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A FILOSOFIA DE

HEGEL

Prof. Me. Cleison Guimarães

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INTRODUÇÃO

• Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770 – 1831) filósofo alemão do séc.


XIX, nasceu em Stuttgart, estudou no seminário protestante de
Tübingen, mas logo abandonou a carreira de pastor. Professor na
Universidade de Iena. Sua obra mais famosa é Fenomenologia do
espírito (1806-07). Em 1829 torna-se reitor da Universidade de
Berlim, e em 1831 morre de cólera.

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INTRODUÇÃO

• Trabalhou com uma diversidade de temas em filosofia: da ética à


metafísica, da filosofia da natureza à filosofia do direito, da lógica à
estética.

• Hegel inovou a noção de filosofia sistemática ao pensar e repensar os


seus próprios conceitos e adotando uma linguagem técnica própria.
Alguns autores dizem que para entender um conceito, é necessário
que se entenda todo o sistema.

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A CRÍTICA DE HEGEL A KANT
• A crítica de Hegel a Kant se concentra dentro da mesma linha do
racionalismo cartesiano que visava o sujeito pensante.

• Kant critica a ideia de sujeito cartesiano, o caráter psicológico da


experiência e os pressupostos metafísicos do sujeito pensante.

• Hegel critica a concepção kantiana de um sujeito autossuficiente no


processo de conhecer e questiona porque Kant jamais se pergunte
pela origem da consciência.

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A CRÍTICA DE HEGEL A KANT

• Segundo a tradição racionalista de Descartes e Kant, apenas com


critérios seguros sobre a validade de nossos juízos é que podemos ter
certeza de nosso conhecimento. Hegel propõe uma crítica a essa ideia
apontando que o próprio processo de investigação sobre a validade
de nossos critérios já é uma forma de conhecimento.

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A CRÍTICA DE HEGEL A KANT
• Kant identifica define o que é ciência usando os critérios das ciências
naturais (exatas e biológicas). Hegel é contrário a essa noção, ela que
a ciência é uma manifestação do conhecimento como qualquer outra
que exista.

• Para Hegel o processo de produção do conhecimento da ciência deve


levar em conta o critério da crítica durante a experiência da reflexão.
A consciência crítica nasce da autorreflexão e reconstruindo a ciência.

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CONSCIÊNCIA E HISTÓRIA
• A reflexão filosófica deve ter como foco um exame do processo de
formação da consciência. Essa investigação teria como parâmetro a
situação histórica, o próprio processo histórico.

• O processo de formação da consciência deve ser entendido em um


processo tríplice e dialético: 1) as “relações morais’’ - a família e a
vida social; 2) a linguagem e os processos de simbolização; 3) o
trabalho, a maneira como o homem interage com a natureza para
dela extrair a sua manutenção.

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CONSCIÊNCIA E HISTÓRIA
• A autoconsciência é o resultado de um processo de desenvolvimento que se caracteriza
por essas três dimensões básicas.

I. As relações morais explicam o papel do outro na formação da consciência de um


indivíduo. Nos tornamos um sujeito na medida em somos reconhecidos por um outro.
Este reconhecimento começa na família e na vida social.

II. Através da linguagem e das relações simbólicas organizamos uma síntese múltipla de
nossa experiência sensível.

III. O trabalho mostra como a consciência pelo modo como o homem interage com a
natureza e extrai os elementos para sua manutenção.

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CONSCIÊNCIA E HISTÓRIA
• Hegel ao analisar a formação da consciência visa uma descrição do
fenômeno tal como aparece à consciência.

• Visando uma auto-apreensão da consciência em suas transformações a


partir da apreensão das transformações do objeto da mesma
consciência.

• Hegel visa assim acompanhar o sujeito em seus diversos graus de


captação do objeto, considerando toda e qualquer experiência que o
sujeito tem de seu objeto e também de si mesmo.
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CONSCIÊNCIA E HISTÓRIA
• A experiência da consciência não é apenas uma teórica, mas sim toda e qualquer
experiência, enquanto conhece a si mesma também conhece a vida.

