humano 17 destes sítios .
Até agora porém , somente um distúrbio humano foi associado a estes
sítios : foi a Síndrome do x frágil. Bastante rara (1/2000 homens)
associada a um sítio frágil no braço longo do cromossoma x. 

  Fonte: BURNS & BOTTINO,1989.


                     
Danielle Soares Brito entrevista a Dra. Rosana Marques da Unidade de
Endocrinologia Pediátrica (UEP)
Gazeta do Povo - HOSPITAL DE CLÍNICAS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PARANÁ
Existe forma de identificar a predominância do sexo da criança que nasce com
ambigüidade sexual?
- Ao nascimento o que vamos ter é uma criança com uma genitália que não é bem
desenvolvida, que você não vai ter como caracterizar. Tem umas que têm mais
característica feminina, outras mais masculina. Não é essa característica inicial que vai
dizer que essa criança é menino ou menina. Toda criança que tem genitália que entre
nos critérios de genitália ambígua tem que ser submetida à investigação para saber por
que essa genitália não desenvolveu totalmente, para se poder definir o sexo da criança.
É uma situação extremamente angustiante para a família. Em alguns dias a gente
consegue essa definição para poder tanto tranqüilizar a família quanto definir o
tratamento a seguir com essa criança.
- E como fazer o registro de nascimento da criança?
- Quando a criança com alteração de genitália nasce é sempre pedido aos pais
aguardarem até que a definição médica seja obtida. É feito a investigação e a criança é
registrada só depois de se ter os exames em mãos e saber o porquê houve aquela má
formação na genitália. Essa investigação pode ser um pouco mais rápida, um pouco
mais demorada, mas sempre se tem o cuidado para que se tenha uma definição o mais
rápido possível para a família e que isso seja uma coisa definitiva.
-
Constatada a predominância, quando é indicada a cirurgia de
correção?
- Depende de cada caso. Muitas crianças, depois da investigação, já são
submetidas a uma plástica da genitália. Na medida do possível, procuramos
o quanto antes fazer essa cirurgia porque isso facilita na aceitação e
compreensão por parte da família. E a partir do momento que a criança
começa a entender o próprio corpo com dois, três anos é importante que ela
tenha essa alto visão.
- A criança que se submete a uma cirurgia como esta pode ter uma
vida normal, ou ficam sequelas?
- O que se procura é que as plásticas se aproximem o máximo possível
dentro da anatomia do sexo da criança. As vezes pode ficar alguma
alteração, mas na maioria das vezes o resultado anatomicamente é muito
bom.
- Se a predominância de sexo é feminino é possível que essa menina
um dia possa ser mãe?
- A imensa maioria dos casos das meninas que nascem com alteração da
genitália são meninas que foram submetidas a um excesso de hormônio
intra-útero, mas é uma situação reversível. A maioria tem a genitália interna
normal e consegue ter, quando adultas, uma vida reprodutora normal desde
Quais são as causas mais freqüentes de alterações na genitália?
- Existem alguns medicamentos que se a mãe ingerir - hormônio
masculino, por exemplo - podem interferir na formação da genitália. Se
você tem um bebê do sexo feminino, mas se a mãe, tomou por algum
motivo hormônio masculino, a criança pode nascer com a alteração da
genitália, o clítoris fica com aspecto de pênis e todo o restante da
anatomia pode ficar alterada. Se for mais no início da gravidez, a
virilização vai ser maior.
- Existe casos em que o hermafroditismo é associado ao
transexualismo?
- Pode acontecer. Acho que uma boa porcentagem dos quadros de
transexualismo podem ser decorrentes de situações de ambigüidade
sexual. Você acaba fazendo a correção da genitália para um sexo,
mas eventualmente, o indivíduo depois que toma consciência da vida
e do próprio corpo pode não aceitar aquilo e acabar se identificando
mais com o sexo oposto.

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