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RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS

NO BRASIL

PROF. DR.
RONALDO TRINDADE
APRESENTAÇÃO
ROTEIRO
I - As disputas raciais na formação do povo brasileiro

1. As origens dos índios brasileiros


2. O Brasil pré-Cabral
3. O encontro colonial
4. As origens do mito negro
5. Da Diáspora
6. O comércio de escravos e a configuração da modernidade
7. Brancos, negros e índios no mundo colonial
8. Brancos, negros e índios no Império Brasileiro
9. A formação de um povo
10. O apagamento do índio, a exclusão dos negros e o
branqueamento da sociedade

II - A Constituição do movimento negro e do ativismo indígena no século XX:


III - Novos desafios:
1. O feminismo negro
2. O feminismo afro-indígena
3. O feminismo decolonial
4. Sexualidades periféricas

IV - Necropolíticas:
1. Os assassinatos das lideranças indígenas
2. Acirramento dos conflitos fundiários
3. A cor da população carcerária
4. O extermínio dos jovens negros
O POVO PRETO
• A distribuição dos negros no continente Africano, provavelmente, passou por duas
fases principais. É geralmente aceito que, por volta de 7000 a.C., o Sahara tinha
secado. A África Equatorial era provavelmente ainda uma zona de floresta muito
densa para atrair os homens. Os últimos Pretos que viviam na Sahara agora
presumivelmente o deixaram migrando em direção ao Alto Nilo, com a possível
exceção de alguns pequenos grupos isolados no resto do continente, que ou haviam
migrado para o sul ou tinham se dirigido para o norte

• Talvez o primeiro grupo encontrou uma população Preta indígena na região do Alto
Nilo, Seja qual for o caso, foi a partir da gradual adaptação às novas condições de
vida as quais a natureza permitia a essas várias populações Pretas que o mais antigo
fenômeno de civilização surgiu. Esta civilização, chamada de Egípcia em nosso
período, desenvolveu-se por um longo tempo em seu primitivo berço; em seguida,
ela desceu lentamente o Vale do Nilo para se espalhar em torno da bacia do
Mediterrâneo. Este ciclo de civilização, a mais longa da história, provavelmente
durou 10.000 anos.
• Durante esse longo período, os Pretos poderiam ter penetrado mais e mais
para o interior do continente para formar núcleos que se tornariam
centros da civilização continental
• Essas civilizações Africanas seriam isoladas do resto do mundo. Eles
tenderiam a viver em isolamento, como resultado da distância enorme
separando-os das rotas de acesso para o Mediterrâneo. Quando o Egito
perdeu a sua independência, o seu isolamento foi completo.
• A partir de então, separados do país materno que foi invadido pelo
estrangeiro, e retirados em um ambiente geográfico exigindo um mínimo
de esforço de ajustamento, os Pretos eram orientados para o
desenvolvimento de sua organização social, política e moral
• Com recursos econômicos assegurados por meios que não exigiam
invenções perpétuas, o Preto tornou-se progressivamente indiferente ao
progresso material.
• Foi sob estas novas condições que o encontro com a Europa se deu. No século XV [1400‟s],
quando os primeiros Portugueses, Holandeses, Ingleses, Franceses, dinamarqueses, e
Bradenburgers começaram a criar postos de comércio na costa Oeste Africana, a
organização política dos Estados Africanos era igual, e muitas vezes superior, à de seus
próprios respectivos Estados. Monarquias já eram constitucionais, com o Conselho do Povo
no qual os diversos estratos sociais eram representados.

• Ao contrário da „lenda‟, o rei Negro não era, e nunca foi, um déspota com poderes
ilimitados. Em alguns lugares, ele era investido pelo povo, com o Primeiro-Ministro, um
intermediário representando os homens livres. Sua missão era servir o povo com sabedoria
e sua autoridade dependia de seu respeito pela constituição estabelecida

• por todas as razões citadas acima, o desenvolvimento técnico foi menos acentuado do que
na Europa. Embora o Negro tivesse sido o primeiro a descobrir o ferro, ele não havia
construído nenhum canhão; o segredo da pólvora foi conhecido apenas pelos Sacerdotes
Egípcios, que o usaram exclusivamente para fins religiosos em ritos, como os Mistérios de
Osiris
• A África era, portanto, muito vulneráveis do ponto de vista técnico. Tornou-se uma
presa tentadora, irresistível para o Ocidente, provido com armas de fogo e as
marinhas de longo alcance. Assim, o progresso econômico da Europa renascentista
estimulou a conquista de África, que foi rapidamente realizada

• Passou-se da fase de postos de negociações costeiras para aquela de anexações por


acordos internacionais Ocidentais, seguidos pela conquista armada chamada
"pacificação".

