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Fundamentos teóricos da

Psicanálise Humanista de Erich


Fromm- Parte I- Seminário:
Prof.Dr. Salézio P. Pereira.
Saléziop@gmail.com
PSICANALISE HUMANISTA; sua tese
principal é as emoções do homem não estão
enraizadas nas necessidades instintivas, mas sim
nas condições especificas da natureza humana,
na necessidade de encontrar uma nova relação
entre o homem e a natureza. Nestes três livros
encontram-se uma perfeita continuidade da
elaboração de sua teoria psicanalítica humanista.
Livros: Psicanálise da sociedade contemporânea,
ética e psicanálise, O medo a liberdade.
Fundamentos teóricos da
psicanálise humanista de Erich
Fromm.
• Erich Fromm é um pensador alemão oriundo
da escola freudiana, que é considerado um
neofreudiano, um dos dissidentes da
psicanálise ortodoxo. Sistematizando uma
nova compreensão na psicanálise sobre a
técnica, teoria, e pesquisa.
Uma visão epistemológica do
inconsciente dentro de uma
abordagem transdisciplinar.
• Erich Fromm tinha um sólido conhecimento
em psicanálise, psicologia, sociologia,
historia, antropologia, política, cultura,
biologia. Através destas ciências conseguiu
fazer uma nova critica a ciência psicanalítica.
E por isto é considerado um dos psicanalistas
que mais aprofundou não sendo comparado
com nenhum psicanalista na atualidade.
Foi chamado também de culturalista.
• Freud defendia a tese do • Erich Fromm fez uma
poder de atuação da pulsão analise diferente realçando
sobre a vida da pessoa, a compreensão da
realçou e valorizou os totalidade dos mais
aspectos biológicos, diversos aspectos da
fisiológicos e físico- existencia. Acrescentou que
químicos no organismo a cultura e a sociedade tem
humano. Sustentou em sua mais influencia no
teoria o valor organismo humano do que
preponderante da libido as pulsões instituais.
sexual.
Sua formação acadêmica.
• Erich fromm, realizou sua graduação em
sociologia e depois defendeu sua tese em filosofia.
Portanto não teve nenhuma relação com a
medicina ou psicologia. Participou ativamente do
Instituto de Frankfurt, onde realizou pesquisas
na área social e cultural utilizando como base o
método e a interpretação psicanalítica.
Sua principais Obras.
• O medo a liberdade. (Estuda o significado da
liberdade para o homem de nosso tempo e analisa os
fatores dinâmicos existentes em seu carater).
• Ética e Psicanálise. ( Onde tenta relacionar a
psicanálise é a ética do homem na modernidade.)
• Psicanálise e religião: (Analisa os conceitos da
religião em comparação com os valores éticos e
materiais.)
• Psicanálise da Sociedade Contemporânea:
(Análise dos principais conceitos
epistemológicos da teoria psicanalista).
• Sexo e carater ( Análise da influencia
cultural sobre o processo de formação da
sexualidade).
• O mito e complexo de Édipo: (Faz um
estudo de todas as teorias na psicanálise e
suas diferenças conceptuais.)
A teoria de Erich Fromm: A influência do
meio social. A crítica de Fromm em
relação à teoria Freudiana.
• Fromm reconhecia o valor da descoberta de Freud
sobre o inconsciente e as forças irracionais que
determinam o comportamento e que estes processos
são regulados por leis.
• Os sonhos e os sintomas possuem uma linguagem e
que as irracionalidades da conduta humana e o
carater são influencias externas experimentadas
principalmente na infância.
• Quais os conceitos da teoria
Freudiana que Fromm concorda:
Fromm admite a importância em
relação ao determinismo psíquico, a
importância da associação livre, o
significado da neurose, a existencia
dos mecanismos de defesa, como
repressão, projeção, transferência e
racionalização.
Sua principal critica é relacionada
dos conflitos do homem com e a
sociedade.
• Considerou que seus discípulos tinham uma
concepção muito ingênua da sociedade, do que
ocorre no meio social.
• Suas conclusões quando aplicadas as teorias
psicológicas e aos problemas sociais eram
elaborações totalmente equivocadas.
• Freud estava impregnado pela cultura de sua
época histórica que não conseguiu ir além do
materialismo mecanicista e do iluminismo
positivista.
Quais são estas diferenças teóricas.
• Freud defende uma dicotomia básica entre o
homem e a sociedade, e também de que na
essência o homem é mau.
