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INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE SANTARÉM

Modelo Pedagógico
de
Reggio Emilia
Docentes:
Ana Saldanha
& Soraia Cardoso
Maria João Cardona Educação Básica
3º Ano 2011
Contextualização

Ao longo do tempo deu-se uma evolução gradual da concepção


de criança, caminhando-se de forma progressiva para uma
definição que a contempla como ser inventivo, imaginativo,
portador de história, produtor de culturas e sujeito de direitos

Conjunto de acontecimentos que preconizam aquilo que virá a


estruturar o Modelo Educativo
Loris Malaguzzi
Loris Malaguzzi

Nasceu em 1920, foi professor.

Após o término da Segunda Guerra Mundial estudou Psicologia em


Roma, dando inicio à sua aventura em Reggio Emilia.

Veio revolucionar de vez o conceito de Infância, valorizando todas as


formas de expressão da criança.
Principais Referências

O Modelo Pedagógico de Reggio Emilia prosperou em


torno da imagem da criança como “sujeito de direitos,
competente, aprendiz activo que, continuamente, constrói e
testa teorias acerca de si próprio e do mundo que o rodeia”.

(Oliveira – Formosinho, J. (org.) & Lino, D. & Niza, S. ,


2007: 99)
Principais Influências no Desenvolvimento do
Modelo Pedagógico de Reggio Emilia
Década de 50
Rousseau, Locke, Pestalozzi, Froebel, Bovet e Ferrière, Dewey e a escola de Chicago

Década de 60
Dewey, Claparède, Decroly, Freinet, Wallon, Dalton, Erikson, Piaget, Vygotsky,
Bronfenbrenner

Década de 70
Wilfred Carr, David Shaffer, Keneth Kaye, Jerome Kagan, Howard Gardner, Serge
Moscovici, Charles Morris, Gregory Bateson, Heinz Von Foster, Francisco Varela, Gianni
Rodari, Bruno Ciari
Dimensões Pedagógicas e sua
Sustentação
Conceitos de subjectividade Comunicação

e intersubjectividade
Criança

Relações
Protagonistas do
Processo
Educativo

Professor Pais
O Espaço
Surge pensado como “Atelier”: apresenta um papel integrador, que
quando conjugado com as intencionalidades educativas, com as estratégias
pedagógicas e com os projectos dá origem a uma pedagogia única.

Promove as “cem linguagens” da criança:


É um espaço de exploração de variados instrumentos, técnicas e materiais,
onde há lugar para a investigação e experimentação através das artes visuais.
O Tempo Educacional

É planeado em grande grupo, com os educadores, a cada criança é dada a


oportunidade de fazer múltiplas escolhas, quer no tipo de actividades a realizar,
ou nos materiais a utilizar, se vão participar em novos projectos, terminar os
incompletos , ou se por outro lado preferem realizar actividades que não se
integram nas anteriores.

As crianças podem realizar actividades individualmente ou em pequenos


grupos, podem escolher trabalhar com os adultos, ou não. Podem ainda
trabalhar em grande grupo.
Interacções Educativas e Pedagogia
da Escuta
“escutar as cem, mil linguagens, símbolos e códigos que usamos para
Relação

nos expressarmos e comunicarmos,adulto -


através
criança dos quais a vida se expressa e
comunica com aqueles que escutam e são escutados. Escuta como um tempo,
o tempo de escutar, um tempo que transcende o tempo cronológico – um
Expressão Bem Estar
tempo repleto de silêncios, de longas pausas, de suspensão, como um
elemento que provoca escuta nos outros e que, por sua vez, é provocado pela
escuta atenta dos outros” (Rinaldi, 2006, citado em Oliveira – Formosinho, J.
(org.) & Lino, D. & Niza, S. , 2007)
Partilha Escuta
Currículo Contextualizado e
Trabalho de Projecto
Em Reggio Emilia as escolas não possuem um currículo ou programa educativo

predefinido, os seus conteúdos podem ser propostos pelas crianças, pelos professores.