• No início deste período a América foi descoberta por Cristóvão Colombo e a inundação
do velho continente foi descarregada sobre o novo. O desenvolvimento de terras
virgens necessitava de mão de obra barata. A África indefesa, então, tornou-se o
reservatório pré-pronto de onde tirar essa força de trabalho com o mínimo de despesa
e risco. O moderno comércio de escravos Negros foi considerado uma necessidade
econômica antes do advento da máquina. Este duraria até meados do século XIX
[1800‟s].
• Essa tal inversão de papéis, o resultado de novas relações técnicas, trouxe consigo relações „senhor -
escravo‟ entre Brancos e Pretos no nível social. Já durante a Idade Média, a memória de um Egito Negro,
que tinha civilizado do mundo havia sido obscurecida pela ignorância da antiga tradição escondida em
bibliotecas ou enterrada sob ruínas. Ela se tornaria ainda mais obscura durante estes quatro séculos de
escravidão.

• Inflados por sua recente superioridade técnica, os Europeus olharam para o mundo Preto e
condescenderam em não tocar nada, além de suas riquezas. A ignorância da antiga história dos Pretos,
diferenças de costumes e hábitos, preconceitos étnicos entre duas raças que acreditavam estar frente a
frente, pela primeira vez, combinados com a necessidade econômica de explorar - tantos fatores predispôs
a mente do Europeu para distorcer a personalidade moral do Preto e suas aptidões intelectuais.

• A Partir de então, "Negro" tornou-se sinônimo de ser primitivo, "inferior", dotado de uma mentalidade
pré-lógica. Como o ser humano está sempre ansioso para justificar sua conduta, eles foram ainda mais
longe. O desejo de legitimar a colonização e o tráfico de escravos - em outras palavras, a condição social do
Negro no mundo moderno - engendrou toda uma literatura para descrever os então-chamados traços
inferiores do Negro. A mente de várias gerações de Europeus seria, assim, gradualmente doutrinada, a
opinião Ocidental seria cristalizada e, instintivamente, aceitada como verdade revelada a equação: Negro
= humanidade inferior
[ * - "Negro, Negra (Latin niger : preto),
Homem, mulher com pele preta. Este é o
nome dado especialmente para os habitantes
de alguns países da África, que formam uma
raça de homens pretos inferiores em
inteligência ao branco ou raça Caucasiana."
Dicionário Larousse - Nouveau Dictionnaire
Larousse, 1905, p. 516.]
• Para coroar este cinismo, a colonização seria retratada como um dever da humanidade.
Eles invocam a "missão civilizadora" do Ocidente carregado com a responsabilidade de
elevar o Africano para o nível de outros homens [conhecida por nós como "o fardo do
homem branco"]. A partir de então, o capitalismo teve liberdade para praticar a mais
feroz exploração sob o disfarce de pretextos morais.

• No máximo, eles reconhecem que o Negro tem dons artísticos ligados à sua
sensibilidade como um animal inferior. Essa é a opinião do francês Joseph de Gobineau,
precursor da filosofia Nazista, que em seu famoso livro sobre a desigualdade das raças
humanas decreta que o senso artístico é inseparável do sangue Negro; mas ele reduz a
arte a uma manifestação inferior da natureza humana: em particular, o senso de ritmo
está relacionado com as aptidões s emocionais do preto.