• A natureza do homem é anti-social e a sociedade
deve reprimir e controlar os seus instintos e
“domestica-lo”. E como conseqüência disto
ocorreria algo milagroso, a sublimação, ou seja, a
transformação dos instintos naturais em
tendencias culturais que chegam a constituir a
base da cultura humana.
• Para Freud o homem que desenhou
representava o universal, portanto, as
paixões e angustias do homem moderno
eram consideradas como forças eternas
arraigadas na constituição biológica do ser
humano. Em outras palavras as relações
do homem com a sociedade universalizou
dizendo que todas são idênticas nos
sistemas sociais e que o homem buscara
sua satisfação nas necessidades
biológicas.
O que disse Fromm a respeito deste
posicionamento de Freud.
• O problema básico da psicanálise é o que se
refere ao tipo especifico de relação do ser com o
mundo e não a satisfação das necessidades
instintivas.
• Fromm defende que certas necessidades são
comuns a todos, como a fome, a sede, o sexo, etc..,
as pulsões que contribuem para estabelecer as
diferenças de carater entre os homens, como o
amor, o odio, o desejo de poder, a submissão, são
resultado dos processos sociais.
A natureza humana
• As inclinações mais belas, assim como as mais
repugnantes, não formam parte da natureza
humana, fixa e biologicamente dada, mas o
resultado do processo social que cria o
homem. A sociedade não se limita a cumprir
uma função repressora, possue também uma
função de criação, muito mais importante.
O homem da historia: Adaptação.
• O homem é dinâmico, transforma a historia,
cria, ao mesmo tempo que ela o transforma.
• Para entender a dinâmica do processo social
temos que entender a dinâmica dos processos
inconscientes da mente que atuam na pessoa,
observando-o nas relações que estabelece
com a sua cultura.
A análise do conceito de
adaptação
• Existe uma adaptação estática e uma dinâmica. A
primeira adaptação a normas que não alteram a
estrutura do carater e implica, só, a inclusão de
um novo habito.
• A adaptação dinâmica, é a que transforma
intimamente a psicologia do ser.
• Nesta dinâmica o ser ao mesmo tempo que ele se
adapta, algo se transforma nele. Pode
desenvolver uma grande hostilidade reprimida,
podendo atuar como uma força no carater.
• Uma neurose é um tipo de adaptação dinâmica.
A satisfação dos instintos não é o
problema básico do homem.
• Fromm diz que a satisfação da pulsão
sexual libidinal não é o problema básico do
homem , quando nega toda a teoria que
interprete a historia como o resultado das
forças psicológicas que em si mesmas não
estão condicionadas e toda teoria que
desaprecie o fator humano como um dos
elementos dinâmicos do processo social.
• O instinto provem de uma necessidade
biologicamente determinada, como por
exemplo, a fome, o desejo sexual, mas
temos de considerar que as formas de
expressão de tais necessidades, variam de
acordo as sociedades nas mais diferentes
sociedades do mundo e nas épocas
históricas, e são antagônicas porque
constituem-se por determinação das varias
culturas que influenciam no
comportamento.
• Para Erich Fromm o homem é o animal que menos tem o
comportamento predeterminado e que sua adaptação não
se deve tanto ao instinto, mas sim a aprendizagem e a
adaptação cultural; filogeneticamente se diz que o homem
surgiu de um processo de adaptação instintiva, quase
imutável, de seus antepassados do mundo animal.
Recorreu uma longo caminho, sem adquire para isto,
normas hereditárias de atividades especificas. Isto exige
que cada pessoa aprenda a viver. Nasce e se encontra em
dependência absoluta dos outros. Tudo deve aprender.
Como não herda uma norma fixa de atividade, deve
aprender a atuar, e como existem diversas possibilidades
de ação, tem de aprender a pensar. Assim chega a um
grau de consciência que o torna diferente do resto da
natureza e de um grupo. Conhece o seu grau de poder
frente ao universo e adquire consciência de que a morte e
seu destino final.
• Isto significa que para Fromm o
INSTINTO diminui nos animais
superiores, especialmente no
homem. A adaptação a natureza
se baseia, para ele, essencialmente,
no processo de aprender dentro de
uma cultura e não com o instinto.
As dicotomias
• O ser humano é o ser que menos predeterminação existe em seu
comportamento.