É utilizada a Pedagogia de Projecto onde crianças e educadores desempenham um papel

de investigadores. Este resulta de um trabalho colaborativo com sentido para todos os

intervenientes.

O processo de ensino e aprendizagem baseado nas interacções e inter – relações que

ocorrem no contexto físico e social ao nível do trabalho de projecto, dão lugar a um Currículo

contextualizado.
Planificação Educacional e
Avaliação da Criança
A documentação assume um papel importante, na medida em
que constitui a criação de história e cultura do grupo ou elemento
que a produz - é uma forma de dar visibilidade àquilo que se
realiza.

As formas de registo são diversificadas e constituem sempre


um elemento de reflexão sobre aquilo que se trabalha.
Equipa Educativa e
Desenvolvimento Profissional
A pedagogia das relações torna-se um elemento cabal entre os adultos que intervêm no
processo educativo.

Também aqui é dado um ênfase especial ao trabalho cooperativo e às interacções sociais

O Modelo Reggio Emilia apresenta um conjunto de estratégias específicas para a


formação de adultos.

Em cada sala de actividades existe um par de co-educadores responsáveis pelo grupo.


Este trabalho cooperativo leva a uma nova dimensão na escola, terminando com o isolamento
dos educadores.
Equipa Educativa e
Desenvolvimento Profissional
Há um trabalho em parceria nas salas, na equipa educativa e com os pais, o que
promove uma aprendizagem co-operativa, através da criação de zonas de
desenvolvimento próximo.

Há uma verdadeira aprendizagem sustentada, onde os educadores e professores mais


experientes e competentes apoiam os menos experientes, isto leva a uma capacidade para
agir de modo mais autónomo, o que promove o seu desenvolvimento profissional.

Existem momentos de formação profissional para desenvolvimento do


conhecimento em áreas específicas. Estes são realizados por pedagogos que apoiam e
supervisionam o trabalho educativo.
Síntese
O Modelo Pedagógico Reggio Emilia privilegia todas as formas de expressão simbólica, as
“cem linguagens” que além da expressão, permitem também a compreensão, a escuta activa daquilo
que o outro pretende expressar.

Defende que a escola deve ser focalizada nos interesses e necessidades da criança, deve
integrar e formar professores competentes e empenhados na construção de um contexto educacional
de elevada qualidade.

“Em Reggio acredita-se na competência da criança e na competência do professor, e o papel


da escola e da educação é criar as condições para que estes protagonistas do processo educativo
tenham oportunidades para desenvolver as suas competências e capacidades em plenitude”
As cem linguagens da Criança
Para compreender sem alegria
A criança é feita de cem… Para amar e para se admirar só no Natal e
A criança tem cem linguagens na Páscoa.
Cem mãos cem pensamentos Dizem-lhe:
Cem maneiras de pensar Para descobrir o mundo que já existe.
De brincar e de falar E de cem roubam-lhe noventa e nove.
Cem sempre cem Dizem-lhe:
Maneiras de ouvir Que o jogo e o trabalho, a realidade e a
De surpreender de amar fantasia
Cem alegrias para cantar e perceber A ciência e a imaginação
Cem mundos para descobrir O céu e a terra, a razão e o sonho
Cem mundos para inventar São coisas que não estão bem juntas
Cem mundos para sonhar. Ou seja, dizem-lhe que os cem não
A criança tem existem.
Cem linguagens E a criança por sua vez repete: os cem
(e mais cem, cem, cem) existem!
Mas roubam-lhe noventa e nove
Separam-lhe a cabeça do corpo Loris Malaguzzi
Dizem-lhe:
Para pensar sem mãos, para ouvir sem falar
Bibliografia

Oliveira – Formosinho, J. (org.) & Lino, D. & Niza, S. (2007). Modelos


Curriculares para a Educação de Infância – Construindo uma Práxis de
Participação. (3ª Ed.). Porto: Porto Editora.

Oliveira – Formosinho, J. % Kishimoto, T. M. & Pinazza, M. A.(2007).


Pedagogias da Infância – Dialogando com o Passado, Construindo o
Futuro. (s/L): Artmed.

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