Constituição Federal – Art. 7º, Incisos XXII, XIII;
C.L.T. – Art. 193, Art. 194, Art. 195;
TST – E. 39, E. 191, E. 341, E. 361;
SDI-1 – OJ – 5, 279, 280, 324;
STF – E. 212;
Lei nº 7.369/85 (Decreto 93.412/86).
2. PREVISÃO LEGAL
O pagamento de adicional de periculosidade, encontra-se na
Constituição Federal, art. 7º, incisos XXII e XXIII, que estabelecem:
“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além
de outros que visem à melhoria de sua condição social:
“XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho,
por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
“XXIII – adicional de remuneração para as atividades
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;” 2. PREVISÃO LEGAL O adicional ao serviço perigoso, que menciona o inciso XXIII, do Art. 7º, da Constituição Federal, encontra-se estabelecido pela CLT:
“Art. 193. São consideradas atividades ou operações
perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado.
§ 1º O trabalho em condições de periculosidade
assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos locais da empresa.” 3. EPI – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ELIMINAÇÃO DOS RISCOS
- se o pagamento existia presume-se que o local é
perigoso;
- é admitida a supressão do pagamento do adicional,
se demonstrado que houve alteração nas condições de trabalho;
- pela diminuição ou eliminação dos riscos a que estava
o empregado exposto; 3. EPI – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ELIMINAÇÃO DOS RISCOS
- a simples oferta de EPI, não significa que se tenha
neutralizado o fato gerador ou minimizado as suas consequências;
- se o EPI fornecido excluiu ou se apenas amenizou os
riscos;
- “Art. 194, da C.L.T. - O direito do empregado ao
adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.” 4. PERÍCIA
“Art. 195, CLT, A caracterização e a classificação da
insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.” 5. OPÇÃO APÓS O LAUDO
- perante a Justiça do Trabalho, o empregado só pode
pleitear um dos adicionais, insalubridade ou periculosidade;
“CLT, Art. 193...§ 2º O empregado poderá optar pelo
adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido.” 6. BASE DE CÁLCULO
- Insalubridade - percentuais de 10%, 20% ou 40% do
salário mínimo;
- Periculosidade, de conformidade com o § 1º, do Art. 193,
CLT, é devido sempre na base de 30% sobre o salário que recebe o empregado.
“§ 1º O trabalho em condições de periculosidade
assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos locais da empresa.” 6. BASE DE CÁLCULO
Divergência:
- passou a ocorrer, após a nova Constituição, que em seu
Inciso XXIII, do Art. 7º, constou a palavra “remuneração” (a remuneração que recebia mensalmente);
- fundamentam que o Art. 7º XXIII da Constituição Federal
determina, o pagamento na forma da lei, que é a CLT. (somente sobre o salário-base). 7. EXPOSIÇÃO EVENTUAL
O TST esclarece através da Orientação
Jurisprudencial nº 280, que o contato em tempo extremamente reduzido não dá direito ao adicional de periculosidade.