• Fromm diz que o homem não é uma parte fixa da natureza como se
fosse um animal e não pode regular-se instintivamente nos
processos de adaptação ao mundo externo. O animal se adapta ou
morre, mas se adapta as transformações esta mudando a si mesmo,
autoplasticamente, mas não com as condições ambientais. Desde
modo vive harmonicamente. O homem nasce em condições que o
distinguem do animal; sua consciência o leva a ver a si mesmo como
uma entidade separada dos demais, recorda o passado, almeja um
futuro, cria objetivos e ações mediante os símbolos, concebe o
mundo; etc. Se converteu numa anomalia da natureza; é parte dela e
esta só, esta submetido as suas leis e, sem duvida, transcende ao
resto da mesma; esta separado e ao mesmo tempo é uma parte,
comete erros e esta preso ao ambiente de convivência social que os
outros membros, tem consciência de si, se da conta de sua
impotência e de suas limitações e almeja seu próprio fim: a morte.
Todas ESTAS DICOTOMIAS FORAM CHAMADAS POR ERICH
FROMM DE “EXISTENCIAIS”.
O HOMEM E SUA EXISTÊNCIA
• O Homem nunca esta livre de sua
dicotomia existencial, não pode livrar-
se de sua mente, mesmo que seja seu
desejo; não pode liberar-se de seu
corpo enquanto vive nele e é ele que o
permite viver. A dicotomia existencial
fundamental é da vida e da morte.
A razão, bendição e maldição do
homem.
• A razão a sua vez pode ser a sua bendição
como também pode tornar-se a sua maldição,
a sua reflexão esta em busca de resolver este
problema insuperável desta dicotomia. A
existência humana e, neste sentido diferente
dos demais seres, se encontra em um estado
de permanente desequilibrio.
A dicotomia existêncial
• Estas dicotomias existenciais significam uma
situação insuportável, por isto, o homem deve
lutar para tornar tolerável essas condições
atormentadoras. O dinamismo de sua historia é
intrínseca a sua existência da razão, estas
exigências forçam o homem a utilizar a sua razão
e desenvolver um mundo próprio como se fosse a
sua própria casa, relacionando-se consigo mesmo
e com seus semelhantes. Não existe no homem
nenhum impulso inato; é a sua condição inerente
a sua existência o que faz com siga adiante.
As dicotomias históricas
• É parte constituinte da natureza humana,
estas dicotomias históricas, as quais são
produto do homem e susceptíveis de ser
resolvidas ou seja quando se apresentam
em épocas posterior. Uma dicotomia
histórica, por exemplo, é a contradição
contemporânea entre a abundancia dos
meios técnicos para a satisfação material e
a incapacidade de emprega-los, para a paz
e bem-estar dos povos.
Dicotomia histórica e existencial

• Um dos fatores desta contradição era a abundancia


dos meios técnicos para a satisfação material e a
incapacidade de empregar, exclusivamente, para a
paz e bem estar dos povos.
• Existe a confusão de outorgar condições a natureza,
que correspondem a existência e a historia da
humanidade.
• Existem pessoas mal intencionadas que desejam
perpetuar-se mesmo diante das contradições
históricas, afirmando que são existenciais, por isto
são inalteráveis.
Condições existenciais
• Tratam de convencer o homem de que não se
pode ser, não deve ser, e que deve conformar-se
com o seu trágico destino.
• Muitas pessoas adormecem atrás de alguma
ideologia que diminui o seu medo da morte, e
mesmo assim consciente ou inconscientemente,
permanecem insatisfeitas.
Adaptação e sistema econômico
• Para atender as necessidades básicas da
natureza, o homem deve produzir e trabalhar.
• Todo homem nasce num determinado sistema
econômico, por isto seu modo de vida vai ser
influenciado pelo sistema social econômico, que
pode influenciar na formação da sua estrutura de
carater, por necessidade de sobreviver o ser
humano sente-se obrigado a aceitar as condições
nas quais deve viver.
Impossibilidade de suportar a
solidão
• Existe a necessidade produzida pelo desejo de relacionar-
se consigo mesmo, com o outro e com a sociedade.
• Se alguém vive sozinho pode sofrer sérios distúrbios
mentais, esta relação com o outro preenche a carência de
afeto e amor.
• Um homem pode estar fisicamente só, isolado, durante
anos, mas pode sentir-se relacionado com as idéias,
valores, normas, regras sociais e com os outros.