• A fenomenologia descreve o itinerário da alma que se eleva a espírito por meio da


consciência.

• Ao estudar a experiência que a consciência tem de si mesma, também estudamos


a experiência do gênero humano.

• Isso envolve duas séries de fenômenos (individual e histórica) o indivíduo


particular e o indivíduo universal - o que há de comum a todos os indivíduos.
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CONSCIÊNCIA E HISTÓRIA
• Quando compreendemos um sujeito também compreendemos o contexto
histórico que ele é produto. Cada consciência é sempre consciência de seu
tempo, de sua situação histórica.

• Ao compreender o processo histórico é entender a própria lógica interna do


processo histórico, sua direção e seu sentido, podendo transcender o seu
momento determinado.

• Hegel como objetivo traçar a “história” do espírito humano, do conhecimento


sensível ao saber absoluto. O progresso da consciência é um produto da
evolução histórica, cujo sentido só será conhecido no “fim da história”.
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CONSCIÊNCIA E HISTÓRIA
• Consciência infeliz é fruto da tomada de consciência de si enquanto
um dilaceramento no interior do próprio ser. A consciência se vê em
luta contra a realidade, sente-se solitária, melancólica, devido à sua
separação da realidade, do objeto que vê como distante de si.

• A consciência infeliz é o começo da filosofia: a insatisfação de uma


consciência dilacerada por seu estado de divisão interna. É preciso
superar as falsas oposições que produzem a infelicidade, mas é
também preciso passar pela infelicidade para se chegar à felicidade.

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A DIALÉTICA DO SENHOR E DO
ESCRAVO
• Hegel analisa a formação da consciência através da dialética do senhor
e do escravo, onde é vista a importância da relação com o outro na
constituição da identidade.

• Hegel procura retratar o processo de constituição da identidade através


da luta pelo reconhecimento pelo outro.

• Inicialmente uma identidade submete-se a outra, colocando-se como


objeto. Mas, precisa ser reconhecida pela outra, precisa considerá-la
essa outra como sujeito.
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A DIALÉTICA DO SENHOR E DO
ESCRAVO
• O senhor submete o escravo, mas a relação é dialética, o senhor
depende que o escravo o reconheça como senhor, assim o superior
depende que o inferior o reconheça como superior. É um
reconhecimento desigual.

• A dialética do senhor e do escravo descreve uma relação assimétrica


entre duas identidades que se tratam como sujeito e objeto e não
uma relação entre dois sujeitos, como deveria ser uma relação de
reconhecimento mútuo e recíproco.

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A RUPTURA COM A
TRADIÇÃO
RACIONALISTA

Prof. Me. Cleison Guimarães

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INTRODUÇÃO
• Ao longo do séc. XIX inicia uma ruptura com a tradição racionalista. A centralidade
da razão, a valorização do conhecimento e a ênfase no método e etc. serão vistos
como fatores limitadores não dando conta da totalidade da experiência humana.

• Podemos considerar que Hegel inicia esse processo que será seguido pelo
pensamento romântico e chegando às filosofias de Schopenhauer, Kierkegaard e
Nietzsche que iremos denominar de idealismo alemão pós-kantiano.

• Os principais representantes do idealismo alemão pós-kantiano são Johann Fichte


(1762-1814) e Friedrich Schelling (1775-1854). Eles parte de uma critica e reflexão
a obra de Kant e buscando um rompimento radical.

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INTRODUÇÃO
Idealismo Filosófico

• O idealismo é uma corrente filosófica que defende a existência de


uma só razão, a subjetiva.

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O IDEALISMO ALEMÃO PÓS-
KANTIANO

• Johann Fichte foi professor alemão que visava elaborar um sistema


da razão que tinha como objetivo desenvolver uma teoria do
conhecimento que unificaria o mundo sensível e o mundo inteligível.