• Esse clima de alienação finalmente afetou profundamente a personalidade do Negro,


especialmente o Preto educado que teve a oportunidade de tornar-se consciente da
opinião pública mundial sobre ele e seu povo
OS AMERÍNDIOS
• Último continente a ser habitado
• Compreensão das migrações -A chegada das primeiras ondas
migratórias para a América
• Parentesco com os povos da Australasia
• Começou pela Sibéria. Chegaram pelo estreito de berringe entre 20
a 15 mil anos atrás. Ali eles permanecem por 5 mil anos e começam
a diferenciar-se dos habitantes do nordeste asiatico (Siberia)
• Derretimento das geleiras,abertura de um canal de terra e expansão
até a terra do fogo
• Fluxo permanete entre a América e o norte asiático
• Ocupação do continente americano
• Entraram na America do Sul a 10 mil anos atrás
OS ÍNDIOS BRASILEIROS
• O mais influente modelo continental foi proposto pelo antropólogo norte-americano
Julian Steward, na década de 1940, quando da publicação dos cinco volumes do
Handbook of South American Indians. Para organizar a diversidade das culturas do
continente, Steward propôs classificá-las em quatro grandes tipos, hierarquizados em
função do nível de complexidade. A tipologia se fundava em uma associação estreita
entre ecologia, modo de produção e organização sociopolítica. A esses tipos
corresponderia uma distribuição geográfica determinada

• No estrato inferior, temos os chamados povos marginais, um conjunto heterogêneo


de sociedades definidas por possuírem uma tecnologia de subsistência muito
rudimentar e por carecerem de instituições políticas. Seriam predominantemente
caçadores-coletores nômades, vivendo em pequenos bandos e retirando seu
sustento em ambientes inóspitos. Esses povos estariam concentrados em três áreas
de campos abertos, embora com condições climáticas bastante diversas: o Cone Sul,
o Chaco e o Brasil Central.
• Acima dos marginais, teríamos as tribos da floresta tropical. Estas viveriam em aldeias mais
permanentes, porém dispersas no território. Congregariam um número maior de pessoas do que
os bandos marginais, graças à agricultura de queima e coivara e à exploração de recursos
aquáticos, mas careceriam de instituições propriamente políticas. O princípio organizacional
continuaria a ser o parentesco — não haveria poder político ou religioso destacado, e o
panorama social seria dominado por um notável igualitarismo. Sociedades desse tipo estariam
dispersas pela maior parte do continente, ocupando quase toda a Amazônia, a costa do Brasil e
das Guianas e os Andes meridionais

• Na região circuncaribenha e nos Andes setentrionais, apareceria um outro tipo de formação


social, caracterizada por um desenvolvimento inicial de centralização política e religiosa,
estratificação em classes e intensificação econômica. Embora apresentassem tecnologia e cultura
material semelhantes às das tribos da floresta tropical, Steward considerava que essas
sociedades tinham ultrapassado o nível de organização social baseado apenas em laços de
sangue: grupos fundados em categorias de parentesco, idade e sexo davam lugar a classes sociais
e à especialização ocupacional. O poder e a religião institucionalizavam-se, levando ao
aparecimento de chefes supremos, sacerdotes, templos e ídolos. O igualitarismo da floresta
cedia lugar à hierarquia e ao poder.
• Por fim, no topo da classificação encontramos a civilização que se desenvolveu nos
Andes Centrais e na costa do Pacífico e que teve como ponto culminante o império
inca — uma experiência expansionista que durou cerca de cem anos antes de ruir
com a chegada dos espanhóis. Populações densas, sistemas intensivos de produção
agrícola, criação extensiva de animais, aparelho estatal desenvolvido com formas
sofisticadas de administração pública e extração de tributos, estratificação social,
especialização e desenvolvimento de técnicas como a metalurgia; tudo isso faria do
mundo andino uma exceção frente às outras sociedades do continente.

• TIPOLOGIA EVOLUCIONISTA: Essa classificação quadripartite dos povos da América


do Sul está na base de uma tipologia geral dos estágios de desenvolvimento
sociopolítico, proposta por Elman Service em 1962. Service designou tais estágios
bando, tribo, cacicado e estado, consagrando uma seqüência evolutiva até hoje
influente na arqueologia. O modelo do HSAI acabou, assim, refraseado e
generalizado na literatura posterior.
ATIVISMO ÉTNICO-RACIAL
NO BRASIL
(AULA 02)
MOVIMENTO INDÍGENA
• 1920-1930. O processo de luta pelo reconhecimento do território, habitado
tradicionalmente pelos Tupinambá de Olivença, como Terra Indígena
começou na década de 1930 com a “revolta de Marcelino”, envolvendo
contatos com o Serviço de Proteção ao Índio (SPI).