• Por outra parte pode viver em comunidade e sentir-se
totalmente isolado, e o problema se agravar pode
desencadear um processo esquizofrênico.
• Cada ser humano experimenta como a criança o
medo da solidão. A possibilidade de ser
abandonado é a ameaça mais séria que sente a
criança.
• Todo ser humano quer pertencer a uma
associação, um clube, um grupo de amigos, e
talvez a alguém.
• Na velhice sente-se separado dos demais, aparece
o vulto da morte, pequeno, vulnerável, e
insignificante. Se consegue pertencer a um grupo
de pessoas pode voltar a sentir-se, útil, seguro,
compreendido, valorizado, e com isto busca suas
energias para poder voltar a viver.
Individualidade, Liberdade, solidão
e submissão.
• Cada ser humano possue um significado
em relação a “liberdade”, um grau de
consciência de sentir-se separado,
independente da natureza e dos demais
homens, quando marcou o inicio da
historia humana, sem duvida esta
autoconsciência segue sendo muito
perturbadora durante os longos períodos
da historia.
O processo de Individuação
• Este é o processo da pessoa que consegue desligar-se dos
vínculos simbioticos, ou de incestos, este é um processo do
qual todos temos que fazer uma passagem.
• Ao nascer estamos ligados pelo cordão umbilical de sua
mãe, a criança continua unida a ela indiretamente e
psiquicamente.
• A pessoa necessita de liberdade na medida em que não
consegue separar-se psiquicamente destes laços que o
prendem ao mundo externo, porque estes laços significam
por outra parte, segurança, o sentimento de pertencer a
alguém e de estar presente no meio de um grupo de
pessoas.
Vínculos primários
• Um exemplo disso é quando uma criança esta unida a sua
mãe, uma pessoa esta ligada a sua comunidade.
• A saúde emocional tem haver com este processo de
libertação da sua individualidade e dos vínculos
primários, uma vez conseguido este objetivo tem de
buscar sua própria segurança, através de sua
individualidade.
• Na medida que busca esta liberdade e individuação, as
vezes se sente só, e ao mesmo tempo sabe que tem uma
familia, amigos, etc. Quando a pessoa faz a experiência
deste sentimento de solidão cria uma profunda angustia.
• Então existe dois caminhos: Se unir ao mundo mediante o
trabalho construtivo o amor, ou buscar formas de
segurança que possam prejudicar contra a sua liberdade
e de sua integridade do seu eu individual.
• Se pode relacionar-se com o mundo,
produtivamente, atuando e
compreendendo. O homem produz
objetos e neste processo de criação
exercita seus poderes sobre a matéria.
O homem compreende o mundo,
mental e emocional, através da razão e
do amor. (Ética e psicanálise Pág. 103)
Fundamentos teóricos da
Psicanálise Humanista de
Erich Fromm- Parte II-
Seminário: Prof.Dr. Salézio
P. Pereira.
Mecanismos de fuga
• Quando a pessoa esta tomada por uma
insuportável solidão e impotência,
envolvido pelas condições do mundo social
e familiar, pode empregar mecanismos
psíquicos mediante os quais tenta escapar a
estes sentimentos. A pessoa pode usar
destas fugas através da cultura e da
solidão.
• O autoritarismo (sado-masoquista).
• Este comportamento é o resultado a
uma tendência a submissão e a
dominação, que, por outra, que existe
tanto nos neuróticos como nos ditos
normais.
• Este conceito esta baseado na noção
de perversão e neuroses.
O masoquista
• Quando predomina no sujeito os
impulsos masoquistas, estas atitudes
de fuga, consiste em abandonar a
independência do eu pessoal para
fundir-se com alguém exterior a si
mesmo, a fim de adquirir a força do
ele necessita. E uma busca de vínculos
substitutivos dos primários.
• O comportamento masoquistas tem sua
origem nos sentimentos de inferioridade e
de impotência individual. As suas queixas
sinalam inconscientemente o desejo de
sentir-se inferior.
• O masoquista tende a diminuir-se, recusa-
se a a crescer e ser alguém. Com
freqüência são incapazes de experimentar
o sentimento “EU SOU”, “EU QUERO”.
Em alguns casos chegam a castigar-se e a
punir-se num auto-fragelo social.
• As vezes produzem acidentes que não poderiam
ter ocorrido, mas o desejo inconsciente de
punição produz o prejuízo.
• Tem o desejo de sentir-se dominado por alguém,
sentir-se ligado a alguém através do sofrimento, é
uma forma disfarçada de fugir da solidão.