• Fichte focará no papel da intuição como modo privilegiado de acesso


a realidade.

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O IDEALISMO ALEMÃO PÓS-
KANTIANO

• Friederich Schelling foi professor alemão que trabalhou nas


Universidades de Iena, Munique e Berlim.

• Seu pensamento valorizava a sensibilidade e a relação com a natureza


e preocupando-se o papel da estética.

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O ROMANTISMO
• A filosofia do romantismo é muito mais uma atitude e um estilo de
pensamento formada por poetas, escritores e pensadores.

• A preocupação não era com o conhecimento ou a explicação da


realidade, mas visava a exploração da expressão estética que valoriza
as emoções e sentimentos tendo como ponto de partida a experiência
individual de uma relação intuitiva com a realidade e natureza.

• Desenvolvimento de uma filosofia estética.

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SCHOPENHAUER
• Arthur Schopenhauer (1788-1860) foi professor em Berlim. Inicialmente
dedicou-se ao comércio, depois estudou em Berlim. Após a peste de 1831
retirou-se para Frankfurt, onde passou a dedicar-se a seus escritos.

• Segundo o pensador a realidade existe para a subjetividade apenas como


representação. A representação é um estado subjetivo que resulta da
contribuição das formas da sensibilidade, espaço e tempo e do entendimento
e causalidade.

• A realidade é algo em-si e impenetrável a nosso conhecimento que atinge


apenas as representações.
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SCHOPENHAUER

• Schopenhauer considera a vontade como a própria essência da


subjetividade, do “eu”. Essa vontade não pode ser objeto de
conhecimento, mas se revela ao eu.

• Para Schopenhauer a existência individual não tem importância, uma


vez que o indivíduo é apenas parte de um todo. Na medida em que o
intelecto descobre isso pode superar o medo da morte característico
da “vontade de viver” do indivíduo.

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KIERKEGAARD
• O dinamarquês Soren Kierkegaard (1813-55) foi um estudante de teologia e filosofia
na Universidade de Copenhague, onde se tornou mestre em teologia. Foi um crítico
da sociedade da época e da Igreja oficial.

• Seu pensamento consiste na descoberta de falta de sentido da existência mesmo nas


experiência estéticas e éticas. A solução seria darmos um “salto no escuro”, que
consiste na fé.

• Em nossa existir sempre encontraremos a angústia como fruto do reconhecimento


da finitude e da morte, bem como do “silêncio de Deus”, da impossibilidade de
sabermos se nos salvaremos. A fé não nos dá garantias, porque Deus não nos
responde.
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NIETZSCHE

• Friedrich Nietzsche (1844-1900) estudou nas universidades de Bonn e


de Leipzig, onde cursou filologia. Em 1870, tornou-se professor de
filologia clássica na Universidade de Basileia na Suíça, de onde se
licenciou por motivos de doença em 1878. Levou então uma vida
errante, viajando pela França, Itália e Alemanha, e dedicando-se a
escrever. Em 1890, sofreu uma crise e passou o resto de sua vida em
hospitais psiquiátricos.

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NIETZSCHE
• Para Nietzsche o homem perdeu a sua proximidade com a natureza e suas forças vitais,
que mantinha no período anterior civilização.

• Nietzsche apresenta sua visão através das figuras de Apolo e Dionísio e vê na trajetória
humana uma tragedia.

• Dionísio seria assim o deus da música e da embriaguez, a natureza, a força vital, a


alegria, o excesso, a afirmação da vida. Apolo, o deus sol, da racionalidade, da medida,
da ordem e do equilíbrio.

• Antes da história do ocidente o “espírito apolíneo” e o “espírito dionisíaco” se


contrabalançavam, completando-se mútua e dialeticamente. Com o desenvolvimento
da razão filosófica e científica, o espírito apolíneo irá prevalecer e o espírito dionisíaco
será progressivamente reprimido.
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