• Década 1980. No início da década de 1980 dois índios de Olivença foram à


Funai em Brasília, para reivindicar os direitos de seu povo à terra. O relatório
feito para a Funai pela historiadora Maria Hilda Paraíso, em 1989, indica a
tradicionalidade da ocupação do território pelos Tupinambá.

• Década de 1990. Vários documentos no arquivo da Funai alertam para a


existência de índios na região de Olivença e evidenciam solicitações para o
envio de antropólogos à região de Olivença para reconhecer a comunidade
indígena.
• Agosto de 1997. Os Tupinambá de Olivença participaram de encontros com os
povos do sul e extremo sul da Bahia (em Eunápolis). Foi considerada a
necessidade de reconhecimento de sua terra indígena. Os índios de Olivença
conheceram então os Pataxó e Pataxó Hã Hã Hãe. Na seqüência desses
encontros, no final de setembro de 1997, ocorreu uma reunião em Olivença
com a presença de um representante da Diretoria Regional da Funai da Bahia.
Esta reunião deu origem a um documento enviado por essa diretoria à Funai
de Brasília, o qual reforçou a urgência em se deslocar um antropólogo à região
para reconhecer a comunidade indígena.

• Janeiro de 2000. Uma mulher tupinambá de Olivença organizou uma viagem


para os índios de Olivença participarem do Seminário Indígena, que ocorreu
em Porto Seguro em abril de 2000, onde se reuniram indígenas de todo o
Brasil. Este evento teve um papel importante na mobilização dos Tupinambá
pelo reconhecimento de seu território.
• A partir de 2000-2001. Aumento da frequência e consistência dos pedidos dos Tupinambá
para a realização dos estudos de identificação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença.

• 2001. Aconteceu o evento “Caminhado do Cururupe”, também conhecido por Caminhada


dos Mártires Tupinambá ou Caminhada do Marcelino. Trata-se de uma invocação dos
momentos históricos de massacres e revoltas dos Tupinambá de Olivença. Em primeiro
lugar, houve o massacre ocorrido no século 16, no âmbito da chamada “Guerra dos Ilhéus”;
e em segundo as lutas do caboclo Marcelino ocorridas na década de 1930, em parte junto
ao rio Cururupe, onde ele e sua família residiam e de onde foram expulsos. Nesta
Caminhada, os Tupinambá de Olivença vestiram indumentárias de taboa para marcar a
situação de luta pelos seus direitos indígenas.

• Agosto de 2003. No âmbito do trabalho de campo do GT da Funai para o levantamento


preliminar da Terra Indígena, foi testemunhado que os fazendeiros haviam feito ameaças
de despedir os índios que estivessem envolvidos no “movimento” ou “processo” de
reivindicação de Terra Indígena. Membros da equipe técnica da Funai sofreram ameaças de
morte da parte de fazendeiros.
• 2004-2008. Os Tupinambá de Olivença se organizaram no sentido de
reivindicar junto à Funai o término do trabalho de identificação da
terra indígena. Entre o conjunto de solicitações, tiveram numerosas
cartas, pedidos de reunião com o presidente da Funai e ações de
pressão, entre as quais se destacam as “retomadas”. Tais ações
sempre foram justificadas à Funai (por meio de documentos assinados
pelas lideranças indígenas) como uma forma pressionar e acelerar a
conclusão dos trabalhos de identificação e delimitação da terra.

• Outubro de 2008. 180 policiais vindos de Salvador, acompanhados por


vários helicópteros e carros, expulsaram violentamente os Tupinambá
de Olivença que estavam ocupando as áreas “retomadas”. A imprensa
regional fortaleceu as difamações contra lideranças tupinambá.
• 2009. Em abril foi publicado, no Diário Oficial da
União, o resumo da demarcação da Terra Indígena
Tupinambá de Olivença. A imprensa regional e
nacional intensifica a publicação de matérias
difamatórias contra os Tupinambá, que conseguem
sobreviver na região e manter suas aldeias, mesmo
sofrendo fortes pressões.