• Existem pessoas que não quer exercer sua
liberdade, sente-se muito sozinho, geralmente
querem submeter-se a um líder, e um sistema,
ideologia que eles consideram importante.
A inversão
• A racionalização dos masoquistas para
justificar seus desejos de submissão dizem
que vivem o amor e a lealdade.
• O masoquista que se submete a um poder
exterior, a um poder incorporado ao seu
“EU” (Compulsão psíquica) a necessidade
de fugir das suas responsabilidades e das
duvidas que acompanham toda decisão.
O sadismo
• Busca a dominação sobre outras pessoas.
• A)Um desejo a submeter os demais
exigindo submissão.
• B)Uma tendência a explorar os outros, e
incorporar a sua pessoa tudo aquilo que
conseguiu dos outros.
• C)Um desejo de fazer sofrer psíquica e
fisicamente aos demais.
As características do sádico
• Tem o desejo de impor maus tratos aos demais
sem conseguir alcançar o domínio de uma pessoa,
de constituir-se em seu dono, em seu deus.
Quando causa dor, não buscam a dor em si, sem
uma prova de que alguém pertence a eles, tudo
para não sentir-se sós.
• Precisa dominar alguém, seu desejo de poder esta
atrelado a sua força, quando na verdade e sua
debilidade. Substitui porque não tem a força vital
genuína de conquistar alguém através do amor.
A simbiose
• Tanto o masoquismo e o sadismo é uma
tentativa do ser humano para poder
suportar a solidão e a falta de amor e afeto.
• A simbiose destrutiva não possibilita a
saúde emocional, existe um processo de
desintegração da personalidade e
despersonalização.
• Ambos perdem a integridade do seu
próprio “eu”, não existem autonomia e sim
dependência.
O Auxiliar mágico
• Muitos acreditam que a vida consiste na
sustentação de um “poder exterior”.
• Estas pessoas necessitam ser cuidadas, proteção,
indiretamente buscam a alguém que resolvam
seus problemas.
• Esta atitude aparece durante o tratamento
psicanalítico principalmente quando o paciente
não quer assumir-se, responsabilizar-se e
resolver as suas questões pessoais, deslocam este
desejo para uma figura divina ou autoridade
constituída.
A destruição
• A destruição é um comportamento de fuga
que busca a eliminar determinar pessoas
por projeção.
• A pessoa destrutiva trata de superar seus
sentimentos de inferioridade compensando
na competência, utilizando coisas e pessoas.
• Destruir não soluciona sua solidão, mas
acredita em conseguir um esplendido
distanciamento na busca obsessiva do poder.
• Quando o impulso vital é
frustrado, aumenta o desejo de
destruição, quanto mais a
pessoa é realizada na vida,
diminui o desejo de destruir.
Este é o produto de uma vida
não vivida.
O conformismo automático
• Esta fuga da solidão, consiste numa obediencia
cega as normas da sua cultura.
• Em outras palavras a pessoa deixa de ser ela
mesma, assume um tipo de personalidade que é
obediente as regras culturais e se transforma
num ser exatamente igual a todos os outros, e
consegue agradar e preencher as expectativas
daquilo que os outros esperam dele. Assim não
existe conflito, não tem medo, não tem solidão,
mas o preço que paga pela é muito alto, com a
perda da sua personalidade.
• Fromm discorda e diz que não somos livres
nem para pensar, sentir e produzir. Afirma
que todas as pessoas que produzem,
sentem e pensam não de acordo com suas
próprias idéias mais através dos acordos e
normas culturais, quer dizer não somos
livres de absolutamente nada, e se
queremos ser livres, se queremos impor
nosso individualismo, ficamos sozinhos e
para solucionar este impasse optam pelo
conformismo automático.
A personalidade: temperamento e
carater.
• Fromm define o carater “ como uma forma
especifica impressa pela natureza humana
atraves do processo de adaptação dinamica das
necessidades dos homens e seus modos de
existencia são unicos de uma sociedade
determinada. Em 1948, diz que o “carater é uma
forma relativa permanente em que a energia
humana é canalizada nos processos de
assimilação e socialização.” (Ética- Pág.60.62)
Adaptação, Assimilação,
socialização.
• Em 1941 Fromm definiu o carater “ como
a forma especifica impressa na natureza
humana pela adaptação dinâmica das
necessidades dos homens aos modos de
existência peculiares de uma sociedade
determinada”. (O medo da liberdade, pág.