• 2010. Lideranças indígenas foram presas em


Salvador.
MOVIMENTO NEGRO
• 1888. Promulgada, em 13 de maio, a  Lei Áurea, extinguindo oficialmente a
escravidão no País. Mas a data é considerada pelo Movimento Negro como uma
“mentira cívica”, sendo caracterizada como Dia de Reflexão e Luta contra a
Discriminação

• 1910. João Cândido, o Almirante Negro, lidera a Revolta da Esquadra, também


conhecida como Revolta da Chibata, pondo fim aos castigos físicos praticados
contra os marinheiros
•  
• 1914. Surge em Campinas a primeira organização sindical dedicada à causa dos
negros. Dela participaram, de forma expressiva e determinante, as mulheres
negras

• 1915. É fundado o jornal Manelick, o primeiro periódico paulista dedicado à


difusão da cultura negra e à defesa dos interesses da população afrodescendente 
• 1931. Eleito o primeiro juiz negro do Supremo Tribunal Federal do Brasil:
Hermenegildo Rodrigues de Barros, o criador do Tribunal Superior de Justiça
Eleitoral 

• 1932. Criado em São Paulo o Clube do Negro de Cultura Social. Seus dirigentes


editavam o jornal O clarim da alvorada, um dos mais importantes na história do
periodismo racial

• 1944. Um dos maiores defensores da cultura e igualdade de direitos para as


populações afrodescendentes no Brasil, Abdias Nascimento, funda, no Rio de
Janeiro, o Teatro Experimental do Negro 

• 1945. Surge em São Paulo a Associação do Negro Brasileiro. No Rio, é organizado o


Comitê Democrático Afro-Brasileiro, para defender a Constituinte, a anistia e o fim
da discriminação racial. Acontece a I Convenção Negro-Brasileira 
• 1950. No Rio, é aprovada a Lei Afonso Arinos, que estabelece como contravenção
penal a discriminação de raça, cor e religião. É também criado o Conselho Nacional de
Mulheres Negras 

• 1974. Em Salvador, é fundado o bloco afro Ilê Aiyê. Em São Paulo, acontece a Semana
do Negro na Arte e na Cultura, que articula apoio às lutas de libertação travadas na
África. Surgem várias entidades de combate ao racismo. Em São Paulo, surgem o
Centro de Estudos da Cultura e da Arte Negra (Cecan), o Movimento Teatral Cultural
Negro, o Instituto Brasileiro de Estudos Africanistas (IBEA) e a Federação das Entidades
Afro-brasileiras do Estado de São Paulo. No Rio de Janeiro, surgem o Instituto de
Pesquisas da Cultura Negra (IPCN), a Escola de Samba Gran Quilombo e a Sociedade
de Intercâmbio Brasil-África

• 1976. O Governo do Estado da Bahia suprime a exigência de registro policial para o


funcionamento dos templos religiosos de matriz africana, depois de grande
mobilização popular
• 1977. Surge o Movimento Negro Unificado (MNU), que, dentre
outras grandes ações, instituiu o Dia Nacional de Consciência
Negra, em 20 de novembro, em celebração à memória do herói
negro Zumbi dos Palmares 

• 1979. O quesito cor é incluído no recenseamento do Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), por pressão de
estudiosos e de organizações da sociedade civil organizada 

• 1986. Tombamento da Serra da Barriga (União dos Palmares,


Alagoas), local onde se desenvolveu o Quilombo dos Palmares, o
maior refúgio de negros escravizados da América Latina 
• 1998. Criação do Sistema de Cotas na Universidade de
Brasília (UnB), a partir do Caso Ari. O estudante de
Engenharia Civil Arivaldo Lima Alves, negro, foi o único
aluno reprovado em um projeto, apesar de ter as
melhores notas 

• 2010. É aprovado o Estatuto da Igualdade Racial, que


prevê o estabelecimento de políticas públicas de
valorização da cultura negra para a correção das
desigualdades provocadas pelo sistema escravista no
País 

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