512)
Fromm: Ética e Psicanálise, pág. 68
• Que o carater é a forma
relativamente permanente em que a
energia humana é canalizada nos
processos de assimilação e
socialização.
Adaptação, Assimilação e
socialização
• Recordamos que Fromm disse no livro o “medo a
liberdade” onde defende que os instintos contribuem
para estabelecer as diferenças de carater entre os
homens, que são o resultado de um processo social e
da natureza humana. Comvem afirmar que o carater
deve ser considerado com estes processos e não com
a libido como defendia Freud. “As inclinações mais
belas, assim como as que repugnamos são do
resultado social”- (Fromm. O medo a liberdade. Pág.
36)
• Todo homem nasce num cenário que não
escolheu e deve, pois, trabalhar nas determinadas
formas que impõe o sistema social econômico no
qual cresceu. Assim, o modo de vida é
predeterminado pela sociedade correspondente,
pelas peculariedades de um sistema social
econômico e chega a ser um fator principal da
sua estrutura de carater, devido a necessidade de
autoconservação obriga o individuo a adaptar-se
(Aceitar) as condições nas quais tem de viver.(O
medo a liberdade. Pág.43)
As formas de adaptação que Fromm
defendeu.
• AUTORITARISMO (Sadismo e
Masoquismo),
• A destrutividade
• A conformidade automatizada
• O Amor.
Em 1948 escreve o seguinte:O homem
se relaciona com o mundo.
• (Assimilação)-Adquirindo e assimilando objetos.
• (Socialização)-Relacionando com outras pessoas e consigo
mesmo.
• O homem pode adquirir coisas recebendo de uma fonte
exterior ou produzido pelo seu próprio esforço. Mas deve
adiquirir de alguma maneira e assimilar de alguma
maneira para satisfazer suas necessidades. Do mesmo
modo como já falamos deve viver junto aos demais e não
de forma isolada. Deve associar-se com outros para sua
defesa, o trabalho, a satisfação sexual, etc. Mas não só
necessita relacionar-se com os outros, deve ser parte de
um deles, parte do grupo, porque a solidão é intolerável.
• O homem pode relacionar-se de diversas
maneiras: pode amar ou odiar, pode
competir ou cooperar, pode edificar um
sistema social baseado na igualdade ou na
autoridade, na liberdade ou na opressão,
mas deve estar relacionado de alguma
maneira e de forma particular naquilo que
realiza, isto é a expressão de seu carater.
“Estas orientações com as quais uma
pessoa se relaciona com o mundo
constituem a medula de seu carater”.
(Ética e Psicanálise. Pág. 66 e 67)
Formas do processo de Assimilação
• A receptiva, a exploração, a gananciosa, a
mercantil e a produtiva.
• Assim, por exemplo, o carater receptivo esta
relacionado com o masoquista. O carater
explorador com o sádico, o acumulativo com
o destrutivo, o mercantil com o conformista e
o produtivo com o amor.
Carater social e carater individual
• O carater social é o carater que exibe um
grupo social, quer dizer, o conjunto de
estruturas comuns a todos os homens de
um grupo. O carater individual é o
constituído, através das características do
carater do grupo, pelas particularidades
que diferenciam uma pessoa de outra.
• O carater social compreende, pois,
uma seleção de traços, a saber: “O
núcleo essencial da estrutura do
carater da maioria de um grupo, que
se desenrola como resultado das
experiências básicas e dos modos de
vida comum do mesmo grupo.” (O
medo a liberdade Pág.296 e 297)
• O que se expõe é facilmente compreensível
quando se admite que o carater da criança é
desenvolvido na interação familiar,
especialmente na relação com os Pais. A família
é o lugar da “agencia psíquica” da sociedade,
que ajuda a criança a adaptar-se a sociedade. A
criança, nesta aprendizagem, adquire aquele
carater que o faz desejar fazer o que deve fazer
e cujo núcleo divide com a maioria dos
membros da mesma classe social.(Ética e
psicanálise. Pág. 69)
Classificação caraterológica
• Como já percebemos o carater estão
relacionados com a forma que a pessoa se
adapta ao mundo. De acordo com os
processos de socialização e assimilação,
fromm menciona dez orientações de
adaptação com seus correspondentes tipos
de carater.
O carater receptivo
• A pessoa com esta orientação sente que ela é
a fonte de todo bem, se encontra direcionado
para o mundo exterior, e que sua única
maneira de conseguir seus objetivos
materiais, afetivos, intelectuais, etc., e
recendo o esperado de alguma dita fonte
externa.(Ética e psicanálise. Pág. 72 a 74)
• O amor deseja ser amado; não ama. É tão
importante o ser amado que “se perde”
por qualquer pessoa que demonstre amor,
independente se esta pessoa tenha algum
valor ou não.
• Em relação ao aspecto intelectual, ele sente
capacitado para prestar atenção e seguir
conselhos, mas não produz idéias, não por
uma carência de inteligência mas sim
porque acaba esperando que tudo venha
do externo.
• Nas relações pessoais pede conselho inclusive em relação a pessoa da
qual tem que tomar alguma decisão.
• Se é religioso espera tudo de Deus( no sentido de que ele não faz
nada) e se isto não acontece, busca um auxiliar mágico.
• É uma pessoa com lealdade baseada na gratidão e no seu medo de
perder “ a fonte que alimenta”.
• Tem muita dificuldade de dizer “não” e como sempre diz “sim” se
encontra sempre em promessas conflitivas.
• É receptivo e otimista, cordial, confia na vida. Tem grande apreço
pela comida e a bebida nas compensa sua ansiedade e depressão.
• Fisicamente a boca é muito expressiva. Os lábios tendem a
permanecer abertos como numa espera constante. O rosto tem um
traço insinuante e redondo.
• As pessoas de carater receptivo encontram-se frequentemente nas
sociedades onde o direito de um grupo a explorar aos outros já esta
bem estabelecido. Como o grupo explorado não pode mudar a
situação, tende a considerar seus governantes como seus provedores.
O carater explorador
• A pessoa de carater explorador, como no caso o
receptivo, sente que a fonte de todo bem se
encontra no exterior, mas estas pessoas não
esperam receber as conquistas como uma davida,
mais apropriando-se do que deseja mediante a
violência, astúcia, manipulação, sedução,
mentira. Utiliza e explora qualquer coisa ou
pessoa das quais pode tirar algum proveito.
• No amor, rouba e sacaneia. Sente atração somente por
pessoas que podem lhe dar afeto. Devido a sua
necessidade de explorar os outros pessoas, “ama” a quem
são suscetíveis de manipulação e exploração e se “cansa”
das pessoas que já retirou todo o suco. O Cleptomaníaco é
um exemplo desta categoria de pessoas, porque ele só
consegue gozar com aquilo com que ele rouba, e adquiri
dinheiro para comprar objetos roubados. No aspecto
intelectual, não produz nenhum tipo de idéia, mas sim se
apropria e faz plagio dos demais. É uma pessoa
desconfiada, perspicaz, cínico, invejoso e ciumento. A sua
boca tem uma atitude de morder é um símbolo do
impulso que alimenta o carater. Suas feições são agudas e
agressivas. (Ética e Psicanálise. Pág. 72 e 73)
• Sua orientação exploradora, com seu
lema “pego o que necessito”, se remonta
a nossos antepassados feudais e se
estende aos aventureiros do século XIX.
Em nossa era ressurge nos sistemas
políticos e sociais que exploram os
recursos naturais e humanos, não de seu
pais, mas sim de paises debilitados em
sua auto estima, que são fáceis de invadir
e explorar.....
O caráter acumulativo e ganancioso
• A pessoa que tem esta orientação tem pouca fé no
que poderá obter no exterior, sua segurança se
baseia na acumulação e nas suas economias, porque
tipo de gasto de interpreta como uma ameaça. A
pessoa de carater acumulativo se protege atras de
um muro bastante fortificado e não sai desta
fortificação de forma nenhuma, somente em carater
excepcional. Sua ganancia é em relação a objetos
materiais, sentimentos e pensamentos.
• O amor é para ele uma possessão. Demonstra
uma especial lealdade as pessoas e as
recordações. Pensa sempre que o “passado foi o
melhor”. Intelectualmente, pode saber de tudo,
mas é estéril e improdutivo. É egoista em seus
conhecimentos. É bastante organizado e tem uma
maneira metódica de controlar suas emoções, é
uma defesa contra qualquer tipo de novidade do
mundo exterior. Seus lábios são firmementes
apertados e suas feições angulares, todo seu rosto
é uma espécie de muro protetor entre ele e o
mundo exterior.

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